PRÓLOGO
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⸸
1887
Durante os décimos séculos, havia surgido clãs por três lugares no mundo, espalhado no oceano, Europa e ásia. Dentre os clãs, havia inimigos, os cães vampiros e sua sede pela energia vital dos humanos, Absalão é a criatura divina responsável pela criação do vampirismo. Invocá-lo poderia ser o maior erro de todos, sua raiva guardada pelos clãs acumulava nas trevas, enraizando seus pensamentos. Mas durante o século treze, o clã Kang da ásia oriental havia sido presenteado por um bebê, que logo precisou ser escondida dos caçadores Dimitroir, o grupo de irmãos da igreja católica de sangue imortal. Ninguém sabia da origem da divindade do sangue.
Quando a jovem nasceu, estava fadada pela caça do Pecado de Absalão, matá-la com a espada de Kaliban seria a única forma de impedir a vinda da profecia que mataria todos os descendentes de Drácula. Mas agora, tornou-se uma bela jovem de face oculta por um véu em cor sangue, a pele pálida como a neve, cabelos longos e negros como a escuridão de seus olhos na qual nenhum homem ousa em olhar. O segredo na qual nem por sombra sua face é revelada até um matrimônio sucumbir à sua vida e levá-la até lençóis provando que a moça seja pura. Como um vulto em sua sacada, é dificilmente vista, escondida pelo véu da escuridão. A linhagem de sua família caiu sob uma maldição e ficando aos olhares e perseguição da região montanhosa de uma cidade inexistente.
Siwon havia proibido o rosto da filha, viviam sob a mira de bastardos na qual são curiosos, graças a um jovem estudante da ciência, acreditavam na existência do monstro que ele havia criado. Ainda mais a suposta existência de vampiros ameaçava humanidade, contudo, a família que viajava por países finalmente havia trago o que precisava para viver em uma região montanhosa e pacata.
- Ainda continua a pensar nisso? - A voz atrás de si a despertar do pensamento. - Odeio que pense, não precisa ter esse trabalho todo.
- Sim, minha mãe. - Balançou a cabeça em submissão.
A família Kang sequer vinha de família aristocrática, viviam na burguesia que Siwon Kang é provedor de sua riqueza, o que causava desconfiança pela enorme casa renomada que tinham. E mesmo com toda aquela riqueza, a condenação estava em sua casa, todos os dias pensava que seu Criador voltaria e arrastaria a população que Drácula havia criado. Absalão havia proibido o próprio filho de dar continuidade na herança de seu sangue imortal.
- Coloque o véu. - Ordena. - Alucard nos fará uma visita assim que a lua estiver abaixo das nuvens.
A tempestade de trovões sem chuva trazia inúmeros pensamentos, a moça encarava o reflexo e dedilhava seus dedos nos fios longos e sequer cortados. Desde que seus pais contrataram novas empregadas, ela passou a ser vigiada, a porta foi aberta com cautela e a figura de hanbok surgiu com um sorriso. No entanto, a moça vê outra aparição.
- Olá, senhorita Kang, sua mãe pediu que eu viesse. - A mulher profere. - Perdão por não avisar, mas esta é minha filha, Joo-Hyun.
A visão que ela tinha se tornou diferente, mesmo com o véu, enxergava o rosto bonito da garota de nome Joo-Hyun. O rosto baixo por vezes levantava para tentar ver o mínimo de algum pedaço do rosto na qual tanto escondem. Aquele dia trouxe curiosidade a uma jovem desconhecida. Havia se passado três meses, e constantemente, a mulher trazia sua filha, e a Kang ansiava por toda visita. Mas naquela noite, o jardim iluminado com rosas-vermelhas davam cor ao ambiente, mas o vestido vermelho frouxo sem espartilho estava no corpo nevado da Kang. Sentada na escadaria de concreto, ela observa o luar, mas com a audição aguçada ouve os passos se aproximarem dela com o arrastado do vestido, que chama sua atenção por ser branco.
- A senhorita não consegue dormir? - Ela questiona, mas a mais velha queria rir, não sentia sono a não ser pela manhã. E então afirma. - Posso perguntar algo? Se me permitir, é claro.
Mais uma vez assente sem dizer uma palavra.
- Por que a senhorita usufrui de véus?
- Até que eu não esteja em matrimônio, irei usá-lo. - A voz feminina aveludada causou arrepios em Joo. A Kang observa a ação de seus pelos eriçarem de forma espontânea e fica curiosa. - Deseja ver meu rosto?
A pergunta pega a jovem de surpresa, que por pensamentos intrusivos, aproximou-se. As mãos da Kang seguraram a de Joo, não seria obsceno se uma garota tocasse sua pele, mas sentir aquelas mãos, quentes igual ao fogo, fez com que ela segurasse com firmeza. Guiou até o pano puxando com delicadeza revelando a face que por muitos anos foi escondida.
