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Pra surpresa de todos o disparo não atingiu nenhum dos dois. Dom se levantou, enfiou ela de volta no seu paletó e olhou duramente para o irmão que agonizava no chão, e seu ódio se converteu em lágrimas.

-- Como pôde fazer isso comigo, com a Meg? Ela é nossa família, porra - Questionou indignado

-- Essa ratinha que você pegou no esgoto, não, não é - Ele gemeu - Eu só queria ensinar uma lição pra ela, era muito mal criada

-- Eu vou estourar a sua cabeça, maldito - Joe soltou entre os dentes enquanto apontava a arma pra ele

Seu rosto estava vermelho e coberto de ira, se não fosse pela intervenção do Dom, ele já teria matado o Demétrio.

-- Não preciso da sua pena, imbecil, eu mesmo posso cuidar disso, castigo pra abusador é a castração -- Meg disse a Joe, enquanto afiava a sua faca

-- Eu comeria o rabo dele - Billy sugeriu se aproximando

Demétrio, mesmo agonizando de dor no chão ainda encontrava força pra rir

-- Bando de idiotas - Gargalhou, depois direcionou os olhos para Joe - E você, seu bastardo, é um viado que nunca comeu uma mulher na vida

Joe, enfurecido, chutou o rosto de Demetrio fazendo ele cuspir sangue, junto com o seu dente de ouro.

-- A sua ex mulher, você fazia de saco de pancadas, e a coitada ainda negava tudo pra te proteger, agora eu te pergunto -Tim falou pegando um pedaço de madeira - Quem vai te proteger agora?

Todos formaram uma roda ao redor de Demetrio, e era nítido na cara de cada um que a coisa ia ficar feia.

-- Levem ele lá pra baixo, e podem fazer o que quiserem - Dom decretou friamente - inclusive vocês mulheres que foram violadas, também estão autorizadas a descontar toda a sua revolta nesse pedaço de merda que nem posso mais chamar de irmão, e depois vocês podem ir pra suas casas pra descansar suas mentes, menos você, Olivia, você fica aqui.

-- Eu não vou a lugar nenhum, Dom - Suspirei

Ele me lançou um sorriso fraco, em seguida deu de ombros. Eu decidi não ir atrás dele dessa vez, ele estava exausto, machucado, e essa decisão não deve ter sido nada fácil pra ele, porque por mais que Demétrio fosse um monstro, ele ainda é o seu irmão, sangue do seu sangue.

Os dois cresceram juntos e com certeza compartilharam muitos momentos memoráveis.

Ele precisa lidar com essa dor, sozinho.

Acredito que muitos estão consumidos pela raiva agora, mas depois que passar acredito que vão sentir o peso do que fizeram.

Eu não tenho estômago pra ver, muito menos participar disso, então peguei o Noah pela mão e o tirei dali, e era pra eu ter feito isso antes, mas estava curiosa pra saber o que aconteceria com o Demétrio no final das contas.

E agora que eu sei que ele será torturado até a morte, vejo que a justiça dos homens foi feita, e que nunca mais esse monstro vai tocar em mais ninguém.

É estranho porque eu não sinto nada nesse momento, nem alívio, nem pena, nada.

Talvez a minha ficha ainda não tenha caído.

Talvez eu já tenha me habituado a esse cruel estilo de vida.

Carl passou por mim igual um vulto e se jogou em cima dos homens que estavam levando o seu pai.

Ele estava na escola e por isso não presenciou nada do que aconteceu.

-- Porra é essa, larguem o meu pai, filhos da puta -gritou furioso - Pra onde estão levando ele?

-- Para um tour pelo inferno - Billy debochou - Como muito dedo no cu e gritaria, literalmente..

-- O que? Por que? - O garoto arregalou os olhos, assustado.

Ele foi amargamente ignorado, e os homens seguiram arrastando Demétrio para o seu destino cruel.

-- Não, soltem ele, bando de arrombados do caralho - Carl insistiu bravo lutando bravamente pra tirar o pai das garras de seus carrascos.

Até que Tim o empurrou fazendo o mesmo cair no chão.

-- Mal nasceu os dentes de leite e já tá querendo perder, não é moleque?

Mas sua atitude não foi o suficiente pra fazer o menino desistir, ele se levantou e continuou lutando pra salvar o pai.

