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Capítulo 8 - 📃Equipe De Buscas📃

O prefeito Renato Medeiros irrompeu pelo saguão da grande casa, sua expressão era tão sombria quanto a noite que ameaçava engolir Brisa Nova. Miguel o viu antes mesmo de ouvir a porta se abrir com violência. Ainda no limiar da escuridão e luz fraca das lâmpadas, ele endireitou-se, tentando manter a calma.

- Senhor Medeiros... - cumprimentou com formalidade contida.

Mas o prefeito nem esperou que a frase terminasse. Em dois passos largos, Renato já o agarrava pelo colarinho, com os olhos em chamas, cada sílaba saiu cortante.

- O que você fez com minha filha, seu desgraçado!

Aquela voz rouca e furiosa reverberou nas paredes como uma ameaça velada. Miguel ofegou, um cheiro agridoce de álcool e amargura escapavam da respiração do prefeito, que apertava cada vez mais sua camisa entre os dedos. Marta, logo atrás, parecia flutuar pela cena, mais fantasmagórica que real, tentando acalmar a fúria do marido.

- Calma, querido. Não pode acusá-lo assim, sem provas!

Mas Renato não estava disposto a escutar.

- Provas?! Provas do quê? Está mais do que claro, Marta! Elisa terminou com ele e ele, incapaz de aceitar o fim, fez o impensável!

Miguel, ainda com a camisa estrangulando-lhe o pescoço, tentava encontrar palavras enquanto a voz do seu pai, Beto, se ergueu do outro lado da sala.

- O senhor está louco, prefeito! Não pode entrar na minha casa e acusar meu filho sem mais nem menos!

A fúria de Renato não tinha limite. Mas a fala de Marta, sempre sutil e calculada, logo soou, mais persuasiva do que nunca.

- Renato, escute... a eleição está próxima. Isso vai manchar sua imagem. Precisamos encontrar nossa filha, sim, mas não dessa forma!

Havia algo mais nos olhos dela, uma calma irônica que só ele pôde captar, o temor por Elisa misturava-se a uma sutil preocupação pelo que aquela fúria descontrolada poderia fazer à campanha do marido.

Renato hesitou, com os seus olhos faiscando de frustração e raiva. Largou Miguel abruptamente. O rapaz cambaleou ligeiramente ao se recompor. Cada parte da sua roupa parecia carregar a marca do desprezo do prefeito. Miguel virou-se para ele, com a voz firme e carregada de uma dor genuína.

Na confusão de passos apressados e respirações ofegantes, Beto, moveu o olhar inquieto pelo ambiente. Se lembrou da filha, mas não conseguiu acha-la na confusão.

- Prefeito, eu jamais faria mal a Elisa, eu a amo!

Renato cuspiu as palavras num ódio palpitante.

- Veremos, Miguel, veremos... Beto... - Volto-se para o homem e continuou: - se o seu filho tiver algo a ver com o desaparecimento da minha filha, ele vai apodrecer atrás das grades. Nem que seja a última coisa que eu faça! - Renato afirmou com a voz carregada de indignação e ameaça.

- Prefeito... pelo amor de Deus, quem você pensa que é?! - Beto rebateu, colocando-se na defesa do filho com sua voz saindo trêmula de raiva.

- O prefeito de Brisa Nova! - Renato respondeu com altivez, inflando o peito de orgulho.

- Por enquanto, Renato, por enquanto... Até Píris vencer e derrubá-lo dessa cadeira. - Beto provocou, sorrindo com um tom desdenhoso que só aumentou a tensão no ambiente.

- Boa, papai! - Ana irrompeu, entrando de repente na discussão com um brilho desafiador nos olhos.

- Você sempre foi e sempre será um burro na política, Beto! Não entende nada! Não é à toa que perdeu três vezes seguidas para mim! - Renato gritou, com seu rosto se contorcendo de fúria.

