Frente de Batalha!
Montanha de acesso a Bifrost.
Aos poucos o grande grupo que serviria como reforço para as tropas humanas na batalha começava a surgir na montanha que dava acesso a ponte do arco íris, logo Randgrid e Thrud ordenaram que as forças asgardianas fossem à frente, todos já tinham base de para onde seguir e o que fazer. Os soldados saltaram da montanha caindo com força em solo, causando um pequeno impacto, logo todos começaram a correr para dentro das florestas, usando magias de aprimoramento para ganharem cada vez mais velocidade.
As Valquírias que acompanhavam o grupo, sobrevoaram os céus seguindo por diversas direções diferentes, as guerreiras aladas voavam como anjos graciosos nos céus de Midgard. Enquanto isso, Randgrid e Thrud estavam prontas para partir também, mais ao fundo de onde estavam, Tyr e seu grupo de proteção a Bifrost se aproximavam, todos estavam prontos para defender a entrada de Asgard que por anos, foi protegida por Heimdall.
- Agora que o pessoal se foi, é a nossa vez Randgrid. – afirmava Thrud.
- Sim. Mas como faremos com os alvos? – questionou a Valquíria.
- Eu vou para o norte, você pode cuidar das tropas ao leste. O que acha? – respondeu Thrud com outra pergunta.
- De acordo... Fazia tempo que eu não olhava o céu de Midgard. – afirmava Randgrid se preparando para voar enquanto olhava o horizonte.
- Vamos nos divertir muito nesta batalha. – dizia Thrud com um sorriso malicioso no rosto.
- Tomem cuidado. Está pode ser uma luta um pouco mais complicada. – afirmava Tyr ao longe.
- Não se preocupe querido. Hora de mostrarmos nossas forças para Egípcia. Até mais. – afirmava Thrud flexionando suas pernas.
Após alguns minutos, tomando impulso com magia sendo liberada de seus pés, Thrud deu um enorme salto se lançando para frente, a deusa da batalha logo começava a se tornar apenas um ponto no céu do mundo humano.
- É melhor fazer seu serviço direito. – afirmava Randgrid olhando para Tyr enquanto planava nos céus.
- Nem precisa falar. Ninguém vai passar por aqui. – dizia Tyr fechando seu punho da mão mecânica.
Randgrid soltou um sorriso de canto e logo partiu em alta velocidade rumo ao seu local de batalha, deixando Tyr e os soldados asgardianos prontos e atentos na montanha de acesso à ponte, logo Tyr ordenou que os soldados se espalhasem pela floresta fazendo uma ronda de turnos intercalados, enquanto a outra metade juntamente com o Deus da Guerra iria ficar de prontidão no topo da montanha, nos céus, a Valquíria já estava com suas armas em punhos, pronta para qualquer ataque surpresa que pudesse acontecer enquanto sobrevoava a área.
Próximo à ilha dos Therians.
A equipe de invasão de Dielle estava pronta para começar sua operação, os navios que se espalharam em torno da ilha começavam a surgir, os elfos estavam realizando alguns disparos a distância como uma especie de aviso, os tiros acertavam as florestas causando um forte impacto, a ilha estava cercada por soldados de Sekhmet que fazia uma espécie de guarda, logo os soldados começaram a lançar rajadas mágicas contra as tropas da marinha, iniciando assim uma disputa de ataques à distância.
Enquanto isso, submersas na água, protegidas por uma barreira mágica, e impulsionadas para frente pela magia de vento de Avencia, a força de invasão se aproximava da ilha, Siluria indicava o caminho para entrarem no reino dos Therians que ficava em uma caverna submersa na água, assim poderiam invadir sem serem notados pelas forças terrestres. Rapidamente o grupo conseguiu chegar à região da caverna sem nenhum problema.
Após passarem por um corredor de águas ainda submersas, Avencia começava a elevar as esferas de proteção até que ficassem novamente na superfície. A imperatriz da Prisão e Lyrist ficaram em pé sobre a água, enquanto as outras pousavam suavemente na parte de terra da caverna. O lugar era bem úmido, gotas de água caiam das estalactites no teto, a caverna era bem ampla, porém pouco iluminada, Avencia caminhou até a parte de terra e com suas mãos esticadas, conjurou uma pequena chama que iluminou o caminho das guerreiras.
Avencia foi à frente enquanto as outras as seguiam atentas a tudo em seu redor. Mesmo dentro da caverna, todas podiam ouvir o barulho das explosões que ocorriam do lado de fora, logo as garotas apressaram o passo dentro da caverna.
- Parece que nossa infiltração foi um sucesso até aqui. – dizia Avencia.
- Vamos nos apressar. Não podemos perder tempo. Estejam prontas quando sairmos da caverna. – afirmava Dielle.
