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Capítulo 16|Fragmentos de um amor destrutivo

O clima na casa estava frio, e uma conhecida sensação de tensão era perceptível.

Victor estava sentado na beirada da cama ainda vestido com seus pijama ─ uma blusa cinza folgada de manga comprida e uma calça moletom xadrez escuro. Em silêncio ele encarava as próprias mãos enquanto sua mente o torturava com os mesmos pensamentos, a noite havia sido horrível e ele sequer conseguira pregar os olhos já que por diversas vezes fora acordado pelos pesadelos onde se via matando Pietro.

O homem estava confuso, nunca havia tido aqueles tipos de sentimentos e estava ansioso devido a isso. Desde que viu Pietro pela primeira vez ele se decidiu que o teria para si, mesmo que para aquilo acontecer fosse preciso usar de sua força, mas após ver a expressão de medo e as lágrimas no rosto do garoto ele não sabia se queria continuar com aquilo.

── Merda. - Victor respirou pesadamente e se levantou. Ele calçou seus chinelos e saiu do quarto.

Victor passou pelo corredor silencioso escutando apenas o barulho da chuva que caia do lado de fora e parou em frente a porta do quarto de Pietro, sua vontade era de adentrar aquele cômodo e pedir perdão de joelhos para o seu menino. Sim, seu menino, até onde Victor poderia dizer. Mas após muito pensar ele decidiu se afastar, não queria ultrapassar mais ainda as barreiras da linha tênue que existia entre eles.

Continuou seu caminho e desceu para o andar de baixo indo até a cozinha. Safira estava como sempre sentada em uma das banquetas no balcao, quando viu Victor se aproximar ela apenas ignorou sua presença e continuou rodando a colher na xícara cheia de café com leite.

── Presumo que você esteja pensando se vai me matar agora ou depois, não é? - Victor perguntou ao ve-la tão calada.

── Não sei, me diga você se eu devo ou não enfiar essa colher no seu pescoço. - ela falou, demonstrando sua irritabilidade. ── Ficou mais do que claro que você não seguiu o conselho que eu lhe dei e isso me aborrece por completo.

── Eu tenho defeitos, e quando fiquei sabendo de tudo a única coisa que eu pensava era em acertar uma bala no meio da cabeça dele! - Victor resmungou batendo suas mãos no mármore chique.

── Você realmente é um ser humano desprezível. - concluiu tomando um gole de café. ── Seu pai ficaria muito orgulhoso disso.

── Isso foi um elogio?

── Talvez. - Safira deu de ombros, abrindo um sorrisinho. Victor suspirou e se sentou.

── Eu quero confiar nele e também quero que ele confie em mim, mas toda vez que estamos nos dando bem algo acontece. É como se fôssemos duas bombas relógios prestes a explodir ao mesmo tempo! - Safira revirou os olhos.

── Ele já abandonou praticamente toda a vida dele Victor. Não consegue ver isso? - questionou, deixando sua xícara esquecida no balcão. ── Não acha que é prova o suficiente só o fato de ele não ter fugido quando teve a oportunidade? Pense nisso e talvez você chegue a alguma conclusão. Eu vou trabalhar agora e você deveria fazer o mesmo. - após dizer aquilo Safira se retirou da cozinha.

Afim de ocupar a mente Victor decidiu acatar a ordem da amiga e subiu de volta ao quarto para se arrumar, tomou uma ducha quente e depois se aprontou com um terno preto e calça jeans escura, pronto para entupir a cabeça com trabalho. Assim que desceu novamente ele encontrou Ramón na cozinha, o segurança degustava alguns biscoitos enquanto se entertia com alguma coisa no celular.

── Ramón! - Victor o chamou, vendo o homem se assustar e levantar rapidamente com a boca cheia.

── Bom dia senhor. - Ramón retribuiu, terminando de mantigar o que ainda tinha em sua boca. ── Vai sair?

── Retire o carro da garagem, nós vamos ao cassino. - respondeu arrumando a gola da camiseta. Ramón acenou com a cabeça e antes que Victor saísse ele o chamou.

── Senhor, e quanto ao Erik? Estive agora pouco nos fundos da casa e não ouvi nenhum gemido ou algo do tipo. Eu acho que deveríamos ir ve-lo. - Victor bufou, passando as mãos pelos cabelos negros.