Ana, com a política fervendo em suas veias e o sangue quente diante da afronta, não conseguiu se conter:

- Mas dessa vez será diferente! O povo já cansou das suas mentiras e promessas não cumpridas. Nosso Nacional vai vencer, e Píris será o novo prefeito! É melhor ir arrumando as malas!

- Mas que menina insolente! - O prefeito, tomado pela ira, cerrou os punhos e ergueu a mão, preparando-se para dar-lhe um tapa.

Ana, paralisada pelo medo, encolheu-se e fechou os olhos, esperando o golpe.

- Encoste um dedo sequer na minha filha, e você passará o resto da campanha impossibilitado até de pedir votos! Vou quebrar você inteiro! - Beto rugiu, colocando-se à frente de Ana como um leão protegendo sua cria.

O ar parecia denso o suficiente para cortar. O silêncio que se seguiu foi tão pesado que o som das respirações descompassadas ecoava no espaço, cada um lutando para recompor suas emoções destroçadas.

- Chega! - A voz de Marta soou firme e afiada, cortando a tensão como uma lâmina. - Viemos aqui para unir forças, não para nos engalfinharmos em brigas mesquinhas. Renato, querido, nossa filha está desaparecida. Precisamos de foco, não de discussões inúteis!

- Elisa está desaparecida, e vocês discutindo política como se isso fosse mais importante?! - Miguel gritou com sua indignação rompendo como uma explosão.

Os olhos de Beto recaíram sobre o filho, e ele sentiu o peso das palavras. Sempre quis que Miguel gostasse de política tanto quanto ele e Ana, mas o filho sempre a detestou. Esse jogo sujo, recheado de interesses egoístas, o enojava profundamente.

- Você está certo, filho. - Beto suspirou, abaixando os ombros. - Peço desculpas... Vamos nos concentrar no que realmente importa. Vamos encontrar Elisa e trazê-la de volta para casa em segurança.

Miguel não respondeu, mas seu olhar permanecia acusador. Renato desviou os olhos, seu rosto era marcado pela mistura de raiva e preocupação. Marta segurou o braço do marido com força, murmurando algo em seu ouvido, tentando acalmá-lo.

A tensão ainda pairava no ar, mas, aos poucos, os ânimos começaram a se esfriar. Todos sabiam que o verdadeiro inimigo não era nenhum deles, mas o desaparecimento de Elisa, que deixava uma sombra de incerteza e medo sobre todos ali.

Beto ergueu uma lanterna, e os feixes de luz cruzaram a sala meio escura. O feixe se refletiu no rosto de Marta, iluminando suas feições frias e calculistas, mas com um quê de urgência. Miguel, tentando afastar o nó que permanecia em seu estômago, pegou outra lanterna, decidido.

- Nós estávamos prestes a sair para procurá-la. - Miguel disse com firmeza. - Ela saiu sozinha, recusou minha companhia... Deve estar perdida em algum canto, talvez no campo, na trilha por onde passamos.

Renato o encarou, com uma luta interna visível em seus olhos: o pai, temeroso pela filha, e o político, preocupado com as consequências de cada movimento.

- Vamos! - disse, finalmente cedendo, com o semblante sombrio. - Vamos encontrar Elisa.

Saíram apressados, cada um em seu próprio veículo e Miguel em seu cavalo. O som dos motores e do cavalo cortava o silêncio da noite, enquanto uma brisa gélida sussurrava segredos perdidos na escuridão.

O céu estava pesado, ameaçando uma chuva que logo encobriria quaisquer pistas que encontrassem.

Helia permaneceu na porta, com seu olhar perdido na escuridão enquanto via os carros se afastarem. O vento frio e úmido acariciava seu rosto, mas ela não parecia sentir; seu coração estava apertado, pulsando como se quisesse romper as barreiras do corpo e se lançar atrás daqueles que agora buscavam por Elisa.

Ela respirou fundo. Uma gota de orvalho escorria pela madeira da porta, tão solitária quanto sua angústia, e ela sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

Com um suspiro profundo, Helia fechou a porta e se virou, com o coração batendo forte, com um misto de fé e desespero. Caminhou pela sala em silêncio. Ao chegar ao corredor, chamou pela filha, com sua voz carregada de uma ternura angustiada.

