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Capítulo 18

Atenção: O capítulo contém gatilho de abuso sexual e violência.

— O que deu nele? Eu estava tão perto de ter uma aliança vantajosa. — questiona Odo alternando o olhar da porta para mim. — Que seja! Não preciso daquela aberração para crescer. — o seu olhar repousa inteiramente no meu corpo e o vejo umedecer os lábios. — E também não preciso de nenhum motivo aparente para comemorar.

Mesmo com a onda de medo crescente, reuni forças para se manter de pé. O homem aproximou-se em passos apressados e, nesse momento, apontei a adaga em sua direção. A minha mão tremia tanto que quase deixou o objetivo cair mas, ainda assim, mantenho o braço esticado. O nobre recua erguendo ambas as mãos na altura da cabeça.

— Calma, jovem. Não precisa reagir assim.

— Saía de perto de mim! — grito tremendo cada vez mais. — Ou eu o matarei!

Ele deu um passo em minha direção, encurtando a nossa distância. O ar pareceu rarefeito pois respirar tornou-se uma tarefa quase impossível.

— Abaixe essa arma. Você não pode matar um nobre, esqueceu que é um crime grave em Velorum? Se fizer isso, ficará presa por toda a sua miserável vida.

— Foda-se! Não se aproxime ou...!

Infelizmente, o senhor Rudson é mais ágil dando um tapa em meu pulso. A faca voa longe girando pelo chão de madeira. De forma rápida, corro até a arma mas o nobre chuta minha perna, fazendo-me cair de joelhos. Desesperadamente, estiquei a mão em direção à adaga e, para o meu azar, ela estava longe do alcance dos meus finos dedos. O homem colocou-se em cima de mim enquanto eu me debatia, gritando até a garganta arranhar.

Christian, por favor, apareça!

A mão dele se envolveu em meu coque, jogando minha cabeça contra o solo. Nesse instante, tudo começou a girar e se mover em câmera lenta. Odo lançava diversos xingamentos misturados com uma risada de escárnio. As lágrimas rolavam pela minha face quando o senti erguer o meu vestido até a altura do quadril.

Eu precisava ser forte e crer que Christian surgiria. Ele disse que não deixaria ninguém me machucar. Ele prometeu.

Por favor, venha.

O som do cinto sendo aberto despertou-me do meu estado de transe. Miseravelmente, arrastei o meu rosto um pouco para cima até sentir a mão dele entre minhas pernas, tentando deixa-las abertas. Então, Odo girava o meu corpo com agilidade e precisei ficar frente à frente com sua cara desprezível. Eu não suportaria tamanha dor se ele me violasse. Não seria forte o suficiente para seguir em frente.

Mas provavelmente Christian estava à caminho. Eu só precisava ser paciente.

— Não se preocupe, eu não mordo. — ele comenta rindo ao mesmo tempo que abaixa o corpo, distribuindo beijos pelo meu pescoço. — Mas eu posso morder, se quiser. Basta pedir com jeitinho.

Soluçava descontroladamente enquanto ele se ajeitava entre minhas pernas. Eu não queria que algo assim acontecesse. Eu não podia permitir que acontecesse. Lentamente, estiquei a mão até puxar a adaga com a ponta do meu dedo indicador, trazendo-a para perto de mim. Então, segurei a arma com tanta força que os nós dos meus dedos tornaram-se brancos.

— Nenhum nobre imundo vai encostar o dedo em mim!

O golpe nesse miserável foi certeiro. Eu pude sentir a lâmina atravessar em seu pescoço e, instantes depois, sangue jorrar por todo lugar, principalmente em meu rosto. Ele se remexia como um porco sendo abatido. Na verdade, tenho certeza que essa é a melhor forma de descrever esse nobre sem escrúpulos.

Infelizmente, nem mesmo a raiva podia afastar o terror de arrancar uma vida com as próprias mãos. O senhor Rudson tentou se livrar da arma enquanto sua outra mão se envolveu em meu pescoço, sufocando-me lentamente. O meu corpo se debateu junto com o dele mas ainda possuía energia para continuar lutando. E eu lutarei pela minha vida se fosse necessário. Por isso, cravei mais uma vez a lâmina contra o pescoço do homem.

