Capítulo 18 - Você
"Os beijos dele eram como as ondas do mar, suave e ao mesmo tempo tempestuoso".
"Os beijos dele eram como as ondas do mar, suave e ao mesmo tempo tempestuoso".
Cores, luzes, sons. Amarelo que, em um instante, mudava para vermelho e laranja. Verde que crescia e serpenteava entre as demais cores. Os convidados trajavam fantasias extravagantes, alguns de personagens de contos de fadas, outros de vilões, super-heróis. A maioria das mulheres trajavam alguma fantasia sensual, que realçavam seus corpos curvilíneos, enquanto que os homens trajavam coisas chiques, exceto aqueles que tinham bom humor para se divertir, ou aqueles que não continham um pingo de pudor.
A pista de dança estava lotada. Milhares de corpos suados, roçando-se uns nos outros como se não houvesse espaço o suficiente para se manterem afastados.
Ketheryne avistou de longe os vampiros presentes naquela festa, alimentando-se em meio a penumbra. Enquanto que os humanos apenas consumiam as bebidas fantásticas oferecidas pelos funcionários. Algumas delas possuíam fumaça, outras mudavam de cor, ou apenas continham um magnifico dégradé.
A mistura de odores que o lugar fornecia era desagradável. Ketheryne odiava lugares como aquele, pois as noites sempre aboliam em carnificina.
── Bem-vinda a "Las Vegas" Kethe. ── Deniel sussurrou piscando.
Amber sorriu contente e puxou Thomas para a pista de dança.
Recusando-se a se juntar ao amontoado de humanos, Ketheryne dirigiu-se a um dos bancos de couro da festa. Precisava ficar de olho em Amber.
── Aqui está. ── Uma voz feminina soou.
Uma garçonete com pouca roupa surgiu colocando sobre a mesa de Ketheryne uma taça de "Martini".
── Eu não pedi isso. ── Ketheryne falou encarando-a.
── O cara bonitão do bar lhe mandou. ── ela sorriu olhando para o bar.
Ketheryne encarou a taça sobre a mesa e se virou para fitar quem havia lhe enviado aquela bebida, contudo não havia ninguém sentado no bar.
── Você não vai beber? ── uma voz masculina ressoou.
Ketheryne se virou e se deparou com a figura masculina e sexy atrás de si.
── Por acaso a senhorita não bebe? ── ele perguntou sentando-se ao lado de Ketheryne.
── Não costumo beber coisas vindas de estranhos. ── rebateu.
O homem sorriu de lado e meneou a cabeça concordando.
── Hoje em dia não se pode oferecer uma bebida a uma dama. ── ele meneou a cabeça em negação.
── Você pode oferecer quantas bebidas quiser. ── rebateu. ── Só não lhe asseguro que a "dama" vá beber, ou aceitar. ── brincou.
── Acha que um homem como eu poderia fazer mal a alguém? ── ele perguntou.
Ketheryne fuzilou atentamente ao homem, que trajava um terno preto chique e aparentemente de boa qualidade.
── Eu acho que as pessoas más não possuem aparência especifica. ── sorriu. ── Olhe para mim. ── pediu. ── Não pareço uma assassina psicótica. ── metralhou chistosa.
O homem arregalou os olhos surpreso e sorriu.
── Você tem toda razão querida. ── corroborou enquanto se aproximava.
O homem pegou descaradamente a mão de Ketheryne enquanto se aproximava com petulância. Ele se inclinou para beija-la, contudo desviou seus lábios para o pescoço quente de Ketheryne.
A veia jugular do pescoço dele gritava para Ketheryne. Ela lutava contra seus instintos. Suas presas rasgaram a cena. Quando ela estava prestes a se alimentar do homem ele se afastou bruscamente de suas garras. Deniel Bennett estava lá, fuzilando o homem como se ele tivesse feito algo de errado.
── Qual é o seu problema garoto? ── O homem perguntou prepotente.
── Garoto. ── Deniel repetiu com lúdico. ── Olha aqui seu verme. ── começou erguendo o homem pelo pescoço. ── Eu não quero ver a sua carcaça nojenta aqui novamente. Então faça-me o favor de ir embora. ── pediu soltando-o.
O homem resmungou em silêncio e partiu para longe dali.
── Jura? ── Ketheryne resmungou. ── Acabou de mandar a comida embora?
── Nós dois sabemos... ── hesitou. ── Não há de que. ── proferiu exibindo as presas em um pequeno sorriso.
── Por que não volta para lá e termina o que começou? ── Ketheryne resmungou.
── Do que está falando? ── ele perguntou.
── Das duas inúteis ali. ── falou apontando.
Mesmo que estivesse de olho em Amber, Ketheryne não pode deixar de observar Deniel.
── Então você estava me observando? ── perguntou chistoso.
── Não! ── mentiu pegando a taça de Martini.
── Como não?
── Estava observando Amber. ── falou. ── Você é uma consequência da minha observação. ── explicou ingerindo a bebida.
Deniel sorriu sentando-se ao lado de Ketheryne e colocou um dos braços ao redor dela.
── É sério? Essa é a sua melhor desculpa? ── perguntou.
── Não me toque. ── se afastou. ── Você fede a sangue barato. ── resmungou.
Deniel fez uma careta pouco antes de sorrir.
── Garanto-lhe que meu sangue, vai ser a melhor coisa que você já experimentou. ── provocou.
── Não obrigada. ── recusou a oferta. ── Eu não sei que tipo de coisas você andou ingerindo...
── Ora, Ketheryne, sem rodeios. ── pediu. ── Experimente logo.
Deniel se aproximou um pouco mais enquanto a provocava.
