Unindo forças
Chegamos em Petrópolis, eu e Jacira; nos hospedamos em um hotel e dormimos, para descansar um pouco.
Pela manhã, ela ficou reclamando que descobriu, que seu carro Raziara havia sido confiscado, quando Anhangá, disfarçado de Jacira, cruzou a fronteira inimiga.
Depois de deixar ela socar os travesseiros da cama, e parecer uma louca retardada, vestimos nossa roupa para se apresentar formalmente ao coronel.
Depois que pegamos um taxi, em direção da primeira companhia de divisão do exército, em Duque de Caxias.
Quando nos apresentamos ao coronel, batendo continência, ele fez uma cara de fúria e surpreso ao mesmo tempo, sua voz saiu estridente e autoritária.
-Quero relatório da missão Capitã Katikarí, devia estar no campo de batalha, liderando um pelotão de infantaria, não se apresentando diante de mim!
-Permissão para falar coronel! - Disse Jacira.
-Está permitida, abre logo essa matraca e dê boas explicações para abandonar um pelotão no campo de batalha! É uma covardia!
A boca do coronel estava espumando de tanta raiva.
-Aquela Jacira é um inimigo desfarçado, vindo de outro mundo em um outro universo.
Não sei se coronel ia acreditar em fantasia, mas depois de saber que eu tenho poderes, poderia começar a acreditar.
-Oh meu Deus! - Coronel levantou as mãos para o céu. - Quando que Brasil terá sossego?
O coronel pegou o comunicador e disse:
-Capitã Jacira, se apresente-se!
A voz da Jacira, que é o Anhangá, saiu no comunicador.
-Capitã Jacira Katikarí, estou na escuta Coronel!
-Relatório da tropa?
-Muitos soldados feridos, mas avançamos e ultrapassamos a fronteira.
-Avance mais e me mantenha informado!
-Sim coronel.
‐Câmbio, desligo!
O coronel desligou o comunicador e disse:
-Código secreto da base alfa b 12.
-S3 F19 Fuzil de aço e chumbo.
-Aetler Vallerryan, código secreto da base arco e flecha, ômega c 5.
-Flecha da morte.
-Venham comigo! - Disse o coronel.
Jacira olhou pra mim, piscou, nós acompanhamos o coronel, até uma sala, ficamos surpreso quando vimos o rei, de costas.
Os soldados que estavam na porta, saíram e fecharam a porta, deixando nós lá dentro.
-O que Aetler Vallerryan está fazendo aqui? Não devia estar amassacrando o exército de Mines?
-Majestade, tenho permissão para falar? - Perguntou Jacira.
-Não, antes, quero saber o motivo de abandonar uma tropa da infantaria e vir até aqui! - Ele encarou o coronel. - Hein coronel?
-Majestade, fomos enganados.
-Enganados?
-Capitã Jacira vai explicar melhor.
O rei estava impaciente, Jacira disse:
-São deuses, e eles querem colonizar o Brasil.
O rei estava andando de um lado para o outro, quando ouviu isso, parou e olhou para nós.
-Deuses? Que palhaçada é essa? Já basta Vallerryan ser um monstro e fazia a magia do satanás e agora vem com história de deuses?
Jacira engoliu o insulto que o rei fez ao meu respeito, se contendo, ela disse:
-Aliens visita, coloniza e faz aliança com planetas, deuses visitam, colonizam e fazem aliança com universos. Deuses conquista universo, aliens conquista planetas. O Brasil é a porta de uma passagem, e a Jacira e Vallerryan que está no campo de batalha, são deuses, muito poderosos, e pretende matar nossos soldados, para depois abrir o portal e trazer seu exército.
-A culpa é da princesa Isabel! - Disse o rei, dando um tapa na janela e tirando sua coroa. - O rei hoje em dia não vale nada, monarquia parlamentarista, eu, como rei, sou um chefe que pode contratar e demitir os ministros, se fizer alguma coisa de errado ou corrupção, eu demito, mas no exército, o ministro da defesa que ordena, não tem como eu mandar um exército recuar, sem as ordens do ministro da defesa, então, para quê serve em me dizer tais coisas?
-A esfera armilar. - Disse a Jacira. - Só vossa majestade sabe aonde está, e é o único lugar que estes seres de outro universo vai atravessar para o nosso mundo.
-Majestade, temos trinta mil soldados em defesa, em último caso, Jacira poderá usar quando o suposto inimigo usar nossos soldados contra nós.
-Ele quer matar todos os soldados e ativar a esfera armilar... Que filho da puta!
O rei ficou pensativo, depois de alguns minutos, disse:
-A esfera armilar fica dentro de um lugar secreto no museu da arte moderna, em um compartimento debaixo de uma galeria.
-Então é para lá que vocês vão. - Disse o coronel para eu e a Jacira.
-Não, nós vamos. - Disse o rei.
-Nós? - Perguntou o coronel.
-Só a família real tem acesso, e apenas eu poderei abrir, a não ser que jogue um míssil no museu da arte.
-O sistema de defesa do Brasil interceptaria os mísseis. - Disse a Jacira.
-Não se usar o raio da morte antes de lançar o míssil. - Disse o coronel.
-Mines tem raio da morte. - Disse Jacira.
-E eles usarão como desculpa de atacar os meus exércitos, e mandaria um míssil logo em seguida. - Disse o rei.
- E a falsa Jacira não vai avisar esse ataque. - Falei, cansado de ficar calado o tempo todo.
-Quando pediu permissão para falar Vallerryan? - Perguntou o rei.
-Eu não pedi, só tenho que lembrar que devemos ir para lá e montar uma defesa imediatamente.
-Então vamos! - Disse o rei. - Senão o bicho pega!
Quando abri a porta, levei um susto.
Tupã e Jaci estava na porta.
Os guardas estava desmaiados.
-Tupã?
Tupã, me encarando, disse:
-Dom Pedro Henrique, eu sou Tupã, deus das chuvas e do trovão, precisamos unir forças.
-Unir forças? - Perguntou o rei. - Vocês, seres de outro universo, quer invadir meu reino e fala em unir forças?
-Anhangá é um comandante, ele é conquistador de universos, a milhares de anos, eu luto contra ele para proteger o meu universo, e por coincidência, o seu universo fica no meio do meu e do dele, então, a esfera armilar é a passagem!
-Basta! - Empurrei Tupã e saí. - Já ouviu aquele ditado, se correr o bicho pega e se parar o bicho come? Se ficarmos parados, o bicho vai comer.
Jacira me seguiu, saiu falando:
-Vallerryan tem razão, já estamos perdendo tempo.
Tupã pegou na mão da Jaci e desapareceu, soltando um clarão de raio.
Ele foi o primeiro a chegar no museu.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro