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015. Linha do Crucifixo

— KANG; Seulgi.

O ar ao nosso redor começou a vibrar com minha energia, uma tempestade de emoções contidas. O campo de batalha era uma visão infernal — garras, dentes, ossos quebrados e sombras espectrais circulando ao nosso redor. O som de trovões ecoava ao longe, quando meu rosto deu um olhar de relance para trás, o clã Mavros se unira a uma batalha que ao menos os pertencia, havia vampiros guerreiros de milênios em multidão. Absalão expandiu a fenda mais ainda, criaturas caiam prontas para lutarem. Outro estrondo fundindo-se ao uivo dos lobos Mavros. O ar cheirava a morte, o sangue antigo pulsando ao redor, eletrizando a atmosfera. Alucard estava ao meu lado, sua lâmina cortando as sombras e criaturas que emergiam da terra. Cada golpe parecia destinado a abrir um caminho, não apenas físico, mas também mental, focado na sua busca: alcançar o Pecado de Absalão, encarnado na figura de Irene.

Kaliban desferiu golpes fundos partindo algumas criaturas ao meio, os lobos partiam para o ataque com sua força bruta, a cena de uma batalha é imaginável para sentir-se banhado por sangue. Respirei fundo, minhas mãos tremendo enquanto segurava minha espada com força. Cada músculo do meu corpo estava tensionado, pronto para a guerra. "Kaliban" a palavra ecoava em minha mente como um mantra. Esta não era uma luta que se podia vencer com misericórdia ou amor. Não havia espaço para hesitação. Os olhos de Irene brilharam com um mal absoluto, cada olhar dela parecia uma maldição. Sua presença fazia o próprio ar ao nosso redor pesar. Eu não podia vê-la como a mulher que conheci; ela era o Pecado de Absalão, uma força viva que precisava ser destruída.

"Ninguém vai se lembrar de você como a mulher que neguei em amar..." pensei, enquanto avançava, minha espada se erguendo. "Você é apenas mais uma inimiga, outra monstruosidade em meu caminho."

Vamos! — Exclamei em urro para Alucard, a palavra carregada de ódio. Ele não hesitou, investindo contra as criaturas com uma força implacável. Corri ao lado dele, nossos passos ecoando no solo lamacento, cada batida do meu novo coração sincronizada com o ritmo dos trovões acima.

A música do caos ao nosso redor era ensurdecedora, o rugido das criaturas que saíam das sombras tentando nos abater, enquanto nós dois lutávamos com tudo o que tínhamos. Alucard estava devastador, sua espada um borrão de aço, fendendo carne e sombras, crânios partidos caindo ao chão a cada balanço de sua lâmina.

Mas eu tinha um alvo específico. Irene. O Pecado.

Ela ergueu-se no ar, desafiando a gravidade com um poder que emanava ódio e decadência. Eu sentia minha raiva fervendo, alimentando cada movimento meu. Ela soltou um grito que reverberou pelo campo de batalha, uma mistura de dor e um comando para suas criaturas avançarem.

— Você não é ela! — Rugi, enquanto arremetia em direção a ela, meu corpo pulsando com energia. As gárgulas esculpidas no monumento pareciam vivas, suas expressões deformadas observando a guerra se desenrolar.

Irene estendeu a mão, e uma explosão de energia negra veio em minha direção. Desviei no último segundo, sentindo o calor da magia sombria passar ao lado do meu rosto. Cada passo meu avançava com violência, cada golpe desferido era carregado de todo o ódio acumulado por sua traição, pela perda de quem ela foi. Assistir aquela cena é como parar no tempo, cabeças rolam no chão, o derramamento de sangue parece necessário, mas para aqueles que não irão voltar, isso não parece o certo. Eu saltei, minha espada reluzindo com uma luz prateada contra o breu carmesim da noite. Irene bloqueou meu golpe com um movimento rápido, sua força sobrenatural colidindo com a minha, o impacto ecoando como o som de explosões distorcidos. Seus olhos encontraram os meus, frios e vazios, mas havia algo ali, um fragmento de algo antigo, algo esquecido.

O impacto reverberou por todo o campo de batalha, um clarão de luz se expandiu a partir de onde nossas lâminas se encontraram. O choque da colisão abriu um abismo entre nós, as criaturas ao redor sendo varridas pela onda de energia. Mas eu não recuaria. Não havia mais espaço para hesitação. Este era o momento. O chão sumiu sob meus pés e senti meu corpo despencar, sendo tragada por um vazio infinito. O vento cortava meu rosto enquanto eu caía, e então tudo se apagou por um momento, até o silêncio me engolir por completo. Abri os olhos, e ao meu redor, não havia mais chão, céu ou horizonte. Estávamos em um espaço distorcido, uma realidade despedaçada, onde o Pecado de Absalão desfilava em harmonia com o caos.

