Por Asgard!
O clima era tenso no topo da montanha que dava acesso a Bifrost. Heimdall estava pronto para atacar a qualquer momento qualquer um que ousasse se mexer. Ao olhar em volta, o guardião soltou um olhar espantado, conseguiu ver rostos bastante conhecidos entre os servos do misterioso homem a sua frente, Loki, Quarys, Nautica a almirante da marinha de Nordicia, Tholin, Tyr, que tinha saído na noite anterior rumo a Vanaheim os acompanhava também, mais ao canto viu o que parecia ser um elfo sombrio e ao seu lado, sentado em uma pedra estava Urd. Heimdall estranhou mais ainda a presença da Valquíria morta na batalha contra Surtur.
- Saiam... Não pedirei uma segunda vez! – afirmou Heimdall.
- Como ousa falar assim com nosso mestre? – dizia Urd ao longe.
- Deixe-o. Eu mesmo ensinarei boas maneiras a ele. – afirmava Jormungand.
- Tem certeza? Não quer que algum de nós faça isto? – perguntava Welver se levantando.
- Não será necessário meu jovem arauto. Vai ser bom uma luta como aquecimento, antes de encontra-lo. – dizia Jormungand empunhando seu machado.
Heimdall estranhou a fala do homem a sua frente, e ficou pensando em quem seria o ser que estava procurando em Asgard. Seria Thor? Odin? Algum outro Deus Asgardiano? Várias opções passavam pela mente de Heimdall no momento, porém o guardião da Bifrost sabia que teria que primeiro derrotar seu oponente, e quem sabe não morrer no processo, pois além dele outros sete guerreiros estavam à espera.
- E então guardião da ponte. Se não vai nos deixar passar, acho que não temos outra escolha não é? – afirmava Jormungand dando passos lentos em direção a Heimdall.
- Certamente... – disse Heimdall desaparecendo e reaparecendo a frente de Jormungand com sua espada pronta para dar um corte.
A serpente se surpreendeu e recebeu o golpe de Heimdall em cheio o jogando de cima da montanha. O corpo de Jormungand passou a uma velocidade incrível por seus arautos caindo na floresta em volta da montanha. O impacto do corpo caindo destruiu varias árvores em volta levantando uma nuvem de poeira.
- HAHAHAHAHA! Impressionante guardião da ponte! Mostre-me mais! Divirta-me mais! – gritava Jormungand se levantando aos poucos, aparentemente o guerreiro estava ileso.
Heimdall não se assustou, sabia que seu inimigo era poderoso e que seria difícil vence-lo, pois sua magia era enorme.
- Por Asgard! – gritou Heimdall se preparando para correr.
Heimdall correu saltando da montanha caindo rapidamente em sua base causando um forte tremor em volta. Ao olhar para frente, tomou um grande impulso indo de encontro a Jormungand que estava pronto para receber outro golpe, Heimdall desferiu um corte cruzado ao se aproximar, que foi bloqueado pelo machado da serpente, a força do encontro das armas fez com que Jormungand fosse empurrado para trás.
Jormungand estava sorrindo, estava empolgado por finalmente estar em uma batalha depois de muitos e muitos anos. Heimdall continuava pressionando Jormungand com força bruta até que o serpente, com um movimento rápido de seus braços conseguiu afastar Heimdall. O guardião se jogou para trás pousando a alguns metros de seu inimigo. Agora era a vez de Jormungand atacar, o guerreiro flexionou suas pernas e tomou impulso, com seu machado em mãos, desferiu um forte golpe no guardião da ponte que bloqueou com sua espada sagrada.
Porém o golpe era mais forte e então, logo foi jogado destruindo mais árvores em volta. Jormungand não parou e correu atrás de Heimdall pronto para dar mais golpes. O guardião se levantou rapidamente e conseguiu desviar dos golpes, atacando Jormungand ao mesmo tempo, os dois guerreiros começaram a trocar golpes de espada com bastante velocidade. Os golpes eram rápidos e precisos, porém Heimdall parecia estar em desvantagem, sua armadura foi se destruindo aos poucos conforme a troca rápida de golpes avançava.
Os dois guerreiros se afastaram e novamente voltaram a trocar golpes, desta vez indo de um lugar ao outro causando pequenas explosões no processo que devastavam a área em volta. Em cima da montanha os sete arautos do medo observavam a batalha a baixo com calma e precisão, todos estavam respeitando as ordens de seu mestre de não interferir com a luta. Heimdall e Jormungand continuavam a trocar golpes até pararem cada um em cima de uma arvore.
