Capítulo 23 - Desejos Profundos
" Acabou entregando-se aos seus desejos mais profundos. "
O céu estava acinzentado, as nuvens negras ameaçavam alvejar a terra com sua chuva. Duas semanas haviam se passado desde que Ketheryne conheceu Sercan. Desde aquele dia, ela mal frequentava a escola, passava a maior parte do tempo em seu treinamento. Quando não estava com Sercan, Ketheryne estava com Taylor. Os dois eram professores poderosos.
Durante uma de suas batalhas, ela descobriu que seu professor Taylor era na verdade um elementar, e isso era algo que ela jamais cogitou que pudesse acontecer. Mas, ele não era como ela, pois estava sempre escondendo seu poder. Ela era o fogo, e Taylor era água. Ele possuía mãos habilidosas e manipulava seu elemento como ninguém.
Sercan é um vampiro frio e arrogante. É embora ele fosse enigmático e reservado, Ketheryne já havia revelado dois de seus segredos. O primeiro deles, foi que Sercan não se alimentava de sangue humano, muito pelo contrário ele era um traidor da própria espécie, assim como Ketheryne, ele se alimentava da própria espécie. O segundo segredo revelado foi durante uma luta, naquele dia durante aquela batalha, Ketheryne percebeu que nunca tinha perdido os poderes para Sercan, mas sim que ele havia manipulado sua mente. Ele era um demônio manipulador de mentes, e naquela noite fez com que ela acreditasse que estava sem, quando na verdade ela não via a própria chama. Ele possuía a capacidade de criar ilusões de ótica.
Depois de uma longa noite de treinamento duro e rígido, Ketheryne voltou para seu quarto, estava exausta.
── Ketheryne. ── Amber adentrou no quarto. ── Por onde esteve? ── perscrutou preocupada. ── Eu não a vejo direito a duas semanas. ── começou a tagarelar.
── Me desculpe. ── pediu sentando-se.
── Nossa você está tão pálida. ── comentou.
── Vampiros são pálidos Amber. ── rebateu.
── Eu sei, mas pelo menos são belas criaturas...
── Já entendi que estou horrível. ── resmungou.
── Desde o dia em que você saiu com Miguel, ficou estranha. ── metralhou. ── O que ele fez para você? ── perguntou.
── NADA! ── respondeu com a voz cansada.
── Você não pode sumir assim, sem me dar nenhuma notícia. Não podia pelo menos me enviar uma mensagem? ── perscrutou. ── Ou atender uma de minhas ligações?
── Eu sinto muito Amber. Mas, estava ocupada demais para lhe atender.
── Eu não confio nele. ── metralhou de repente.
── Ele está me ajudando. ── bramiu.
── Ajudando com o que? ── perguntou irritada. ── Pensei que não confiasse a ninguém. ── bramiu.
── Eu confio em você..., mas, agora tem uma coisa que ele sabe, e eu preciso confiar nele.
── Do que está falando? ── perguntou.
── Certo, eu vou lhe mostrar. ── bufou.
Ketheryne levantou-se com dificuldades e esforçou-se para mostrar o que tinha aprendido com Miguel.
── O que eu deveria estar vendo? ── perguntou.
── Isso. ── apontou.
Amber virou-se para ver o que Ketheryne queria mostrar e encarou incrédula a enorme bola de água flutuando sobre o quarto.
── O que é isso? ── perguntou assustada.
── Taylor é um elementar. ── explicou.
── O que isso tem a ver com você? ── tentou formular uma frase coerente.
── No dia em que sai com Miguel, aconteceu uma coisa...descobrimos que eu sou a escolhida. Aquele elementar que Taylor citava nas aulas.
Ketheryne fez a água retornar ao vaso da onde saiu, e logo em seguida criou a espada negra que Miguel lhe ensinou. Amber permaneceu no meio do quarto estarrecida e incrédula.
── Isso é o que estou fazendo todo esse tempo. ── confessou. ── Treinando sem parar, para que nunca perca uma batalha.
── Você nunca perdeu...
