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Capítulo 49

O olhar dele vacilou por breves segundos, desviando-se para o chão. As mãos apertaram com força a amurada e consigo ver os músculos se contraindo contra o tecido de veludo do seu terno. A sua respiração estava pesada e, silenciosamente, temi que o homem tivesse um ataque de pânico naquele momento. Contudo, precisava de uma resposta mesmo já sabendo a verdade. Precisava ouvir dos seus lábios. Dos seus lindos e delineados lábios. Calma, Natasha. O foco não é esse.

— Por que fez o pedido?

Lorcan respirou fundo, como se reunisse toda a coragem entorno de si. Os seus olhos voltaram-se em minha direção e havia certa tristeza em seu semblante. Arrisco-me a dizer que tinha um misto de receio também. Talvez ele pensasse que eu fosse me afastar com a sua resposta.

— Eu não sei. Na hora, foi a única coisa que eu consegui pensar. Depois de ser odiado por todos, no fundo... Eu só queria... — a sua voz falhou e, novamente, o seu foco tornou-se os próprios pés, cobertos por aqueles belos e brilhantes sapatos sociais. — ... Que alguém me visse de uma forma diferente. Mas como você sabe?

Ao proferir a pergunta, percebo que ele me encarava de canto. Agora, é a minha hora de ser sincera. Ou, ao menos, em partes. Não podia contar que era a escritora de Velorum, criadora desse universo. Duvido muito que o duque levaria essa informação tranquilamente e, depois de saber que ele estava disposto a arrancar a cabeça da possível autora, o silêncio é a melhor opção.

— Eu também fiz o pedido à estrela.

Lorcan piscava rapidamente os olhos, incrédulo.

— Você... Como...

— Estava em um momento difícil, sentindo-me a pessoa mais solitária do mundo e... — dou nos ombros rindo forçado. — Cá estamos.

— A lenda dizia sobre outro mundo. Você é daqui?

Queria ser sincera mas, infelizmente, não podia. Pelo menos, não por completo.

— É difícil explicar mas peço que, por enquanto, seja compreensivo e não pergunte nada.

— Não sei o que dizer, Diane...

— Natasha. Esse é o meu verdadeiro nome.

Passei muito tempo como Diane que, às vezes, esquecia quem eu realmente era. Talvez, no fundo, Natasha e Diane sejam a mesma pessoa, mas de mundos diferentes. Porém, temia perder a minha identidade e, por isso, queria que ao menos Lorcan me chamasse pelo meu verdadeiro nome.

Ele não expressou nada, nem surpresa ou confusão. Poderia perguntar o porquê de ter ocultado o nome real, mas parece que havia respeitado o meu segredo. Afinal, como um guerreiro ardiloso, não duvido nada que possuía os seus próprios segredos.

— Natasha... — ele proferia com aquela voz rouca e arrastada. Um arrepio percorreu todo o meu corpo, ao mesmo tempo que sentia uma inquietude em meu interior. Céus, esse homem é um perigo. — O que fará?

Imediatamente, identifiquei o que havia nas entrelinhas da sua pergunta. Lorcan deixou a escolha em minhas mãos. Podia dar as costas e fingir que toda essa loucura de estrela não passou de uma mera coincidência. Ou iria encarar a realidade e o fato de estarmos ligados de alguma forma.

— Eu quero estar ao seu lado, Lorcan. É só isso que eu sei. E você deseja o mesmo?

O seu corpo virava-se completamente em minha direção. O olhar tão penetrante que atravessou minha alma, conectando-a com a sua.

— Eu não poderia desejar outra coisa mesmo se quisesse. Não quando me sinto vazio longe de você.

Os nossos olhares estão conectados. O silêncio instaura-se pelo local por longos segundos, já que ainda estávamos ingerindo as informações recentes. A pessoa à minha frente é a minha alma gêmea. No começo, pensei ser o Christian e criei altas expectativas de como iríamos nos relacionar. Mas agora? Só quero deixar rolar, sem preocupação alguma. Essa pode ter sido a jogada mais sábia ou mais desastrosa do destino. E tínhamos muito tempo para descobrir.

A minha única certeza é que o queria. Aqui e agora.