- O que foi Guardião? Por acaso é só isso? – questionava Jormungand provocando Heimdall.
Heimdall ficou em silêncio e não respondeu seu oponente, fechou seus olhos e concentrou sua energia mágica em torno de seu corpo, formando uma aura dourada.
- Proteção Divina! – sussurrou Heimdall.
Tal magia criava uma barreira em torno do corpo de Heimdall aumentando sua defesa ao máximo, O guardião abriu seus olhos e ficou ainda mais sério, agora poderia se focar no ataque enquanto sua magia ainda funcionasse. Heimdall saltou com sua espada sagrada pronta para cortar Jormungand que pulou desviando, o golpe do guardião da Bifrost cortou a árvore ao meio Jormungand pousou próximo a Heimdall e começou a correr em direção a ele, desferiu um corte em Heimdall que foi bloqueado por sua magia de defesa, então aproveitando o momento de surpresa de Jormungand, Heimdall atacou com bastante força o jogando para longe. Jormungand caiu perto de um pequeno riacho.
- Divertido. Deveras Divertido guardião. Agora chega de brincadeira. Vou lutar a sério, em respeito a você. – disse Jormungand enquanto se levantava sorrindo novamente.
Heimdall se concentrou mais ainda, enquanto olhava Jormungand caminhando a passos rápidos em sua direção sentiu que agora seu inimigo emitia uma aura ainda mais poderosa. Jormungand então começou a correr e desapareceu. Heimdall se assustou, pois o serpente estava atrás com sua arma pronta. Jormungand desferiu um golpe cruzado com seu machado que jogou Heimdall para longe, mesmo com a Proteção Divina ativada, o guardião da ponte sofreu grandes danos, ainda mais que antes, sua armadura foi despedaçada, sobrando apenas seu elmo e algumas partes da perna e os braços. Heimdall se levantou um pouco tonto, porém antes que tivesse a chance de se recuperar Jormungand já estava em cima do guerreiro que sofreu outro poderoso golpe, Heimdall tentou defender com sua espada, mas seu tempo de reação havia sido lento demais.
Novamente foi golpeado com um corte que começava em sua cintura e terminava em seu rosto. O elmo que usava se partiu e sangue jorrava da ferida. Heimdall se levantou e agarrou sua espada com força apontando-a para Jormungand que caminhava tranquilamente em direção a Heimdall.
- Eu te respeito guardião da ponte. Diga-me, porque não desiste e sucumbi ao medo? – perguntou Jormungand.
- Um guerreiro... Nunca deve ter... Medo... Eu darei minha vida... Para proteger... Asgard! – respondeu Heimdall.
- Impressionante... Sua determinação merece ser respeitada... Se quiser tanto assim morrer protegendo sua terra, eu lhe darei tal honra. – afirmava Jormungand erguendo seu machado.
Heimdall então fechou os olhos e soltou um poderoso grito, o guardião da ponte correu mesmo machucado para cima de Jormungand com sua espada em mãos pronto para desferir um golpe, porém Jormungand tirou a espada das mãos de Heimdall com um forte tapa desferido com sua mão esquerda, e então deu um corte cruzado com seu machado que estava na mão direita, matando Heimdall no processo.
Heimdall estava com um sorriso no rosto, após eras e eras guardando a Bifrost poderia enfim ter seu descanso junto aos grandes guerreiros asgardianos que morreram em batalha. Heimdall havia se tornado guardião da ponte após o rei Bohr o ter apresentado a Odin. O pai de todos logo o confiou à espada sagrada, a única arma nos nove reinos capaz de abrir a Bifrost dando acesso a Asgard.
Jormungand olhou o corpo de Heimdall cair no chão e então pegou a espada sagrada e uma parte do elmo de Heimdall que havia se partido, e então deu um enorme salto parando no topo da montanha.
- Vamos meus caros arautos nosso objetivo esta a nossa frente – dizia Jormungand enquanto cravava a espada sagrada na ponte ativando a Bifrost.
Aos poucos Jormungand e os arautos do medo caminhavam rumo a terra dos deuses.
Asgard. Palácio real.
Enquanto a poderosa luta entre Heimdall e Jormungand seguia seu rumo em Midgard, Skuld e Freya ajudavam Thor a procurar algo nos livros antigos de Asgard que pudesse ser de ajuda para evitar a morte do deus do trovão em sua futura batalha contra a serpente. Hel estava concentrada em outro canto do salão, tentava rastrear os sinais mágicos da alma de Urd pelos nove reinos.
