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Capítulo 04|Você me pertence

─ Obrigado pela carona. - agradeci a Verônica assim que chegamos em frente ao portão da minha casa. ── Se não fosse por você eu certamente estaria na metade do caminho ainda empurrando aquela moto!

── Disponha docinho. Você sabe que pode contar comigo sempre que precisar. - Verônica falou abrindo um sorrisinho para mim. ── Até amanhã Pietro.

── Até. - despedi-me retirando o cinto de segurança. Desci do carro e parei em frente ao portão observando o veículo levantar poeira com sua saída.

Ao virar me deparei com todas as luzes do lado de fora da casa apagadas. Peguei o meu celular de dentro do bolso e procurei por alguma ligação ou mensagem, não havia nenhuma das duas coisas. Logo recordei-me do pequeno trabalhinho que meu pai dissera mais cedo que Victor iria o pedir, mas lembrar daquela informação me fez chegar a outra, esta que já havia esquecido a um bom tempo.

── Só espero que ele realmente não tenha feito nada. - sussurrei levando o aparelho de encontro ao meu peito,

Como não me restava mais nada a fazer, decidi que era a hora de entrar. Guardei o celular no bolso e empurrei o portão, passei por ele e caminhei tranquilamente pelo jardim da frente. Conforme dava os passos, sentia que tudo estava muito quieto e calmo, as luzes de dentro também estavam apagadas e aquilo só aumentou ainda mais minha ansiedade.

── Constance, cheguei! - avisei chamando em um tom mais alto o nome da governanta que trabalhava conosco. Não obtive resposta alguma e todo aquele silêncio horrível estava começando a me incomodar.

Me coloquei em uma posição de alerta e total defesa. Abandonei minha mochila em cima do sofá e caminhei até a cozinha na esperança de que a senhora estivesse por lá apenas querendo me pregar uma peça, mas quando finalmente adentrei o local avistei Constance caída no chão. Levei minhas mãos até minha boca para cobrir um grito e dei alguns passos para trás até sentir a dura parede tocar minhas costas, vi bem ali perto de sua cabeca uma poça de sangue razoavelmente grande, além dos vários estilhaços de vidro espalhados por toda a cozinha. Depois de muito encarar seu corpo eu tomei coragem e me aproximei, ajoelhei-me ao lado dela e peguei seu pulso para conferir se ainda restava algum resquício de vida.

── Não. - soltei seu braço e o vi cair. ── Quem fez isso com você...

── Pietro? - ouvi sua voz mansa atrás de mim e virei-me rapidamente para o olhar. Seus olhos distantes e sua expressão inabalável me encaravam com uma certa felicidade por me ver ali.

── O que você esta fazendo aqui? - o questionei me levantando, dando alguns passos para trás. ── Onde esta o meu pai? O que você fez com ele Victor?

Observei que ao seu lado dois homens robustos e extremanente fortes me encaravam com uma vontade visível de me agarrar com força. Lutar contra ambos não seria uma tarefa nada fácil ─ tendo em visto que eles davam dois de mim ─ mas caso precisasse, eu não teria medo algum de os enfrentar. Eu realmente lutaria pela minha vida caso fosse necessário naquele momento.

── Eu garanto que você vai ter todas as respostas para todas as suas perguntas. Mas você vai precisar vir comigo. - Victor extendeu uma de suas mãos em minha direção, esperando que eu a segurasse.

── Ficou maluco? Eu não vou a lugar nenhum com você! - esbravejei lhe lançando um olhar de fúria.

── Hm. Está bem então. - ele recolheu a mão e sorriu. Após acenar com a cabeça, aqueles dois homens assentiram em uma conversa silenciosa e começaram a vir em minha direção.

Andei até encostar na pia e levei minhas mãos para trás, na tentativa de encontrar qualquer coisa que pudesse ajudar-me a me defender.

── Para trás! - avisei empunhando em frente ao meu corpo uma frigideira, a única coisa que pude encontrar. Olhei para o obejto com desgosto mas continei em posição de ataque, encarando aqueles dois grandes homens com confiança. ── Vão se arrepender se tentarem dar mais um passo em minha direção.

