Capítulo 03
O PASSADO BATE À PORTA.
O domingo, assim como o sábado, tinha amanhecido ensolarado. Embora mesmo com o sol forte, a temperatura ainda se mantivesse em seus vinte e três graus, o que deixava o ambiente agradável. Quando chegou em casa na noite anterior, Angel levou uma bela bronca de sua mãe por ter esquecido de telefonar e passado o dia inteiro na casa de Chloe, já que o combinado seria ela voltar na manhã seguinte à noite das garotas, e não, à noite, mas apesar de tudo, ela não impediu a filha de ir ao shopping naquela tarde. Até mesmo liberou alguns dólares para que ela gastasse.
— Então, esse vermelho super sexy, ou o preto também super sexy? — Chloe perguntou, estendendo os dois vestidos para que Angel os analisasse.
— Os dois são lindos, mas o vermelho contrasta mais com a sua pele clara e o seu cabelo escuro. — Angel comentou, fazendo a amiga sorrir.
— Você é ótima nisso. — Ela colocou o vestido preto de lado e entrou no provador com o vermelho. E enquanto esperava pela amiga, Angel olhava os vestidos que tinha pela loja, mas nenhum chamava a sua atenção, nenhum parecia ser o certo. — E então? — Chloe abriu a porta do provador já vestida.
O vestido aparentava ser bem curto, mas como a amiga era baixinha, ele tinha ficado no tamanho perfeito para ela, não era vulgar ou nada parecido e a deixava bem sensual como ela queria. O vestido era de um vermelho sangue, colado ao corpo e batia na metade das coxas, era de alças finas e o corte do decote fazia com que os seios dela, que já eram generosos, aparentassem ser ainda maiores. Angel sempre admirou, e para ser totalmente honesta, invejou também os seios da amiga, pois ao contrário da morena, a loira não tinha muito o que mostrar em seus decotes. Por isso, ela sempre escolhia focar mais em suas pernas e bunda, algo que ela adorava destacar, ao contrário das pequenas maçãs em seu sutiã. Pelo menos não eram limões!
— Você está simplesmente perfeita! — Angel sorriu, vendo como a amiga estava deslumbrante.
— Eu não sei... acho que vou experimentar o preto.
— Nem se atreva, você está incrível nesse vestido!
— Acha mesmo? — Chloe perguntou, ainda em dúvida.
— Se não acredita em mim, veja por si mesma. — Angel virou Chloe pelos ombros e a colocou de frente para o grande espelho na parede do provador. — Esse é o certo. Te deixa a maior gostosa. Se eu gostasse de mulheres, com certeza te pegava!
As duas riram, e Chloe assentiu, concordando que aquele seria o vestido.
— E você, encontrou algum vestido que gostou? — A morena perguntou distraída, analisando o caimento do vestido em seu corpo.
— Não, nenhum chamou a minha atenção. — Ela deu de ombros, passando os olhos novamente pela loja, mas como antes, nada a chamou atenção.
— Como pode? A Mandy's é uma das melhores lojas de vestidos.
— Você só fala isso porque a loja é da mãe da Liliane.
— Não é por isso. Não viu o meu vestido? Perfeito! Você mesma disse. E se achamos o meu, vamos achar o seu também! Temos que estar deslumbrantes no nosso aniversário de dezenove anos daqui alguns dias! — Chloe, sorriu, tentando animar a amiga.
— Tudo bem. Termina de se vestir e me ajuda a procurar o vestido perfeito.
Elas não faziam aniversário no mesmo dia, Chloe completava em um dia e Angel quatro dias depois, mas para não ter o trabalho de fazer duas festas e desperdiçar dinheiro, elas combinaram de fazer apenas uma grande festa para as duas. Seus pais adoraram a ideia.