As lágrimas escorreram dos seus olhos quando percebeu que estava perdendo a batalha.

-- Carl, meu filho - Demétrio balbuciou

O garoto andou com passos lentos até ele, mas antes de chegar no pai, ele esfregou os olhos rapidamente pra se desfazer das lágrimas.

Talvez aqui ele tenha aprendido que chorar é um sinal de fraqueza.

Demétrio estendeu a mão e tocou o rosto do filho e acabou o manchando de sangue.

-- Pega um palito de cigarro no meu bolso - Ele pediu

O garoto assentiu, depois enfiou a mão no bolso da calça dele e pegou um palito de cigarro e um esqueiro, em seguida colocou na boca do pai e ascendeu.

Demétrio tragou com os lábios trêmulos, e depois soltou a fumaça no ar.

Fechou os olhos por um instante e depois abriu estranhando as próprias lágrimas.

Depois entregou o cigarro pro garoto e após isso o puxou pra um abraço, que não durou muito, após isso, ele empurrou o garoto pra longe.

Acho que foi sua forma de dizer " Eu te amo", se é que ele ama alguém.

Talvez ele tenha feito essa cena para o seu filho não guardar uma péssima imagem dele.

-- Pai? - Carl chamou por ele aos plantos, enquanto era levado.

Depois de gritar várias vezes e ser ignorado, o garoto caiu no chão de joelhos, e ficou olhando para o cigarro até ele apagar.

Eu fiquei pensando no que vai acontecer com ele agora que vai ficar órfão, se for mandado para o orfanato, duvido que alguém vai querer adota-lo.

Se ficar aqui provavelmente vai se revoltar contra a família.

Resolvi ajudar.

Peguei o Noah no colo e me aproximei dele um pouco relutante.

-- Carl, vem, vamos comigo - Estendi a mão pra ele.

Ele olhou pra mim com um misto de raiva e tristeza, e depois de pensar um pouco, ele agarrou minha mão.

Puxei ele do chão, e me assustei ao perceber o quanto ele havia crescido em tão pouco tempo.

Já tinha ultrapassado a minha altura.
Pelo visto ele vai ser gigante como o pai, espero que não puxe nada de ruim dele.

-- Quantos anos tem? - Perguntei, pra destrai-lo um pouco

Ele limpou as lágrimas um pouco aborrecido.

-- Treze.

-- Nossa, pensei que você tinha quinze.

--Não, tenho treze - Ele repetiu colocando o palito de cigarro no bolso acuado e triste

-- Mas tem cara de quinze...

Ele me olhou triste e bravo, mas aos poucos seu semblante foi suavizando.

-- Na escola, sou o maior da turma - Ele sorriu empolgado e percebi que tinha aparelho nos dentes, e uma covinha do canto esquerdo do rosto.

Ele é só um adolescente comum como qualquer outro, mas ao invés de ficar trancado no quarto jogando, aqui ele aprende outros tipos de jogos mais reais e violentos.

-- Eu tenho assim - Noah disse mostrando quatro dedos pra ele

Puxei mais um, porque na verdade ele tem cinco e está prestes a completar seis.

E infelizmente vai ter que comemorar o aniversário aqui, no meio de todo esse caos.

Carl sorriu fraco pra ele.

Levei os dois para o jardim, porque é o único lugar bonito da casa, onde o único perigo é você se furar com os espinhos das rosas ou tropeçar nas pedras que ficam no meio do caminho.

Eu adoro me perder aqui de vez em quando, tudo aqui contradiz com o que acontece do lado de dentro, até o ar aqui é melhor pra respirar.

Fiquei distraindo os meninos com perguntas aleatórias pra afastar a ansiedade e medo que estavam sentindo.

E isso de alguma forma também serve pra mim, que desde que pisei aqui não tive tempo pra respirar e pôr a cabeça no lugar.

Eu só quero que esse dia acabe logo, que os dias passem rápido e que esse momento se torne apenas uma lembrança ruim.

Como vou conseguir dormir, sabendo que um homem foi torturado e morto aqui?

Como vai ser o dia de amanhã? Como vai ser daqui uma semana? Quem mais vai morrer? O que vai acontecer comigo e com o Dom?

São perguntas que martelam o tempo todo na minha cabeça e me causam uma ansiedade infernal.


Eu só queria poder acordar desse pesadelo.

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