── Está desesperado por isso. ── rebateu. ── Essa é a sua melhor desculpa? ── ela provocou.
── Foi a única que encontrei. ── falou chistoso.
Ele a pegou inesperadamente pela cintura, apertando-a contra si, é rapidamente os lábios dele colaram-se aos dela em um cálido e ardente beijo. Ketheryne ficou imóvel por alguns minutos enquanto seus braços caiam dos lados, contudo no minuto seguinte, ela correspondeu. Suas unhas longas exploraram a nuca dele por entre os cabelos negros. Enquanto que as dele alisavam com destreza a lateral do corpo dela.
Deniel afastou-se lentamente interrompendo seus carinhos para estudar a face de Ketheryne, observando atentamente a cada detalhe. Após sua análise completa, ele pressionou levemente os lábios nos dela de novo, uma vez, duas vezes, três...uma quarta vez. Os beijos dele eram como as ondas do mar, suave e ao mesmo tempo tempestuoso.
Ele parou outra vez se afastando, contudo não houve tempo o suficiente para ela reagir, pois ele deslizou seus lábios diretamente para o pescoço dela, depositando beijos cálidos por toda parte. Em meio aos beijos ardentes que ele depositava, Deniel cravou as presas afiadas no mesmo local que dera o último beijo. A mordida eletrizou cada centímetro do corpo dela.
Depois de saborear um pouco do sangue de Ketheryne, Deniel voltou seus lábios aos dela, o sangue presente em sua boca era a faísca que o corpo de Ketheryne precisava. Novamente em meio aos beijos, ela avançou sobre Deniel e cravou as presas no pescoço dele, experimentando de uma vez o sangue.
Os olhos azuis de Ketheryne foram substituídos pelo vermelho linfático, a fera em seu interior se apoderava daquele corpo. ENTORPECIDA PELO SANGUE. Jamais provou nada igual em toda a sua existência.
Seu corpo saltou rapidamente para trás, como se algo estivesse puxando-a. Sua cabeça girou, deixando-a um pouco desconfortável e suas pernas tremeram. A sensação esdruxula se foi rapidamente. ── Ketheryne. ── Aquela voz familiar soou. Era praticamente impossível não reconhecer aquela voz fria. Seus olhos varreram a festa rapidamente a procura dele.
── Ketheryne. ── Deniel chamou se levantando.
Ele se aproximou enquanto tentava tocar a lateral do braço dela. Contudo, Ketheryne o repeliu brutalmente enquanto continuava sua busca pelo cavaleiro infernal.
── O que houve? ── Ele perguntou em vão. ── O que está procurando? ── insistiu.
Ela finalmente o encontrou em meio à multidão. Sua face estava na penumbra, impossibilitando que fosse completamente vista, sua vestimenta já não era mais a mesma. Ele usava um terno preto, feito sobre medida, pois estava perfeito em seu corpo, não havia um sequer erro.
Ketheryne se distanciou de Deniel rapidamente, deixando-o para trás. A figura sombria do cavaleiro se afastava a cada passo que ela ousava dar em sua direção. Desesperada para chegar mais perto, ela começou a empurrar as pessoas que atrapalhavam a sua busca.
Em milésimos de segundos ele desapareceu, porém, a porta mais próxima era a do banheiro; ela meneava sozinha, como se alguém tivesse acabado de entrar. Ketheryne rapidamente entrou buscando por ele.
Ele estava de costas enquanto contemplava a parede a sua frente. Seu cabelo repicado e vermelho era única coisa que chamava a atenção quando estava de costas. Ao notar a presença de Ketheryne, ele se virou lentamente enquanto observava atentamente cada detalhe de seu rosto.
── Quem é você? ── A voz dela soou em um sussurro.
Ele sorriu de lado e ergueu o pulso enquanto verificava a hora em seu relógio.
── O tempo.... ── ele começou. ── É nosso inimigo. ── concluiu abaixando o braço.
Ele meneou a cabeça chateado e deu um passo à frente. Ketheryne recuou enquanto permitia que a chama infernal exalasse por suas mãos. Ele parou estarrecido no meio do caminho enquanto analisava a reação da vampira. Em seguida levantou uma das mãos, e de alguma forma absorveu as chamas que estavam presentes nas mãos de Ketheryne.
── Ketheryne Murdock.... ── ele sussurrou. ── Não confie em ninguém. ── Pediu.
Ketheryne encarou incrédula enquanto ele absorvia suas chamas. Ficou ainda mais perplexa quando ele pronunciou seu sobrenome. Os olhos dele faiscaram de fúria enquanto suas mãos exalavam o fogo infernal.
O homem voltou novamente a se aproximar. Ela tentou se afastar, mas, foi impedida pela barreira de concreto atrás de seu corpo. Ele estava mais perto, perto demais. Ele colocou as duas mãos em chamas nas têmporas de Ketheryne, contudo as chamas não fizeram nenhum efeito nela.
── Acorde! ── ele ordenou pressionado suas têmporas. ── Encontre o caminho de casa. ── sussurrou.
Olá vampiros e mortais!! Quero agradecer mais uma vez pelos comentários de vocês. Fiquei muito feliz.
Esse homem de novo? Será que ele é uma imaginação da nossa vampirinha? A bebida deixou ela vendo coisas?
O que será que ele quis dizer com "Encontre o caminho" ?????
De uma coisa nós sabemos, ele diz: " Não confie em ninguém", bem parecido com a 1° regra da nossa vampira não é mesmo?
1° NÃO confie em vampiros.
NÃO SE ESQUEÇA DE DEIXAR O SEU VOTO & COMENTÁRIO!!!!
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