OO. LIMBO
O amor é como um limbo.
Na primeira vez que você se ergue sob um único fio fino, a sensação predominante que corrói nas suas veias é o medo e o receio. Você sabe que precisa ser confiante e ter o maior equilíbrio do mundo inteiro para conseguir chegar na outra metade da corda. Então, as suas passadas começam a ser lentas, nervosas. Os seus pés tremelicam, e sente vontade de recuar, voltar para trás, e embalar as lágrimas no travesseiro, pois está com medo.
Mas algo te força a continuar, e com isso, nem percebe que ficou preso no meio. Não percebe que os seus dedos percorreram metade do caminho traçado, e que seria tarde demais para recuar. Precisava ser firme, confiante, e determinado, pois nessa altura do campeonato o mínimo nervosismo que lhe doa e aperta o seu coração, poderá ser o seu fim.
Na fase do amor, a metade do limbo significa a dor dele. Brigas, conflitos, desconfianças, traições, desentendimentos, feridas que demoravam a cicatrizar. O meio da meada era a bomba relógio que seria disparada no seu peito, e você teria que resistir. Resistir, resistir, e resistir.
Jimin conseguiu ultrapassar isso. Ele deu passadas tão longas, pois não aguentava mais tantas balas acertando no seu corpo cansado. Não aguentava mais os murmúrios, as juras de amor que eram sussurradas no seu ouvido, entrando neles e perambulando no restante da sua pele. Estava tão perto do fim, tão perto de terminar toda essa prova cansativa.
Mas Park Jimin esqueceu de um detalhe: a sua fraqueza. Bem atrás dele, lhe apossando no corpo lentamente como um veneno.
Por isso, quando dois olhos escuros se aproximaram lentamente de si, carregando mais histórias do que poderia contar, o garoto loiro não aguentou.
Jimin caiu.
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