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Já era de se esperar que aquela mulher iria chamar a polícia depois que eu a agredi no estacionamento do shopping e ainda por cima roubei o carro dela. Só não achei que eles iriam me encontrar tão rápido.

Não tem nem meia hora que eu saí do shopping.

A descrição que ela deve ter feito sobre mim é de uma mulher completamente maluca, armada, mantendo duas crianças como reféns.

Só sendo muito maluca mesmo pra fazer o que eu fiz.

Mas o que não fazemos por amor.

Pisei no acelerador fazendo os pneus cantarem na pista, e os policiais também fizeram, iniciando assim uma perseguição desenfreada pela cidade.

Eu nunca imaginei que participaria de uma perseguição policial um dia, e muito menos que eu seria a fugitiva. É impressionante as voltas que o mundo dar.

Ontem eu estava na sala de casa com uma tigela de pipoca assistindo velozes e furiosos, e hoje eu estou aqui vivenciando a emoção na pele. Me sinto  como a Letty indo atrás de um Dominic da vida.

Depois de eu quase ter provocado um acidente tentando desviar de um caminhão, consegui finalmente despistar a polícia, para tristeza de Noah que estava adorando tudo.

Pra ele é divertido me ver correndo feito louca pra garantir que eu não seja presa, e ele e a irmã, mandados para o orfanato.

Se não fosse trágico seria cômico.

Desacelerei o carro e coloquei uma música alegre pra distrair as crianças pra elas não ficarem entediadas, enquanto isso, eu procurei o nome do Dom na lista telefônica.

Era pra eu ter ligado pra ele antes, mas o orgulho não deixou, e agora pode ser que eu nunca mais ouça a sua voz de novo.

Liguei pra ele, mas ele não atendeu, então liguei pro Joe na esperança dele atender e me animar com uma notícia boa, mas pro meu total desespero, ele também não me atendeu.

Liguei de novo e de novo e nada, então deixei uma mensagem na caixa postal, e resolvi esperar ele retornar. A esperança é a última que morre.

—– Mãe, tem outro carro seguindo a gente — Noah avisou e a minha respiração que mal tinha voltado ao normal, acelerou de novo. Nessa vida é assim, uma emoção atrás da outra.

Você pensa que acabou, quando vai ver tá só começando.

Olhei pelo retrovisor e vi um carro grande e preto. Tentei ver quem estava dirigindo, mas não consegui ver direito  por conta dos vidros escuros, e pra piorar a gasolina do carro estava acabando.

Porra! Tinha que acabar justo agora.

Vi no gps que o posto mais próximo fica a uns dez quilômetros ou mais, mas se eu pegar um atalho pode ser que eu chegue mais rápido.

Acelerei o carro, deixando o outro que estava nos seguindo pra trás, e entrei em uma estrada de terra.

Nesse meio tempo, o celular tocou, fazendo o meu coração disparar com o susto. Peguei o mesmo com as mãos trêmulas e atendi, era um número desconhecido, senti a tensão me dominar por inteiro.

Ligação on:

[ Alô.

[ Olá vadia".

A voz do Nathan fez o meu corpo estremecer.

[ Pensou que ia conseguir se ver livre de mim, estou na sua cola...e quando eu te pegar  — Ele deixou escapar um gemido estranho — Você não faz ideia do que eu vou fazer com você.]

Apesar de eu estar morrendo de medo, procurei não demonstrar, até porque é isso que excita o Nathan. Ele é como um demônio que se alimenta do medo.

[ Pode vim, eu não tenho medo de você, desgraçado.]

Ele soltou uma risada monstruosa me causando um calafrio.

[ Vou te dar um leve spoiler do que vai acontecer, primeiro eu vou matar os seus filhos na sua frente pra garantir que você sofra muito antes de morrer, e depois...bom, eu tenho que tirar uma casquinha antes de cortar a sua garganta, só de pensar, eu já fico duro ]

Eu tentei não me abalar com as suas ameaças, mas era impossível. Nathan mexe com as minhas emoções de um jeito que eu não consigo explicar.