- Ana! Cadê você, filha?

A resposta veio como um sussurro com um toque de travessura.

- Estou aqui, mamãe!

Ana surgiu do quarto com o celular em mãos, e o rosto iluminado por uma expressão enigmática, os lábios curvados em um sorriso malicioso, como se escondesse um segredo que a deixava absurdamente satisfeita. Havia algo de inquietante naquela felicidade contida, um brilho no olhar que Helia não conseguiu decifrar.

Helia ergueu uma sobrancelha, sentindo um calafrio estranho.

- Venha, Ana. - ela disse suavemente. - Vamos acender uma vela e orar por Elisa.

Por um segundo, Ana hesitou, ainda segurando o celular como se aquilo fosse seu talismã secreto. Seus olhos brilharam com um toque de ironia dançando ali, mas ela assentiu, deixando o sorriso esvanecer-se, transformando-o em uma expressão de cumplicidade.

- Sim, mamãe...

Ana aproximou-se, guardando o celular no bolso e oferecendo sua mão à mãe. Helia a segurou, e por um instante sentiu a aspereza daquela palma jovem, que tremia levemente. Caminharam juntas pela sala até o pequeno altar de velas próximo à janela. O som do vento lá fora parecia murmurar palavras que ela mal conseguia entender, como uma melodia distante, incompreensível.

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As buscas ao redor da casa dos tios de Miguel começaram com uma organização rápida e estratégica. O céu estava coberto por um manto denso de nuvens, e as árvores ao redor lançavam sombras longas e inquietantes, dançando sob a luz das lanternas. O ar cheirava a terra úmida e pinho, e o silêncio da noite era quebrado apenas pelas respirações pesadas e os galhos secos estalando sob seus pés.

- Certo, vamos nos dividir para cobrir uma área maior. - disse Beto, com uma voz firme e autoritária, tentando manter a calma em meio ao desespero coletivo.

Todos assentiram, e ele continuou:

- Prefeito, você vai com Marta. Miguel e eu nos separaremos para vasculhar outros pontos.

Renato respirou fundo, mas a ansiedade já dominava seu semblante.

- Procurem em cada canto, em cada lugar possível onde ela possa estar. Temos que encontrar Elisa! - sua voz saiu mais desesperada do que ele pretendia, mas ninguém o censurou. Todos ali compartilhavam a mesma agonia.

Com um último olhar, cada um tomou uma direção diferente, gritando o nome de Elisa alto, enquanto adentravam a floresta densa que cercava a casa. A escuridão parecia engolir o som, tornando tudo ainda mais angustiante. Cada arbusto, cada sombra os fazia parar por um instante, mas não havia qualquer sinal dela.

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Horas se passaram, e o cansaço começava a tomar conta de todos. O céu já se tingia de um azul profundo, denunciando que eram quase quatro da madrugada, mas Elisa ainda estava desaparecida.

- Vamos continuar! - Renato gritou, com sua voz embargada pelas lágrimas que ele já não conseguia conter. - Temos que encontrar minha filha!

Mas Beto, pesaroso, colocou uma mão no ombro dele.

- Não vamos conseguir nada agora, prefeito. A escuridão está nos atrasando. É melhor descansarmos um pouco. Podemos dormir nos carros e, assim que o sol nascer, continuamos.

Renato hesitou, com o desespero ainda latejando em cada fibra de seu corpo, mas acabou acenando, sem forças para contrariar o conselho. Todos começaram a retornar aos veículos, exaustos e com a esperança já um tanto combalida.

Mas Miguel, com os olhos flamejando em determinação, se recusava a parar. Ele soltou a respiração, com uma teimosia que se convertia em coragem, e disparou:

- Não vou parar enquanto não a encontrar!

Beto, percebendo o quão exausto seu filho estava, tentou acalmá-lo.

- Filho, amanhã, quando estiver mais claro, teremos mais chances de achá-la. Precisa descansar!