O longo tecido fino da veste de Irene — ou o que restava dela — rastejava na escuridão, um manto de sombras que parecia vivo, envolvendo-a como um símbolo da condenação que havia escolhido, tossi duas vezes e percebo que minha boca sangra, urrei e avancei.

Novamente, sou jogada contra o vazio, minhas costas batem na parede sem sentido. A luta real estava acontecendo dentro de mim. Eu senti meu peito arder. Ela se virou lentamente, seu rosto pálido e sem expressão, mas seus olhos eram um espelho da perdição. Eles se fixaram em mim por um breve momento, um lampejo de desprezo e indiferença. Ela não era mais a mulher que eu conhecia, e qualquer faísca de reconhecimento havia se extinguido. Irene havia morrido. Só restava o que Absalão havia criado.

No entanto, havia vampiros que mudaram de lado, Alucard havia desconfiado e acabou tendo sua certeza. Os traidores arrastavam um grupo de humanos que estão pálidos e magros, mesmo com o sangue sugado, eles se ajoelharam pedindo misericórdia.

— Por favor... — O choro cessante da mulher ecoa. — Deus...

Absalão caminhou pelo corredor principal, os passos ecoando como um trovão distante. A cada passada, o chão rangia por tormento, suas mãos estavam cobertas de sangue seco, os dedos agarrando uma cruz arrancada da catedral que ele havia destruído com uma força que ameaçava parti-la ao meio. Seus olhos, cheios de desprezo e uma fúria contida, estavam fixos na mulher que rezava. Ao chegar diante dela, ele sorriu com uma mistura de sarcasmo e amargura. Levantou a cruz, observando-a com olhos semicerrados, antes de cuspi-la no chão com nojo. Com um movimento rápido e brutal, ele cravou o símbolo da fé na testa da mulher, o seu crânio rachando enquanto se forçava contra a cruz. O eco do impacto reverberou pelo espaço.

— Onde está teu deus agora? — Ele gritou, a voz rasgando o silêncio. — Ele nunca esteve aqui, apenas o vazio!

Minha fúria só aumentava. Os ossos daquela mulher esmagados com o seu sangue que deixava uma enorme poça me causou ânsia, aquilo estava sendo torturante. As velas apagaram-se em um sopro de vento invisível, e a escuridão engoliu o ambiente. O ar se tornou pesado.

Os olhos de Joo cintilaram de diversão macabra, como se meu desafio fosse patético diante da grandeza que ela agora possuía. Mas isso só inflamava mais minha fúria. Eu havia perdido tudo por causa dela — minha fé, meu orgulho, e até o amor que um dia eu sentira. Não era mais sobre salvar ninguém. Eu só queria destruí-la. Com um rugido, levantei-me novamente, ignorando o sangue escorrendo pela minha boca e o peso esmagador de meu corpo. As sombras ao redor do Pecado de Absalão começaram a se agitar, como serpentes famintas, mas eu não hesitei.

— Essa não é você, Joo... — Minha voz não acompanhava, trêmula estava. Ouço uma risada abominável vindo dela.

— Kaliban, você deveria perceber que ela não está mais aqui. — Ela profere em desdem, engoli o próprio sangue sentindo lâminas perfurar meu estomago. — Absalão a escolheu, pois ela é o seu fim. O seu destino sempre foi ela. Mas você desprezou o amor e isso, foi apenas o começo.

Minha visão começou a turvar, mas eu não cederia. Franzi o rosto, lutando para conter o ódio que borbulhava dentro de mim, misturado com a dor implacável que agora dominava meus sentidos. A verdade naquelas palavras me feria mais profundamente do que qualquer lâmina jamais poderia.

Eu havia desprezado o amor?

Mas o amor... o amor também havia me traído. Ela havia me traído. Lutei para me manter de pé, sentindo o sangue escorrer, cada gota alimentando a raiva que crescia dentro de mim.

— Você não tem ideia do que isso significa. — Me ergui com calma. — Você fala de amor, de sacrifício... mas o que sabe disso agora? Você é apenas uma ferramenta.

O Pecado de Absalão me observou, a arrogância ainda cintilando em seus olhos, mas pude ver, por uma fração de segundo, um traço de dúvida. Sua mão se fecha em punho repentinamente, o clarão surge como um raio, meus olhos ficam sensíveis com o acontecimento me permitindo não enxergar. O ar cheirava a flores de cerejeira, mas o perfume doce não conseguia encobrir o odor metálico do sangue que se espalhava entre as pétalas caídas. A luz suave do crepúsculo me envolvia. O carmesim não existia.