Em um sobressalto, pulo nele envolvendo os braços em seu pescoço enquanto atacava os seus lábios. Inicialmente, o duque arregala os olhos surpreso, custando-se a acreditar em minha atitude impulsiva. Contudo, logo as suas mãos firmes apertavam a minha cintura de maneira possessiva, trazendo-me mais ainda para perto do seu corpo. Então, estávamos nessa sintonia única, onde nossas línguas brigavam por espaço, roçando uma na outra de maneira erótica.

Havia um misto inexplicável de sensações em meu peito, mas a felicidade se destacava dentre elas. Sentia que podia encontrar coragem e força em seus braços, diferente da bolha de proteção que fui acostumada a estar. Lorcan despertava um espírito livre e independente dentro de mim. Esse espírito que sempre esteve presente, mas o abafei por causa das minhas inseguranças.

O duque colocou-me contra a pilastra, sem interromper o beijo enquanto descia as mãos pelo meu corpo. Enquanto isso, puxo os fios de cabelo de sua nuca, ouvindo-o arfar de prazer. Por um instante, nos desfazemos do beijo mas ainda mantemos os lábios colados, sentindo a respiração um do outro. Continuamos com os olhos fechados e as testas coladas. Logo, sendo movidos por esse calor inexplicável, voltamos a nos beijar e, desta vez, com maior intensidade.

Lorcan parecia devorar a minha boca junto com o meu ser no beijo. Estava segura ao seu lado, ao ponto de desabotoar a sua camisa enquanto nossas línguas se entrelaçavam em uma troca mútua de sabores. Não queria carregar nenhuma insegurança desta vez. Afinal, não precisava me sentir assim perto do homem que me viu de diversas formas e aceitou cada uma delas.

Ao interromper o beijo, recuperamos parte do fôlego e o duque não perde tempo em descer a trilha de beijos por meu ombro. Os seus lábios percorriam o decote da roupa, passando a ponta da língua entre o vão de meus seios. As suas mãos, agilmente, retiravam as cordas do vestido e abriam o espartilho, dando mais espaço para a boca do homem fazer o seu "trabalho".

— Eu quero você por completo. — ele dizia erguendo o olhar enquanto suas mãos se posicionam no meu vestido, subindo até a altura da coxa. — Não sei se posso manter o controle como da última vez.

Um sorriso amável surge em meus lábios.

— Tudo bem. Eu não quero que pare.

Qualquer tensão na face do duque some enquanto ele colocava minha perna direita em seu ombro, depois de se colocar de joelhos à minha frente. Estou completamente surpresa ao ver o homem mais assustador de Velorum ajoelhado para mim.

O seu breve olhar é como uma permissão silenciosa para avançar. Por um instante, olho por cima dos ombros para a vista do jardim completamente vazio. Como acho pouco provável que alguém invada o seu quarto, assinto em silêncio vendo-o abrir um sorriso de canto. Eu vou ficar molhada com todos os sorrisos desse homem? Pelo visto, sim.

Lorcan mordia a ponta da luva retirando-a lentamente em um gesto sensual e provocativo. Diante dessa cena, sinto reviravoltas no estômago e um calor entre as pernas. Ele fazia o mesmo com a outra luva até estar com suas cicatrizes expostas. Era um sinal de que confiava em mim, ao ponto de mostrar sua maior insegurança. Um calafrio percorre o meu corpo quando seus dedos seguram as extremidades da minha calcinha, descendo-a em um ritmo lento. Quando ele se livrava da peça, abaixava a cabeça passando a ponta da língua entre minhas pernas.

Nesse momento, todo o meu corpo estremece.

A sua língua passava suavemente pela região externa, deixando-a bem molhada. Enquanto isso, uma mão segurava firmemente a minha coxa, que estava em cima do seu ombro, e a outra estimulava a minha entrada com movimentos frequentes vai e vem. Quando o sinto entrar em mim, apoio uma mão na cabeça de Lorcan puxando os fios de seu cabelo. Todo o meu corpo formiga e esquenta com a sua língua a região.

— Ah... Lorcan...