- Sua beleza foi agraciada por Deus, senhorita. - Joo sorriu, em seu pescoço havia um crucifixo de madeira, chamando atenção da garota. - Seus olhos são a escuridão divina.
- Agradeço os elogios, Joo. Me chame de Seulgi. - O véu é colocado de volta. - Mas não acho que seu Deus tenha me agraciado.
- Não acredita no Criador?
- Na humanidade diversa existem inúmeros criadores. - Relata.
- Eu sei, mas o seu Criador não existe neste mundo. - A resposta de Joo pega Kang de surpresa, havia algo que a moça escondia que precisava ser revelado.
- O que você sabe, Joo-Hyun?
A garota segura o leve vestido branco, não era um branco limpo, mas a cor ainda estava ali. Ela sorri e vê o céu formar nuvens novamente.
- Aprendi a ler há três anos, sozinha e escondida, li um livro da biblioteca do homem que minha mãe insistia em trabalhar. Acho que não era bem um livro, - A pausa pela risada fraca deixou Kang ansiosa. - Estava escrito sobre o Absalão, a divindade dos vampiros. Eu sei que a senhorita é um deles. Os moradores o chamam de aves do inferno.
- Você é inteligente, Joo. - O véu cai em seus ombros, a face agora possuia olhos avermelhados e presas à mostra. A jovem não tinha medo, estava tão curiosa que tocou no rosto gélido da vampira. - Ainda me acha uma beleza agraciada por Deus?
- Mantenho minhas palavras, senhorita.
Rostos tão próximos possuíam a diferença da vida e a imortalidade, as presas haviam sido escondidas, os olhos pestanejavam ao encarar a jovem. Nunca havia experimentado a obscenidade humana de um beijo, mas ao sentir seus lábios frios no calor de Joo, sentiu o universo movimentar. Enxergou o futuro sem que Joo lembrasse dela.
(...)
As vozes gritavam de moradores com suas tochas de fogo e estacas de madeira. A pobre moça soluçava ao ouvir os gritos das pessoas suplicando por morte, enquanto seu pai defendia o legado dos Kang's, a invasão ocorreu causando o desespero tomado pela bela jovem. Todavia, o que seria de existência dos Kang's, deixou de existir. O fogo pode ter chegado por último, mas o sumiço da jovem e seu pai e mãe aconteceu repentinamente, tudo o que haviam construído fora consumido pelo fogo. A floresta úmida era a única saída, os cavalos trotavam entre as folhagens, escapando daquela região para sempre.
Romênia, 1898.
Por vários anos, a família Kang foi vendida pela história, houve teorias, lendas e possíveis mentiras. Mas durante 1887, o único ser capaz de descobrir o que eles eram fora Van Helsing, o maior nêmesis de Drácula. Longe da cidade inexistente, a família Kang surgiu como pessoas nobres e ricas, vivendo normalmente após quase uma década. Agora, a moça do véu vermelho não o possuía mais, a chuva lhe consumiu deixando suas vestes brancas, transparente, seus cabelos estavam tão longos que ultrapassaram a cintura. Mesmo que o céu nublado estivesse cinza, era possível sentir os raios lunares ultrapassam as nuvens e atingirem seu corpo. As presas tentaram reprimir, o sangue descia pela sua boca até o pescoço, o lado doentio na qual ela negava durante sua maturidade, por fim começou a sucumbir como desejo e provar o sangue humano. Os passos fundos vindo do lado de fora de seu quarto indicavam a presença de alguém, a porta abriu-se abruptamente revelando a figura de seu pai e o novo melhor amigo, Alucard.
- Seulgi! - A voz rouca adentrou, ao seu lado, o homem de cabelos até o ombro fora em sua direção com uma mala.
- Segure-a, Siwon!
Os braços seguram Seulgi que repentinamente começa a debater-se e ir em direção ao chão. O injetor com o líquido foi injetado na garota, as veias estavam em coloração escura e roxa desapareceu de seu rosto, ela agradeceu ainda inconsciente. Finalmente ela estaria livre de provar o sangue humano. Alucard, o primeiro filho de Drácula, por segredo em sociedade. Os resultados do homem que conhecia a humanidade e sua anatomia por fim dava suas palavras naquele livro, após dar o que todos almejavam viver em sociedade, uma possível cura.
Aquele homem não estava satisfeito. Mas sabia que futuramente sua inovação poderia ser um marco para seus descendentes.
- Deixe-a longe dos humanos por alguns dias. - Ele alerta. - Alastor é o novo começo para nós. Mas não se esqueça, Siwon, ela é uma Kang. Ela precisa pôr as mãos em Kaliban, assim ficaremos livres de qualquer ameaça da profecia.
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