── Por agora, ordene que todos não deixem ele pedir por socorro. - pediu, sério. ── Caso Pietro pergunte por ele diga que o rapaz está de folga, mas não permita que ambos se vejam. Quando voltarmos eu direi o que fazer com o resto do corpo daquele maldito bastardo!

── O que você disse? - Pietro perguntou atrás dele.

Victor se virou para ele e o viu parado perto da escada, estava com a mochila jogada nos ombros e parecia bem disposto para ir a faculdade. No pescoço um cachecol preto e branco fora bem enrolado para que escondesse de forma perfeita os possíveis ferimentos e marcas das mãos do homem.

── Pietro, o que está fazendo aqui?

── Você não manda em mim! - ele rebateu de forma severa, se aproximou e parou em frente a Victor. ── Eu ouvi direito? O que você fez com o Erik? - Victor e Ramón permaneceram em silêncio. ── Me respondam!

Victor não fez questão de explicar, junto de Ramón levou Pietro até os fundo da casa onde o conhecido porão ficava. O segurança abriu a porta com receio a mando de Victor e o garoto desceu até la em baixo, ali a visão que viu não lhe agradou em nada e deixou sua face com uma expressão horrorizada. Erik estava desacordado, jogado no mesmo colchão sujo que Pietro viu na última e única vez que tinha estado ali dentro, o moreno ainda vestia a roupa da noite anterior e pelo seu corpo estavam espalhadas diversas marcas de um forte espancamento que sofrera. No rosto ainda tinha sangue recém seco e a blusa social branca também estava manchada pelo vermelho.

Pietro rapidamente correu até o corpo do rapaz e se ajoelhou ao lado dele, usando de sua força para abraça-lo e faze-lo deitar sua cabeça em seu colo.

── Você ficou louco?! - ele vociferou o olhando com fúria. ── Passou pela sua cabeça que ele pode morrer se ficar aqui nesse estado?

── Mas pelo que vê ele ainda esta vivo, então viva! - Victor debochou sem pena alguma, irritado com toda aquela preocupação. ── Como se você fosse um santo, não é Pietro?

── Cala a boca! Nós vamos levar ele agora para o hospital.

── Leve você já que está tão preocupado assim com ele. - dito isso, Victor deu as costas e deixou Pietro sozinho.

── Ah, senhor Bretonne. - Ramón olhou para Pietro. ── O que eu faço garoto?

── Como assim o que você faz? Você vai ficar aqui e vai me ajude a tirar ele daqui para leva-lo até o carro. Depressa Ramón.

── Claro senhor! - Ramón assentiu, indo até ambos.

O bip irritante da máquina ao lado de Erik era a única coisa que não conseguia me deixar fechar os olhos naquela poltrona. Desde que fizemos a entrada com ele no hospital de manhã eu não havia me dado a chance de descansar e estava acabado visivelmente, com olheiras profundas abaixo dos meus olhos que revelavam a noite mal dormida e repleta de pesadelos.

A imagem de Victor em cima de mim ainda permanecia fresca em minha memória e eu só conseguia pensar em como ainda estava conseguindo viver ao lado de um monstro. Meu pescoço ainda doía mas aquela dor era pequena comparada a dor psicológica pela qual eu estava passando, mas não poderia reclamar, afinal eu mesmo havia me colocado naquela situação, escolhi aquele caminho e agora me arrependia amargamente por ter jogado fora todas as chances que tive de ir embora. Aquela era minha dor que eu deveria suportar.

Vi Erik se remexer um pouco na cama e levei meu corpo para a frente ao ve-lo abrir seus olhos vagarosamente. Ele olhou para os arredores tentando decifrar sobre o local onde estávamos e depois me olhou. Abri um meio sorriso ao ver que ele parecia estar bem.

── Onde estamos? - questionou com a voz baixa.

── No hospital. - respondi. Levantei da poltrona e me sentei na cama ao lado dele, passando minha mão em seus cabelos. ── Você faz alguma ideia do por que estamos aqui? - Erik fez uma careta ao sentir a dor dos hematomas espalhados pelo corpo.

── Acho que mais ou menos. Eu me lembro que depois que você saiu de dentro do escritório do senhor Bretonne ele veio até mim e nós começamos a discutir, depois disso tudo é só um borrão. - contou, parecendo tentar forçar a mente para se lembrar de mais algum detalhe. Virei meu rosto para o lado, balançando a cabeça em negação.

── Aquele desgraçado. - salientei respirando fundo, voltando minha atenção para Erik. ── Por que fez isso? Você quase morreu!