Seus dedos apertam com mais firmeza a minha coxa. Os lábios roçavam entre minhas pernas enquanto a língua explorava meus pontos sensíveis. Os movimentos começam a se tornar mais rápidos, fazendo o meu interior se contrair. Puxava o cabelo dele como um sinal para continuar e, felizmente, ele entendia o recado. A forma como a sua língua se movia levava-me às alturas, fazendo minhas pernas estremecerem quando atinjo o ápice, jogando a cabeça para trás. O gemido a escapar dos meus lábios não é nada discreto e minhas bochechas esquentam de vergonha.

Lorcan erguia-se passando a língua pelos lábios, apoiando ambas as mãos ao lado do meu corpo enquanto aproximava o seu rosto.

— Droga. Você é deliciosa demais.

Perco o fôlego diante de sua voz grossa e a intensidade do seu olhar. Estava tão perdida nos detalhes únicos de seu rosto, que mal notei quando o vestido deslizou pelo meu corpo tocando o chão. A brisa gélida do início do inverno fazia-me tremer levemente. Porém, logo fui agraciada pelo calor corporal do duque ao ser puxada contra seu peitoral exposto. Quando nossos olhares se encontram novamente, sinto faíscas surgirem. Sendo movida pela excitação, retiro a camisa dele a jogando em um canto. Mordo o lábio admirando o seu corpo definido e, principalmente, as cicatrizes marcando sua pele.

O olhar dele vacila por um momento, mas toco o seu rosto com delicadeza, sussurrando:

— Você é lindo.

Novamente, tenho o prazer de ver o seu sorriso, apesar dele ser mais sutil desta vez. Então, Lorcan apertava minha cintura, distribuindo diversos selinhos enquanto me guiava para o interior do quarto. Não perco a chance de retirar o cinto de sua calça e a abrir os botões com certa pressa. Ele apoiava a mão sobre a minha, interrompendo os movimentos ao mesmo tempo que um sorriso malicioso se formava em seus lábios, ainda colados aos meus.

— Não se preocupe. Logo ele estará dentro de você... — murmura subindo a ponta dos dedos pela minha barriga. —... e bem fundo, querida.

O meu interior se contraiu em resposta. Em um breve empurrão, sou jogada contra a cama afundando no colchão. De forma ágil, ele já havia se livrado da calça e umedeço os lábios diante da visão indescritível à minha frente. E quando a última peça havia sido retirada, onde pude ver que era um homem bem virtuoso, já estava extremamente molhada lá embaixo. Lorcan colocava-se entre minhas pernas, atacando os meus lábios mais uma vez. A sua língua buscava pela minha, roçando nela com uma lentidão prazerosa. Enquanto isso, posso senti-lo pressionando a minha intimidade, provocando-me em uma tortura prazerosa.

Mas quando o sinto me invadir, a minha mente fica em branco. Nada mais importa. Ignoro a música ao fundo, junto com todo o baile. A única coisa que merecia minha atenção era o gemido rouco a escapar dos lábios do homem, misturando-se com o meu.

Não havia gentileza em seu ato, era uma selvageria primitiva mas, ao mesmo tempo, tão reconfortante. Talvez se desse pela estranha conexão sentimental que tínhamos. Ele, inicialmente, se movia de forma lenta e profunda. Uma onda de prazer percorre o meu corpo ao senti-lo sentir tão fundo, onde é impossível conter o gemido arrastado.

A sua voz rouca acariciou meus ouvidos.

— Cada minuto de espera para estar enterrado em você valeu à pena.

Sorrio travessa.

— Então, teremos uma longa noite?

— Sim. E aconselho se segurar firme, porque agora eu não pretendo sair de dentro de você até deixar suas pernas bambas.

Prendo as pernas entorno da sua cintura, colando mais ainda nossos corpos, conforme ele aumentava o ritmo das estocadas. Os seus lábios estão tão próximos aos meus, roçando com lentidão antes de iniciar um beijo. Envolvo os braços no pescoço dele, passeando os dedos pelas mechas do seu cabelo, que escorregavam por seus ombros. Enquanto isso, movia os quadris seguindo a mesma sincronia, como se nossas almas estivessem entrelaçadas em cada mínimo movimento. Movia-se contra a região latente e, em consequência, ela ia mais fundo em meu interior, arrancando sons indecentes dos meus lábios.