Ambos trocaram olhares e riram em seguida.

── Você acha mesmo que vai consegur se defender de nós com essa frigideira garoto? - um deles, o mais alto, debochou ignorando minha ameaça e vindo em minha direção.

Assim que este avançou eu desviei de suas mãos passando por baixo delas ao me abaixar. Já atrás de si elevei uma de minhas pernas para acertar um chute em suas costas. O mais alto que estava apenas esperando sua hora me agarrou, prendendo-me com força em seus braços. Impulsionei meu tronco um pouco para frente e me preparei para fazer algo que doeria não só nele mas em mim também, no exato momento voltei meu corpo com tudo para a direção dele acertando a parte de trás da minha cabeça em seu rosto. Caminhei um pouco desnorteado pela leve dor e o vi levar a mão até seu nariz que se encontrava sangrando, apertei o cabo da frigideira com força e a mandei em seu rosto quando ele me olhou.

Victor observava tudo de lado, me olhando de forma atenta para tudo o que eu fazia. Aquilo me incomodava e internamente pergutava-me o que iria acontecer depois que eu terminasse com aqueles dois. Parei de me distrair com aqueles pensamentos e me atentei ao outro cara que estava se recompondo, larguei minha panela e andei até ele. Agarrei a gola de sua camisa e bati sua cabeça na bancada até que ele caísse desacordado. Olhei para os dois ofegante, visivelmente cansado.

── Você sabe se defender muito bem. - Victor comentou, admirado comigo. O encarei. ── Minha vez!

Minha única reação que tive ao ve-lo vir em minha direção foi jogar a frigideira que estava em minhas mão nele, na falha esperança de que ela o acertasse. Para a minha não surpresa Victor pegou uma tábua de madeira em cima da bancada e usou-a para se defender do golpe, depois a quebrou em sua própria perna, jogando os dois pedaços para longe. Ele sequer havia esboçado alguma reação de dor e aquilo me fez arfar.

── Ta bom. Eu já entendi que com você a coisa é diferente. - falei, assustado com sua força e resistência.

Joguei um pano de prato para o distrair e sai correndo o mais rápido que conseguia dali em direção ao escritório do meu pai. Passei pela porta e a tranquei, não satisfeito ainda arrastei uma pequena estante para frente dela, esperando ganhar mais tempo para fugir caso alguem tentasse entrar. Peguei meu celular e procurei pelo número da única pessoa que poderia me ajudar naquele momento.

── Vamos, anda. Atende logo esse telefone Verônica! - ordenei enquanto ouvia aquele barulhinho infernal da chamada.

── Alô. - respirei extremanente aliviado ao ouvir a voz dela do outro lado da linha. ── O que houve Pietro? Esqueceu algo dentro do meu carro?

── Verônica, eu preciso de ajuda. - falei ofegante. ── Eu acho que meu pai fez alguma merda! Victor esta aqui na minha casa. Sequestro, eu não sei! - expliquei tropeçando nas palavras enquanto arrancava todos os livros da estante, procurando por aquele da última vez. ── A casa esta vazia, Constance morreu e eu não sei se foi ele quem a matou. Meu pai sumiu e eu também não sei onde ele esta.

── Ei, ei, ei, espere um pouco. - Verônica pediu. Pude escutar ela pisar no freio. ── Como assim sequestro? Victor matou todos e quer te sequestrar?

── Eu não sei! Ele me disse que iria responder as minhas perguntas mas que para isso acontecer eu teria que ir com ele. Mas eu não vou a lugar nenhum com ele. - contei. Uma batida forte na porta fez eu olhar para ela. Eles haviam chegado. ── Eles estão tentando me pegar. Eu dei um jeito neles mas preciso sair dessa casa antes que consigam me pegar.

── Eu posso chamar a polícia.

