Capítulo 03
Lembranças.
Um futuro incerto
VAGAROSAMENTE ABRI MEUS olhos estranhando o silêncio. Normalmente eu acordava com os barulhos da minha mãe preparando o café da manhã.
Um feche de luz adentrava pelas cortinas de seda da sacada aberta. Sacada? Em um sobressalto me levantei lembrando-me de estar em território desconhecido e perigoso.
Minha mente não tinha um pensamento fixo. Eram tantas coisas, que minha cabeça parecia um controle remoto na mão de uma criança que não escolhia um programa especifico. Minhas tentativas de fuga da noite anterior fora um fracasso. O único jeito era conhecer o ambiente para conseguir planejar perfeitamente uma escapada. Mas como eu faria isso?
Nada de ter medo agora, Ally.
Antes que eu choramingasse por não ter ideia do que fazer em uma situação como aquela, ouvi duas batidas na porta seguida por uma doce voz feminina:
— Oi, está acordada? — perguntou uma voz feminina.
O som da fechadura foi a única coisa que ouvi antes de dizer:
— Meu espirito vai se comunicar com você, só um momento — respondi por fim, não temendo a pessoa do outro lado da porta.
Sua risada baixa soou.
— Sua presença foi solicitada no café da manhã — ela riu abafado. Talvez, tenha tampado a boca com a mão. — Desça em dez minutos.
Café da manhã?
Quem era?
Que tipo de sequestro era esse?
Ao invés de pedir resgate escolheram me matar envenenada? Sacanagem.
Segui para o banheiro com minha mente limitada de imaginar coisas chiques, mas ao abrir a porta do toalete e me deparar com tamanho luxo, foi indispensável uma breve pausa para racionar que eu estava mesmo entrando em um banheiro. Os armários brancos, com seus detalhes dourado reluzentes, destacavam-se na cor bege das paredes, desenhadas. Atrás da banheira uma pequena sacada sem cortina permitia uma vista do céu, e das arvores aquela altura. Era necessário subir dois degraus para chegar até a banheira branca e bem polida. Fucei um dos armários com a curiosidade de saber o que havia neles, e se possível pegar alguma coisa para escovar os dentes.
— Remédios, pasta dental, fio dental, escovas lacradas e hidratantes — citei alguns dos pertences dali, extremamente caros.
O uso de uma única escova não faria falta dentre as seis que restaram. Suspirando usei um pouco da pasta dental também.
Novamente ouvi as batidas na porta, mas dessa vez eram um pouco mais pesadas e a mulher não chamou outra vez. Corri até ela e abri, me deparando com um rapaz de olhos castanhos avermelhados e inexpressivos, me encarando. Eram tão lindos que só podiam ser lentes. Não o encarei por muito tempo para examinar os traços de seu rosto. Apenas um olhar poderia despertar a raiva daquele ser humano.
— O café da manhã está sendo servido — ele disse. Pela voz que ouvira dando as ordens na noite anterior ele era o chefe.
E que chefe!
Ele deu passagem para eu sair do quarto e fechou a porta. O rapaz misterioso de olhos castanhos avermelhados, disse que estaria andando a trás de mim.
Era a sua maneira de dizer para andar?
Caminhei na frente lutando para não olhar para trás e ver se eu estava certa em achar ele uma beldade só de ter visto seus olhos.
Somente os meus passos eram ouvidos, arrisquei uma rápida olhada para trás pensando estar sozinha, todavia ele ainda estava atrás de mim, andando com as mãos dentro do bolso da calça preta.
Chagando as escadas não sabia para onde olhar, o recinto era esplêndido: os lustres brilhavam; não havia um móvel se quer na entrada. Havia três grandes portas brancas abertas dando vista para um jardim que mal pude observar.
— Continue — ele disse, com voz firme — a sua direita, terceiro corredor.
Aquilo não poderia ser uma simples mansão. Eu não estava em um lugar qualquer, era luxo demais.
