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Castelo

– Estamos chegando? – a pergunta amaldiçoada que não largava a garganta das pestes cansadas, Changbin não aguentava mais ouvir a mesma pergunta, era já a quinta vez em menos de duas árvores de distância, estava exausto e quase cogitando a idéia de voltar na vila e servir mais dois capetas de petisco aos lobos.

– Caralho! Já falei que não. – o Seo berrou, estava irritado, sua paciência nunca foi uma das melhores, mas também não custava evitar achar o limite de seu curto pavio.

– É que você disse que era perto. – Jeongin comentou, revirando os olhos – E que estaríamos perto quando víssemos algo espalhafatoso.

– Exato, e viram algo espalhafatoso? – o Seo perguntou, revirando os olhos ao ver os dois patetas negarem – Então pronto. Continuem antes que eu mesmo mate vocês.

O silêncio voltou a tona, apenas com os uivos no fundo, mas tão longe que parecia vir de outro bairro, outra floresta talvez, mas o Seo sabia que era questão de segundos até os lobos notarem que a carne não estava mais naquela casa e rastreassem seus cheiros.

– Será que Woojinnie vai achar o caminho? – Seungmin questionou, aflito, finalmente mostrando uma parte sua que dava pena ao Seo.

O mais baixo engoliu a seco, doía a sua alma ao perceber que não, o Kim mais velho não iria achar o caminho, pois quando chegassem ao castelo, provavelmente Woojin estaria morto.

– Sim, ele vai. – o Seo disse, ajeitando Hyunjin nas suas costas antes de voltar a andar. – É impossível não achar esse castelo.

– Nós somos a excessão? Pois até agora nada. – o Yang alfinetou, recebendo um tapa bem dado na nuca.

Changbin conheceu alguém realmente insuportável e esses dois eram a dupla do terror. Ainda bem que o terceiro estava no castelo e provavelmente com a personalidade totalmente oposta a antiga, já que a mordida muda os transformados.
O silêncio finalmente seria presente, se não fosse a boca tagarela se abrindo novamente, mas desta vez, dizendo algo que valeria a pena.

– Eu entendi o que você quis insinuar quando disse que "depois de certo ponto seria impossível não notar" – Jeongin comentou.

O Seo olhou para cima, além das árvores cujo as folhas já não existiam, havia uma iluminação ao topo da montanha, um enorme castelo, quase na beira de um penhasco.
Jeongin e Seungmin se questionavam como não dava para notar esse grotesco castelo da vila.

– Isso não faz sentido. Como que não notei isso? – Seungmin perguntou, vendo o Seo revirar os olhos sobre a pergunta tosca – Nossa, mas você é insuportável...

– Olha só quem fala. – Jeongin soltou lenha na fogueira, rindo da desgraça alheia.

– Vocês não conseguem levar um momento a sério? O amigo de vocês pode estar morto e vocês zoando? Enfim... – o Seo respirou fundo, tentando manter a calma – O castelo é envolto da barreira de proteção de um dos vampiros, isso impede com que vejam o castelo até certa distância, da vila ninguém consegue achar o castelo.

O Seo murmurou, logo grunido, o silêncio era ruim, o som dos lobos não deveria acabar tão cedo, isso era agonizante.

– Péssimo pressentimento. – o Seo sussurrou.

– Calma, os vampiros milionários resolveram comprar um castelo na porra de um morrarél? Qual o motivo de subir morro para um castelo? – Seungmin exclamou, revirando os olhos – Pensamento de pobre nesses vampiros.

– Cara, eles ao menos tem dinheiro para comprar um castelo. E você que mora na faculdade? – Jeongin esfregou o sal na ferida, recebendo um olhar indignado do Kim.

– Não entendi o julgamento. Nós moramos juntos!

– Caralho... Eu só queria paz...

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