Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2 - 📄Outros Planos Para Elisa📄

No escritório amplo da casa, de uma das famílias mais influentes de Brisa Nova, o pai de Elisa, Renato Medeiros, caminhava de um lado para o outro, aflito. A cidade litorânea, com suas praias de areia branca e palmeiras imponentes, tinha sido seu reino por anos, mas agora tudo estava prestes a desmoronar.

O silêncio era denso, apenas interrompido pelo tilintar de um copo de uísque que o prefeito Renato Medeiros segurava em mãos. A luz da luminária dourada refletia no mármore da mesa, onde pilhas de documentos estavam espalhadas, junto com cartas de cobrança e relatórios financeiros. O semblante de Renato estava pesado, as olheiras profundas denunciando noites mal dormidas.

- Temos que resolver isso, Marta - disse ele com a voz baixa, mas carregada de desespero. Caminhava de um lado para o outro como se o movimento pudesse aliviar a tensão que corroía seus nervos.

Marta, sua esposa, estava sentada no sofá de couro creme, os braços cruzados e a testa franzida. Ela sabia que o marido estava sob pressão por causa da reeleição, mas nunca imaginou que as coisas tinham chegado a esse ponto. A cidade de Brisa Nova, onde ele era prefeito, estava em crise. Promessas de campanha não cumpridas, dívidas crescentes e suspeitas de irregularidades pairavam sobre a administração de Renato.

- E como exatamente você planeja resolver isso? - perguntou Marta, com um tom de desconfiança. - A eleição está a um mês, e não temos mais dinheiro. O partido se recusa a ajudar, e se não vencermos... você sabe o que isso significa. Não estamos apenas falando de perder o cargo. Se investigarem minha gestão, Marta, eu posso acabar preso!

Ele parou de andar e esfregou as têmporas com força, como se as suas próprias palavras tivessem perfurado algo profundo dentro dele.

- Eu sei disso! - respondeu ela. - Estou enrolada tanto quanto você! - Marta falou nervosamente e aflita.

- Mas eu encontrei uma saída... - Medeiros hesitou, como se procurasse as palavras corretas. Marta o observou atentamente, sentindo uma sensação estranha crescer dentro dela. - Recebi uma proposta.

- Que tipo de proposta? - Ela endireitou-se no sofá, com os olhos se estreitando.

Renato soltou um longo suspiro, cruzou os braços e finalmente disse:

- Um casamento... de contrato.

O silêncio que se seguiu foi tão intenso que Marta quase conseguia ouvir o som da própria respiração. Ela piscou várias vezes, processando as palavras do marido.

- Casamento de contrato?! - repetiu ela, incrédula. - Está falando de nossa filha? De Elisa?

Renato desviou o olhar por um instante, mas depois assentiu.

- Sim. O CEO de uma grande empresa de construção civil, Artur Vasconcelos, me procurou. Ele se agradou de Elisa... gostou dela, achou-a... - ele gaguejou - ...charmosa, bonita. Ele tem dinheiro, Marta, muito dinheiro. Se eu aceitar essa proposta, ele não só ajudará na campanha, como também quitará todas as nossas dívidas.

Marta o encarou por um momento, sentindo um misto de raiva e incredulidade subir por seu corpo.

- Você está vendendo a nossa filha?! - exclamou, levantando-se do sofá abruptamente. - Está vendendo a nossa querida Elisa para esse homem?! Ele vai se aproveitar do corpo dela, e depois, ao fim do contrato, vai largá-la, sabe-se lá em que estado emocional ela estará. Depois, qual homem vai querer casar-se com ela?

- Não é assim, Marta! - Renato se defendeu, erguendo as mãos. - Não estou vendendo a nossa filha, é uma... oportunidade. Ela não precisa amar esse homem, é só um acordo temporário. Quando acabar, ela estará livre, e ainda vamos garantir que ninguém descubra. Esse contrato é sigiloso.

Marta balançou a cabeça em negação, dando passos lentos até a janela, onde olhou para o jardim da casa.

