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006. Mavros

— JOO; Irene.

O céu não é mais o mesmo. Os noticiários televisivos nunca estiveram tão preocupados com a situação que toda Romênia se encontra. O mês está prestes a se encerrar, passou-se tão depressa que sequer percebemos, ou tomamos conta da realidade, pensei em visitar a senhorita Kang, mas ela não aparecia em casa há dias como foi dito a mim, sempre quis entender o motivo dos seus sumiços repentinos e por que sua família não resolve procurá-la. O recém-telefone dela também estava desligado, eu também não tinha notícias do artefato da sua família, o que aumentava minha preocupação e curiosidade.

Com a situação em toda Romênia, os noticiários e meteorologistas não tinham uma resposta franca para a população. É ainda mais intrigante que suas primeiras respostas fossem um possível tornado, logo em seguida tudo foi desmentido. Suspiro cansada ao encarar o poço de alunos entediados com o conteúdo, eu ficarei mais cansada após um bônus noturno, tentei voltar para casa, mas quando percebi o horário eu já sabia que não dava tempo para absolutamente nada.

O bônus noturno fazia meus olhos lacrimejarem de sono, me mantive em alerta, aumentei o tom de voz para manter os alunos acordados e a mim também. O tic-tac do relógio dava seus passos e eu chegava ao penúltimo slide, encarei o relógio de pulso e me dei conta de que o bônus noturno havia chegado ao fim, os alunos guardavam seus materiais e iam embora. Não sou do tipo de professora que pega no pé de aluno, mas, ver essas pessoas indo embora sem ao menos um "boa noite" me faz repensar que ensinar crianças me faz falta. Os corredores iam ficando vazios, as luzes se apagavam gradualmente e já não sobrava ninguém.

Caminhei pelas ruas, comércios de Bucareste sempre receptivos e iluminados, mas morar na parte antiga romena é não ter essa situação. Peguei um ônibus após descer a ladeira, esperei por quase quinze minutos, desci na sexta parada, olhei para os lados e poucas pessoas estavam do lado de fora. Mas algo chamou minha atenção, antes mesmo que eu olhasse para o lado direito, havia algo à espreita.

Apressei constantemente meus passos, quase tropeço e indo de cara no chão, não havia mais ninguém nas ruas. A figura continuava me perseguindo, minha respiração está ofegante, meu coração está subindo a garganta, consigo sentir os batimentos me enlouquecerem conforme corro. Não sei onde estou, mas comecei a gritar com todas as forças que eu tinha e não havia socorro. Indo em direção à ladeira do rio, tropeço e vou de cara no chão, minha bolsa é pesada o suficiente para impedir que eu me levante.

— SOCORRO! — Meus olhos lacrimejam em desespero.

A umidade do chão me apavora, meu joelho ralado amargamente dói, tento me erguer, mas apenas me rastejei tentando segurar na barreira e meu tornozelo foi segurado com força. Eu precisava me empenhar para sair dessa situação. Meus pés chutam as mãos que me prendia, eu não tinha outra saída, meus olhos pestanejam lentamente vendo tudo em câmera lenta em total agonia.

As mãos rodearam meu pescoço, estou sem respirar, meu peito não sobe e nem desce na busca de oxigênio. Não enxergo mais nada além de escuridão e dor. Sou empurrada da barreira.

É o genuíno sentimento de estar andando em círculos na busca de salvação que não existe.

(...)

— KANG; Seulgi.

Fechei meus olhos, me sentia arrastada por algo desde que recuperei Kaliban, entretanto, a sensação de estar enfraquecida após ser absorvida pela lâmina me deixa irritada. Isolada do mundo real, eu não conseguiria ter notícias do que acontecia. Mas sei que os céus não estão a favor, toda Romênia está estranha, os efeitos colaterais estão apenas começando. O submundo é obscuro o suficiente para me permitir não enxergar o que acontece. Maya adentra o cômodo inúmeras vezes afastando o véu de minha cama, ela está preocupada, mas há uma expressão diferente que enxergo isso claramente.

Fiquei sentada, meus braços seguram minhas pernas, afastei os lençóis com os pés na tentativa de entendê-la.

— Maya. — Chamo-a. Suas tranças vão até a cintura, sempre as admirei e ditei inúmeras vezes o quão ela fica bonita, mas desta vez os elogios não tinham sua vez. — O que aconteceu, May?

— A humana. — Meus olhos relaxados aos poucos ficam arregalados esperando a má notícia.

— Céus, Maya! Me conte! — Exclamei em agonia.

— Ela está desaparecida desde a sua volta à Romênia.

A sensação de perda me atinge, neguei com o rosto, Maya segura minhas mãos e a face monstruosa surge em meu rosto. Os caninos superiores mostram-se após meus nervos subirem de nível, levantei de imediato da cama, caminhei em direção ao espelho coberto por um pano. O Espelho do Arcanjo, brilhava como luz e ouro, toquei delicadamente sentindo a pressão e ao redor tremer.