Aquilo era diferente de tudo o que já experimentara. Era um misto de intensidade com segurança. Sentia-me capaz de expor cada parte minha diante desse homem e ele as tomaria para si, aceitando-as sem pensar duas vezes. E sabia que o sentimento era mútuo, principalmente ao vê-lo em cima do meu corpo, mostrando todas as cicatrizes de seu peitoral.

A mão dele repousou ao lado da minha cabeça, puxando a coberta com tamanha força que notei as veias sobressalentes do seu braço. A outra mão não perdeu tempo em segurar minha coxa, pressionando a região até deixar a marca de seus dedos. As suas unhas, por mais curtas que fossem, roçavam contra minha pele causando calafrios agradáveis.

— Eu quero você... — murmurei com minha boca colada à sua. — Mais e mais, Lorcan...

Era como se toda e qualquer conexão nossa não fosse o suficiente. Eu precisava dele. Cada parte do homem à minha frente.

Em resposta ao meu comentário, ele deu uma estocada tão funda que todo o meu ser se revirou, estremeceu, entregou-se a esse prazer imensurável. Lorcan tinha o dom de conseguir me deixar sem palavras, tanto por seus argumentos válidos quanto pela forma que me fodia.

— Terá até enjoar, Natasha. — grunhia sem conter o sorriso de canto. Maldito sorriso que me deixou mais molhada ainda.

Segurei seu rosto com ambas as mãos, olhando no fundo dos seus olhos.

— Algo me diz que não irei enjoar.

A ponta do nariz dele roçou suavemente contra a minha. Uma carícia adorável em meio àquele momento quente.

— Que bom, pois acredito que não enjoaria de você por nada nesse mundo.

Sorrio sem mostrar os dentes, sentindo-o afundar mais ainda entre minhas pernas. Meu corpo estava fervendo e o dele também. Algumas gotas de suor caíam sobre minha pele enquanto podia vislumbrar sua expressão de prazer. Lorcan segurava ambas as minhas mãos, posicionando-as acima da cabeça e começava uma sequência de estocadas mais agressivas. Profundas. Intensas. Ele estava próximo ao seu limite e, sinceramente, eu me encontrava em uma situação semelhante.

Sua mão apertou meus pulsos, onde uma onda breve de dor misturou-se com o prazer. Não sabia identificar qual das suas sensações se sobressaiu, a minha única certeza é que gemia sem parar.

Inclinei a cabeça a fim de tomar seus lábios para mim, dando início a outro beijo repleto de sensualidade. Os nossos corpos suados roçavam entre si enquanto compartilhávamos o sabor da boca um do outro. Então, em uma estocada profunda e firme, Lorcan desmanchou-se em mim ao mesmo tempo que também atingia o ápice. Os nossos gemidos sincronizados e altos foram abafados pelo beijo que, gradativamente, cessava.

Lorcan passou longos segundos inerte, despejando até a última gota em mim. Por outro lado, tentei regular a respiração enquanto o sentia pulsar em meu interior sensível. Se já havia gozado de maneira tão intensa, não conseguia me lembrar. E também não lembro da última vez que recebi um olhar tão carinhoso. O duque soltou meus pulsos, apoiando ambos os cotovelos ao lado da minha cabeça. O seu rosto tão próximo ao meu que segurei a imensa vontade de beijá-lo novamente.

Céus, Natasha. Segura a droga desse fogo.

Por longos instantes, nenhuma palavra foi dita. A única coisa em minha mente era o quão belo Lorcan conseguia ser com essa expressão pós-orgasmo. A mão dele tocou suavemente minha face, acariciando a região até o seu polegar roçar em meu lábio inferior.

— Queria ter sido mais carinhoso com você. — ele admitia. O som era baixo e rouco, causador de um calafrio pela minha espinha. — Mas... Droga! Ao vê-la tão entregue, só conseguia pensar em te foder até não conseguir dizer uma palavra sequer.

Duvido que se sentiria receoso assim se soubesse o quanto ansiava por tê-lo dessa forma.