Quem era esse homem?
Seguindo as suas ordens chegamos a uma enorme sala de jantar. A mesa retangular no centro da sala foi à primeira coisa a chamar minha atenção. Comida! Tinha alimentos demais e dos mais deliciosos, pelo menos era o que aparentavam. O gosto podia ser horrível por causa do veneno. Pessoas com muito dinheiro tinham péssimos gostos para escolher um alimento. Algumas realmente tinham.
— Com licença, senhorita.
Olhei para trás dando passagem para uma moça segurando uma bandeja. Ela agradeceu e passou dando a mim uma visão melhor para observa-la: morena dos cabelos negros, dentro da touca transparente. Os olhos caramelos se destacavam em sua pele brilhante e bem hidratada. Fiquei admirada com sua beleza, mesmo que ela estivesse com uma maquiagem fraquinha, era possível ver o cuidado consigo mesma.
Ela colocou a bandeja sobre a mesa e, antes de sair da sala, trocou um aceno de cabeça com o misterioso de olhos castanhos, e sorriu para mim desejando bom apetite. Eu não sorri e não agradeci. Minha educação aquele momento tinha desaparecido. Eu ia morrer!
— Oito da manhã — sussurrei quando vi o relógio na outra extremidade da sala. Meus olhos lacrimejaram, era o horário de partida do meu voo.
Eu havia perdido minha oportunidade de realizar meu sonho.
Chefe bastardo!
— Bom dia querido!
Pressionei meus olhos fortemente antes de olhar e ver se estava ouvindo vozes conhecidas. Uma voz indesejada. Virei-me mordendo meus lábios por dentro, uma súbita raiva se apoderou de mim. Eu não podia ter perdido meu voo e ganhado uma pessoa. A pior pessoa da minha vida.
Eu não acreditava no que via. Ela beijou o homem sem se importar com minha presença. Ela com seus cabelos loiros tingidos, o corpo mais magro e sem as curvas que, antes, era sua marca de exibicionismo. Seu rosto estava diferente: o nariz mais arrebitado. Ela tinha feito plástica?
Observando cada detalhe daquela mulher, antes adolescente, minhas memórias daquele dia que tive a confirmação da cobra venenosa que ela era, rebobinaram.
Quando chegamos à sala após a aula de educação física e o professor achou um bilhete com ofensas e ameaças dirigidas a ele. No final tinha a assinatura de Greice e a caligrafia era a mesma. Sabíamos que ela não faria aquilo, no entanto, não havíamos como provar. Ninguém acreditaria em suas amigas. Não havia um Sherlock Holmes para nos ajudar. Só um professor soltando fumaça pelos ouvidos e uma diretora, a juíza do colégio.
Greice fora para a diretoria e, em sua ausência, Solange pediu que eu guardasse o celular de Greice em minha bolsa caso o professor fosse toma-lo. Bem no fundo, eu sabia que ele não o faria, mesmo assim o guardei. Era minha amiga e eu faria isso por ela.
Passado alguns minutos de espera, Greice voltou sem dizer uma palavra. Não questionei porque o professor estava atrás, não entendia o motivo da possibilidade de ele querer confiscar o celular, embora isso não tenha acontecido. Ele simplesmente nos liberou para o intervalo.
Antes de sair da sala devolvi o celular e Solange agradeceu por ela, como se o aparelho fosse seu. No corredor, indo para o banheiro Solange chamou Greice para acompanhá-la. Mandy e eu fomos para a cantina guardar um lugar na enorme fila.
O refeitório estava cheio. Na quadra o time de futebol treinava para o campeonato interescolar do final de ano.
Sorridente e conversando com Mandy, meus olhos se voltaram a uma Greice furiosa caminhando em nossa direção. Não deu tempo de perguntar o que havia acontecido, só senti meu rosto arder. Mandy se colocou na minha frente impedindo um segundo tapa, já que eu estava estática.
O refeitório ficou em um silêncio jamais visto. Não era todo dia que acontecia uma briga de rolar tapas. Uma briga que eu desconhecia os motivos. Naquele momento ao olhar o sorriso vencedor no rosto de Solange, eu captei. Tudo havia sido tramado por ela a partir do momento em que me entregou o celular de Greice.
Na época Greice estava em um relacionamento e eu costumava observar seu namorado. Ele era muito estranho quando estava perto de todas nós e não deixava de olhar para Solange. Ambos às vezes trocavam olhares nem tantos discretos, que para Greice era apenas a maneira dele ser simpático.
Solange usou isso contra mim, mandando mensagens para o namorado de Greice terminar com ela por "minha causa". Então foi que eu liguei tudo: as mensagens do celular com o papel ameaçando o professor também tinha sido ela. Mas, de nada valia se explicar se a única pessoa que precisava abrir os olhos ignorou a verdade escolhendo acreditar em uma mentira bem planejada.
Levou quase um ano para Greice descobrir a verdadeira face de Solange. Não soube exatamente como, a notícia chegou até mim pelos pais dela. Greice quis ser minha amiga novamente, só que eu não era o tipo de pessoa que andava com alguém que não acreditava em mim. Ela garantiu que faria de tudo para ganhar minha confiança novamente, mesmo que isso custasse sua vida. Uma coisa que não admitia jamais. Não queria ninguém morrendo por mim. Segui minha vida somente com a amizade de Mandy. Era o suficiente para mim.
Seis anos se passaram e Solange novamente aparecia em minha frente. Que tipo de coisa ruim eu fiz? Eu era um imã que atraia essa mulher?
— Bom dia — ele saudou. Sua voz foi suficiente para quebrar o flashback do cão.
— Quem é essa? — Solange me olhou de cima a baixo, com o cenho franzido. — Ela se parece um pouco com uma traidora... Tanto faz, há essa hora deve estar catando lixo por ai. Aquela não tinha futuro, tadinha — ela suspirou olhando para o homem.
Por um instante achei que era só mais uma de suas brincadeiras idiotas em não me reconhecer, só que eu tinha mudado meu visual, e talvez minhas feições tenham amadurecido... um pouco.
Agradeci aos céus por seu maravilhoso esquecimento.
— Não se preocupe com ela — ele caminhou em direção à mesa.
Uma assenhora de avental adentrou a sala sorrindo para mim. Retribui automaticamente. Seus cabelos brancos rebeldes saindo da touca deixavam a senhora tão fofa. Seus olhos verdes estavam foscos pelas profundas olheiras.
Ele escravizava a pobre mulher? Ela caminhou em minha direção e perguntou:
— Não vai se sentar? — senti uma de suas mãos em minhas costas. — Está tudo bem, venha.
Não estava tudo bem. Nem um pouco. No entanto, para não faltar com respeito e a coisa esquentar para o meu lado a segui até a mesa. Sentei na frente do chefe, sem qualquer olhar direto. De soslaio, Solange me observava atentamente. Talvez, lá no fundo, ela queria mesmo saber se estava certa ao pensar sobre a garota que ela estragou a amizade? Ou era apenas uma prevenção?
— Não foi dado permissão para você sentar-se a mesa! — Solange exclamou exasperada, em seguida, virou-se para o namorado. — Querido, não vai manda-la para o prostibulo do Jimmy? — ela perguntou ao homem.
— Não sou uma prostituta! — me intrometi, me esquecendo de não estar com pessoas normais. Mas eu não seria taxada de prostituta por ela que escondia sua verdadeira natureza.
Azar do noivo.
— Silêncio! — Ordenou ele.
Minha boca instintivamente abria e fechava tentando falar algo mais, mas palavras não saiam.
— Você não tem nenhum direito de escolher para onde vai — Solange se exaltou.