— Eu imploro, encontre-a, por favor. — Sussurrei contra o espelho.

Maya não se aproxima de mim, mas abismada é o seu rosto por assistir aquilo, a sensação do poder que o Espelho do Arcanjo emanava me cortava. O tremor do chão, relâmpagos ensurdecedores, janelas abertas com a força do vento, é então que percebo que o limite entre o Espelho do Arcanjo e o submundo é poderoso demais. A rachadura do reflexo começa a surgir e nenhuma resposta aparece. Meu corpo se afasta e sinto dormência me consumir, a avalanche do limite é perceptível, a luz pisca inúmeras vezes e se apaga. Eu não vejo o outro mundo que o espelho me permitia ver.

Eu tentei. De alguma forma, eu tentei.

De joelhos, encarei a imensidão, Maya abaixou-se ao meu lado e me pressionou para um abraço. Quero entender o que aconteceu, é um fato assombroso para mim, Joo está desaparecida ao ponto de um objeto poderoso rachar.

— E se estiver acontecendo novamente, Maya? — O choro afeta minha voz.

— Você esperou por cem anos e meio, irmã, e de alguma forma ela sempre voltará. — Seus olhos vacilam ao mudarem de coloração. — Não se preocupe, poderá fazer uma nova busca quando o Espelho do Arcanjo se curar.

É um desprazer me sentir assim, tão sensível, eu me condenaria à sorte se não vivesse no azar da profecia. Minha visão está turva, Maya balança o tronco tentando amenizar o que sinto, os passos desconhecidos atrás de nós duas é de meu pai. Sua audição lhe despertou e curiosamente ele surge, não questiona, mas consegue ler ambas mentes. Papai sempre quis assegurar que eu não deveria pertencer à profecia de Absalão, mas Alucard fez sua mente, insanamente ele confia no vampiro. Não demorou muito para que a dormência me consumisse, mexer meus membros ou falar é quase impossível para mim, meus olhos gradualmente se fecham como as portas de um castelo.

(...)

O pijama de seda me cobre como um carinho, me deixa confortável, encarei a escuridão das quatro janelas em uma só parede. Estou de volta a Bucareste. De forma castigante, a chuva toma conta e molhando toda a terra, mas não de forma violenta. Alguns morcegos escondem-se em minha varanda, suspiro ao sentir a ventania gélida, é possível ver o jardim banhando, me inclino na barra da grade prendendo minhas pernas. Caio levemente sentindo as gotas enquanto fico de cabeça para baixo, meus cabelos ficam pesados de tão úmidos que estão, a pose do morcego é uma forma de me permitir ficar calma após uma crise de catalepsia patológica.

Fechei meus olhos, imaginei que tipo de situação Joo poderia estar, e morta é uma das possibilidades. Voltei a ficar em pé novamente, senti os fios pingarem na madeira, não me restringi em querer abrir a porta. No entanto, Yeri surge com Maya, a bruxinha me abraça fortemente. Eu ainda estava brava com ela.

— Ela tem uma coisa importante a dizer, Seulgi. — Maya adentra me encarando. — E sugiro que ouça, vai ser a coisa mais absurda que você ouvirá.

Ela pressiona a porta fechando lentamente, Yeri se apossa de minha cama sentando nos lençóis bagunçados.

— É sobre o Espelho do Arcanjo? — Indaguei.

— Sabe que fico longe daquela coisa. — Ralhou, Yeri revira os olhos e cruza os braços. — É sobre a humana. Sei que você está brava comigo desde que enfeiticei os sonhos dela!

Há um breve minuto de silêncio, encaro toda decoração gótica vitoriana de meu quarto, eu estava pronta para arremessar algo na cabeça. Dei um suspiro, minha mão gesticulou girando para ela iniciar.

— Diz logo a ela, Yeri. — Maya ordena vendo a lentidão de Yeri.

— Certo, certo, entendi! — Ela balança as mãos, vejo-a retirar do bolso um colar com um canino enorme. — O clã Mavros, Seulgi. O clã de lobos mais antigos de toda Romênia.

Ela faz uma breve pausa.

— Eu não consegui encontrá-la com magia, o Espelho do Arcanjo é quase inútil! — Yeri esbraveja, não por raiva, mas por frustrações. — Os Mavros nos derrotaram na batalha pela primeira vez, Maya não estava lá, mas você estava, irmã. A Tríade foi derrotada, você, Joy e Wendy.

— Acha mesmo que eles vão me olhar e ajudar? — Retruquei em desespero. — Os Mavros com certeza não esqueceram do que fizemos.

— Como chegou a essa conclusão? — Maya interfere com sua calmaria, ela ergue a sobrancelha enquanto se aproxima.

Suspirei, fechei os olhos e me mantive estática. Não demorou segundos até que eu caminhasse até a poltrona e me sentasse preguiçosamente. Meu corpo não estava confortável após a catalepsia. Eu não a respondi, embora a vontade exista, prefiro o silêncio.

— Pela forma como age, aparenta que deseja que ela pereça, minha querida irmã. — Maya aponta em minha direção.

Bati nas coxas ao ouvir tal acusação, avanço em sua direção rosnando com os dentes cerrados, não consigo reprimir a sensação de que eu estou sendo a pior criatura.

— Isso não é verdade, Maya!

— Então, por que negar os Mavros? — Ela indaga, e antes que eu responda, ela estende a palma para que eu não falasse uma palavra sequer. — Você não precisa dizer, é loucura tentar, você sempre foi assim. Odeia ter sentimentos, odeia ser solidária, odeia o perdão e também odeia o fato de que ela não se lembre de você!

— Se você soubesse o que sinto não falaria asneiras.

— Ainda bem, porque você é vazia, irmã. — Suas palavras foram como uma estaca, doeram no primeiro furo, ela se afastou decepcionada.

A porta foi fechada com força, encarei meu reflexo no espelho, Yeri ainda estava presente. Mesmo vendo meu reflexo, no fundo, eu podia enxergar as montanhas, as nuvens cinza ainda cobriam todo o redor. Senti as mãos de Yeri pousarem em meus ombros.

— Seulgi, enxergue isso, vá até os Mavros. Você não vai se arrepender. — Ela aliena minha mente. — Eles são a única chance que pode existir.

Desta vez, Yeri deixa o cômodo. Não dá para sentir paz sem saber o que está acontecendo. Me permito sair daquele ambiente, desço as escadas e lá está na frente da casa, o motorista esperando por qualquer coisa que movesse aquele veículo. Pedi que fossemos até a Vila, é nítido que sua residência é afastada de um pouco da comercialização, não há muita iluminação de postes. Após minutos rondando por ali, o carro foi estacionado na frente de sua casa, havia uma vizinha conversando com outra mulher, enquanto ela varria a calçada, a outra tinha um falatório.

Desci do veículo, meus olhos tentaram enxergar alguma forma humana dentro da residência, mas estava vazia. A vizinha curiosa, aproximou-se de mim me cutucando, a encarei com espera de sua pergunta, que não demorou um segundo.

— Veio procurar a vizinha? — Ergo a sobrancelha ao ouvir o questionamento, assenti de imediato, não poderia deixar de ouvir todas as possibilidades. — Ela não aparece há dias, desde que o moço veio perguntar por ela, não temos notícias dela.

— Que moço? — Minha voz se altera.

— Bom, isso eu não sei. — A mulher segura a vassoura e dá de ombros. — Mas ele aparentava conhecê-la muito bem. Talvez seja algum namoradinho dela.

Ela solta uma risada irritante, a outra também ri da desgraça, a filha da puta era uma fofoqueira nato. Observa os detalhes e finge que não sabe de absolutamente nada.

— Você vai me dizer cada detalhe. — Eu a encaro nos olhos, hipnotizam-na de imediato.

— Ele vinha aqui todos os dias após ela sair de casa, ia até o ponto de ônibus e sumia. — Ela está estática, não move um músculo, enquanto a outra sequer sabe o que acontece. — A vizinha não tinha ideia. Ele usava moletom e roupas pretas, mas era visível o cheiro forte de chá de verbena.

Verbena. Estalo os dedos, as duas patetas se entreolham e solta a mesma risada como se estivessem ainda no mesmo assunto e a ouço a repetir o que ela havia dito antes de confessar.

— Obrigada por me informar. — Dou um sorriso gracioso. Mas ao adentrar o veículo, aquilo se desmancha como água.

Agora entendia o fato de que Yeri não conseguia localizá-la, e muito menos eu, o fato de ter a verbena presente nos impedia. Percebi o sol se pôr gradualmente, o veículo voltava ao destino, mas não parei de pensar sobre o tal homem. Alguém que a conhecia é difícil de saber, olhei o horizonte e o sol batia contra o vidro, assistir o rio lavar boa parte de Bucareste é satisfatório. Conforme o veículo estava indo, observei e também pude pensar no que Yeri havia me dito, Maya também está certa em suas palavras.

Concordar com suas palavras é algo inaceitável quando se tem irmãos, mesmo que ambas não fossem minhas irmãs de linhagem, no fundo, eu as considerava. O peso dentro do meu corpo é enorme comparado ao que irei precisar fazer. Mavros, um dos clãs antigos e imortais, divinos aos olhos dos inocentes, lobos cinzentos que guardam a grande montanha.

Ao contrário de nós vampiros que somos considerados demônios aos olhos de alguns. 

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