Trinta minutos depois, elas já tinham rodado a loja inteira duas vezes, mas Angel não conseguia encontrar nada que a agradasse. Não que os vestidos ali não fossem bonitos, longe disso, ela usaria qualquer um daqueles vestidos em outra situação, mas esse não era o caso, aquela era sua festa de dezenove anos, ela queria estar deslumbrante. Ela e Chloe estavam planejando o evento há alguns meses e tudo tinha que estar perfeito.
— Eu desisto, estamos andando há um tempão e você não gostou de....
— Espera! — Angel interrompeu a amiga, indo até uma arara de roupas e tirando de lá um vestido azul.
— Esse é bonito, mas não é muito simples? — Chloe perguntou, analisando o vestido.
Ele era todo azul escuro e brilhoso, tinha um decote central em formato de losango, e ao contrário do dela, que era todo justo ao corpo, ele era justo apenas até a cintura, e então, caía mais solto em estilo evasê, com tules por baixo para dar volume.
— Não, é lindo. Vou experimentar! — Angel seguiu para o provador sem nem esperar alguma resposta da amiga, que apenas a seguiu. — Então? — Ela abriu a porta do provador com um sorriso no rosto, que se abriu mais ainda quando viu a expressão impressionada da amiga.
— Retiro o que disse, esse vestido ficou lindo em você!
— Eu sei! Não é? Ele é lindo, não sei como não o vi antes. — Angel sorriu, admirando o vestido em seu corpo no espelho.
O vestido parecia muito simples, mas no seu corpo parecia se transformar, caindo perfeitamente nela. O decote era discreto, mas em compensação, ele era bem curto, deixando suas pernas à mostra, assim como ela gostava.
— Então, podemos ir pagar? Acho que ambas concordamos que estamos cansadas e com fome.
Angel assentiu e fechou o provador para retirar o vestido e colocar suas roupas de volta, rindo levemente ao pensar em como a amiga a tinha irritado a manhã toda dizendo que estava com fome a cada cinco minutos, mas era a primeira a entrar em uma loja de roupas quando via uma.
— Vamos.
Na pequena fila para o pagamento, elas tinham seus vestidos em mãos e esperavam a fila andar, o que estava sendo difícil, pois uma mulher passava vários vestidos na sua compra e só tinha um caixa funcionando.
— Ela está comprando esses vestidos todos para quem afinal? — Chloe sussurrou, batendo o pé de forma impaciente.
— Se acalma, ela já está no final, e só tem mais uma mulher na nossa frente. — Ela tentou acalmar a melhor amiga.
— Angelina, Chloe?
As duas se viraram e encontraram um garoto de olhos cor de mel e pele escura dourada encarando-as com um sorriso surpreso no rosto.
— Ryan? — As duas disseram ao mesmo tempo, surpresas ao verem o rapaz se aproximar. Angel, em especial, engoliu em seco ao pensar em como iria lidar com essa situação.
— Oi, como vocês estão? — Ele finalmente parou em frente a elas. Seu cabelo estava maior, e os cachinhos no topo da sua cabeça estavam descoloridos. Isso dava um charme ainda maior ao rapaz, Angel relutantemente pensou.
— Bem.... eu acho. — A loira falou, tentando não demonstrar o quanto estava desconfortável.
— O que você está fazendo aqui, Ryan? — Chloe questionou, cruzando os braços.
Ela exibia um sorriso no rosto, mas Angel sabia que era um sorriso falso, ela sabia que a amiga não estava feliz em encontrar seu ex-namorado ali. Duas semanas depois do término do namoro, Ryan se mudou com a família para a Califórnia, o que tinha deixado não apenas Angel, mas Chloe, feliz, apesar do fim do namoro ter sido amigável. Pelo menos foi isso o que ela contou.
— Ah, eu estou esperando minha mãe, ela faz parte de uma ONG e está comprando alguns vestidos para fazer um aniversário de dezesseis anos coletivo para as garotas que não podem pagar por uma festa.
Chloe forçou ainda mais o seu sorriso, tentando não pensar mal de si mesma por ter xingado a mãe dele de inúmeros nomes mentalmente. A mulher na fila era gordinha e em nada lembrava a mulher esbelta que se mudou da cidade com o marido e o filho há dois anos atrás.
— Eu quis dizer, o que você faz aqui em Westville? — Ela esclareceu. — Você não se mudou?
— Ah, sim, mas eu estou voltando para a cidade. Meus pais se separaram recentemente, e eu e minha mãe estamos nos mudando de volta para a nossa antiga casa.
É, um divórcio explica a mudança na aparência. Chloe pensou, mas imediatamente repreendeu o maldoso pensamento. O divórcio deve ter sido difícil, mas Chloe esperava que ela estivesse bem agora.
— Sinto muito pelos seus pais. — Disse Angel, entendendo pelo o que ele estava passando, quando seu pai saiu de casa, ela passou um bom tempo se isolando do tudo e de todos. Não era uma memória agradável. Adoraria poder ter mudado de cidade e estado, talvez assim ela tivesse se recuperado mais rápido.
— Está tudo bem. — Ele sorriu, educado.
— Vamos, filho?
A mulher do caixa parou ao lado de Ryan, tocando levemente em seu ombro. Ela era negra, e tinha os cabelos longos e cacheados. Se Chloe se recordava bem, o pai dele era branco, e por isso, Ryan tinha aquele tom de pele dourado tão interessante. Já os olhos eram claramente os mesmos da mãe.
— Mãe, você se lembra da Chloe?
— Chloe? — A mulher olhou para a morena. — Ah, claro! Que bom revê-la, docinho. Você está mais bonita.
— Obrigada, Sra. Stone.
— Me chame de Sra. Leni, ou apenas Sarah, eu estou separada e estou usando o meu sobrenome de solteira agora.
— Tudo bem, Sra. Leni. — Chloe sorriu sem graça.
Nunca foi muito próxima dela. Na verdade, Ryan só a apresentou para os pais em uma ocasião, e então, nunca mais os viu. Também não costumava frequentar a casa dele, e sim, a sua, já que os seus pais não ligavam quando eles ficavam se pegando em seu quarto.
— E essa é a melhor amiga dela, Angel.
A mãe dele olhou para Angel com um sorriso no rosto, mas alguma coisa estalou na mente da garota. Ela a olhava de um jeito estranho... quase acusador, como se a julgasse por algo. E Angel se pegou pensando, ou melhor, rezando, para que Ryan não tivesse contado para a mãe sobre eles dois.
— Prazer em conhecê-la, querida.
— Digo o mesmo, Sra. Leni. — Angel sorriu educadamente, e a mulher apenas assentiu, mantendo o mesmo sorriso e olhar de antes.
Angel não conseguia dizer se ela de fato sabia, ou se estava apenas imaginando coisas e sendo paranoica como resultado da culpa que a corroía diariamente.
— Vamos? — A mulher fitou o rapaz ao seu lado e ele apenas assentiu.
— Nos vemos por aí, garotas. — Ele se despediu.
Angel e Chloe se limitaram a apenas sorrir e acenar enquanto assistiam os dois se afastarem com várias sacolas nas mãos.
— Ótimo, mas um que está de volta. — Chloe resmungou.
— Como assim? — Angel perguntou, não entendendo o que a amiga quis dizer.
— Nada não, besteira minha. Vem, é a nossa vez.
— Vai primeiro, vamos pagar separado mesmo.
Chloe assentiu e seguiu primeiro até o caixa. Parada a alguns passos atrás, Angel ouviu o seu celular notificar alguma coisa e o tirou de dentro da pequena bolsa de ombro que tinha atravessada em seu corpo. Ela tinha recebido uma mensagem. Estranhou ao ver que era anônima, mas ainda assim, prosseguiu e leu.
Já pensou no que aconteceria se a Chloe um dia descobrisse sobre você e o Ryan? Eu já fiquei sabendo, quanto tempo até ela descobrir também?