— Está tudo bem. Eu queria e quero toda a sua intensidade. — digo passando a ponta dos dedos por seu peitoral, vendo-o estremecer e arrepiar com o meu toque. A minha autoestima dava uma cambalhota com essa cena. — Cada parte sua... Eu a aceito com o maior prazer.

Dei ênfase à última palavra, deixando o tom de voz arrastado e provocativo. De onde tirei tamanha confiança? Não sei, mas estar perto desse homem me deixa assim.

— Não me provoca, Natasha.

Era incrivelmente bom ouvir meu nome real sair dos seus lábios e senti como se ele fosse o único digno a dizê-lo. O único em quem confiava ao ponto de expor o meu real lado, a escritora insegura de Londres.

Propositadamente, arranho sua pele com a ponta das unhas e ele arfava baixo.

— Ops... Foi sem querer. — debocho.

Logo, posso senti-lo crescer novamente dentro de mim e, nesse momento, sou eu quem está à mercê de suas vontades. Ele arqueia a sobrancelha antes de se levantar, erguendo-me junto. Para não cair, pressiono as pernas em sua cintura mais uma vez. Lorcan colocava-me contra a parede de forma brusca e tenho um leve espasmo surpresa, principalmente quando ele retornava às estocadas.

Rápido. Intenso. Dominante.

Passei os braços por seus ombros enquanto nossos corpos colados roçavam um no outro. O duque não perdeu tempo em atacar meu pescoço, distribuindo beijos molhados na região. Posso sentir seus lábios se moverem em um sorriso quando percebia o efeito de seus toques em mim. A cada vez que avançava, o meu interior correspondia o apertando. E sempre que sua boca tocava meu pescoço encontrava-me arrepiada.

— Vai me deixar toda marcada. — digo entre gemidos.

Ele estocava de forma mais profunda e quase visito as estrelas quando toda a minha alma dava um sobressalto.

— Ótimo, assim todos vão saber que você é minha. — murmura com os lábios contra meu pescoço, depois de deixar uma marca no local. — E que eu estou disposto a destruir qualquer miserável que olhe para você.

Lorcan afastava-se o suficiente para restabelecer o nosso contato visual. Deixo escapar um sorriso de canto, aproximando o meu rosto e mordendo o seu lábio.

— Isso também me dá o direito de acabar com qualquer uma que também o olhe, certo? — brinco.

Ele assentia enquanto suas mãos desciam para minha bunda, apertando-a de forma possessiva. Sorrio contra seus lábios.

— O seu olhar é o único que eu quero, Natasha.

Lorcan avançava o quadril rapidamente e, por estar mais sensível, acabo estremecendo mais uma vez. O ritmo continuava constante e ele só parou quando também se entregou por completo à onda de prazer, estocando o mais fundo que podia.

Droga. Esse homem está me marcando ao seu bel prazer e, para piorar, eu quero que continue.

Mesmo ofegante, tomo seus lábios em um beijo intenso que, imediatamente, é correspondido. Ele puxava-me mais ainda contra seu corpo, dando uma breve estocada durante o processo. Como ainda possuía energia? Pelo seu sorriso malicioso, percebi que teríamos a noite toda para descobrir.

***

Os raios solares invadiram o quarto e, aos poucos, abri os olhos lutando contra o incômodo nas retinas. Quando movo o corpo, sinto que estou com a cabeça apoiada no braço estendido do duque. Ele encontrava-se do meu lado, dormindo com um semblante sereno. Uma mecha do seu cabelo escorregava pela face de forma graciosamente. Céus, ele parece um anjo dessa forma.

A minha mão está apoiada em seu peitoral, sentindo as batidas calmas de seu coração. Não paro de encará-lo por um instante sequer, analisando cada traço do seu rosto.

— Quando cansar da vista, avise. — a sua voz rouca e arrastada ecoava pelo curto espaço entre nós. — E se não cansar, melhor ainda.

Instantaneamente, o meu rosto fica vermelho e quente.

— Como...?

Ele abria os olhos e sou agraciada por aquele céu azul, sendo uma das primeiras visões ao acordar.

— Uma empregada veio alguns momentos atrás, bateu na porta e disse que eu teria uma reunião com o rei pela manhã. Então, acabei acordando antes do previsto.