- Não tem nada nesses livros. Nenhuma informação, nem um relato ou algo que possa ser útil. – dizia Skuld jogando um livro para trás e pegando outro.
- Realmente. Thor, estamos perdendo tempo aqui. – afirmou Freya.
- Merda! Será que é impossível mesmo? – se perguntava Thor ficando com raiva.
- A bruxa da qual você falou deusa Freya, ela não saberia mais alguma coisa? – questionou Skuld se levantando.
- Ela nos disse que isso era tudo que sabia. Eu confio nela, sei que não mentiria ainda mais se tratando de algo importante. - respondia Freya fechando mais um livro.
- Ei silêncio! Estou fazendo algo importante aqui! – gritava Hel do outro lado do salão.
- Conseguiu encontrar algo Hel? – questionou Skuld.
- Ainda não... Os sinais dela apareceram em vários reinos, mas não ficaram lá por muito tempo. Tem algo errado... – enquanto respondia Skuld, Hel parou e então sentiu uma forte energia maligna vinda de Midgard, e entre elas estava Urd – Achei! Ela está em Midgard, próxima a Bifrost.
- Ótimo! Vamos para lá agora mesmo! – dizia Skuld indo em direção à escadaria do palácio.
Ao chegar próxima as escadas, a Valquíria parou e viu Bifrost sendo ativada, mas o que a assustou foi que de longe, pôde ver uma grande energia mágica percorrendo Bifrost, Thor e Freya ficaram ao lado da Valquíria observando a cena no horizonte, os moradores de Valhala começaram a sentir um enorme medo sem explicação. Hel sabia que algo estava errado com Bifrost.
Thor, Freya, Skuld e Hel partiram em direção a entrada de Valhala. Ao chegarem puderam sentir uma enorme energia mágica se aproximando. De repente todos se espantaram, viram um homem com um machado em mãos caminhando cercado por sete guerreiros alguns bem conhecidos.
- Asgard... Lar de deuses e grandes heróis... Esta diferente do que era na minha época... – dizia Jormungand parando em frente aos guerreiros.
Aos poucos seus Arautos do Medo formavam uma pequena fila atrás de Jormungand. Todos ficaram surpresos com os guerreiros que seguiam o homem todos emanavam uma aura poderosa de seus corpos e suas armas.
- Loki? Nautica? Quarys? Tholin? Até mesmo Tyr? O que esta acontecendo? – se perguntava Freya olhando assustada.
- U-urd? Ei Urd é você não é? – gritava Skuld.
- Skuld... É bom revê-la. – dizia Urd com um sorriso diabólico no rosto.
- Onde está ele? Onde está o filho de Odin? – perguntava Jormungand em voz alta.
- O que você quer comigo? Como conseguiu passar por Heimdall? – questionava Thor dando alguns passos para frente.
- Ai está ele... O filho de Odin! Você cresceu muito meu garoto. Sobre seu guardião... Ele foi um ótimo aquecimento... Lutou bravamente por seu reino morrendo em batalha. – dizia Jormungand sorrindo e jogando o Elmo quebrado de Heimdall aos pés de Thor.
Todos olharam e se assustaram ao ver o elmo partido de Heimdall no chão, Thor começou a ficar furioso, sabia que se Heimdall foi derrotado seu inimigo era poderoso o suficiente para matar todos ali. Após fechar seus olhos por alguns instantes voltou novamente seu olhar para seu inimigo.
- Quem é você? – questionou novamente com muita raiva.
- Eu sou Jormungand. A Serpente do Midgard. – respondia Jormungand.
Thor se assustou, suas pernas tremiam e o deus do trovão suava frio somente de saber o nome do ser a sua frente. Thor começou a pensar na profecia e nas palavras ditas por Gullveig, não queria imaginar tal cenário agora. Jormungand de repente notou que Mjionir não estava com Thor.
- O que você quer? - perguntou Thor fechando seus punhos.
- Uma Valquíria com o Mjionir? Realmente este mundo está bem diferente. – disse Jormungand olhando para Skuld.
- Responda! O que você quer? – gritou Thor.
- Calma filho de Odin. Ainda nem nos cumprimentamos direito. Venha aqui... Venha dar um abraço em seu tio! – afirmava Jormungand abrindo os braços e dando um enorme sorriso.
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