- Vocês podem descansar, mas eu não! - Miguel afirmou, com a voz firme e cheia de uma paixão que ele já não conseguia conter. Com um movimento ágil, montou em seu cavalo e se embrenhou na mata, ignorando os gritos de seu pai, que agora ecoavam em vão pela noite.

- Miguel! Volte aqui, filho! Pode ser perigoso! Miguel!

Mas a figura do rapaz já desaparecia entre as árvores, uma sombra determinada a desafiar a escuridão em busca de Elisa, enquanto o vento uivava entre os galhos, como se guardasse segredos sombrios daquela noite.

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Em uma sala silenciosa e abafada, onde a penumbra parecia espreitar cada canto, Isadora Vasconcelos, mãe de Artur, o CEO permanecia imóvel diante de uma bola de cristal. Seus olhos opacos, quase inumanos, refletiam a névoa interna do objeto, que dançava em tons de cinza e prata, como se mantivesse segredos trancados nas brumas do tempo. Um leve cheiro de incenso pairava no ar, misturado com um toque de sândalo e algo adocicado, quase enjoativo. A cena lembrava um santuário onde apenas aqueles com coração endurecido podiam entrar.

A porta rangeu levemente, e uma figura se aproximou, silenciosa como um espectro. Artur, encostou-se ao batente, com os braços cruzados, observando a mãe com um semblante frio, mas atento.

- Me chamou, mamãe? - Ele falou em um tom baixo, a voz reverberando com um toque de sarcasmo. Mesmo entre sombras, ele emanava uma presença magnética e calculista, como alguém que planejava cada palavra.

Isadora sorriu levemente, mas não desviou o olhar da bola de cristal. Sua voz soou calma, com uma tranquilidade que poderia congelar até a alma mais corajosa.

- Parece que Elisa, enfim, aceitou o casamento arranjado... - murmurou com seus dedos finos deslizando pela superfície da bola, como se acariciasse o próprio destino. - Terminou com o jovem Miguel... e agora está perdida, vulnerável, na mata.

As palavras dela pairaram no ar, carregadas de uma estranha satisfação, como se os acontecimentos fossem peças de um jogo onde ela já conhecia o resultado. O impacto dessas palavras fez Artur descruzar os braços e dar um passo à frente, com seus olhos fixos na mãe, a incredulidade começou se transformar em determinação.

- O quê?! - Ele exclamou, com um tom que misturava surpresa e um certo entusiasmo. Finalmente, um momento propício, uma abertura calculada para ganhar a confiança de Elisa. Ele não poderia perder essa chance.

Isadora desviou o olhar da bola, fitando o filho com um sorriso enigmático, como uma velha feiticeira que conhece o destino de todos, mas se diverte com a luta de cada um.

- Sua chance de ganhar um ponto com Elisa é agora, Artur. Precisa agir rapido, o dia está amanhecendo... vá logo, antes que outros a encontrem. Seja o seu herói improvél.

Havia uma nota de ironia em sua voz, um tom que mesclava comando e desprezo, como se ela o controlasse e desprezasse ao mesmo tempo. Artur respirou fundo, com seu olhar oscilando entre a bola de cristal e o rosto de Isadora. Ele sempre soube que ela manipularia qualquer um, até mesmo ele, se isso significasse avançar no grande jogo que apenas ela parecia enxergar por inteiro.

- Claro, mãe... Vou levar minha equipe. Apenas mostre onde ela está. - Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça, com seu olhar refletindo um misto de decisão e uma resistência contida, quase como se lutasse contra o destino que Isadora o empurrava a cumprir.

- Não. Tenho um plano melhor. - Sorriu divertida. - Apenas convença o delegado a lhe acompanhar.

Artur se mexeu e estreitou os olhos, instigado.

- O plano é o seguinte...

Isadora começou, sem perder o sorriso, um riso silencioso, como se o simples fato de colocar Artur em movimento fosse o suficiente para satisfazer seus próprios desejos sombrios.


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