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Capítulo 📃11 - Armadilha📃

Miguel descia de seu cavalo e o conduzia até o riacho. A água borbulhava suavemente na pequena cachoeira, refletindo a luz quente do entardecer. Ele não percebeu, mas do outro lado da mata, uma figura permanecia oculta, observando cada movimento seu com precisão. O som do vento e o canto distante de um pássaro eram a única companhia de Miguel, enquando seu cavalo saciava a sede e ele lavava o rosto nas água limpas do riacho.

- Encontrou algo, Delegado? - A voz do prefeito soou como um eco, inesperada, quebrando o silêncio. Ele apareceu por trás, do imponente delegado com os passos discretos de quem sabia se mover nas sombras.

O delegado, se virou abrubto e assustado, mas antes que falasse...

- Ou, Delegado... - O prefeito disse, com um tom pesado, quase imperceptível, ao berceber a presença de Miguel lá em baixo. - Espero que esteja mirando em um urso, e não no pobre rapaz.

O delegado lançou-lhe um olhar sério e falou com voz calma, mas carregada de um subtexto que o prefeito logo percebeu.

- Não me tenha por tolo, prefeito. - Respondeu, baixando o rifle e o descançando no chão. - Estou apenas observando de perto o rapaz com mais cuidado.

Medeiros permaneceu em silêncio, com seus olhos estreitando-se enquanto observava a cena.

- Sei que já desconfia que ele pode estar envolvido nisso... - O delegado continuou com sua voz mais baixa agora, como se pesasse as palavras. — Ele foi o último a estar com sua filha antes do desaparecimento.

O prefeito, com expressão mais seria, observou Miguel por um instante antes de responder com firmeza.

- Não nego que sim. O desespero nos faz precipitar, minha filha é tudo que mais amo nessa vida, mas ainda é cedo para julgamentos e certezas.

— Concordo. — Mas se o seguirmos, talvez ele nos leve direto a Elisa.

O delegado sabia que Miguel provavelmente não tinha culpa. Mas, se segui-lo garantisse a aproximação de Artur e Elisa, quem era ele para interferir?

Eles se viraram ao perceber que Artur se aproximava.

- Artur... não tem dúvidas quanto a isso. - Disse o delegado com o olhar se tornando mais incisivo. - Se tudo se confirmar, ele nos levará até o paradeiro de sua filha. - Observou a reação do prefeito que fitou novamente o rapaz ao longe, avaliando as palavras pronunciadas, antes de responder.

- Claro, Artur está torcendo por isso, quer o caminho livre para ter Elisa ao seu lado.

— E ele realmente precisa que alguém tire os obstáculos do caminho? — questionou o delegado, com a voz firme, deixando claro que o prefeito já sabia a resposta.

- Senhores... alguma novidade? - Artur questionou assim que chegou.

- Nem uma. Ainda seguindo o plano inicial. Estou na cola dele observando cada movimento. - O delegado falou se virando para onde O rapaz estava.

Miguel olhava o seu reflexo tremulando nas águas do riacho e desesperado questiona:

" Onde está você Elisa? Queria pedir-lhe desculpas por ter-te deixado partir tão fácilmente. Queria-lhe abraçar agora e acordar desse pesadelo terrível! Uma luz... eu só preciso de uma luz para lhe encontrar. "

Assim que se ergueu levantou o olhar e estreitou os olhos ao ver um pedaço de tecido preso num arbusto a se mover com a brisa que passava. Não tinha dúvidas, era um pedaço da Túnica de Elisa. Então montou no seu cavalo e saiu as pressas com as esperanças renovadas.

- Lá vai ele, vamos segui-lo! - O delegado alertou.

O clima estava tenso, e a ameaça velada pairava no ar. Ambos sabiam que estavam mais próximos de descobrir a verdade, mas o jogo de mistério ainda estava longe de acabar.

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O silêncio da mata era traiçoeiro, interrompido apenas pelo som das folhas roçando umas nas outras e do cascalho sob as patas do cavalo de Miguel. Ele desmontou com cuidado, com os olhos atentos ao entorno. O vento trazia o cheiro úmido de madeira apodrecida, misturado ao aroma da água fresca que corria pelo riacho próximo.

Miguel avançou com os músculos tensos e a respiração pesada, sentindo o chão irregular sob suas botas. Entre as árvores, avistou uma mancha escura na madeira de um tronco. Era Sangue. O cheiro metálico e enjoativo confirmou suas suspeitas. Ele apertou os punhos, determinado. Estava perto. Muito perto.