O coração de Angel acelerou como nunca antes em toda a sua vida. Mas... que... merda? O que era aquilo? Ou melhor, quem havia mandado aquilo? Quem mais sabia? Ela olhou em volta, mas nenhum rosto a chamava atenção, apenas desconhecidos vagando pela loja à procura da roupa perfeita.
Um sentimento estranho tomou conta de seu estômago e ela teve vontade de vomitar, olhando para os lados de forma inquieta, sentindo como se estivesse sendo observada, apesar de ninguém ali parecer ligar para a sua existência. Tentando ignorar aquela sensação, ela voltou a olhar para o aparelho em sua mão.
— Angel? — Ela ouviu seu nome e levantou a cabeça, se deparando com Chloe a sua frente olhando-a como se ela estivesse doida. — Eu te chamei várias vezes e você não respondeu. É a sua vez!
— Ah, desculpa, eu me distraí. — Ela sorriu fraco e seguiu até a atendente, entregando-a o vestido e em seguida, os dólares que a sua mãe havia dado.
— O que aconteceu lá dentro? — Chloe perguntou assim que as duas saíram da loja com suas respectivas sacolas nas mãos. — Você estava estranha.
— Não foi nada. — Ela desconversou. — Foi como eu disse, apenas me distraí um pouco, nada demais.
— Tudo bem, então. — Chloe deu de ombros. — Praça de alimentação? — Perguntou, com um sorriso animado no rosto.
— Praça de alimentação. — Angel assentiu, querendo afogar suas inseguranças em um sorvete casquinha de baunilha no momento.
Angel desceu as escadas de casa rapidamente ao sentir o cheiro de biscoitos vindo do andar de baixo. Sua mãe não era ótima na cozinha, mas uma coisa que ela sabia fazer bem eram aqueles cookies com gotas de chocolates, sempre que ela os fazia, Angel não conseguia comer apenas um, eram simplesmente seus biscoitos preferidos.
Ela se aproximou do balcão da cozinha onde os cookies estavam colocados lindamente em uma tigela de vidro e esticou a mão para pegar um, recebendo um tapa estalado em sua mão.
— Ai mãe! — Ela observou indignada a sua mãe se afastar com a tigela de cookies, o que deu nela, afinal?
— Não são para você, e sim, para os novos vizinhos. — Elisa disse, enquanto cobria os cookies com papel filme.
— Temos novos vizinhos? — Angel levantou as sobrancelhas, surpresa.
— Sim, eles terminaram a mudança agora a pouco. — Informou, caminhando até a filha para a entregar a tigela de cookies. — E você vai lá, como uma boa vizinha, dar as boas-vindas. — Angel fechou a cara.
— Por que a senhora não vai?
— Por que eu tenho mais o que fazer, e você não. Agora anda logo!
Angel bufou, olhando para a tigela com água na boca, mas não contestou sua mãe, apenas seguiu até a porta da casa. Contudo, só depois de atravessar todo o gramado e chegar na calçada foi que ela se lembrou de que tinha esquecido de perguntar em qual casa estavam os novos vizinhos. Ela olhou em volta pela rua e enxergou um caminhão de mudanças estacionado em frente à casa ao lado da sua. Quando sua mãe disse "vizinhos" ela realmente quis dizer vizinhos! Caminhando na direção da casa, ela se perguntou se aquele caminhão enorme já estava ali quando chegou do shopping, pois se sim, ela deveria estar bastante desatenta para não o ter visto. Ao chegar em frente à casa, ela saiu da calçada e continuou pelo caminho de pedra no gramado até o pequeno terraço, onde tocou a campainha.
Um rapaz aparentando a sua idade abriu a porta. Ele tinha o cabelo castanho claro, liso e abaixo das orelhas, olhos da mesma cor, e a pele branca levemente bronzeada, como se ele tivesse passado alguns dias na praia antes de se mudar. Ele encarou Angel, levantando as sobrancelhas como quem diz "Olá?", e ela sorriu sem graça.
— Oi, hm.... eu sou Angel. — Ela equilibrou a tigela em uma só mão para esticar a outra e cumprimentá-lo.