── Eu perdi uma no mesmo dia que descobri quem eu sou. ── falou. ── Encontrei um homem poderoso, ele foi capaz de me deter...e se tudo não fosse um teste, eu teria morrido naquele mesmo dia.
A confissão de Ketheryne deixou Amber desesperada.
── Por que não me contou? ── perguntou chateada.
── Não queria lhe preocupar com os meus problemas.
── Somos uma família. Não guardamos segredos! ── lembrou-a.
── Sinto muito, eu prometo que nunca mais esconderei algo de você. ── sorriu.
── Está bem. Não se esqueça da regra número um. ── pediu.
── NUNCA CONFIE EM UM VAMPIRO. ── proferiu Ketheryne. ── Eu criei essa regra, nunca vou me esquecer dela. Não se preocupe comigo. ── pediu. ── Estamos em Umbra, nada vai me acontecer aqui. ── falou reconfortando Amber.
── Como você se sentiu? ── perguntou curiosa. ── Quando descobriu...
── Eu pretendo te mostrar um dia. ── sorriu. ── Confie em mim.
── Ele também quer falar com você. ── proferiu mudando drasticamente de assunto.
── Ele? ── repetiu.
── Deniel!
── O que ele quer? ── perscrutou.
── Eu não sei. ── confessou.
Ketheryne partiu rapidamente até o quarto de Deniel. Nem se quer deu-se o trabalho de bater, apenas entrou.
── O que você quer? ── perguntou impaciente.
── Oi. ── ele cumprimentou. ── Pode entrar. ── falou chistoso.
── Diga-me o que você quer?
── O que?
── Amber disse que queria falar comigo.
── Não, eu nunca disse nada a ela.
Ketheryne revirou os olhos irritada e virou-se para ir embora, contudo Deniel a impediu.
── Por onde andou? ── perscrutou.
── Isso é um interrogatório? ── rebateu.
── Desde aquela fatídica noite em que saiu com Miguel, você anda estranha. ── falou estreitando os olhos. ── Vocês dormiram juntos?
Deniel empurrou Ketheryne contra a parede, encostando seu corpo no dela.
── Isso importa? ── questionou.
── Para onde foram? ── perguntou ignorando o questionamento de Ketheryne.
── Nós divertir. ── respondeu. ── Ver o nascer do sol.
── Nascer do sol? ── repetiu.
── Miguel é imune a...
── Se queria tanto ver a luz do sol, podia ter me pedido. ── estourou.
── Não planejei aquilo. ── rebateu.
Deniel deslizou uma das mãos pela lateral do braço de Ketheryne, e em seguida agarrou a mão dela. Seus dedos pressionam os dela, até tocarem no anel.
── Onde encontrou isso? ── perguntou erguendo a mão dela.
── Foi um presente.
── De quem?
── Miguel!
Ele bufou irritado e soltou a mão dela, ignorando por completo o maldito anel, em seguida afagou os cabelos de Ketheryne.
── Você está bem? ── perguntou de modo doce.
── Sim.
── Fiquei preocupado. ── confessou.
── Pensei que só se importasse consigo mesmo. ── rebateu.
── Eu me importo com você. ── confessou. ── Muito mais do que você poderia imaginar.
Ketheryne ficou em silêncio enquanto observava as mãos deles tocarem a face dela.
── Quer sair comigo amanhã? ── perguntou olhando fixamente nos olhos dela.
── Eu vou pensar. ── sussurrou.
O toque das mãos dele em sua pele provocava arrepios deliciosos, mas ela só percebeu que não poderia ter controle do seu próprio corpo quando Deniel Bennett uniu seus lábios aos dela em um caloroso beijo. Então, sem hesitar ela acabou entregando-se aos seus desejos mais profundos, e permitiu que ele a conduzisse até a cama.
Olá, mortais!
Como vocês estão?
Vocês sentiram saudades dessa duplinha????
O que acharam desse capítulo? Aprovado????
Mais uma vez, obrigado por todos os votos e comentários.... Vocês são muito preciosos....
O que me dizem sobre Deniel nesse capítulo?
NÃO SE ESQUEÇA DE VOTAR & COMENTAR!!!!!
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