E de novo. De novo. De novo. Até não haver brilho nos olhos dele e, em seguida, joguei o corpo para o lado. Uma poça de sangue formou-se abaixo do cadáver e, mesmo sendo óbvio, desci o olhar para analisar o meu estado. O vestido branco estava completamente vermelho, bem como parte do meu rosto. Dessa vez, não consegui controlar a ânsia e vomitei ao lado do morto.

Com muito esforço, arrastei o meu corpo para o outro canto da sala e abracei as pernas. Eu me sentia suja pelo o que havia acontecido, como se minha alma estivesse condenada eternamente ao Inferno — e pela primeira vez, acreditei na existência desse lugar. Enquanto chorava sem controle algum, puxava os fios do meu cabelo para usar a dor como uma válvula de escape para esse momento.

A porta foi aberta e, automaticamente, tremi pensando ser outro maldito nobre para me tocar.

— Diane!

A voz de Christian ecoou pelo cômodo. Primeiramente, ele olhou aterrorizado para a cena mas não demorou para ignorar o cadáver, correndo em minha direção. Eu tentei contar que não tinha outra opção, mas só consegui soluçar e balbuciar palavras sem conexão alguma. Então, o rei envolveu os seus braços entorno do meu corpo trêmulo, trazendo-me para perto do seu peito.

— Não se preocupe, eu estou aqui. Desculpa a demora, eu não fazia ideia de onde estava e a governanta custou a dizer.

Mas as palavras do loiro pareciam tão distantes. Eu só conseguia agarrar a sua roupa com toda a força possível, soluçando alto enquanto, de forma patética, demonstrava minha fragilidade. A mão de Christian pousou em minhas costas, fazendo uma lenta carícia e ele depositou um demorado beijo no topo da minha cabeça.

— Está tudo bem agora.

— Eu... Eu não tive opção...

— Você não será acusada de nada, Diane. Tem a minha palavra.

Ele também havia prometido não permitir que ninguém me machucasse, mas demorou para chegar. Se eu não tivesse agido, nem quero pensar no que teria acontecido.

Christian me segurou em seus braços com extremo cuidado e continuei com o rosto enterrado em sua camisa, chorando sem parar. Então, quando a adrenalina diminuiu, a minha visão começou a escurecer até que desmaiei.

***

Quando acordei, estava em meu quarto no palácio. Cherly saltou da cama para os meus braços, começando a chorar. Ela contou sobre a mentira descarada da governanta de que eu havia sido transferida para outra mansão da família real.

Martha me ajudou a tomar um banho e trocar de roupa, já que estava em completo estado de choque. As duas faziam diversas perguntas sobre o que aconteceu na casa do nobre, mas só consegui chorar em resposta. Então, como boas amigas, respeitaram o meu espaço e decidiram não tocar novamente no assunto.

A adaga do duque ainda estava comigo e, por mais que devesse entrega-la ao príncipe, optei por guardá-la onde ninguém soubesse a sua localidade. O mais apropriado a ser feito era entregar a arma ao seu verdadeiro dono na primeira oportunidade. E, por falar em Lorcan, as palavras dele continuaram a ecoar em minha mente. Internamente, questionava-me até que ponto posso depender do rei, pois agora está claro que nem sempre ele estará ao meu lado para oferecer proteção.

— Eu fico feliz que você não esteja machucada. — comenta Cherly tirando-me dos meus pensamentos. — Nós não acreditamos em uma palavra sequer da senhora Hopkins.

— Ela é péssima mentindo. — afirma Martha. — É um alívio saber que o rei está disposto a te proteger. É muita gentileza da parte dele.

Mas eu estava incerta quanto a essa afirmativa.

— Agora, descanse. Você está péssima, Diane.

Em resposta, solto um riso forçado e me encolho na cama. As duas saem do quarto instantes depois, deixando-me sozinha com as minhas lembranças sobre o que passei naquela casa. Quando fechava os olhos tentando dormir, recordava do toque daquele imundo e acordava assustada com falta de ar. Porém, não queria preocupar as minhas amigas e fingi ter dormido bem.

Enquanto encarava o teto no meio da madrugada, ouvi batidas suaves na porta e ousei me aproximar receosa. Felizmente, tratava-se de Christian que possuía um semblante preocupado e não esperou um momento sequer para me trazer para os seus braços. Nesse momento, relaxei a postura e afundei o rosto em seu peito.