- E ainda tem o Miguel, ele ama de mais a nossa filha e ela ama-o muito também... até falam em se casar.

- Ele é um bom moço, mas é muita coisa que está em jogo, Marta! Não é um filho de agricultor que vai atrapalhar os nossos planos!

- Isso suou muito preconceituoso, Querido!

- Não importa! Agora o rapaz é o menor dos nossos problemas! - Falou ainda mais nervosso.

- Eu não concordo com isso, Renato. Minha resposta é não! Elisa merece escolher com quem quer estar. Como disse, ela ama aquele rapaz! Como você pode pensar em destruir o futuro dela por causa dos seus erros?

Renato fechou os olhos e esfregou o rosto com força, sentindo o peso da culpa e da necessidade esmagando-o.

- Já está decidido, Marta! - ele disse com firmeza, com sua voz mais fria do que antes. - Não temos outra opção. Se eu perder essa eleição, vou ser preso! Toda a nossa vida será destruída, e você sabe disso.

Marta o encarou, com os olhos marejados. Por um instante, parecia que ela ia continuar discutindo, mas então suspirou, afastando-se até a porta.

- Isso não vai acabar bem, Renato... Você sabe disso.

Antes que ela pudesse sair, ele deu um soco leve na mesa, frustrado, fazendo os papéis tremerem.

- Não há mais o que discutir, Marta. Estamos com as mãos atadas.

Marta saiu do escritório, sentindo uma lágrima solitária rolar por seu rosto, e o coração apertado pela decisão que o marido havia tomado.

______________________________________

Apos alguns minutos do mal subto e da sensação estranha que envolveu Elisa, Miguel a acompanhou até a sua casa. Parados ali na frente do jardim, de mãos dadas, promessas eram sussurradas e planos eram feitos para o futuro.

- Estou guardando todo o dinheiro que consigo, sabia? - Miguel quebrou o silêncio, sua voz era grave, mas carregada de ternura, enquanto seus olhos escuros se fixavam nos de Elisa. - Não vai ser muito, no início. Talvez uma casinha simples, de aluguel... mas logo a gente consegue juntar mais e comprar uma própria.

Elisa olhou para ele, seus grandes olhos castanhos refletianham a luz do início da noite. A ideia de um futuro com Miguel sempre a encheu de esperança. Era como se o mundo ao seu redor perdesse importância quando estavam juntos, como se tudo que importasse estivesse ali, naquele banco, naquele momento. Ela sorriu de leve, um sorriso sincero, e apertou a mão dele.

- O que importa é o amor entre nós - disse ela suavemente. Sua voz tinha uma calma que contrastava com a tempestade interna que sentia. Havia uma inquietação, algo que ela não conseguia expressar, mas, acima de tudo, o amor por Miguel prevalecia.

Miguel, com um olhar profundo e cheio de emoção, segurou delicadamente o rosto de Elisa e a fitou nos olhos, como se quisesse gravar aquele momento para sempre.

- Elisa, eu prometo te amar para sempre. Não importa o que aconteça, vou estar ao seu lado. Vamos superar tudo juntos, como sempre fizemos.

Elisa sentiu o coração acelerar com aquelas palavras. Ela sabia que o amor de Miguel era genuíno, intenso. Seus lábios tremeram levemente antes de responder, mas a certeza em sua voz era inconfundível.

- Eu também te prometo, Miguel. Não importa onde a vida nos leve, eu estarei com você. Sempre. Não há nada que possa nos separar.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, contemplando o peso das promessas que haviam feito. O som do vento e o farfalhar das folhas pareciam abençoar aquele pacto de amor eterno.

Elisa olhou para Miguel com os olhos brilhando de emoção, seu coração batia acelerado ao ouvir as promessas de amor. Lentamente, ela se inclinou em sua direção e, sem dizer mais nada, seus lábios se encontraram. O beijo foi profundo e cheio de sentimentos, como se cada toque fosse uma jura de eternidade. As mãos de Miguel deslizaram até a cintura dela, puxando-a delicadamente para mais perto, enquanto Elisa entrelaçava os dedos nos cabelos dele, como se não quisesse que aquele momento terminasse.

