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Capítulo 08|Que tal se render?

Ao entrar dentro do carro a primeira coisa que fiz foi afrouxar a grava que em dado momento daquele dia eu jurei que estava tentando me matar enforcado.

Comandar os hotéis e o cassino eram trabalhos exaustivos e que não me davam prazer nenhum, apenas me deixavam mais mau humorado e sem energia. Não era um homem bom com números, isso eu tinha que admitir ─ exceto quando a questão de números era a de quantas mortes eu carregava sobre os meus ombros ─ , e essa falta de entendimento sobre números e pessoas vivas que só davam trabalho ao invés de prazer foram os motivos pelos quais eu decidi acolher Pietro em minha casa e, muito futuramente, em minha vida.

Depois que Angar fez uma minuciosa e extensa pesquisa sobre a vida de Pietro, ele descobriu que o garoto era fodidamente bom em ambos os cursos que cursava. Boas notas, nenhuma falha, incrivelmente esforçado em tudo o que fazia e com um futuro brilhante. Todas essas eram qualidades que me deixaram fascinado e admirado por ele desde o início, mas toda a minha admiração e carinho estavam morrendo aos poucos quando o levei para a minha casa.

Realmente pensava que seria fácil domar aquele pequeno ratinho, mas a tarefa estava sendo mais difícil do que eu pensava. Eu não iria mentir; Metade da culpa era minha por ele me odiar como estava me odiando, mas eu jamais iria fugir do meu propósito mesmo que gostasse muito dele. Seu pai era uma peça fora do meu tabuleiro a muito tempo, e como rei do jogo era meu dever dar um fim nele. Agora, eu precisava tornar meu o peão que havia sobrado naquele jogo.

Após ter ouvido a sua clara e nítida declaração de amor na sacada do seu quarto eu passei a pensar no que estava fazendo. Por um lado, priva-lo de dar continuidade aos estudos seria uma má ideia ─ já que eu precisava dele para me ajudar com os assuntos que não envolviam matar pessoas, por enquanto ─ mas por outro lado, eu não queria me dar ao luxo de o ver partir daquela casa assim que devolvesse sua liberdade. Ele ainda precisava compreender e sentir que precisava de mim, que devia sua vida a mim. E que no fim das contas, eu era tudo o que ele tinha, o seu paraíso infernal.

Esperei que o portão fosse aberto e entrei para dentro. Estacionei o veículo na garagem junto dos demais meios de transporte que eu possuía e sai do carro já retirando o terno vinho escuro, passei uma das minhas mãos em minha nunca e me senti esgotado fisicamente. Quando entrei fui recebido por Safira.

── Bem vindo de volta. - ela me cumprimentou com um sorriso, pegando em seguida o casaco das minhas mãos. ── E o dia?

── Estressante. Sabe como é horrível trabalhar ao lado de imprestáveis e inúteis? É terrível. - respondi, deixando meu mal humor falar mais alto no meu lugar. ── Eu só quero chegar ao meu quarto, tomar um banho e não sair de lá pelas próximas horas que ainda me restam até o amanhã chegar.

── Vou pedir para que levem o jantar até o seu quarto.

── Muito obrigado Safira. - agradeci indo até a escada. Antes de começar a subir me virei para ela novamente. ── Ah, e eu espero que tenham terminado de arrumar o meu quarto como pedi mais cedo. Não quero encontrar ninguém quando chegar lá.

── Já esta limpo e organizado como você pediu Victor. Mas, devo dizer que não foi uma das empregadas quem o arrumo para você. Adivinhe. - Safira fez uma pausa dramática, abrindo um pequeno sorriso.

── Odeio adivinhações Safira. Diga logo quem foi.

── Pietro. - revelou. Arqueei uma sobrancelha, demostrando minha surpresa diante daquela notícia.

── Aquele Pietro? - indaguei apontando para o andar de cima. ── Aquele que está lá em cima e que declarou abertamente guerra contra a minha existência? - soltei uma risada alta. ── Só acredito vendo.

── Meu sexto sentido de mulher diz que ele, talvez, percebeu que não vai conseguir nada guardando tanto rancor e ódio contra você. E talvez agora esteja tentando te agradar. - ela concluiu, dando as costas e me deixando sozinho ali na sala com meus pensamentos.

── Só se for para querer ter algo em troca. Essa é boa. - murmurei para eu mesmo, subindo.

Obviamente não iria acreditar naquilo até que a imagem do meu quarto organizado me provasse o contrário. Pietro não fazia questão de esconder que minha presença o incomodava e deixou bem claro que faria da minha vida um inferno. Então, o que teria causado aquela mudança repentina? Eu estava indo em direção ao meu quarto esperando encontrar o pior. Ou estava me precipitando em julga-lo de forma tão errada.

Deixei os meus questionamentos de lado ao chegar na porta do meu quarto e entrei. De primeiro nomento tudo parecia normal, a cama estava organizada do jeito que eu gostava e não havia nada fora do lugar. Eu procurei pelo controle que dava acesso ao closet e quando achei-o apertei o botão que abria a porta dele. Fui até o banheiro, coloquei a banheira para encher e depois de fazer todo aquele ritual caminhei em direção ao closet para pegar uma toalha e i roupão.

Assim que entrei, vi a imagem que me tirou do chão e ao mesmo tempo em me fez pirar; Um rastro de destruição se fazia presente por toda a parte. As roupas que estavam nos armários se encontravam espalhadas pelo chão, algumas até rasgadas e outras com buracos que cabiam a minha mão neles. Ternos que eu adorava usar estavam aos pedaços, mas uma área em questão fez o meu sangue ferver. Toda a minha coleção de gravatas ─ algumas até de coleções que não existiam mais ─ estavam destroçadas.

Me abaixei e peguei o pedaço de uma. Um misto de tudo o que eu poderia sentir foi se formando dentro de mim, e só havia um único culpado para tudo aquilo.

── Eu o mato! - ralhei entre meus dentes, fechando com força minha mão no tecido delicado.

Ao sair avistei um vaso que estava em cima da estante e mandei minha mão nele, o arremessando no chão. Em seguida caminhei em direção ao quarto onde Pietro estava.

O som alto de um vaso sendo estilhaçado no chão só comprovou que eu havia feiti um excelente trabalho.

Não demorou muito para que eu o visse entrar em meu quarto, esbanjando toda a sua fúria habitual que aos poucos eu estava conhecendo. Talvez fosse um mal dia para ele, mas pouco me importava. Victor segurava um pedaço do pano retalhado de uma gravata e o jogou na cama em minha frente, depois me olhou.

── Será que você poderia me explicar o que te deu nessa sua cabeça sem cérebro para fazer uma coida dessas?! - ela esbravejou cruzando os braços, tentando manter o resto de calma que ainda possuia. ── Me dê um bom motivo para não te matar, por favor!

Fechei o livro que estava lendo e o coloquei ao lado, cruzei minhas pernas e sorri.

── Por que está tão zangado com isso? Eu te fiz um favor destruindo aquelas coisas horríveis que você deve chamar de bom gosto, alias, ele é péssimo! - zombei. ── Você deveria me agradecer.

── Está bem; Muito obrigado. - Victor andou até mim e agarrou minha cintura, me jogando sobre os seus ombros em seguida. ── E para mostrar toda a minha gratidão a você vou te dar um dia grátis no melhor cômodo da minha casa; O porão.

── O que? O que você pensa que vai fazer? - questionei não ganhando resposta alguma. ── Victor me coloca no chão. O que eu fiz nem foi tão ruim assim. - insisti me debatendo, mas o que recebi foi um aperto forte e um tapa ardido em minha bunda. ── Ei! Ficou maluco?!

── Cale a boca Pietro. Eu vou te ensinar a ser mais obediente.