── Eu não poderia deixar que ele te machucasse mais ainda, só fiz o que fiz para tentar te proteger. - Erik explicou, segurando com dificuldade minha mão. ── Ele estava decidido a te matar.

── Eu sei me defender, daria meu jeito. Olhe só para você, está pior que eu. - o repreendi. ── O médico esteve aqui agora pouco mas ainda não deu nenhum parecer completo sobre como seu corpo está. Em relação ao seu emprego não se preocupe, eu não vou permitir que algo aconteça a você ou a sua família.

── Pietro, isso é muito bondoso da sua parte mas eu não quero que continue batendo de frente com o senhor Bretonne, ainda mais por minha causa. - Erik bocejou e deixou a cabeça cair para o lado. ── Isso... Não vale a pena.

Sorri.

Em questão de minutos ele voltou a dormir novamente por conta dos fortes remédios para dor. Me aproximei de seu corpo e dei um beijo em sua testa, saindo do quarto para ir até a lanchonete do hospital. Para minha surpresa Victor estava do lado de fora e quando me viu se levantou da cadeira.

── Eu não acredito que você veio. - falei com desdém ao mesmo tempo em que protegia a porta do quarto para impedir a entrada dele.

── Erik ainda é um funcionário meu, só quero saber como ele está.

Ri.

── Deveria saber como ele está afinal foi você quem o mandou para cá! - cochichei para que as demais pessoas que passavam por ali não ouvissem nossa conversa. ── É muito hipócrita da sua parte querer saber como ele está depois de quase o matar. O que quer? Saber se seu trabalho está perto de ser concretizado?

── Eu não ia o matar, mas ele bem que mereceu. Afinal o que deu em você para se importar com a vida de um mero funcionário? - Victor indagou aborrecido.

── Porque ele é um ser humano. Entende a diferença de você para ele Victor? Você age como se fosse um maldito animal!

── Só percebeu isso agora por acaso? - respirei fundo para me acalmar e olhei seriamente para o homem em minha frente.

── Eu não preciso e não quero te ver aqui. Já não foi o suficiente o que fez comigo? Vai embora Victor. - mandei, apontando para uma direção qualquer no corredor. ── Me deixa em paz por pelo menos um dia e pelo resto da minha vida!

── Ótimo! Se é isso que você quer então tudo bem. Você está livre, não precisa mais voltar para a casa. - Victor agarrou meus ombros e encostou meu corpo na parede, olhando-me nos meus olhos de maneira fria. ── Vamos ver quanto tempo você dura sem minha proteção, ratinho.

Depois de me lançar um último olhar de despedida, Victor foi embora. Passei as últimas horas do dia pensando naquelas palavras, eu finalmente estava livre mas a que preço? Quanto custaria a minha liberdade? O que é dado fácil nunca é de graça.

Quando a noite caiu Ramón estava tão cansado quanto eu, fomos acordados de nosso sono de olhos abertos pela porta do quarto sendo aberta por alguém. Um homem alto, de jaleco branco e cabelos escuros com alguns fios grisalhos entrou.

── Parentes do paciente? - Ramón e eu trocamos olhares.

── Sim, somos. - confirmei. Ainda não sabia como iria contar aquela notícia para a família de Erik, mas pensaria em algo depois. ── Como ele está?

── Fraturou duas costelas, sofreu vários cortes feitos por algum tipo de faca ou chicote e por pouco não sofreu um traumatismo craniano. - disse, vendo as informações na prancheta nos olhando em seguida. ── Fora isso ele incrivelmente está fora de risco, é quase um milagre. - Ramón respirou aliviado assim como eu. ── Ele vai precisar ficar internado em observação por alguns dias para termos certeza de que vai estar pelo menos cinquenta por cento bem para voltar a rotina normal. Se vocês quiserem já podem ir para a casa.

Agradeci ao médico pela boa notícia e peguei minhas coisas de cima do pequeno sofá do quarto, me despedi de Erik que ainda dormia e sai. Durante o caminho encarei o lado de fora, as ruas estavam desertas.

── Ramón, eu tenho um pedido para te fazer. - falei olhando para frente.

── O que quiser senhor.

── Quero que você vá até a casa da família do Erik e conte a eles o que aconteceu com ele, depois os leve até o hospital.

── Certo. Mais algum pedido?

── Me espera com o carro do lado de fora. Eu vou pegar algumas coisas e já saio. - Erik assentiu em silêncio.

Se Victor queria que eu fosse embora, então eu iria.

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