── O que?? - elevei uma sobrancelha. ── É sério que de todas as ideias essa foi a melhor que você pode me dar? - questionei finalmente puxando o livro falso. A passagem se abriu e eu corri para dentro dela, corredor a dentro. ── Você sabe que a polícia não vai resolver absolutamente nada! Esses caras tem olhos e ouvidos em todo o lugar, inclusive na polícia. E eu ainda posso até ser acusado de ter envolvimento com isso tudo, sou muito novo para ser preso. Eu nem me formei ainda Verônica!

── O que você quer que eu faça então?

── De meia volta e volte para cá, mas venha pelos fundos assim você vai chegar no segundo portão. Me espere nele, eu vou arrumar uma maneira de sair dessa casa. E Verônica - pausei parando de correr. ── , não seja pega.

── Tudo bem, eu vou fazer meu melhor. - ela disse, encerrando a ligação.

Quando cheguei ao final do corredor me deparei com a mesma porta. A forcei para tentar abrir mas como estava trancada decidi arromba-la no chute. Entrei para dentro daquele cubículo escuro que fedia ao charuto que meu pai fumava e olhei os arredores.

── Eu sei que deve haver uma saída por aqui. Tem que ter!

Revirei cada canto, estante e não encontrei nenhuma passagem naquela pequena sala, exceto por uma janela fechada no alto. Peguei uma escada e a coloquei escorada na parede, em seguida subi para chegar até ela e constatei que estava trancada. Olhei para os lados procurando por algo que pudesse quebrar a vidraça e avistei um tijolo jogado no chão. Desci os degraus, o peguei em minhas mãos e subi novamente.

── Se não existe uma passagem, então a gente cria uma. - mirei o bloco na direção da janela e o arremessei nela, virando meu rosto protegendo-o com meus braços para que os cacos não me acertassem.

Não era um espaço muito grande então teria que tomar o máximo de cuidado possível para não me cortar. Coloquei a cabeça para fora e vi que havia um latão de lixo logo abaixo de mim, passei uma perna por vez e em seguida o resto do meu corpo, ficando despendurado para o lado de fora agarrado ao batente. Dei uma rápida olhada para baixo e me joguei, no processo de me jogar acabei cortando a mão em um vidro que ficará no ferro da janela. Após cair e me sentir mais seguro corri até o portão como se minha vida dependesse daquela corrida, o abri e dei uma última olhada para trás, afim de me certificar de que não havia ninguém me seguindo.

Eu já estava sem fôlego por ter feito tudo o que fiz. Mais a frente vi o carro de Verônica estacionado e sorri, porém, por conta da escuridão acabei não percebendo que um homem estava ao lado dela segurando- pelo braço. Parei assim que vi o desespero em seu rosto.

── Pietro. Corre! - ela gritou e um tapa foi desferido em sua face.

Atrás de mim dois carros estacionaram. Eles acenderam os faróis em minha direção me cegando por alguns segundos, mas consegui ver claramente cinco homens saírem de dentro de cada veículo. Dentre eles eu conhecia a face de um muito bem, Victor se aproximou de mim junto dos dois seguranças que estavam com ele a pouco na cozinha.

── Eu preciso admitir; Você sabe se defender muito bem, e se move com grande maestria. - comentou abrindo um meio sorrisinho sarcástico. ── É uma pena que, assim como o pai, você sequer sabe com quem está lidando. Agora me diga - Victor ergueu uma mão e segurou meu queixo. ── , prefere da maneira fácil ou difícil?

── Prefiro que você vá para o inferno! - respondi jutando saliva o suficiente em minha boca para cuspir em seu rosto.

Victor apenas se afastou e passou o polegar em meu cuspe, o lambendo em seguida como se estivesse saboreando uma de suas bebidas caras.

── É ousado. Eu sempre gostei dessa sua característica, deixa as coisas mais empolgantes assim. - afirmou demonstrando não se importar com minha rebeldia.

Em uma nova ordem silenciosa ele acenou para que me agarrassem. Tentei correr mas estava cansado e esgotado demais para tentar qualquer coisa. Me sentia um completo inútil e mesmo que minhas forças estivessem acabando eu não iria desistir. Lutaria até o último segundo.