Victor caminhou comigo até o lado de fora da casa, atravessamos o jardim dos fundos até chegarmos em uma parte escura e pouco iluminada que parecia ficar bem afastada da casa. Ele ordenou para quem um dos seguranças abrissem uma grande porta de madeira que estava no chão e me desceu do seu ombro.

── Ele não é espaçoso igual ao quarto onde você está, mas eu te garanto que é o suficiente para você. - ele explicou enquanto me virava para a entrada do porão.

── Não está pensando em me deixar aqui esta? - perguntei mesmo que soubesse a resposta. ── Ja vou logo avisando que isso não vai adiantar de nada.

── Eu não estou nem ai se isso vai adiantar ou não Pietro. - ele agarrou meus braços e me virou para o olhar. ── Vamos ver até onde vai essa sua marra comigo. - ameaçou, por fim me empurrando.

Para a minha sorte o bolo de cordas e o colchão que estavam no rumo da entrada amorteceram a minha queda ─ que não foi tão alta, já que a distância da porta para o chão era bem pouca.

── Tenha uma ótima noite, Petro. - Victor desejou com um sorriso no rosto, acenou e fechou a porta.

── Victor espera. - me levantei ainda atordoado e bati na madeira por diversas vezes, mas a única coisa que escutei fora o barulho de correntes. ── Victor me deixa sair daqui! - nenhum sinal de vida.

Olhei ao meu redor e tudo estava mal iluminado pela luz laranja daquela lâmpada que vez ou outra esta piscava, dando indícios de que muito em breve iria queimar. Não havia muita coisa ali, apenas galões de gasolina, cordas, alvos, um arco e flecha e muitas prateleiras com mais tralhas.

── Tudo bem, é só uma noite. Eu vou conseguir, eu acho. - encorajei-me abraçando meu corpo.

Decidi não ficar para em um único lugar e andei mais para o fundo do porão, porém, parei ao ouvir o som específico de algo que parecia estar rastejando no chão. Olhei em volta e vi no canto da parede uma cobra. Por reflexo eu me afastei para trás até encostar minhas costas na parede, colocando as mãos nela.

── Ok. Eu acho que você foi longe demais agora Victor. - falei ainda com esperanças de que ele estivesse ali esperando meu pedido de desculpas de joelhos enquanto implorava pela minha vida. O barulho dos grilos era constante do lado de fora. ── Isso não tem graça! - entrei em estado de pânico quando vi aquele animal peçonhento se aproximar de mim cada vez mais, de certa forma ela parecia sentir o meu medo.

Eu desejaria nunca ter tido a ideia idiota de fazer um movimento brusco para tentar ficar em uma distância segura dela. Assim que corri para a outra direção tropeçei em um emaranhado de cordas que estava ali e cai, senti em seguida a picada daquele animal traiçoeiro. Levei minha mão até meu tornozelo e o apertei, sentindo uma dor absurda.

── Mas que filha da... - murmurei vendo ela se afastar depois de ter feito seu trabalho.

Apesar da dor, estaria feliz contanto que ficasse longe de Victor, não haveria reclamações vinda da minha parte. Minha visão pesou e começou a ficar turva, e eu não conseguia mais manter meus olhos abertos.

Eu não sei quanto tempo se passou, mas sei qur pouco tempo depois abri os meus olhos e tudo o que eles viram foi um teto braco. O vento do ar condicionado estava deixando a sala gelada e eu me encontrava deitado em uma cama macia e confortável. Virei minha cabeça para o lado e vi Victor bem ali, sentado em uma cadeira ao meu lado e com a sua cabeça repousada sobre minha barriga. Uma de suas mãos estava segurando a minha, no meu braço eu notei a existência de uma agulha com algo sendo injetado em minha veia através de um pequeno fio transparente. Me movimentei, tratando de afastar Victor de cima de mim. Ele acordou e em seguida me olhou.