O homem ao seu lado piscou lentamente quando olhou de soslaio para a senhora. Aqueles olhos frios assustadores, se destacavam demais em sua pele branca. Seus cílios grandes, bem pretos, davam a impressão de que ele usava maquiagem nos olhos. Solange percebendo que eu o observava, lançou seu olhar mortal que antes eu poderia ter medo, mas a situação era completamente diferente de outrora.
— Mirian, está tudo bem? Qual o motivo de seu olhar inquietante? — uma mínima expressão de tranquilidade transpareceu no rosto do homem.
— A garota pode me ajudar na cozinha, assim evitaremos uma briga entre as duas.
Olhei para ela incrédula. Aquela senhora estava mesmo querendo me manter ali?
— Nem pensar! — gritou Solange, levantando-se abruptamente, quase deixando a cadeira cair. — Ela deve estar no lugar dela com as prostitutas e não aqui em minha casa.
— Solange, se contenha — falou o homem calmamente, sem olhar para ela.
Solange sentou-se, mas não fechou a boca.
— Querido não podemos confiar nessa garota.
— Tudo bem, Mirian — concordou ele. — A garota ficará sob seus cuidados.
Sorri minimamente com a "oportunidade" de ainda viver. Era melhor que ir ao tal prostibulo, independentemente da incerteza de que sobreviveria muito tempo sob o mesmo teto que Solange. Ela não me reconhecia mais todavia implicou comigo.
Eu tinha que me agarrar a uma tranquilidade quase inexistente dentro de mim se quisesse bolar um plano para escapar.
— A partir de amanhã, você não come nessa mesa. Seu local de almoço é na cozinha. Ouviu bem, empregada? — Solange enfatizou a última palavra.
Sim, vossa malvadeza.
— Solange não trate os outros como seus empregados — repreendeu o homem.
Não é o que ele estava fazendo?
— Desculpe a demora — desculpou-se outro desconhecido, adentrando a sala.
Ele era muito bonito. Não tinha o semblante muito sério, como o namorado de Solange, ou como o homem da noite anterior. Seu corte de cabelo era estilo militar, os olhos azuis cristalinos penetrantes cintilavam. Ele fechou um dos botões do sobretudo preto enquanto se aproximava.
— Steve, bem vindo de volta — disse o chefe.
Desviei meu olhar quando ele sentou-se, sorrindo para o homem que chamara seu nome.
— Muito obrigado. Bom dia – disse o tal de Steve educadamente, olhando para cada um que estava na sala. – Oh, temos uma convidada. Olá senhorita, muito prazer — ele estendeu a mão para mim enquanto analisava meu rosto. Ignorei seu gesto. — Sou Steve – ele prosseguiu não se incomodando com minha atitude.
— Mirian, após o café pode leva-la ao treinamento — avisou o chefe.
— Treinamento? — inquiriu Steve, recolhendo sua mão.
— Ela vai trabalhar na cozinha que é o lugar dela — Solange respondeu.
— A palavra não foi dirigida a você, Solange — vociferou Steve.
Solange bufou revirando os olhos de raiva.
— Ela vai ficar aos cuidados de Mirian — o chefe respondeu. — Decidirei o que fazer mais tarde.
Steve assentiu e novamente olhou para mim.
— Terei que chama-la de senhorita se não me diz seu nome. Alimente-se, vai precisar.
Eu estava tão receosa de pegar alguma coisa e estar envenenada. O namorado de Solange pegou um pão de forma com um pedaço de papel toalha e colocou em seu prato, em seguida, colocou suco em sua taça. Esperei alguns segundos e repeti os mesmos gestos que ele. Se ele comia não estava envenenado.
Solange estava furiosa pegando um pedaço de bolo. Eu tinha certeza que se estivéssemos sozinhas, ela não perderia a chance de enfiar em minha garganta o garfo que segurava com tanta força. Fiquei imaginando como ela teria entrado nessa vida. Eles eram sequestradores, e sei lá mais o que; não achei que Solange se arriscaria ao extremo se relacionando com um fora da lei.