Enquanto o vento soprava gentilmente, balançando os galhos floridos como se o mundo ao redor estivesse indiferente à tragédia que se desenrolava ali. Joo estava ali. Sob uma nova luz, uma manhã que tingia o céu com sua tonalidade azul, o vestido longo e de princípio vitoriano tinha sua cor em branco, a renda e os detalhes caídos são magníficos.

Joo está sentada num banco de pedra cercada por cerejeiras, enquanto encarava o horizonte que não possuia terror. O vento gélido soprava, agitando levemente os mantos que envolviam suas silhuetas. Cada detalhe daquele lugar parecia ter sido desenhado, Irene Joo, com seus cabelos escuros e manto negro, mantinha seu olhar fixo em mim. Havia algo de insondável em seus olhos, como se cada palavra não dita estivesse pesando em seu peito. Seus traços eram marcantes, moldados pelo sol. Ela não precisou dizer nada; a tensão entre nós duas era palpável, uma história compartilhada que ecoava em cada gesto, em cada suspiro.

O silêncio entre nós era mais profundo que qualquer palavra. Naquele momento, as pétalas caiam, segurei o punhal com firmeza enquanto assistia seus movimentos. Sinto a leve garoa preencher, uma cortina fina e silenciosa que mal era notada em meio ao caos emocional que nos envolvia. As gotas escorriam pelas nossas vestes encharcadas, colando o tecido à pele, mas parecia que não nos importávamos. O mundo ao nosso redor parecia ter desaparecido, deixando apenas Joo e eu, presas em um turbilhão de sentimentos contraditórios.

— Seulgi? — Ela segurava o meu rosto com as mãos trêmulas, seus dedos delicados traçando linhas visíveis dos cortes que marcavam minha bochecha.

As unhas, por vezes, pressionavam com força, como se quisesse gravar aquele toque, eternizá-lo, seus olhos estavam vermelhos de choro, uma dor que ela não conseguia esconder, mesmo enquanto tentava permanecer forte. A respiração dela era curta e irregular, uma mistura de soluços reprimidos e frustração. E, mesmo assim, havia algo de indescritivelmente terno em sua expressão. Mas eu, por outro lado, a encarava com olhos arregalados, como se não acreditasse no que estava acontecendo. Havia lágrimas em seu rosto também, mas misturadas com a água da chuva, era difícil saber o que era a tempestade e o que era o sofrimento. A única coisa que era clara como o aço de minha lâmina era a dor que refletia no fundo, de seu olhar.

— Dói tanto. — Seu sorriso sôfrego reluz. Senti seu rosto relaxa em minha mão direita, ela tentou falar novamente, a boca se movendo em palavras silenciosas, mas nada saía.

— Por que você fez isso? — Minha voz finalmente saiu, quebrada, quase inaudível. Era uma pergunta que ela sabia a resposta, mas ainda assim precisava ouvir da boca dela, precisava de uma confissão que, de alguma forma, justificasse absolutamente tudo.

Ela tentou se afastar, mas as minhas mãos a seguravam firme, eu temia que, se a deixasse ir, eu a perderia para sempre. O conflito interno estampado no rosto dele era quase insuportável de assistir.

— Eu não tive escolha... — Ela sussurrou, finalmente, a voz tão baixa que eu mal pude ouvir. — Você me deixou... você escolheu me deixar para trás.

Ela abaixou a cabeça, a chuva caindo sobre os fios negros e misturando-se com as lágrimas que ela já não se preocupava mais em conter. O silêncio que seguiu foi insuportável, denso como uma névoa que nos sufocava.

— Eu esperei cem anos por você, negava isso constantemente. — Minha voz partia o silêncio com uma dor crua, o tipo de agonia que o tempo não apaga, apenas esconde nas sombras do coração. — Mas agora... não sei por quanto tempo. Sabe por que nego o que sinto por você?

Ela levantou os olhos, negando veementemente, a chuva caindo em cascatas sobre seu rosto pálido, mas as lágrimas que deslizavam misturadas à água tinham um peso maior.

— Porque todas às vezes que nos encontramos você morre. — Sinto a saliva amarga.

Eu engoli em seco, sentindo a saliva amarga, como se todas as minhas palavras tivessem ficado presas em minha garganta. Tantas vezes eu já havia tentado encontrar um caminho para impedir isso. Tantas vidas desperdiçadas. Tantas despedidas repetidas.

— Em 1889 — comecei, minha voz rouca, hesitante — Foi a primeira vez que te perdi. Eu senti o vazio esmagar meu peito, como se parte de mim fosse arrancada com você. E depois veio 1920, quando você surgiu e desapareceu de novo, e eu não pude fazer nada além de assistir... Não poderia interferir na linha do tempo. Em 1947, você estava tão feliz, mas não conseguia escapar desse ciclo! Você morria diante de mim, e eu era deixada para sofrer, sozinha, em cada uma dessas malditas vidas!

As gotas de chuva escorriam de seu cabelo até os ombros, havia for fim acabado, as chamas do pôr do sol havia surgido colorindo o céu em tons de laranja e vermelho, refletindo a agonia que consumia meu coração. Cada segundo parecia se arrastar, como se o tempo estivesse nos torturando com a inevitabilidade da separação.

— Há uma guerra do outro lado, Joo. — Minha voz soa como lamentação. Seguro seu rosto com firmeza sentindo a circulação sanguínea esquentar. — Mas aquilo só poderá ser desfeito se a criatura perecer.

— Então mate a criatura!

Dou um breve riso pela sua falta de conhecimento, por breve segundos fecho minhas pálpebras, a respiração de Joo está calma o suficiente para se misturar com a brisa. Eu a segurei com mais firmeza, meus dedos tremendo ao tocar sua pele. A intensidade do momento, a proximidade de seu rosto, me fez hesitar por um segundo.

— Não é tão simples assim, Joo. — Minhas palavras saíram baixas, quase em um sussurro. — Eu não quero perder você de novo.

— Do que está falando? — Seu questionamento é insano. — Você não vai me perder. Nem nesta vida, nem em nenhuma outra.

Por um momento, nossos olhos se encontraram, e naquela troca silenciosa, tudo foi dito. O pôr do sol desaparecia lentamente no horizonte, eu sabia que o caminho à frente seria difícil, e que o preço seria alto.

— Eu achei que poderia mudar o destino. Que, se eu me mantivesse distante, talvez você pudesse escapar do ciclo. — Meus olhos baixaram para o chão, incapazes de sustentar o peso do julgamento em seu olhar. — Mas se eu matar aquela coisa, você morre, Absalão enganou você. Ele te usa como uma casca de sustentação.

Joo apertou minhas mãos com força, um gesto que parecia desesperado, como se estivesse tentando segurar a realidade com as próprias mãos. Seu rosto se contorceu em frustração e dor.

— Não... Não pode ser verdade. Deve haver uma maneira de quebrar isso. Não podemos... — Sua voz falhou novamente, e desta vez as lágrimas caíram livremente. — Não podemos continuar assim.

Eu senti meu coração partir ainda mais com aquelas palavras. Eu sabia que ela acreditava no que dizia, que sua esperança era verdadeira e forte. Mas eu já havia vivido isso tantas vezes. Tantas promessas, tantos adeuses.

— Não quero perder você de novo — Repeti, mais para mim mesmo do que para ela. — Mas o destino tem outras ideias, Joo. E toda vez que tento lutar contra isso, sou jogado de volta ao ponto de partida. É como uma maldição, uma prisão da qual não consigo escapar.

Ela fechou os olhos, permitindo que as lágrimas caíssem silenciosamente. Quando seus lábios finalmente roçaram os meus, o tempo pareceu parar, e por um breve, doloroso instante, fomos apenas nós duas, no meio do caos, no meio de toda a dor.

— Eu só quero que você saiba — Continuei, minha voz vacilando, enquanto nossos rostos se aproximavam ainda mais, o calor de nossos lábios se tocando. — que em todas as vidas, eu te amei. E sempre vou te amar. Até o último ciclo, até o último suspiro.

— Não vamos nos despedir — Joo murmurou contra meus lábios. — Não desta vez. Por...

O clarão no céu me cega novamente, meu corpo é jogado contra o vazio, sinto uma dor extrema em meu braço. Urro alto o suficiente e alarmante, mas sou calada no mesmo instante. Hati esta em minha frente, a sua mordida me desperta, o sangue limitado em sua boca pinga no chão. A adrenalina me consome como uma sirene em alerta.

— Não grite. — As mãos de Alucard conseguem tampar minha boca no mesmo instante, o sangue pulsa intensamente assim que me permito olhar. — Ele quebrou a barreira, Seulgi.

— O quê? — Minha voz sai em um sussurro fino.

— Desde que você foi arrastada ao Ciclo Vazio, coisas aconteceram, humanos estão sendo massacrados a fim da própria existência. — A voz cavernosa de Vikter Mavros, ocupa uma parte do ambiente. — Absalão está ganhando forças com a boneca ventríloquo dele, aquela coisa está cada vez mais sucumbindo a natureza.

— Por quanto tempo? — Questionei, meu estômago revirou, o cheiro de sangue está me consumindo. Não sei por quanto tempo aguentarei.

— Já faz duas luas e meio sol. Quer dizer, não há sol. — Vikter lamentou. — Não saberemos por quanto tempo todos irão durar.

— Absalão está na Linha do Crucifixo. — Me ergui, meus olhos arderam pela fortificação do intenso vermelho. — Preciso ir até lá.

Antes que meu pé direito faça sua escolha, Alucard fica a minha frente, sua expressão seria me lembra sua falecida mãe.

— Quero que me conte o que você fez. — Um tom suposto acusatório surge. — Vamos, Seulgi. Conte.

— Do que está falando? — Sinto a indiferença acontecer.

— Interagiu com aquela coisa? — Céus. — Alucard repetiu com um tom de incredulidade e angústia, suas mãos ainda segurando firmemente meus ombros, como se quisesse evitar que eu fugisse da verdade. Seus olhos, vermelhos e profundos, me encaravam com uma intensidade que fazia meu corpo tremer.

Minha respiração ficou irregular, e o cheiro do sangue ao nosso redor pareceu ficar ainda mais forte. Eu sentia o estômago se revirar, o metal do ar carregado de morte me sufocando. Vikter observava em silêncio, seu corpo imóvel, mas seus olhos cavernosos me perfuravam, como se soubessem a verdade que eu tentava esconder.

— Não fiz nada que não fosse necessário — Sussurrei, mas minha voz soava fraca, insegura. Eu sabia que isso não iria convencê-lo. Nem a mim mesma.

— "Necessário?" Você acha que ceder àquela coisa foi necessário? Que... interagir com ela era a única escolha? — Alucard repetiu, soltando um riso seco e sombrio. Sua mão soltou meu ombro, mas ele não se afastou, inclinando-se ainda mais perto, como se as palavras que seguissem fossem um golpe final. — Seulgi... você abriu as portas para o inferno.

Minha pele formigou ao ouvir suas palavras, e por um momento, o ambiente ao nosso redor pareceu tremer. O silêncio entre nós era tão denso quanto o ar, como se a própria realidade estivesse prestes a se despedaçar.

— Você não entende. — Tentei me defender, a dor rasgando minha voz. — Eu não tive escolha. Absalão... ele estava enfraquecendo. Eu precisava encontrar uma forma de... de... — Minha voz falhou, porque, no fundo, eu sabia que não havia justificativa.

— Ele não estava enfraquecendo, Seulgi. — Vikter interveio, sua voz baixa, porém firme. — Ele estava se preparando. Cada interação que você teve com a "boneca ventríloquo", com aquela aberração que o segue, o fortaleceu. Cada toque, cada palavra, cada passo que você deu em direção a ela... foi um passo mais perto da destruição.

Alucard olhou para mim, com uma mistura de pena e raiva, e deu um passo atrás. A chuva lá fora começou a aumentar, cada gota pesada ecoando como marteladas no chão.

— Você acha que pode controlá-lo? — Alucard perguntou com amargura. — Acha que pode barganhar com algo que foi feito para devorar mundos? Absalão não é apenas uma criatura, Seulgi. Ele é uma força. É o Criador, uma força alimentada do desespero, da dor... e de você.

— O que eu fiz... — Minha voz era um sussurro, perdido na torrente de emoções. A realidade do que eu havia feito finalmente caía sobre mim, esmagadora, sufocante. Eu tentei parar Absalão, mas acabei fortalecendo-o, alimentando-o com a escuridão dentro de mim.

— O que você fez pode ser irreversível — Alucard disse, com uma amargura crua. — Mas talvez ainda haja tempo. Se conseguir romper a conexão... se conseguir matar a Joo podemos ter uma chance.

Minhas pernas ameaçavam ceder, mas eu me firmei. O medo era um buraco profundo, tentando me puxar para dentro, mas eu não podia ceder. Não agora.

— Eu vou até a Linha do Crucifixo. — Minha voz soou firme, apesar da agitação dentro de mim. — E vou destruir o que quer que ele esteja planejando, mesmo que isso signifique encarar minha própria escuridão.

— Então vamos com você — Alucard respondeu rapidamente, seus olhos encontrando os meus com uma determinação fria. — Não vou deixar você enfrentar isso sozinha.

Olhei para ele, surpresa com sua resposta. A linha tênue entre a redenção e a perdição parecia se estender diante de nós. E, por um instante, senti uma faísca de esperança.

Se fosse para encarar o destino, eu não faria isso sozinha.

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