— Entendo... — murmuro e sento de forma brusca. — Espera! Você precisa ir à reunião!

Ouço um resmungo em resposta. Logo, ele puxava-me pelo braço para deitar novamente em seu peitoral antes de dar um abraço apertado, repousando o queixo no topo da minha cabeça.

— Dane-se à reunião. Há algo mais importante para fazer.

— O que seria?

— Estar com você.

O meu coração fazia uma festa dentro do peito. Tento controlar o sorriso bobo mas é impossível. Então, afundo o rosto no peitoral do duque, inspirando o seu aroma viciante e, também, lembrando do banho que tomamos antes de cair na cama totalmente exaustos. Enquanto isso, o meu olhar desce para o seu peitoral e passo a ponta dos dedos pela região, sentindo os músculos definidos. Percebo como o corpo do homem trava momentaneamente e ele fica arrepiado.

Sorrio travessa, descendo mais ainda a mão. Lorcan apertava-me novamente em seus braços enquanto sua respiração tornava-se mais pesada. Quando sinto algo duro cutucar minha barriga, mordo o lábio e tal gesto não passa despercebido por ele, que descia a mão até repousar entre minhas pernas. Os seus dedos começavam a se movimentar, estimulando a região.

— Lorcan... — o seu nome sai como um sussurro manhoso dos meus lábios. — Não me diga que já recuperou as energias?

— Vai descobrir logo.

Ele segurava minha perna, colocando-a em cima da sua cintura. Então, ao enfiar um dedo, gemo em resposta.

— Pelo visto, não sou o único recuperado aqui.

Lanço um xingamento baixo, o que rende uma risada rouca do homem que movia cada vez mais fundo o seu dedo. O meu corpo esquentava em questão de segundos e, logo, estou me contorcendo de prazer. Quando estou próxima do ápice, ele interrompia os movimentos e resmungo frustrada. Porém, fico surpresa ao ser virada ficando de costas para o duque. Então, ele segurava minha perna ao mesmo tempo que se colocava dentro de mim de uma vez.

E com certeza, não se tratava do seu dedo.

Seus lábios não tardaram em atacar meu ombro com beijos e mordidas enquanto movimentava freneticamente o quadril. Jogo a cabeça para trás, roçando em seu corpo de acordo com as estocadas e, assim, podendo senti-lo mais fundo. Ele gemia contra meu ombro e eu sequer continha os sons indecentes escapando dos meus lábios. Foda-se se todo o palácio soubesse o que fazíamos. Eu só queria sentir cada centímetro daquele homem dentro de mim, moldando-me a seu bel prazer.

Mordo o lábio movimentando o quadril e rebolando contra ele, o que rende um gemido rouco do duque. Ele subia a trilha de beijos até minha orelha, mordiscando-a com suavidade.

— Você. É. Minha.

Cada palavra dita pausadamente cria uma inquietude em meu ventre. Assinto silenciosamente, rebolando mais e mais até que ambos estivéssemos em sincronia. E assim, não demorou para que chegássemos ao clímax do sexo, desmanchando-se em uma onda de prazer e paixão.

Lorcan passou o braço por cima da minha cintura, trazendo-me para mais perto do seu corpo enquanto afundava o rosto na curva do meu ombro. Por um instante, fecho os olhos aproveitando esse momento de paz pós-sexo matinal. A forma como ele me apertava em seus braços era única, como se estivesse diante de um tesouro tão precioso que não podia abrir mão.

Após longos segundos nessa posição, levanto-me da cama e vou em direção ao banheiro. O banho é demorado e, com muito pesar, preciso tirar o cheiro dele do meu corpo. Ao retornar para o cômodo, usando apenas roupas íntimas, encontro Lorcan preguiçosamente deitado na cama. Ele estava com a cabeça levemente erguida e apoiada na palma da sua mão, que se mantinha elevada por causa do cotovelo sobre o colchão. O seu olhar analítico segue os meus passos, deixando-me nervosa e envergonhada.

— Você não tem nada para fazer?! — questiono virando-me em sua direção, cruzando os braços.

Um sorriso felino se forma em seus lábios.

— Fora te admirar? Não.

Não dá pra se irritar com esse filho da mãe.