Só de imaginar suas mãos me tocando, o meu corpo enrijeceu e ânsia de vômito veio, mas eu consegui me controlar.

[ Melhor começar a rezar"

[ Você que tem que rezar pra eu não te pegar seu doente de merda"

Desliguei na cara dele e joguei o celular no banco, dominada pela ira. Suas palavras se tornaram uma ameaça constante na minha cabeça me torturando a cada segundo.

Eu sentia um misto de raiva e medo. Se esse homem me pegar, sei que ele vai acabar comigo, mas a minha preocupação não é essa.

Olhei pro banco de trás e vi Noah cantando e tentando interagir com a irmã que ria pra ele.

Senti um aperto no coração e as lágrimas se antecipando nos meus olhos.

Eu não vou deixar esse demônio  encostar em um fio de cabelo dos meus filhos, antes disso eu corto a mão dele fora.

Segui rapidamente estrada de terra e a poeira subia criando uma névoa ao redor, e quando olhei pra trás o carro  continuava nos seguindo, e agora parecia está cada vez mais perto de me alcançar.

Acelerei o máximo que eu pude pra me livrar, e quando eu estava quase chegando ao meu objetivo, a gasolina acabou mais rápido do que eu havia calculado e o carro parou no meio da estrada. Fiquei em choque.  Inconformada eu ainda tentei ligar o carro, mas sem sucesso.

—– Droga! – Soquei o volante, irritada — Vai me abandonar justo agora, caralho.

—– Mamãe, o que houve? — Noah perguntou assustado — Porque paramos

O carro preto também parou atrás, e o meu corpo paralisou. O medo da morte se tornou iminente, e eu comecei a ofegar sem parar em pânico.

Eu vou morrer! Era só o que eu conseguia pensar.

Não, eu não vou me dar por vencida, eu posso até morrer, mas vou morrer lutando, vou lutar até o último suspiro pra proteger os meus filhos.

É isso o que uma mãe de verdade faria.

Respirei fundo, depois peguei a pistola na bolsa.

—– Vou estourar os seus miolos, filho de uma puta —  Soltei entre os dentes

Eu estou morrendo de medo, mas eu tenho que enfrentar mesmo assim, porque a vida dos meus filhos depende disso.

A pessoa desceu do carro, e quando bateu a porta o meu corpo estremeceu.

—– Mãe, o que tá acontecendo? — Noah voltou a pergunta dessa vez com pânico em sua voz.

Por impulso, eu agarrei a gola de sua camisa e fitei os seus olhos que se arregalaram.

—– Presta atenção, se caso eu não voltar, você pega a sua irmã e foge daqui, e não deixe o homem estranho te pegar, você entendeu?

Ele assentiu.

—– Eu te amo, filho.

—– Também te amo.

—–  Mas agora vou precisar que fique abaixado.

Ele acatou imediatamente a minha ordem, olhei para ele por um instante naquela posição e senti uma dor  no peito. Não quero nem imaginar o trauma que esse garoto vai ter, mas agora não dar mais pra voltar atrás.

Me virei pra frente, respirei fundo e segurei a porta do carro com a respiração tensa, esperando o momento exato pra atacar. Prendi a respiração quando vi a sombra da pessoa se esgueirando lentamente pelo vidro do carro, e quando estava bem perto da porta, eu abri a mesma e o atingi em cheio, o deixando desorientado, depois eu o agarrei pela gola da camisa e o empurrei contra o carro com a arma pressionada em sua cabeça.

—– Vai morrer, porra —  Soltei, babando de raiva

—– Olivia, calma, sou eu, Macau — Disse ofegante e com as mãos estendidas

Ele ficou totalmente chocado com a minha atitude. Eu estava tão focada no meu objetivo que nem vi que era ele.

—– Você? —  Questionei, confusa porque não esperava encontra-lo

—– Desculpa, aparecer assim, eu não queria te assustar.