Enquanto isso, na distância, o delegado, Artur e o prefeito Medeiros o observavam. Eles se moviam como sombras, mantendo Miguel sempre à vista, mas sem revelar suas presenças.

No alto de uma colina, Isadora, a bruxa de olhos perspicazes e sorriso traiçoeiro, observava tudo com satisfação. O vento agitava seus cabelos negros como serpentes dançando em torno de seu rosto.

- Ele está seguindo as pistas que plantei, propositalmente pelo bosque. - A voz dela era um sussurro carregado de veneno. - Está caindo como um cordeiro na armadilha.

Ela gargalhou suavemente, o som ecoou como uma melodia dissonante entre as árvores. Seus olhos encontraram os de Artur, que, de onde estava, ergueu ligeiramente o queixo em reconhecimento. Um sorriso discreto surgiu em seus lábios, uma cumplicidade que dizia mais do que palavras poderiam.

- Vamos, não podemos perdê-lo de vista! - o delegado ordenou, a voz firme cortou o ar como um chicote. Ele tomou a dianteira, os outros dois o seguiu.

As pistas levaram Miguel a entrada escura e sinuosa da gruta. A caverna parecia respirar, exalando um ar úmido e gélido que lhe arrepiou a pele. Ele desmontou do cavalo e avançou, o coração batia como tambores de guerra. A luz das tochas penduradas nas paredes que Miguel achou bastante estranho, projetava sombras dançantes, transformando o local em um teatro de mistério e inquietação.

Miguel hesitou. A irregularidade das pedras sob seus pés parecia mais traiçoeira a cada passo. Ele sabia que algo estava errado. Mas então, no fundo da caverna, avistou Elisa.

Ela estava caída, com um vestido zinza  amarrotado, que não era dela. Os cabelos emaranhados como seda abandonada ao vento. Seu peito subia e descia levemente, sinal de que ainda respirava.

- Elisa! - A palavra escapou de seus lábios como um gemido desesperado. Ele correu até ela, ajoelhando-se ao seu lado.

Do lado de fora, o trio alcançou a entrada da caverna. O delegado abriu um sorriso satisfeito.

- Não disse? - Ele falou, triunfante, enquanto o prefeito permanecia pálido e incrédulo.

- Ele nos trouxe até o cativeiro de sua filha, prefeito. - Artur comentou com um sorriso de canto.

- Vamos entrar logo! Minha filha pode estar em perigo! - gritou Medeiros, avançando, mas antes que pudesse dar mais um passo, um rugido grave e assustador reverberou da caverna.

Um urso emergiu da escuridão, a pele negra reluzia à luz das tochas. O golpe de sua pata acertou o prefeito no peito, lançando-o para trás como se fosse um boneco de pano.

- Para trás! - gritou o delegado, puxando sua arma.

O urso girou o corpo massivo em direção a Artur, que, tomado por um pavor visceral, escalou às pressas uma rocha próxima, com os pés escorregando na superfície irregular enquanto ofegava como se o ar lhe faltasse.

O animal avançou, as garras enormes arranhando a pedra com força, soltando um grunhido gutural que reverberava como um trovão. Suas presas brilhavam sob a luz, afiadas e cobertas de saliva espessa que escorria em fios brilhantes. O bafo quente, carregado de um odor animalesco e feroz, subia como uma onda que sufocava Artur, deixando claro o quanto ele estava perto do perigo.

Os olhos do homem estavam arregalados, refletindo puro terror, mas também uma centelha de desafio. O suor escorria por sua testa enquanto ele apertava os punhos, agarrando-se à pedra com a força lutando pela própria vida.

" Mamãe não me falou sobre isso!"

— Volte para o inferno de onde veio, seu animal medonho! — bradou Artur, com sua voz carregada de desespero e raiva, ecoando pelo ar pesado.

O urso rugiu em resposta, esticando o focinho para tentar alcançá-lo, com as mandíbulas se fechando com um estalo ameaçador a centímetros do pé de Artur.

- Delegado, faça alguma coisa! O que está esperando para usar esse brinquedo! - Artur gritou, com o terror evidente em seus olhos.

O delegado mirou com cuidado, mas hesitou por um momento, como se o peso do que estava por vir o paralisasse.

Lá dentro, Miguel abraçava Elisa, as lágrimas misturavam-se com o suor em seu rosto.

- Elisa, achei que havia perdido você. Eu estou aqui agora. Tudo vai ficar bem. Vamos pra casa.

O som de um disparo ecoou pela caverna, assustando morcegos que se levantaram em um frenesi. Miguel olhou para trás, assustado. Elisa abriu os olhos com o barulho, e seu olhar, inicialmente confuso, pousou sobre Miguel.

- Você acordou! - Ele exclamou, aliviado, e beijou-a, mas seu coração gelou ao perceber que ela não retribuiu o gesto.

Miguel ergueu Elisa nos braços, mas ela o analisava com olhos que não escondiam a confusão.

- Todos estão à sua procura. Sua mãe, seu pai... eles ficarão felizes ao saber que você está bem.

- Se afaste da moça, e coloque as mãos na nuca!  - a voz do delegado ecoou na entrada da caverna.

Miguel virou-se, confuso, ao ver o homem acompanhado de Artur e do prefeito, que ainda se apoiava em uma das paredes, ferido.

— Me afastar?! Sou o namorado dela, vou levá-la para casa! — Miguel protestou.

Artur riu debochado.
Medeiros avançou apressado até o casal e arrancou Elisa dos braços de Miguel com um gesto firme e agressivo.

- Deixe minha filha comigo! - Ele franziu o cenho para o rapaz, segurando a jovem de maneira protetora. Virou-se para Ela, suavizando o tom enquanto lhe beijava a testa.

- Filha, como você está? Que susto você nos deu! Sua mãe e eu estávamos desesperados! Agora você está a salvo, vamos para casa, meu amor.

Elisa, ainda atordoada, tentou falar, mas sua voz saiu fraca e hesitante.

Antes que Miguel pudesse dizer algo, Artur, impecável em seu traje de resgate, deu um passo à frente, com a arrogância que sempre o acompanhava. Ele lançou um olhar gélido para Miguel, com o tom impregnado de cinismo.

- Seu tempo ao lado de Elisa acaba aqui. Logo você será preso por tê-la mantido em cárcere privado.

Miguel cerrou os punhos e respirou fundo, tentando conter a fúria que lhe queimava o peito pela acusação injusta recibida. Mas as palavras de Artur eram como brasas que atiçavam o fogo. Ele fechou os olhos, bufou e, em um ímpeto, partiu para cima do homem como um touro selvagem.

O primeiro soco pegou Artur de surpresa, direto no queixo. O segundo o fez cambalear, mas, no terceiro, Artur conseguiu reagir, erguendo os braços para se defender. Miguel, tomado pela raiva, não parou. Envolveu Artur pela cintura, derrubando-o no chão com força. A poeira subiu ao redor enquanto Miguel se jogava sobre ele, tentando agarrar seu pescoço.

- CHEGA! - A voz do delegado soou alta e autoritária, mas Miguel não ouviu.

Foi necessário um disparo de uma arma de choque para fazê-lo parar. Miguel gritou e caiu ao lado de Artur, com o corpo tremendo incontrolavelmente com os espasmos elétricos.

Medeiros trocou olhares com o Delegado.

— Sou um homem prevenido. — Arqueou as sombracelhas.

O delegado se aproximou, com o rifle apontado para Miguel.
- Miguel Fontana, você está preso em flagrante por lesão corporal e tentativa de homicídio!

Miguel tentou se levantar, mas o choque ainda reverberava por seu corpo. Olhou para Artur, que era ajudado a se levantar pelo delegado.
- Eu não pretendia matá-lo. - murmurou Miguel, com os punhos ainda cerrados. - Delegado... Você viu... ele me provocou, me acusou sem provas!

O delegado suspirou, mas manteve o tom firme.
- O que eu vi foi você tentando asfixiá-lo no chão. Isso é tentativa de homicídio. Você terá a chance de se defender, mas não aqui, nem agora.

— Game over! — Artur falou debochado com um sorriso sínico.

—  Merda!

Miguel soltou uma maldição reconhecendo que havia caído em uma armadilha.

Elisa, ainda nos braços do pai, chorava em silêncio, enquanto Artur batia a poeira da roupa com um sorriso satisfeito no rosto. A batalha de Miguel estava longe de acabar.

Ele olhou para Elisa, buscando nos olhos dela uma defesa.

- Elisa, não se importa se eu for preso?

Mas ela permaneceu em silêncio, com o rosto pálido e sem expressão. Fechou os olhos e cambaleou parecendo cair.

- Não incomode a moça! - disse Artur, aproximando-se do delegado e o ajudando apara-la, a tomando-a nos braços antes que caísse ao chão. - Ela está fraca e precisa de cuidados. Vamos, eu a levarei com segurança pela floresta!

Miguel assistiu, impotente, enquanto Artur desaparecia com Elisa. O silêncio dela foi o golpe mais cruel, mais do que qualquer acusação.

E então ele percebeu: estava sozinho.

No fundo da caverna, o eco de seus próprios gritos pareciam zombar dele.

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