Procuro o vestido até ver o duque apontando para o seu guarda roupa, arqueando a sobrancelha. Entendo o seu recado e nego, afinal seria muito problemático se me vissem usando suas roupas. Porém, com seu típico tom irredutível, ele comenta:

— Não se importe com o que vão pensar.

Suspiro em desistência até porque, no fundo, o miserável está certo. Então, abro o guarda roupa e visto uma de suas camisas sociais brancas, que tocam minhas coxas. As mangas são largas e cobrem completamente minhas mãos. Ao ouvir batidas na porta, arregalo os olhos e me escondo dentro do guarda roupa. Lorcan contém a risada, mantendo a pose de durão enquanto a empregada entrava no quarto, sem olhar para ele, depositando a bandeja com o café da manhã em sua escrivaninha. Quando ela se retira, saio do meu esconderijo improvisado, ofegante e assustada.

— Já pensou em substituir o Raven em suas missões? — ele debocha.

Fuzilo o homem com o olhar, que dá nos ombros erguendo-se da cama e colocando um roupão cinza, cobrindo todo o corpo. Lorcan levava uma torrada à boca e, sendo movida pela fome, ataco algumas frutas da bandeja.

— Precisa ir para a reunião, Lorcan.

Ele estala a língua no céu da boca, revirando os olhos.

— Você vai e ponto final! — ordeno vendo a surpresa em seu semblante. Mas, por mais surpreendente que pareça, não há nenhum sinal de recusa. — Eu também quero ir, se não for um problema.

— Nunca é. Só esteja preparada para o tédio em pessoa.

Rio baixo e dou uma mordida generosa na torrada. Lorcan comia mais rápido, dirigindo-se para o banheiro logo em seguida. Enquanto isso, ergo as mangas da camisa até os cotovelos e coloco um cinto entorno da cintura. Após pentear o cabelo, encaro-me no espelho e sorrio em aprovação. Estranhamente, estou me sentindo bonita.

Decido ir para o meu quarto pegar uma roupa decente e depois me encaminhar para a cozinha. Precisava tomar um daqueles remédios caseiros de infertilidade, comumente usados pelas damas de Velorum. Mas não esperava encontrar uma servente passando pelo corredor. Ela parava de forma brusca, arregalando os olhos ao me ver sair do quarto do duque.

— Não acredito que está dando para ele também, Diane. Que puta sem limites. Agora entendo porque estava dançando no baile.

O meu sangue ferve e avanço em sua direção, chutando sua barriga a jogando contra a parede. A mulher respirava com dificuldade e o seu rosto torna-se pálido quando soco a parede ao seu lado, aproximando o meu rosto. O olhar mortal a faz estremecer.

— Cala a porra da sua boca. Todo o reconhecimento que tive até então veio por causa do meu mérito. — digo entredentes, puxando-a pela gola do uniforme. Ela engole seco, permanecendo calada. — E se eu estou transando com o Lorcan, qual é o problema? Isso não anula o meu esforço e não dá o direito para pessoas insignificantes como você me julgarem. Por isso, da próxima vez que ouvir um comentário assim da sua boca imunda, eu juro que quebrarei todos os seus dentes. Entendido?

Antes de ouvir sua resposta, dou uma joelhada em sua barriga a vendo contorcer de dor. Então, jogo a mulher no chão e sigo em direção ao meu quarto.

Havia uma sensação libertadora dançando em meu peito.

***

Christian nos recebeu com um olhar confuso, mas não suspeitou de nada. Lorcan sentou-se na poltrona do escritório e o rei tomou o seu lugar no sofá ao lado. Dispensei um acento, indo até a janela para admirar a beleza do jardim. Como o duque havia dito anteriormente, a reunião seguiu de maneira chata com Christian pontuando todos os acontecimentos econômicos do reino.

Passei pela estante de livro, apoiando ambas as mãos nas costas com um olhar curioso. Peguei um livro sobre lendas de Velorum e o folheei em busca de algo sobre a Estrela Ponte dos Mundos, mas encontrei uma carta entre as páginas. O mais correto era guardá-la, mas foi difícil ignorar ao ler o seu endereçamento.

"De:Annabeth Scarbrough para Erick Hartley."

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