── Pensei que estivesse morto já. - brinquei levando minha mão até meu rosto.

── Você não vai se ver tão livre assim de mim. - ele salientou em tom de deboche soltando um longo bocejo.

── Se você tinha intenção de me matar era muito mais fácil meter uma bala no meio da minha cabeça e não colocar uma amiga! - avisei me referindo a cobra. Fiz menção de que queria levantar e Victor me ajudou, afofando em seguida o travesseiro nas minhas costas.

── Lamento informar mas não fui eu quem colocou aquela cobra lá. - contou se sentando ao meu lado. ── Não sei se percebeu mas eu te quero vivo, e não sou esse monstro que você pensa que eu sou.

── É claro, disse isso o homem que jogou meu pai em um tanque lotado de piranhas! - o lembrei ficando irritado. ── Foi você mesmo quem começou tudo isso me proibindo de sair. Se não tivesse dito não na minha cara eu não teria feiti o que fiz. - esbravejei apontando meu dedo indicador em sua direção.

── E você não estaria neste hospital se não fosse um ratinho tão desobediente.

── Pare de me chamar de ratinho. Mas que mania tão... Tão... Insuportável Victor! É isso o que você é.

── Estamos quites então! - Victor retrucou. Nos viramos um para cada direção cruzando os braços ao mesmo tempo, ambos bravos um com o outro.

A porta do quarto se abriu e uma enfermeira entrou acompanhada de um homem alto, de cabelos grisalhos.

── Que bom que já acordou. Me parece que você está com uma aparência ótima! - ele comentou ao se aproximar. ── O soro que aplicamos em sua veia agiu de forma bem rápida, ao que tudo indica não a mais resquícios do veneno no seu sangue. Você já pode leva-lo para casa senhor Bretonne.

Durante todo o caminho ficamos em silêncio. O nevoeiro denso sinalizava nossa chegada ao monótono lugar ao qual eu preferia não ter voltado, a fortaleza da solidão. Victor estacionou o carro, saiu e veio até o lado onde eu estava para abrir a porta para mim. Assim que pisei com um pé no chão uma sensação de tontura me atingiu, e antes mesmo que meu corpo chegasse ao chão Victor se aproximou para me pegar no colo.

── Victor eu tenho pernas, posso muito bem ir andando sozinho até o meu quarto! - Victor apenas ignorou minha reclamação e fechou a porta do carro com o pé.

Ele me levou de volta para dentro e ao entrarmos fomos recebidos por Safira.

── Sejam bem vindo de volta. Fico feliz que você esteja bem Pietro. - ela disse dirigindo a palavra para mim. Estava me sentindo extremamente envergonhado com a situação.

── Safira, peça a René para que prepare uma sopa bem forte e leve-a até o meu quarto, por favor. - Victor pediu com calma, não parecendo mais estar de mal humor.

Safira assentiu em silêncio.
Enquanto ele subia as escadas eu o olhei de relance, estava tentando compreender o que ele faria com aquela sopa e no fundo imaginava todo o tipo de tortura, como queimar minha pele ou me afogar no líquido quente. Quando chegamos no andar de cima ele passou pela porta do meu quarto e caminhou até o seu, entrou e me colocou deitado em sua cama.

── Não pense errado. Aqui é apenas mais confortável que o outro quarto, e assim eu posso ter certeza que você estará onde os meus olhos te vêem. - ele afirmou parecendo querer dar satisfação de algo para mim.

── Espera. - segurei seu pulso antes que ele saísse. Victor me olhou um pouco assustado. ── Onde você vai dormir? Pergunto porque.

── Não se preocupe, eu não vou dormir aqui com você. - ele me cortou, deixando bem claro. Soltei o ar com alívio. ── Irei dormir no escritório, lá tem um sofá. Ele caminhou até seu closet e saiu de lá de dentro com um lençol, cobertor e pegou um travesseiro da cama. Antes de sair me olhou. ── Bonsoir Pietro.

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