—– Mas assustou — Soltei ele — Cadê o Nathan? Ele me ligou dizendo que estava atrás de mim, pensei que você fosse ele

—– Está vindo aí, eu peguei um atalho pra chegar até você, conheço as estradas melhor do que ele, nao se preocupe — Ele assegurou — Temos que sair daqui

Encarei  ele de cima a baixo, e notei que ele estava todo machucado e sujo de sangue, e isso me deixou um pouco desconfiada.

Ele parecia transtornado e havia vestígios de lágrimas em seus olhos, como se ele tivesse presenciado algo chocante.

—– O que houve com você?

—– Depois eu te explico, vem, vamos dar o fora daqui, Nathan pode aparecer a qualquer — Disse indo até o seu carro, mas eu não o segui

—– Olivia, vem logo, não temos tempo — Disse após olhar pra trás e me ver parada

—– Não sei se é uma boa ideia.

A essa altura, eu não sei mais em que devo confiar, e eu não consigo acreditar que ele veio até aqui pra me salvar, é muita loucura, quem faz isso por uma pessoa que nem conhece direito.

Ele suspirou impaciente e veio até mim novamente.

—– Olivia — Ele agarrou o meu rosto com as duas mãos e me fitou profundamente — Eu tô do seu lado, não importa de que lado esteja. Eu quero te ajudar. Eu escutei o Nathan com a sua mãe no telefone, ela disse que estava no meio de uma estrada e que você havia deixado ela lá e fugido pra ir atrás do Dom. Nathan ficou possesso de raiva e não pensou duas vezes em pegar o carro pra vim atrás de você, e ele está com sangue nos olhos e não está sozinho, você não pode ficar aqui, tem que vir comigo.

Ele tem razão, o Nathan me marcou e não vai descansar até que eu esteja morta, e certeza que a minha mãe tá com ele nessa.

Ela se casou com o Filadelfo, mas poderia ter se casado com o Nathan, formam um belo casal.

Mesmo assim não compreendia as intenções do Macau, ele estava meio estranho.

–— Por que vai me ajudar sabendo que eu estou indo atrás do Dom.

Ele sorriu por um instante, mas depois ficou triste.

—– Você disse que eu não sabia o que era amor, que eu era um muleque emocionado e imaturo, eu quis provar o contrário e acho que isso é prova o suficiente.

—– Isso é uma estupidez, arriscar a sua vida por uma pessoa que não pode ter.

—– Mas nos filmes parece lindo.

—– Isso aqui não é um filme, Macau, e se fosse a porra de um filme, seria de terror e não romance, estamos sendo perseguidos por um psicopata que pode nos encontrar a qualquer momento e fazer picadinho de nós, o que tem de romântico nisso.

—– Pelo menos a donzela em perigo está comigo  — Ele disse — Por enquanto, é claro.

Revirei os olhos. E não satisfeito, ele foi  até o seu carro e subiu em cima do capô.

—– Olivia, eu te amo — Ele gritou bem alto — Acredita agora

—– Não, e desce já daí.

—– Você quem manda, mileide.

Senti pena dele, é foda você amar alguém que não te ama, mas até que isso foi engraçado e acabou aliviado um pouco a tensão que eu estava sentindo.

Ele saltou do carro e veio até mim com passos lentos.

—– Anda, não seja teimosa —  Disse com um sorriso de canto e os olhos brilhando — Não se preocupe, vai estar segura comigo.

Hesitei um pouco, mas depois acabei aceitando. Não tem a menor chance de sair daqui com um carro sem gasolina e muito menos enfrentar o Nathan sozinha, ainda mais sabendo que ele não está sozinho.

—– Tá, mas se tentar alguma coisa, eu te mato — Ameacei, e ele estendeu a mão em rendimento — Deixa eu só pegar.... — Olhei dentro do carro e me deparei com o banco de trás vazio e a porta do outro lado aberta —.... As crianças

Parece que o Noah levou muito a sério quando eu disse pra ele pegar a irmã e fugir, ele só não contava que eu fosse voltar.

Ele deve ter ficado ansioso e agido na emoção, nem preciso dizer quem ele puxou.

Puta merda!

Enfim, tivemos que procurar por eles pela mata, o sol já tinha se posto e logo iria escurecer, o que aumentava a minha aflição, procuramos por toda parte e nem sinal deles, e eu já estava quase desmaiando de preocupação.

Esse moleque dá de sumir justo agora, mas eu não posso nem reclamar, já que a ideia foi toda minha.

Sem muito o que fazer, enterrei o rosto nas mãos e comecei a chorar.

—– Calma, vamos encontrar eles, não chore — Macau assegurou

—– A culpa foi minha, eu não deveria ter falado pra ele fugir, devia ter pedido pra me esperar no carro e depois gritado pra ele fugir

—– Não se culpe, você agiu na emoção, pensou que estava diante de uma ameaça e fez o que qualquer mãe faria, relaxa, ele não deve ter ido muito longe.

Eu tentei me apegar as suas palavras, e não pensar no pior, mas é muito difícil se tratando de uma situação como essa.

Uma mata escura que pode ter todo tipo de animal pessohento e até selvagem que devorar os meus filhos.

Chamei pelo Noah inúmeras vezes, mas obtive respostas, então continuamos andando sem rumo até que o encontramos sentado embaixo de uma árvore agarrado a Sophia e tremendo, não sei se de medo ou frio, pois o frio tambem resolveu dar as caras.

Suspirei aliviada por ver que eles  estavam bem, e antes que eu fosse até ele, ele veio até mim e me entregou Sophia.

—– Acho que ela tá com fome, tava comendo o meu dedo — Ele disse me rendendo lágrimas de alegria, subitamente o abracei sentindo minhas forças se renovarem

—– Meu filho, você quase me matou do coração.

—– Desculpe, mamãe, eu fiquei com medo, você não voltava, então eu fugi.

—– Tá, tudo bem — Abracei ele de novo

Eu podia morrer nesse abraço de tão bom que ele é.

Ele agarrou o meu pescoço, e eu entendi que ele me queria falar alguma coisa no meu ouvido, então eu abaixei um pouco a cabeça pra escutar.

—– Quem é ele? — Sussurrou, olhando pra Macau que estava distraido com um besouro subindo na árvore

—– É um amigo, ele vai nos ajudar.

Mesmo depois de eu falar isso, Noah continuou julgando ele com o olhar, até por fim  se acostumar com a sua presença.

Noah tinha razão, Sophia estava com fome, então aproveitei para amamentá-la durante o trajeto de volta, já que íamos ter que andar bastante, graças a ele.

—– Já posso olhar? — Macau perguntou enquanto seguia na frente

Como eu não tinha nada pra cobrir o meu seio, ele ficou à mostra, e seria desconfortável fazer isso com alguém olhando, ainda mais o Macau.

Toda hora ele inventava pretexto pra olhar, acho que a mãe dele não o amamentou direito quando ele era bebê.

—– Mas é claro... que não.

Ele suspirou entediado e continuou andando com o Noah tagarelando do seu lado.

Os dois têm uma grande diferença de idade, mas acho que a idade mental é a mesma.

—– Eu também gostava de peito quando eu tinha dois anos, mas eu cresci e agora não gosto mais — Noah disse despreocupado.

—– Sorte a sua, eu gosto de peitos até hoje

—– Mas você é grande

—– Sim, por isso eu não conto pra ninguém, é um segredo, já pensou se descobrem.

—– Você ia ser morto, eles matam pessoas malucas por aqui.

Eu não sei quem é mais doido, eles ou eu que estou rindo disso.

—– Ei, você tá com fome? — Noah perguntou — Talvez quando a minha irmã terminar de mamar, sobra um pouco pra você...

—– Boa ideia, garoto — Macau disse

Essa conversa estava indo longe demais.

—– Ok, cala a boca os dois.

No meio do caminho, Noah começou a reclamar que estava cansado de andar, mas quando Macau se ofereceu pra levá-lo, ele recusou, dizendo que conseguia sozinho, vai entender, não sei de onde ele tira essas coisas.

Acho que pelo fato de ter adquirido independência e responsabilidade muito cedo, eu na idade dele não fazia metade das coisas que ele faz.

Meu filho faz seis anos daqui uma semana, e eu quero sobreviver pra poder comemorar com ele e se possível ao lado do Dom.

Olhei pra Macau e notei que ele estava calado e com um olhar triste, e isso me deixou um pouco preocupada, pois minutos atrás ele estava rindo e fazendo piadas, me fazendo esquecer até da gravidade da situação na qual nos encontramos.

Eu sei que tem alguma coisa haver com o pai dele. Será que o Dom matou ele? Estou pra morrer de curiosidade, mas não tenho coragem de perguntar.

—– O meu pai está morto, Olivia, armaram contra ele — Ele falou como se lesse os meus pensamentos — Ele nunca permitiu que eu fizesse parte dos negócios ilegais dele, mas hoje resolvi ir atrás, escondido, mas quando cheguei no local que eles marcaram, o encontrei agonizando, esse sangue eu adquiri dele, numa tentativa desesperada de tentar salva-lo, mas tudo que consegui foi que ele morresse nos meus braços me pedindo perdão, e eu o perdoei.

Eu começou a chorar descontroladamente, e o meu coração doeu por ele.

—– Era só o que eu podia fazer por ele — Chorou as palavras

Eu estava triste pelo Macau, mas com a morte do pai dele, havia uma grande possibilidade do Dom está vivo e isso me dava ainda mais esperanças de encontrá-lo, então de alguma forma eu  também estava feliz.

—– Eu sinto muito — Apoiei uma das mãos em seu ombro, e ele sorriu fraco

—– Não sente nada.

—– Sinto por você — Esfreguei a mão em seu ombro tentando de alguma forma consola-lo — Eu sei que apesar de tudo, você o amava, e lamento que você teve que passar por isso, eu não tenho pai, mas passei por uma dor parecida quando perdi uma pessoa muito especial.

Ele colocou sua mão por cima da minha e me encarou com os olhos encharcados, depois tivemos que continuar nosso trajeto.

De um jeito ou de outro a vida sempre continua.

........

Seguimos para estrada onde deixamos os carros, mas quando estávamos chegando perto, fui surpreendida por Macau que tampou a minha boca e me arrastou de volta pra dentro do mato.

Eu não estava entendendo nada, até seguir os seus olhos e ver que Nathan e os comparsas dele estavam por perto.

Meu corpo gelou.

Nathan estava olhando dentro do meu carro e apesar de não estar nele, senti como se estivesse, e a sensação é horrível.

Macau soltou a minha boca e me virou pra ele.

—– É o seguinte, eu vou até lá —
Disse ofegante

—– O que? não.

—– Eu vou tentar enganar ele, inventar uma história, sei lá, fica aqui e tenta não fazer barulho...

—– Está bem — Suspirei

Quando ele virou, eu agarrei subitamente o seu braço. Ele olhou pra minha mão e depois pro meu rosto com estranheza.

—– Tome cuidado.

Ele sorriu ao ouvir isso, e deu um beijo no meu rosto, depois seguiu até Nathan. Observei eles de longe com o coração na mão.

—– Nathan? — Ele o chamou, e o mesmo virou e o encarou friamente.

Ele nem estava olhando pra mim e o meu corpo congelou.

Seu olhar era escuro e fosco similar ao de um demônio mesmo, e sua expressão era tão sombria que despertava em mim as piores sensações.

Ele e o Demétrio são pessoas que eu jamais vou esquecer, pois só de lembrar o que eles fizeram comigo sinto o meu corpo enrijecer.

—– O que está fazendo? — Ele perguntou a Macau

—– O mesmo que você, procurando a nossa fugitiva — Macau sorriu, mas Nathan não — Eu vi o carro aqui parado, mas não tinha ninguém, então decidi ver se eles estavam na mata, mas eu procurei por toda parte e não encontrei nada.

—–  Entendi.

—– Vamos continuar procurando, eles devem estar por aqui em algum lugar.