"De Solange, tinha que se esperar tudo". Fiz uma nota mental.
Terminei de comer antes de todos e fiquei encarando o prato sujo. O silêncio na mesa era irritante, nem barulhos dos talheres colidindo nos pratos eram ouvidos. Eu queria sair dali. Por sorte, ou não, o namorado de Solange percebeu.
— Pode se retirar, se está incomodada — disse ele, após limpar a boca em um papel toalha.
Levantei-me sem agradecer pela refeição. Era direito o dele me alimentar se me sequestrou.
Mirian aproximou-se dando um sinal para que eu a acompanhasse. Eu esperava que o trabalho na cozinha não esgotasse todas as minhas energias, precisaria para poder escapar.
Andando naquele extenso corredor eu pensava na minha Universidade. Eu tentava uma bolsa há muito tempo. Meus pais não tinham condições de pagar pra mim, então tive que me esforçar estudando oito horas por dia. E agora, tudo que planejei já não importava mais?
— Eu sinto muito menina por ter que passar por isso.
Olhei para a senhora.
— A senhora nem imagina o quanto eu sinto — eu disse, passando mão no bolso da calça. — A senhora é escrava há quanto tempo?
— Não existem escravos nesta casa.
— Claro que existe! Olha pra mim, uma sequestrada trabalhando para um cara do mal contra minha vontade. Acredite, eu estou sendo escravizada e nem surtei ainda.
— Não olhe dessa forma, minha jovem. Você está mais segura aqui com eles, que solta nessa sociedade onde o mal tem maior espaço.
Fizeram uma lavagem cerebral nela?
— Não há como se sentir segura aqui — retruquei.
— De qualquer maneira, apenas tente.
Eu vou tentar fugir!
Ela parou em frente a uma porta de madeira e abriu com um leve impulso, revelando uma enorme e luxuosa cozinha.
— Aqui é onde você irá treinar — Mirian deu passagem para que eu entrasse primeiro. — Essa é a cozinha dos empregados. Aqui é onde as cozinheiras ficam e almoçam. Uma cozinha separada da do patrão.
— Pra que tanta cozinha?
Bufei indignada. Até cozinha eles queriam ter de monte.
— Vejo que está mais tranquila... pelo menos por agora.
— Estou indignada, antes de um surto psicótico.
— Está sob meus cuidados, não há pelo que se preocupar.
— Não me sinto a vontade andando por um lugar desconhecido. Muito menos com pessoas desconhecidas.
— É Compreensível. Bom, sabe alguma coisa de culinária?
— Eu consideraria minhas habilidades suficientes para uma pessoa de classe baixa, mas não para esse homem.
— Dixon não é ruim — ela comentou.
— Seu cachorro deve ser lindo. O nome já é belo, mas não vejo porque achar ele um animal ruim. Não o conheço — sorri, logo desfazendo meu sorriso ao ver a expressão em seu rosto.
O que eu fiz? Não ofendi o cachorro.
— Não, não! Dixon é o nome do patrão.
Minha boca se abriu em um perfeito "O". Não era um nome comum e nem de cachorro. Eu já ouvira esse nome antes, mas em Rotwallers.
— Dixon, o nome dele é esse? — indaguei tentando imaginar aquele homem com tal nome.
Mirian assentiu.
— Dixon — repeti, ainda tentando pensar naquele nome como de uma pessoa.
— É um nome que vicia ao falar a primeira vez — Mirian sorriu.
— Não quero passar meus dias repetindo esse nome — eu disse tão rápido a deixando assustada.
— Isso seria estranho. Mas vamos focar na cozinha por hora. E me chame de Mirian, por favor.
Assenti não tão certa de que o faria.
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Oláaa! Tudo bem?
Desejo a vocês um final de semana maravilhoso. Fiquem com Deus!
Não esqueça a estrelinha 😢
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Escrito e publicado por: Dhiedy Bueno, na plataforma Wattpad.
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