Siluria em resposta a afirmação de Dielle, sacou uma lâmina curvada, Lyrist invocou seus dois enormes arcos que flutuavam a suas costas com magia, Dielle e Avencia sacaram suas espadas da cintura as tendo em mãos. A equipe passou por diversos corredores indicados por Siluria, o objetivo era sair no ponto mais próximo possível da cidade real. Do lado de fora, uma batalha intensa era travada, enquanto as forças da marinha disparavam e recebiam golpes, soldados conseguiram enfim subir em terra firme, magos e guerreiros do reino de Nordicia usando armaduras azuis e espadas em mãos começaram a atacar as forças de Sekhmet, enquanto os elfos davam cobertura.
O barulho das espadas percorria todo o campo de batalha, a floresta começava a sofrer mais ainda com os golpes, logo, um esquadrão de magos começou a trocar golpes mágicos sobrevoando a área, inúmeras magias de diferentes tipos preenchiam os céus com explosões iluminando o inicio da noite em Midgard. Magos e guerreiros lutavam a todo vapor enquanto os navios da marinha continuavam a disparar. Vindos de uma parte mais distante da ilha, alguns navios de Sekhmet também começaram a surgir atacando a marinha em resposta, uma batalha naval nas águas próximas a ilha se iniciava.
Após mais alguns minutos caminhando pela caverna, o grupo de invasão avistou a saída, Avencia cancelou sua magia de fogo tendo em vista que o local já estava bem mais claro que anteriormente, Dielle sinalizou para todas tomarem bastante cuidado a partir de agora, aos poucos, as garotas saíram da caverna no meio da floresta, mais ao longe, puderam ver o que seria as paredes que protegiam a cidade real Theriana, estava há alguns quilômetros de distância.
Ao olharem para trás, viram a grande batalha sendo trava por toda a ilha, as forças aliadas davam seu melhor contra as forças de Egípcia. Mais ao leste, Siluria pôde observar as marcas da batalha que ocorreu na ilha onde o rei Theriano foi brutalmente derrotado e humilhado. Siluria fez uma expressão séria em seu rosto, um sentimento de raiva e arrependimento por ter deixado seu povo para trás passou por sua mente e logo, seguiu o grupo que começava a andar rumo à cidade.
Porém ao começarem a andar tomando distância da caverna, o grupo se jogou para os lados, pois uma enorme bola de fogo se aproximava dos céus, a esfera flamejante acertou em cheio o local onde estavam anteriormente causando uma enorme explosão. As árvores em volta foram destruídas, uma densa nuvem de poeira era gerada no local que agora tinha uma cratera de tamanho médio, a entrada da caverna da onde as garotas saíram estava completamente destruída, quando a nuvem se dissipou com o forte vento que percorria o local, todos viram a deusa do fogo e da guerra planando nos céus, com chamas estalando nas palmas de sua mão e o sol se pondo a suas costas.
- Acharam que eu não notaria a presença de vocês? – questionava Sekhmet com um olhar sério encarando o grupo abaixo.
- Sekhmet! Prepare-se. Pois hoje você terá sua derrota! - gritava Dielle apontando a espada para a deusa.
- Essa eu quero ver guerreira de Nordicia. - dizia Sekhmet com um sorriso malicioso.
- Então... Osíris não está mesmo aqui. – afirmava Avencia procurando o sinal mágico da deusa.
- Ora elfa, desculpe por desaponta-la. – dizia Sekhmet com um sorriso de canto.
- Sekhmet! – gritou Siluria com raiva em seu rosto.
- Ora, ora, ora, se não é a guarda do rei, imaginei que tivesse escapado. Porém devo admitir. Você perdeu a festinha. – dizia Sekhmet rindo.
- Festinha? O que você fez com meu povo?! – questionou Siluria ficando cada vez mais com raiva.
- Se quer tanto saber... Por que não vem até aqui? – respondia Sekhmet com um sorriso malicioso.
- Sua... – antes que Siluria pudesse saltar Dielle a interrompeu impedindo seu avanço.
- Se acalme Siluria! Se vacilarmos podemos todos morrer! Se acalme! – exclamava Dielle.
- C-certo... D-desculpa... – disse Siluria tentando aos poucos se acalmar.
- Tedioso... Se for para se conterem, então podem ir embora, ou terão o mesmo destino... Do pobre leãozinho que esmaguei dias atrás... E de mais alguns rebeldes... – afirmava Sekhmet fechando seu punho fazendo chamas voarem pelo ar da noite.
Siluria não se segurou, flexionou suas pernas e tomou impulso indo em direção a Sekhmet, com sua arma em mãos, Siluria estava pronta para desferir um ataque cruzado na deusa, que com velocidade, girou seu corpo no ar desviando do golpe, e com sua perna em volta em chamas, desferiu um poderoso chute em Siluria que a jogou com força no solo, causando um forte impacto, uma nuvem de poeira se formou no local e Siluria se levantava com dificuldades. Antes que pudesse realizar outro ataque descuidado, Avencia interveio ficando a sua frente.