── Me solta! Eu estou mandando você tirar essas mãos de cima de mim! - gritei falhando miseravelmente em minha tentativa de me soltar. ── Me solta!

── O coloquem no carro e matem a garota. Quero que um de vocês leve o veículo dela para o galpão depois e o desmanche, retirem tudo o que estiver dentro e queimem. - Victor ordenou olhando diretamente para mim. Desviei minha atenção e encarei Verônica, sua expressão era de puro desespero.

── Não. Moço, não, por favor não me mata! - a vi pedir se ajoelhando e unindo suas mãos em uma súplica. Observava tudo sem sequer poder fazer nada enquanto Verônica chorava. ── Eu juro que não vou contar nada do que vi aqui para ninguém. Eu juro! Por favor...

── É uma pena garota. Eu realmente sinto muito. - o homem disse empurrando Verônica a jogando no chão. Ele levantou sua arma e apontou-a na direção dela. ── Mas você viu coisas demais. Não confiamos em testemunhas, você sabe como é né? - debochou, preparando-se para atirar.

── Espera! - me debati com força até conseguir me soltar da mão que agarrava meu braço e segurei a barra do terno de Victor. ── Para. Por favor, manda ele parar. Eu faço tudo o que você quiser, até aceito ir com você! - Victor, ao ouvir aquilo, olhou para mim. ── É só deixar ela ir, e eu prometo que vou com você.

Por algum tempo tudo ficou em silêncio, mas então vi seu sorriso em seus lábios mais uma vez.

── Você vai continuar resistindo?

── Não... É uma promessa. - afirmei olhando para ele com plena certeza. Victor relaxou seus ombros e se virou.

── Pode solta-la. - ordenou, o homem ao lado de Verônica então abaixou sua arma, visivelmente desapontado e triste por não poder fazer o que lhe haviam mandando fazer. Victor voltou sua atenção para mim e continuou; ── Você tem exatos cinco segundos para se despedir dela, nenhum a mais, nenhum a menos. Se tentar alguma gracinha, por mínima que seja, eu mesmo mato você e ela. Fui claro? - assenti com a cabeça.

Victor deu um sinal para que eu fosse até Verônica e eu o fiz, corri em direção a ela e a agarrei em um abraço forte e doloroso. Escondi meu rosto na curva de seu pescoço e deixei que minhas lágrimas caíssem.

── Me desculpe. - murmurei aquela frase várias e várias vezes em seu ouvido, soluçando baixinho.

── Esta tudo bem. Promete que não vai tentar fazer nenhuma loucura? - ela perguntou e ao não obter uma resposta minha afastou meu rosto. ── Você promete Pietro? - confirmei em silêncio, escondendo minha voz mentirosa.

Bem no fundo, eu realmente queria que tudo aquilo fosse apenas um sonho ruim do qual eu iria acordar em breve, mas tudo era muito real. O cara forte, todo vestido de preto parado ao nosso lado, era real. Meus ferimentos eram reais assim como os de Verônica e o monstro que me me esperava no carro também era muito real. Tudo era real, e eu não queria acreditar naquela realidade.

De longe Victor buzinou avisando que nosso tempo tinha acabado. Verônica entrou em seu carro e fez uma manobra desesperada para virar ele na direção oposta de onde estávamos. Assim que ela foi embora eu me virei e encarei Victor. Ele me esperava no banco de trás do seu carro e seus seguranças me olhavam com olhares atentos. Eu havia prometido, não iria tentar nada por enquanto ─ embora quisesse muito. Esperaria o momento exato quando ele chegasse. Ao passar perto de um daqueles homens o vi tentar agarrar meu braço mais uma vez. Fui rápido em me afastar do seu toque batendo em sua mão.

── Se encostar em mim mais uma vez você não vai tocar mais nada! - o ameacei me virando na sua direção. Ele apenas se afastou e escondeu suas mãos atrás das suas costas.

Se eu soubesse o que estava por vir, talvez nunca teria aceitado aquele real... Talvez teria lutado mais, tentando mais. Só. Talvez.

N/A.: Top Or Cliff é minha religião. Já apertastes esta estrela hoje? 👀

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