Quando finalmente se separaram, suas respirações estavam ofegantes, mas os olhos ainda conectados, selando uma despedida que parecia dolorosa, embora soubessem que logo estariam juntos de novo. Miguel a envolveu em um abraço apertado, sentindo o calor do corpo dela contra o seu, como se quisesse guardar aquela sensação pelo maior tempo possível.

- Vou sentir sua falta até amanhã! - murmurou ele, beijando a testa dela antes de se afastar.

- Eu também, meu amor! - respondeu ela, com a voz levemente embargada.

Enquanto observava Miguel se distanciar pela rua de paralelepípedos, o céu já estava estrelado, a noite caía sobre a cidade.

_______________________________________

No caminho de volta para casa, Miguel ainda sentia o gosto suave dos lábios de Elisa. Suas promessas ecoavam em sua mente, dando-lhe forças para continuar sonhando com o futuro. Mas, ao dobrar a esquina, dois homens surgiram inesperadamente, bloqueando sua passagem.

- Desista de Elisa, Miguel! - disse um deles, com um tom frio e ameaçador. - A filha do prefeito não é pra você.

Antes que pudesse reagir, um dos homens segurou seus braços por trás, enquanto o outro desferiu um soco certeiro em seu queixo, seguido por outro no estômago, arrancando-lhe um gemido de dor.

Miguel foi solto e desabou no chão, encolhendo-se enquanto levava as mãos ao estômago, ofegante e debilitado. Sua visão se tornou turva, até que perdeu a consciência.

Antes de desmaiar por completo, Miguel ouviu as vozes abafadas dos homens ainda murmurando:

- Pessoas poderosas estão de olho nela... se afaste antes que isso custe sua vida!

As palavras ecoaram em sua mente enquanto a escuridão tomava conta, deixando um misto de medo e confusão pairando no ar.

______________________________________

Elisa entrou em casa com a leveza de quem teve um bom dia. O solto  balançava levemente. Ela não sabia, mas o ambiente dentro da casa estava carregado de tensão. Assim que fechou a porta, sentiu um arrepio estranho na nuca, como se algo estivesse prestes a mudar.

Ela tirou os sapatos e os deixou ao lado da porta. Caminhou com passos leves até a sala de jantar, onde avistou seus pais sentados à mesa. O ar estava pesado, diferente de todas as noites normais. O pai, Renato Medeiros, estava com as mãos apoiadas no queixo, olhando fixamente para um ponto indefinido à sua frente. A mãe, Marta, mantinha os olhos baixos e as mãos inquietas sobre o colo.

- Oi, mãe! Oi, pai! - Elisa sorriu, aproximando-se da mesa. - Está tudo bem?

O silêncio entre os dois fez o sorriso de Elisa vacilar. Ela se sentou à mesa, tentando entender o que estava acontecendo. Era raro ver o pai tão calado e a mãe tão distante.

- Elisa, precisamos conversar. - a voz de Renato finalmente ecoou, grave e sem emoção. Ele não olhou diretamente para a filha, mantendo os olhos fixos em um ponto da mesa.

Marta mordeu os lábios, visivelmente desconfortável. A jovem se ajeitou na cadeira, com o coração acelerado. Algo não estava certo.

- Sobre o quê? - Ela tentou manter a calma, mas o olhar da mãe, carregado de tristeza, fez com que um calafrio corresse por sua espinha.

Renato finalmente ergueu o olhar e soltou um longo suspiro.

- Você vai ter que terminar com Miguel. - disse ele, seco e direto, como se estivesse dando uma ordem simples.

Elisa arregalou os olhos, incapaz de processar o que acabara de ouvir.

- O quê?! Como assim, pai?! Eu amo o Miguel, por que teria que terminar com ele?! - A voz dela tremeu, misturando confusão e medo.

