Terra dos Mortos
Alfheim era a terra habitada por Elfos, cercada de grandes e belas florestas, era um lugar calmo e acolhedor, os Elfos eram uma das raças que lutaram contra Surtur no passado dando suporte na retaguarda e na linha de frente do exercito de Odin, no geral todos possuíam orelhas pontudas e tinha grande vitalidade, eram mestres na arte do Arco e flecha, mas, além disso, possuíam também grandes habilidades como espadachins e entre os nove reinos era a raça mais habilidosa no uso de magia, dominavam os mais diversos tipos de ataque e feitiços.
Loki passava a maior parte de seu tempo sem fazer nada, descansando na floresta de Alfheim com tranquilidade, era para lá que estava indo a fim de se recuperar e depois quem sabe voltar à ativa.
Enquanto isso, Skuld continuava seu voou rumo a Helheim, já havia passado a madrugada inteira voando, suas asas tinham chegado ao limite, foi então que avistou um pequeno vilarejo mais a frente da onde estava. Skuld resolve parar para descansar e comer algo, pousando perto da entrada e seguindo caminhando para dentro do vilarejo, ele era bem amplo com casas bem simples, algumas lojas vendendo alguns acessórios e poucos lugares para comer, Skuld continuou andando até chegar há uma espécie de restaurante. O dono estava surpreso por ver uma Valquíria assim tão perto e preparou a melhor refeição para Skuld.
- Aqui está dona Valquíria coma a vontade. – disse o dono.
- Que demais senhor! Obrigado pela comida! – disse Skuld atacando o prato com bastante vontade.
Após se alimentar e descansar um pouco Skuld tentou pagar a refeição, mas o senhor recusou, alegando que era um prazer servir uma das grandes Valquírias. Skuld com vergonha resolve então aceitar a proposta e partir, caminhando dentro do vilarejo indo em direção à saída, Skuld avista uma pequena criança sentada no cantinho da parede do lado de fora de uma casa, estava triste, usava roupas um pouco acabadas e parecia estar com fome.
- Olá pequenino. Está tudo bem - pergunta Skuld se aproximando da criança.
- Estou... Com fome... – disse a criança abaixando sua cabeça.
Skuld percebeu que talvez o garoto tivesse sido abandonado por seus pais, e estaria vivendo nas ruas, com fome e sem um bom lugar para dormir. Foi então que teve uma grande ideia.
- Não se preocupe, posso resolver isso – disse Skuld com um sorriso.
Skuld então pega a criança e resolve voltar para o restaurante da onde saiu, o pequeno jovem ficou surpreso ao ver que estava sendo ajudado por uma Valquíria, chegando ao restaurante Skuld põe o seu dinheiro no balcão com tudo.
- Ei tio! Eu voltei, poderia, por favor, preparar algo pra este jovem comer eu pago – afirma Skuld.
- Senhora Valquíria, sinto muito mais este lugar não serve pessoas como ele. Este garoto parece acabado, sujo, sem família, não deveria se misturar com gente assim. Deveria deixa-lo nas ruas, uma hora ou outra ele iria sumir e ninguém sentiria sua falta – disse o dono do restaurante.
- Como é que é? Está dizendo que não vai ajuda-lo só porque o garoto está sujo? Parece que vim no lugar errado então – disse Skuld com raiva.
- Não que seja por isso, mas... – o velho é interrompido por Skuld que pulou o balcão agarrando o senhor pelo seu jaleco.
- Olha aqui seu velho. Ou você ajuda o garoto ou eu te jogo do lugar mais alto de Midgard. – disse Skuld ameaçando o senhor.
- Ok está certo, eu faço, eu faço! - afirma o senhor assustado correndo para a cozinha.
- Vitória hehe – afirma Skuld sorrindo e acenando para o garoto que caiu na risada.
A comida então foi servida, Skuld observou que o jovem não comia há dias, estava com muita fome, o senhor dono do restaurante agora estava com medo de Skuld, a cada olhar da Valquíria, seu corpo tremia inteiro.
Após a refeição Skuld acompanha a criança até certo ponto da cidade, afinal tinha que seguir seu caminho rumo à terra dos mortos.
- Bom, é aqui que a gente se despede me diga, qual o seu nome? - pergunta Skuld.
- Eu sou Theo – responde a criança.
- Theo, fique bem se precisar de algo pode me chamar com isso, ok? - disse Skuld entregando uma pequena joia magica para o garoto – Nunca desista de seus sonhos, de o seu máximo em tudo e um dia todos irão reconhecer o seu valor. Até mais.
Após dar um beijo na testa do garoto Skuld abre suas asas, voando pelo lindo céu azul, para o garoto a visão era como um anjo que havia descido dos céus para ajuda-lo. Com seus olhos cheios de lagrimas Theo acena para Skuld lhe desejando uma boa viajem e agradecendo por tê-lo ajudado. A bela Valquíria abre um grande sorriso de felicidade e então retoma seu caminho.
- Espero que fique bem... Theo - pensou Skuld.
Após passar por uma extensa floresta e alguns campos, e atravessar uma região montanhosa Skuld avista seu destino. O caminho que levava a Helheim. A Árvore do Mundo conhecida também como Yggdrasil.
Uma arvore gigantesca tão alta que cobria os céus chegando à altura das nuvens mais altas, seus galhos eram enormes saindo da raiz e ligando todos os nove reinos, a sua frente havia uma pequena floresta com as mais diversas criaturas magicas e um grande lago no centro, era um lugar maravilhoso que Skuld nunca se cansava de olhar era como se fosse à primeira vez, Skuld depois de se maravilhar com o cenário resolve partir rumo a seu destino se aproximando de um dos galhos que ficava mais ao oeste de onde estava.
- É esse! – pensou Skuld.
A bela Valquíria começa então a seguir o galho de Yggdrasil, sumindo dentro de uma espécie de nevoeiro magico, quando se deu conta o cenário mudou.
Um rio de cor negra apareceu em sua visão, florestas com arvores mortas, ossos dos mais diversos tipos espalhados pelo chão, alguns até pendurados em arvores, mais ao norte havia um grande castelo cercado por criaturas que lembravam aves voando sobre suas torres, estava cercado por quatro colunas de diamante negro uma em cada ponta do castelo Skuld havia chegado a Helheim.
Skuld resolve ir andando até o castelo, ao pousar alguns esqueletos começaram a correr em direção a ela, eram do tamanho de um anão estavam carregando espadas e escudos em mãos.
- Parada Valquíria! O que te traz a terra dos mortos? – perguntou um dos esqueletos.
- Pode não ser a primeira vez mais sempre me surpreendo com um esqueleto falante – disse Skuld ignorando totalmente a pergunta feita.
- Responda ou sofra as consequências! – grita o outro esqueleto.
- Certo, certo, eu desejo falar com Hel. Sou Skuld. – responde ela.
- Nossa rainha não irá falar com você. Sai já daqui! – disse um dos esqueletos atacando Skuld.
Antes de o golpe acertar e Skuld se preparar para desviar, os dois soldados esqueléticos são interrompidos por um ataque vindo de longe. O golpe acertou bem entre Skuld e os esqueletos, formando uma cratera no cão, e então uma voz começou a ressoar de longe.
O que está acontecendo? Por que todo esse barulho? – disse a voz um pouco irritada.
- Minha rainha! – gritou os esqueletos com medo.
- Hel! Oi Hel! – disse Skuld acenando alegremente para Hel.
- O que? Skuld por aqui? Isso é raro. - afirmou Hel um pouco surpresa.
- Tragam-na até o castelo e sem mais gracinhas seus idiotas – disse Hel entrando novamente no castelo.
- Sim Senhora! Faremos isso vossa majestade! – disse os esqueletos com medo de Hel.
Caminhando pela floresta de arvores mortas, e atravessando o rio negro, Skuld chega ao castelo de Hel escoltada pelos esqueletos. Ao entrar no castelo Skuld agradece os soldados e então parte rumo ao salão principal, onde estaria sua amiga.
O castelo era enfeitado com estatuas de ossos por toda parte, era um pouco escuro, as luzes davam um tom bem tenebroso iluminando caveiras que serviam como lâmpadas. Chegando ao salão Skuld avista Hel sentada em seu trono de ossos.
Hel usava um belo vestido preto com detalhes em vermelho, em sua perna esquerda havia uma bota preta de cano longo que cobria sua perna inteira, em volta havia uma corrente com espinhos, o mesmo se via em seu braço esquerdo com uma mangá preta com correntes enroladas, seus cabelos eram azuis claros com mechas em um tom de rosa, usava tranças que eram presas por algo que parecia um broche de asas feito com ossos, tinha também um cachecol roxo enrolado no pescoço.
- O que esta fazendo aqui Skuld? - pergunta Hel.
- Preciso da sua ajuda. Algo está para acontecer. – responde Skuld.
As duas conversaram bastante, Skuld explicou toda a situação para Hel, sobre o que tinha havido com Nautica, e sobre a batalha misteriosa que houve na caverna. Após ouvir as palavras de Skuld, Hel começa a pensar em quem poderia ter feito isso e com qual a objetivo.
- Fronteira Oceânica... Caverna... Não me diga que... – Hel então após uma breve pausa começa a pensar em uma possível culpada.
- Hel? – pergunta Skuld sem entender o que estava acontecendo.
- Acho que tenho uma ideia de quem possa ter feito isso. Mas ainda não tenho certeza se foi ela – disse Hel.
- De quem está falando Hel?
- Da Aegir – Afirma Hel.
- A Rainha dos Mares? Aquela que a gente derrotou uma vez no passado?
- Ela mesma. É bem provável que ela tenha causado o ataque já que ficava perto de seus domínios. – disse Hel.
- Mas o que será que ela queria naquela caverna? – perguntou Skuld.
- Não sabemos, mas precisamos de respostas mais claras, e sei bem quem tem essas respostas – afirma Hel.
- Por acaso você está falando dele? - Questiona Skuld.
- Sim, faz tempo que não olho a cara daquele velho rabugento, mas não temos escolha. – afirma Hel caminhando para a entrada de seu castelo.
- Rabugento? Acho que ele não iria gostar nada de ouvir isso – diz Skuld com um sorriso forçado no rosto.
- Eu não me importo... – diz Hel abrindo as portas e olhando para traz em direção a Skuld – Nós vamos para Asgard! Iremos ter uma audiência com Odin!
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