Em minha mente, afirmava diversas vezes de que não havia nada a temer. Eu estava segura novamente. Ele iria me proteger de forma correta dessa vez.

— Como você está?

— Dando o meu melhor para ficar bem. — digo com sinceridade, afastando-se para olhar sua face. — Mas não se preocupe tanto comigo, logo estarei melhor.

Christian apoiava a mão sobre a minha face, acariciando-a com o polegar.

— Isso não me impede de se preocupar contigo, Diane. Eu pensarei em uma forma de te ajudar.

Apenas assinto enquanto ele beijava o topo da minha cabeça. Nesse momento, não queria pensar no ocorrido senão teria outra crise pânico e choraria de forma descontrolada. Eu precisava ser forte, engolir todas essas emoções negativas e seguir em frente.

— Eu acho que nos viram, Christian.

— Naquele dia?

— Exato. Eu estou com medo do que pode acontecer.

— Eu prometi te proteger, não foi? — questiona e balanço a cabeça em concordância. Então, o loiro segura meu rosto com ambas as mãos, depositando um beijo afetuoso na testa. — Então, não há com o que se preocupar. Se alguém ousar tocar um dedo em você, basta avisar e eu farei algo à respeito.

— Independente de quem seja?

— Sim, pois você é importante para mim.

Uma parte da tensão some diante de suas palavras. Elas continuam sendo o meu porto seguro, mesmo quando às vezes pareciam pouco confiáveis.

— Você deve estar bem ocupado...

— Um pouco. Lorcan está no castelo para exigir uma quantia da coroa. — o loiro murmura deixando escapar um longo suspiro de cansaço. — Eu disse que ia pensar.

— Entendo.

Sinceramente, não queria saber desse assunto. Eu só conseguia pensar nos momentos horríveis com aquele nobre imundo.

Christian permaneceu abraçado comigo até que eu estivesse calma o suficiente para retornar para a cama. Contudo, não consegui dormir por causa das lembranças que sempre retornavam para me assombrar.

***

As minhas habilidades na cozinha melhoraram minimamente. Desta vez, não me machuquei enquanto cortava os legumes. Cherly dava algumas dicas sobre a mistura de temperos e fiz o maior esforço possível para minha memória não falhar. Quando ela saiu da cozinha para limpar os cômodos, decidi continuar o meu serviço na cozinha.

Uma empregada passou por mim, comentando:

— Fiquei sabendo que você foi enviada para a casa de um nobre, mas não durou dois dias. O que houve?

O assunto era delicado e, particularmente, não queria ser sincera. Não quando sentia empatia zero vindo dessa mulher.

— Bem, eu...

— Provavelmente, o senhor Rudson a dispensou por ser péssima de cama. — outra empregada dizia. — Que triste, Diane. Nem isso você consegue fazer direito.

O meu corpo paralisou e deixei a faca cair sobre o balcão.

— Não foi isso. Eu nunca faria algo assim!

— Para quê mentir para nós? Sabemos o tipo de pessoa que você é. Não precisa fingir que não seduziu o senhor Rudson para ganhar um cargo vantajoso, assim como fez aqui.

— Eu não seduzi ninguém!

Por um momento, quis ter aquela adaga comigo para usá-la em cada uma dessas pessoas idiotas. Mas, instantaneamente, reprimi a minha própria mente por ter tipo de pensamento.

— Menos conversa e mais trabalho. — repreende a senhora Hopkins ao aparecer na cozinha e o seu olhar pesado recaí sobre mim, para variar. — Nem todos têm a sorte de serem os queridinhos do rei.

Isso era injusto pra caralho. Eu estava dando duro todos os dias no trabalho mas, ainda assim, as pessoas me viam como a amante do Christian e repudiavam a minha presença. A vontade de surtar com esses miseráveis crescia a cada momento, mas isso traria problemas para o rei.

Alene surgiu ao meu lado, apoiando a mão em meu ombro em sinal de solidariedade.

— Não se importe com esses comentários rudes. Eles só falam isso porque estão com inveja da sua aproximação com o rei. — ela murmura abrindo um sorriso gentil. — E eu não acredito nesses boatos bobos. Você é uma boa pessoa, Diane. Não permita que te façam pensar o contrário.

Naquele instante, soube que a minha situação era deplorável pois estava ouvindo conselhos da própria protagonista que criei. Às vezes, o destino gosta de sacanear as pessoas e, ironicamente, sou escolhida em quase todas as situações como o seu alvo predileto.

Abri o melhor sorriso falso, comentando:

— Eu não permitirei. Obrigada, Alene.

No fundo, as suas palavras foram úteis porque a vi como uma possível amiga, apesar de sentir inveja da sua aparência divina. Eu só queria acabar com toda essa insegurança e, assim, enfrentar diretamente todos esses conflitos em minha vida.

***

O restante do dia foi repleto de indiretas desagradáveis dos empregados. Por isso, optei por evita-los lavando as roupas nos fundos do palácio. Ao menos, o fluxo de pessoas era menor e podia cuidar da minha saúde mental, por mais precária que estivesse no momento. Alene, como uma boa amiga e protagonista, ofereceu ajuda com as roupas e nós conversamos durante toda a tarde. Assim, descobri que ela é uma pessoa gentil e o seu sorriso não é falso. A ruiva realmente tem o dom de encarar qualquer adversidade de cabeça erguida, o que é uma característica louvável.

Ao menos, criei uma boa protagonista. Lembro-me que as pessoas gostavam dela.

Ela retornou para os seus aposentos quando anoiteceu, mas fui obrigada pela gentil governanta a lavar toda a louça da cozinha. Por isso, só consegui terminar todo o meu trabalho na madrugada, o que não faria diferença nenhuma para o meu sono já que provavelmente seria assombrada por aquelas lembranças.

Quando saí da cozinha, passei por um corredor na área externa do palácio para encurtar o caminho. Ao meu lado direito, não havia nenhuma parede, apenas pilastras separando o castelo do jardim. A vasta grama estendia-se até os muros do local e as flores estavam divididas por uma espécie em pequenas cercas brancas. Inegavelmente, o jardim real era o ponto mais belo desse lugar.

Então, identifiquei uma silhueta alguns metros de onde eu estava. Ele estava sentado admirando as estrelas enquanto o longo sobretudo preto espalhava-se pela grama como um manto. Involuntariamente, dei um passo à figura conhecida mas logo me contive.

Não. Definitivamente não. Você deve evitar o homem que te obrigou a matar alguém à sangue frio.

Contudo, parece que minhas pernas tinham vida própria pois, em um piscar de olhos, já estava próxima demais do duque. Ainda sem dizer uma palavra sequer, tomei um lugar ao seu lado e ergui o olhar, exclamando surpresa. Em Londres, a iluminação artificial da cidade não me permitia ver o céu estrelado, mas em Velorum é totalmente diferente. As estrelas pareciam pontos infinitos na vastidão escura da noite. Eram simplesmente maravilhosas.

Não ousei encarar o duque e ele sequer cogitou fazer o mesmo. Mas o silêncio estava se tornando um pouco constrangedor ao longo dos minutos. Por isso, decido puxar algum assunto.

— Sabia que o brilho da estrela depende da sua temperatura? Se for quente demais, é azul ou branca. Se for fria, é laranja. — comento esperando alguma resposta, mas só recebo o silêncio de volta. — Pode parecer impossível, mas o que vemos são as estrelas no passado. Elas já morreram!

E mais uma vez sou recepcionada pelo silêncio. Levando-se em conta a época que estamos, Lorcan deve me achar uma maluca falando um monte de baboseiras sem sentido.

— Aquele é o Cruzeiro do Sul. — aponto para uma constelação em específico, torcendo para o homem ao meu lado falar algo. Porém, ele continua ignorando a minha existência. — E aquele é o Cão Maior. Ele é bem famoso. Ah! Aquela é a minha favorita, a Constelação de Órion.

Pelo amor, Diane. Esse homem é um assassino profissional e você está falando de estrelas? Que ridículo...

Abraço as minhas pernas, soltando um longo suspiro e murmuro:

— Ela...

— Tem 81 estrelas, Betelgeuse e Rigel são as mais brilhantes. — a voz masculina ao meu lado me interrompe. — Rigel é uma das estrelas com maior brilho que ultrapassa o Sol.

Encontro-me surpresa tanto por não ser deixada no vácuo quanto por descobrir que o duque tem um conhecimento invejável sobre astronomia. Então, viro o rosto para continuar o assunto de forma mais animada.

Mas o meu coração falhou nas batidas diante da cena.

Lorcan estava completamente concentrado no céu. A sua expressão era serena como se admirar as estrelas fosse uma terapia. Ele estava com uma perna estirada e a outra flexionada, apoiando o braço sobre o joelho. A brisa noturna tocava sua face, afastando as mechas de seu cabelo dos ombros e erguendo algumas de forma graciosa. O tom levemente moreno de sua pele ganhava destaque com a luz da Lua contra seu corpo. As suas íris azuis refletiam o brilho celeste e, naquele momento, lembrei de como o descrevi. Os seus olhos azuis foram inspirados no céu vazio. Sem estrelas, sem esperança ou luz. Contudo, ao admirar de perto, não podia negar como eram perfeitos.

Na verdade, eu acabei de perceber que Lorcan era incrivelmente belo. Nenhum artista seria capaz de retratar a sua beleza. Ela era marcante e única.

Puta que pariu. Como eu não tinha notado isso antes?

Ele virou o rosto em minha direção e contraí o corpo em resposta, rapidamente voltando a encarar o céu. Com todas as minhas forças, torci para o duque não notar o leve rubor em minhas bochechas.

— C-Como sabe tanto sobre estrelas?

— Não importa.

Suspiro frustrada mas entendo o seu lado. Alguns assuntos são pessoais demais.

— A Constelação de Órion é tão bela, mas deve ser triste fazer parte dela. São 81 estrelas, obviamente algumas não vão se destacar. Imagina ser esquecida por causa da luz das demais.

— Se o problema for esse, basta a estrela brilhar mais do que as outras.

— Não é tão simples assim, senhor De'Ath. — comento o encarando discretamente. Lorcan continua com o olhar focado no céu, mas algo me diz que ele sabe que é alvo do meu olhar. — Nem todos são capazes de aumentar o seu brilho.

— Então, deveriam buscar o seu lugar na escuridão.

E mais uma vez o miserável me deixa sem palavras.

Um sorriso bobo estava em meus lábios enquanto admirava as estrelas ao lado do duque. Ele permaneceu em silêncio mas não era desconfortável como da última vez. Agora, eu sabia que era o jeito do vilão se expressar. E eu percebi algo importante: não havia pensado sobre aquele maldito nobre. Os pensamentos negativos pareciam ter sido dissipados pelo brilho das estrelas.

Alguns minutos depois, os meus olhos pesaram e definitivamente não ia dormir na grama. Por isso, fiquei de pé dando leves tapinhas na roupa para tirar a areia.

— Obrigada pela companhia, senhor De'Ath. Tenha uma boa noite.

Quando viro de costas dando o primeiro passo, ouço a voz dele ecoar pelo jardim:

— Qual o seu nome?

Era uma pergunta simples mas me senti genuinamente feliz, sem entender o motivo. Então, virei em direção ao duque com um sorriso, dizendo:

— Diane. É um prazer conhecê-lo.

Ele apenas acenou com a cabeça em resposta sem olhar para mim e, assim, decidi seguir o meu caminho para o quarto.

***

Limpei o suor das mãos na roupa de empregada antes de dar leves batidas na porta, esperando a confirmação para entrar. Eu não fazia ideia do porquê o rei queria falar comigo e, como sou negativa, já pensei em alguma bronca. Porém, ao entrar no seu escritório, encontrei o sorriso gentil e caloroso de Christian. Ele veio em minha direção, envolvendo-me em um abraço carinhoso.

— Vejo que está melhor, Diane.

— Sim, eu tive uma boa noite de sono.

Desta vez, não havia mentido. Quando fechei os olhos noite passada, tive sonhos agradáveis com estrelas e o céu noturno.

— Eu fico muito feliz em ouvir isso. Lembra quando falei sobre o pedido do duque de um empréstimo? — questiona e afirmo com a cabeça. — Eu disse que pensaria no caso, mas a única forma de tomar a decisão correta é ver de perto como o dinheiro seria investido.

— Tem sentido.

— Por isso, eu decidi ir para a base militar do Lorcan para avaliar o seu exército. E gostaria que fosse comigo, assim podemos passar um tempo juntos. O que me diz?

Arregalo os olhos surpresa com sua proposta. Eu e Christian estamos afastados por causa das nossas obrigações, por isso essa seria a chance perfeita para aproveitar um momento à sós. Então, por mais arriscado que seja estar no território do vilão, comento:

— Eu aceito. Vamos à base militar do duque! 

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