— Isaac. — Ele disse, aceitando o cumprimento de mão da garota.
— Eu vim dar boas-vindas. Moro na casa ao lado. — Angel esticou a tigela na direção do rapaz e ele olhou para baixo surpreso.
— Ainda se faz isso? Levar biscoitos aos novos vizinhos? — Ele riu, pegando a tigela e rasgando um buraco no papel filme para poder pegar um cookie, levando-o à boca em seguida.
Angel assistiu a todos os seus movimentos do rapaz sem piscar, achando estranhamente sensual o jeito como ele mordia e mastigava o biscoito.
— Eu.... foi... — Ela piscou algumas vezes, desviando seus olhos da boca dele para seus olhos, o que não foi de muita ajuda. Ela limpou a garganta antes de continuar. — Foi ideia da minha mãe.
— Então, diga a sua mãe que muito obrigado, pois esses cookies estão maravilhosos! — Isaac sorriu, fazendo a garota ruborescer levemente.
— Ok. Hm.... espero que goste de Westville!
— Na verdade, eu já gosto. Eu sou nova-iorquino, mas o meu primo mora aqui e eu costumava visitar. É uma cidade bem tranquila, mas tem seu charme.
— Nossa, que legal! Quem é seu primo? — Ela se interessou, animada.
— Elliot Jackson. Conhece?
O sorriso no rosto de Angel foi murchando aos poucos e ela suspirou. Ele era primo de Elliot? É claro que era! Isaac era bonito demais para ser real, algo tinha que estar errado, e agora ela sabia o que era.
— Conheço. Quem não conhece, não é? — Ela deixou escapar a última frase, recebendo um olhar interrogativo do rapaz a sua frente, talvez ele não soubesse o que aconteceu? Impossível... — Você sabe... a Jessica... — Um olhar de entendimento cruzou o rosto dele e Angel não precisou continuar.
— É claro.
Isaac olhou para a tigela de cookies em sua mão e Angel encarou as próprias mãos, sem saber o que falar ou fazer para acabar com aquele incômodo clima que se instalou entre os dois. Não deveria ter dito nada. Mencionar a Jessica, então? Pior ainda! O que ela tinha na cabeça?
— Bem... eu vou indo. — Ela levantou os olhos para ele e sorriu sem graça.
— Tudo bem. Obrigado pelos cookies.
Angel apenas assentiu e se virou, caminhando normalmente, apesar da vontade de correr, até a sua casa. E apenas quando fechou a porta de seu quarto e o encontrou totalmente vazio e seguro, foi que ela liberou tudo o que estava sentindo.
— Imbecil! Imbecil! Tinha mesmo que ter dito aquilo? — Ela se jogou na cama, decepcionada consigo mesmo pelo jeito que havia conduzido a situação.
Seus pensamentos voltaram para dois anos atrás, e ela pensou em como a antiga Angel teria tirado toda essa situação de letra! Falar com um garoto, flertar, ela era expert nisso! Só que depois do que aconteceu na festa, ela não sabia bem o porquê, mas algo nela tinha mudado. Não se sentia tão confiante quanto antes, e de uma forma estranha, ela gostava disso. Não gostava da garota mimada e obcecada por status e popularidade que ela costumava ser antigamente. Sua nova eu era alguém mais fácil de lidar. Sua vida era melhor agora e ela gostava disso.
Seu celular vibrou, trazendo-a de volta para a realidade, e ela o alcançou em seu bolso, sentindo seu coração acelerar ao ver que, novamente, era uma mensagem anônima.
Se anime um pouco, anjinha, talvez ele beije melhor que o Ryan!
Angel jogou o celular no colchão ao seu lado e afundou sua cabeça no travesseiro, dando um grito. Ela já tinha se esquecido da mensagem que recebeu mais cedo, e essa nova surgiu como um tapa em seu rosto para lembrá-la de que alguém em Westville não apenas sabia o seu segredo, como também estava disposto a brincar com isso.
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