- Acalme-se Theriana! – gritava Avencia com uma expressão séria no rosto.
- Mas... Ela...
- Se quer ter o mesmo destino de seu rei, então faça isso de novo. Agora se quer salvar sua casa, é melhor começar a ficar calma! Você não está lutando sozinha! – retrucava Avencia deixando Siluria um pouco envergonhada e com raiva por sua ação.
- Jogando sujo Sekhmet? – perguntou Dielle.
- Jogando sujo? Não me faça rir, só estou aproveitando o momento. – respondia a deusa. – Agora, quem será a próxima?
Dielle invocou inúmeras espadas a sua volta, Lyrist colocou os arcos a sua frente, Avencia começou a emanar uma aura magica em torno de seu corpo, Siluria ficou ao lado da elfa com raiva ainda estampada em seu rosto.
Nos céus, Sekhmet abriu um enorme sorriso vendo tal cena, uma grande batalha na ilha dos Therians estava para começar.
Sul da Midgard. No meio do oceano.
No meio do oceano, Grace e sua equipe de invasão a Egípcia estavam próximos de adentrarem o território inimigo, a velocidade com que voavam no enorme pássaro de gelo de Grace, lhes permitiu chegar mais rápido, a princesa de Nordicia se preparou e com um salto pulou de seu pássaro, a ave se desfez lançando flocos de gelo no ar, a sua frente, a princesa conjurou um portal magico por onde atravessou com precisão, as Valquírias juntamente com Hel, adentraram a massa de energia desaparecendo logo em seguida. O portal magico foi reaberto no meio do deserto de Egípcia, o grupo saiu rapidamente ficando em pé sobre as areias que começavam a ter uma temperatura mais baixa por consequência da chegada da noite.
Grace sugeriu para que pudessem descansar por alguns instantes antes de prosseguir viajem, assim poderiam ir até seu objetivo em melhor estado. Todas assentiram com a cabeça, e usando seu cajado, Grace usou a areia do deserto para modificar sua forma, com sua magia Grace criou um abrigo com bastante espaço para todas se protegerem e descansarem por um tempo. As garotas se espalharam tendo Skuld e Hel mais a frente do grupo cada uma em uma ponta, as duas estavam atentas a possíveis ataques surpresas ou criaturas nas proximidades.
- Está tudo quieto demais. – afirmava Skuld olhando para fora do lado esquerdo.
- Sim... Vamos descansar o máximo possível e partimos em uma hora. Não podemos ficar paradas em um ponto por muito tempo. – sugeria Hel observando seu lado direito.
- Eu concordo. Será mais do que o suficiente. – afirmava Grace
- O problema maior é por quanto tempo passaremos despercebidas? – questionou Norn.
- Temos que tomar cuidado. Cleo é capaz de tudo. – afirmava Grace com seriedade em seu rosto.
Enquanto isso, no palácio da rainha das serpentes, Cleo estava em seu trono observando um mapa magico criado com magia de areia, no mapa havia vários pontos marcados indicando onde cada um de seus aliados estava agindo, de repente, no meio do deserto alguns picos de uso de magia começaram a chamar atenção de Cleo que sorriu em resposta. a rainha das serpentes se levantou, circulou seu mapa indo direto para a varanda. Ao chegar, Cleo abriu um portal magico de comunicação com Anúbis e Osíris.
- Parece que temos visitas como esperávamos. – afirmava Cleo.
- Eu gostaria de ir. – afirmava Anúbis.
- Tem certeza? A última vez você foi derrotada. – provocava Osíris com um sorriso.
- Eu estava me segurando, e Hel me surpreendeu. Não vai acontecer de novo, e alias... Tenho uma carta na manga. – afirmava Anúbis olhando para um ser parado perto de seu trono.
- Que seja. Porém saibam que eu lançarei um ataque inicial. – afirmava Cleo.
- Sem problemas... Assim poderei prepara-lo da melhor forma. – dizia Anúbis.
- Perfeitamente rainha. Eu também irei me mover. Tenho planos com a elfa negra que capturei. e um alvo escolhido... Será bom testa-la em combate. – afirmava Osíris dando uma risada malévola.
- Então... Que comece os jogos. – afirmava Cleo desativando seus portais de comunicação.
Em seguida, Cleo começou a emanar uma aura mágica entorno de seu corpo, e com movimentos rápidos de suas mãos conjurou um enorme circulo mágico, convocando inúmeras criaturas que se assemelhavam a jotuns, porém de um tipo e formas nunca antes vistos, tinham grandes asas e um corpo de inseto, os monstros surgiram sobrevoando a cidade indo em direção ao meio do deserto.
- Se preparem... Asgard. Nordicia... A Guerra finalmente... Começou. – afirmava Cleo com um sorriso malicioso no rosto.
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