—– Certo.

Assim que Macau virou as costas, Nathan sacou uma arma e pretendia atirar nele, e o meu coração disparou na mesma hora e o desespero tomou conta de mim.

Eu pensei em deixá-lo, mas minha consciência pesada não permitiu, eu não posso simplesmente fugir e deixar o Macau morrer, não depois do que ele fez por mim.

Essa compaixão estúpida que sinto pelas pessoas sempre me atrapalha, um dia eu vou ter que abrir mão dela, mas não vai ser agora.

Peguei a pistola e atirei contra Nathan, mas como eu estava longe o tiro não acertou ele, mas serviu pra chamar a atenção de Macau que partiu pra cima dele tentou desarma-lo a todo custo, os dois caíram no chão e arma caiu longe, então iniciou uma guerra entre eles pra ver quem conseguia pega-la primeiro.

Enquanto isso, os homens de Nathan vieram atrás de mim.

Atirei várias vezes contra eles, deixando todos confusos, depois disso  corri o mais rápido que pude na direção contrária da que eles foram, e no meio dessa correria toda, Noah acabou tropeçando e caindo em cima de algumas pedras pontiagudas.

E sabendo do escândalo que ele faria logo em seguida , eu tampei a sua boca, pois temia que ele acabasse chamando atenção de quem não devia, então ele chorou abafado até o seu rosto ficar vermelho, porque quando ele abre a boca não tem que faça ele fechar.

Mas dessa vez ele tinha um motivo pra chorar. Seu joelho tinha um corte enorme e estava sangrando muito, então quando ele finalmente parou de chorar, fiz ele se sentar em uma pedra grande, e coloquei Sophia em seu colo, em seguida rasguei um pedaço da minha roupa e enrolei em seu joelho pra estancar o sangue.

E depois que terminei, dei um beijo pra sarar, depois agarrei o seu rosto com as duas mãos e fitei seus olhos molhados.

—– Leve sua irmã pra um lugar seguro, mas dessa vez não vai muito longe, mas também não muito perto, ok ?

Ele assentiu um pouco confuso, depois desceu da pedra e seguiu fungando e mancando pela floresta.

Observei ele de coração partido. Tomara que todo esse sacrifício valha a pena.

Eu esperei pelos homens na mata, já que eu não ia poder fugir deles por muito tempo, e eu também não queria que eles por acaso, encontrem os meus filhos, então é melhor que me encontre primeiro, e sei que eles não vão me matar, porque o Nathan me quer viva, então vou me encarregar de matar todos, antes dele me achar.

—– Venham me pegar, bando de arrombados — Gritei o mais alto que pude

Quando eu disse isso surgiram como um enxame de abelhas, aos montes e de uma vez só, e eu percebi que tinha mais homens do que eu havia contado.

—– Os filhos dessa puta estão por aí, vai procurá-los — Um deles falou pro outro que seguiu rapidamente pela floresta, tentei impedi-lo, mas fui cercada por três homens que me encararam com um olhar sombrio.

A pancadaria iniciou depois que eu quebrei o nariz do cara que me chamou de gostosa.

Vieram com tudo pra cima de mim. Uma contra seis, e por um momento eu senti que não ia dar conta, mas mesmo cansada e extremamente ferida, continuei lutando incessantemente, pois a sede de proteger os meus filhos era maior do que qualquer coisa

Parti pra cima deles com sangue nos olhos, e com isso, consegui matar três, e os outros dois eu e continuei tentando, mas eles não facilitaram pra mim,  apanhei tanto até não conseguia mais revidar e cai seca no chão, a arma foi parar longe, e eu não tinha forças pra ir até ela.

Permaneci no chão, enquanto as risadas ecoaram à minha volta. Percebi que um deles se chama Miquéias e foi justamente ele quem se aproximou de mim. Ele agarrou o meu cabelo e puxou pra cima, fazendo o meu rosto se voltar pra ele.

—– Quem é a arrombada agora, vadia — Disse, depois bateu a minha cabeça com força no chão.

E eu apaguei.

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