Renato bufou, claramente irritado com a reação da filha, como se esperasse que ela simplesmente aceitasse suas palavras sem questionar. Ele endireitou-se na cadeira, olhando para ela com um misto de frustração e desespero.

- Porque temos outros planos para você. - disse ele com firmeza. - E esses planos envolvem um casamento... de contrato.

As palavras pairaram no ar por um momento, como uma sentença pesada demais para ser compreendida. Elisa sentiu o chão sumir sob seus pés, o coração batia descompassado.

- O quê?! Casamento de contrato?! Do que você está falando?! - Ela se levantou da cadeira, com o rosto ficando vermelho de incredulidade.

Renato levantou a mão, pedindo que ela se acalmasse, mas Elisa estava longe de conseguir manter a calma.

- Recebi uma proposta de um homem poderoso. Ele é rico, muito rico. - Renato continuou, agora mais impaciente. - Ele vai ajudar nossa família, me ajudar a vencer as eleições. Precisamos desse dinheiro, Elisa. Não temos outra escolha.

- Outra escolha?! - A voz dela estava repleta de dor e raiva. - Está me vendendo para um estranho?! Está me forçando a casar com alguém por dinheiro?! - As lágrimas começaram a se acumular nos olhos de Elisa, mas ela lutava para não deixá-las cair. - E você quer que eu abandone o Miguel, a pessoa que eu mais amo, por isso?!

Marta abaixou a cabeça, incapaz de olhar para a filha. O silêncio dela era ensurdecedor, uma espécie de aceitação amarga.

Renato, por outro lado, endureceu a expressão, sua paciência estava chegando ao limite.

- Isso não é uma escolha, Elisa. É uma necessidade. Se eu perder essa eleição, tudo que construímos vai desmoronar. Não vou deixar que essa família afunde! - Ele bateu na mesa com força, fazendo os talheres tremerem.

Elisa recuou um passo, com os olhos arregalados em choque. Era difícil de acreditar que o pai, aquele homem que sempre foi seu exemplo de integridade, estava agora propondo algo tão monstruoso. Ela sentiu o estômago revirar de nojo e desespero.

- Eu não vou fazer isso! - gritou Elisa, com a voz cheia de convicção, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. - Eu amo o Miguel, e nada vai me fazer desistir dele!

- E quanto a minha carreira política?! - O pai questionou eriçado se mexendo a mesa.

- Que se dane sua droga de carreira política! - Ela esbravejou para ele.

Antes que pudesse se afastar, Renato levantou-se abruptamente, com a fúria estampada no rosto. Ele desabotoou o cinto com um movimento rápido e o metal tilintou no ar.

- Você vai aprender a me respeitar, garota ingrata! - gritou ele, com o cinto em mãos, pronto para agir com violência.

Elisa congelou, com o coração disparado, mas antes que o pai pudesse avançar, Marta se colocou entre eles, segurando o braço do marido com firmeza.

- Renato, não! - exclamou ela, com a voz embargada pelo medo e pela tristeza. - Isso não vai resolver nada. Dê um tempo a ela... por favor!

Renato respirou fundo, com o rosto ainda avermelhado de raiva, mas, aos poucos, abaixou o cinto. Ele bufou, exasperado, e voltou a sentar-se à mesa, com os dedos esfregando as têmporas com força.

- Amanhã... amanhã conversaremos sobre isso de novo. - Marta olhou para Elisa, com o olhar implorando para que a filha se acalmasse.

Elisa, com o peito arfando, sentiu-se traída e sozinha. Sem dizer mais uma palavra, ela virou-se e correu para o quarto com as lágrimas finalmente rolando por seu rosto. Assim que fechou a porta atrás de si, desabou na cama, apertando o travesseiro contra o peito enquanto o choro a consumia.

Ela não sabia o que fazer. Seu coração estava partido. Como poderia enfrentar aquela situação? Como poderia escolher entre o amor da sua vida e a lealdade à sua família?

_________________________________________

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro