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CAPÍTULO 11 ◑


Sentamos os dois no banco assim que chegou nossa vez. Tento ignorar o frio na barriga e engato em uma conversa amigável com Pedro, isso poderia amenizar meu nervosismo. Acabo vendo aquele momento, como a oportunidade perfeita para perguntar o que tanto queria.

— Talvez não seja a melhor ocasião para conversar sobre esse assunto, mas a conversa que tivemos sobre a foto de sua família fica martelando em minha mente até hoje, e sei que ela também afetou você. Quer falar sobre isso? 

Pedro me olha surpreso. Ele não esperava que eu fizesse essa pergunta. E estava na cara que ele não iria responder.

— Se você não quiser, eu respeito.

Dizendo isso, viro minha cabeça para o lado observando o parque. O brinquedo não estava muito alto, então não deu para ver muita coisa.

— Não sei se minha mãe te contou sobre meu nascimento.

Olho para ele surpresa, ao ouvir aquela frase depois de alguns segundos. Imaginei que ele não diria nada. Logo noto que indiretamente, ele havia me feito uma pergunta, então trato de balançar a cabeça, respondendo afirmativamente.

— Então você já deve saber que eu fui um dos motivos de minha mãe ter sofrido tanto.

— O quê? — Pergunto sem acreditar no que estava ouvindo.

— Não diga que não acha isso só para fazer eu me sentir melhor, você não vai conseguir.

— Você só pode estar ficando maluco! De onde você tirou isso?

Me arrependo do que digo na mesma hora. Minha intenção desde o começo era ajudar. Sendo grossa eu só iria piorar a situação. Respiro fundo pensando no que dizer. Não poderia errar nas palavras, uma vez que ele já parecia estar tão magoado.

— Olha, não sei quem botou isso na sua cabeça, mas não é verdade. O que aconteceu com a sua mãe...

Não consigo terminar minha frase, pois Pedro me interrompe.

— É muito fácil você dizer isso, quando não cresceu ouvindo que é filha de um estuprador, que é um peso na vida de alguém. E o pior de tudo, é eu ter crescido escutando que sou um assassino.

Me espanto. A situação é mais complicada do que imaginava.

— Quem disse isso para você, Pedro? — Pergunto, mas não obtenho nenhuma resposta.

Ele vira a cabeça para o lado contrário de onde estou, percebo que ele faz o possível para não desabar ali, no banco de uma roda gigante e na minha frente.

 —Você não pode acreditar nessa mentira. A pessoa que te disse isso só queria te atingir, queria te fazer mal. Quem falou essas coisas para você? — Pergunto novamente.

— Foi minha avó quem me disse todas essas coisas.

Pedro foca seu olhar em mim novamente. E quando eu penso que ele não diria mais nada, ele continua:

— Quando completei cinco anos, comecei a entender as coisas. Comecei a perceber que ela sempre me tratava de forma estranha quando ninguém estava por perto, depois da morte do meu avô, tudo piorou, pois minha mãe precisava sustentar a casa e ela tomava conta de mim. Um dia, eu fui perguntar para ela o porquê de me tratar tão mal. E ela respondeu...

Pedro faz uma pausa respirando fundo e eu imagino como deve estar sendo difícil para ele me contar aquilo. Pouso minha mão sobre a sua, o incentivando a continuar.

 —Ela disse que não gostava de mim, que eu estraguei a vida da minha mãe quando nasci. Falou que a culpa de minha irmã gêmea ter morrido foi minha e que preferia que eu estivesse morrido no lugar dela, porque minha mãe sempre sonhou em ter uma menina desde pequena. Ela sempre dizia que eu iria desgraçar a vida da minha mãe, que quando eu crescesse, iria ser igual ao estuprador do meu pai.

Nesse momento, meus olhos já estavam cheios de lágrimas e eu fazia de tudo para não derrama-las. Ele não estava diferente.

Não consigo acreditar na crueldade daquela mulher. Como ela foi capaz de dizer todas aquelas coisas para o próprio neto não pensando em como isso o faria mal? 

— Você... Você não pode acreditar nessas mentiras que ela te contou. Você não tem culpa de nada, foi tão vitima quanto sua mãe e não pode se culpar pelos erros dos outros.

Termino minha fala e vejo que não tinha surtido muito efeito. Então continuo a falar:

— Quando sua mãe me contou o que aconteceu com ela, disse que apesar de tudo, ama muito você e Melissa. Ela também me disse que faria de tudo para ver vocês felizes. Então não deixe que essas mentiras estraguem a oportunidade que você tem de ser feliz com sua família. Mesmo eu não tendo lembrado de muita coisa, faria de tudo para ter a minha aqui comigo.

Aperto de leve a mão que estava segurando. E finalmente minhas palavras parecem fazer efeito, pois ele assente com a cabeça vagarosamente e dá um pequeno sorriso.

Ficamos um tempo em silêncio. Apenas curtindo a vista que a roda gigante nos proporcionava. Naquela altura, poderíamos ver quase o parque todo.

— Posso te pedir uma coisa? — Ouço a voz de Pedro ressoar por meus ouvidos outra vez.

— Pode.

 — Pode manter tudo que te falei em segredo?

— Um... Com uma condição. — Pedro me olha com incredulidade. — Calma! Eu nem falei qual será a minha condição.

— Então me diz.

— Eu quero que você esqueça tudo o que aquela mulher te falou. E que não deixe isso atrapalhar em nada na sua vida.

Depois que revelo minha condição, ele respira aliviado.

— Você me deu um susto, em!

— Mas foi para assustar mesmo, porque se você não cumprir com o nosso combinado, eu vou seguir o exemplo da Melissa de colocar pimenta no seu suco.

— Nossa! Então eu vou tomar mais cuidado com a minha comida. Vou ter que convencer minha mãe a não deixar mais você ajuda-la na cozinha. — Diz em um tom brincalhão e sorrimos os dois.

— Estou falando sério. — Digo tentando soar séria, mas não consigo parar de rir.

Depois disso, o silêncio reinou outra vez entre agente. Foi questão de alguns minutos para sairmos do brinquedo. Eu mal notei que não havíamos soltado nossas mãos, até nosso passeio naquele brinquedo terminar.

●○

Ao sairmos da roda gigante, decidimos ficar passeando pelo parque, apenas observando as coisas ao nosso redor. Até porque, nossos ingressos haviam acabado.

Passamos por uma barraca de tiro ao alvo e fico observando as crianças tentando acertar o alvo para ganhar os brindes.

Rio quando vejo uma menina comemorando quando, quem suponho ser seu pai, acerta o alvo. Ela bate palminhas e escolhe um urso rosa, gigante. Quase maior do que ela.

— Quer ir lá? — Pergunta Pedro, ao seguir meu olhar.

— Como? Os ingressos acabaram.

Pedro põe a mão no bolso da calça, tirando de lá, um ingresso.

— Ainda tem esse, vamos?

Concordo. Seguimos até a fila do tiro ao alvo, que não estava tão grande. Por conta disso, não demora muito até sermos os próximos a jogar.

— Acho melhor ir você, tenho certeza que não vou acertar. Vou gastar seu ingresso atoa.

— Por mim, não tem problema nenhum. Pode ir!

— Acho melhor não.

Ao ouvir algumas reclamações de pessoas que esperavam por sua vez na fila Pedro assente e vai em passos rápidos, pegar uma das armas de brinquedo.

O fato de eu ter pedido para Pedro ir em meu lugar, por achar que não conseguiria, não era inteiramente verdade. A verdade é que, mesmo eu sabendo que aquelas armas eram de brinquedo, parecia que eles queriam deixa-las bem reais. E só de imaginar pegar em uma arma, fico com calafrios.

Saio de meus pensamentos quando Pedro me chama para escolher um brinde. Nem havia prestado atenção nele acertando o alvo.

Escolhi um pequeno urso marrom. Não queria ficar segurando um urso enorme por aí.

— Obrigada! — Agradeço.

— De nada. — Faz uma pausa. — E, que nome você dará a ele?

— Eu preciso mesmo dar um nome?

— Claro!

— Tá. Deixa eu pensar... Gegrovevo. — digo o primeiro nome que veio em minha cabeça.

— Gegrovevo? — Pergunta fazendo uma careta, que eu acabo achando fofa.

— Foi o primeiro nome que veio em minha mente. — dou de ombros.

— Tantos nomes bonitos e você escolhe Gegrovevo? Poderia escolher Tom, ou até mesmo Peludo, mas Gegrovevo é muito estranho.

— Pode parar ta? Está insultando ele. Vai ser Gegrovevo e pronto! — Brinco acariciando o urso, como se ele estivesse ofendido. Pedro ri.

— Está com fome? — Pergunta depois de um tempo.

— Sim. — respondo sincera, pois minha barriga já estava reclamando.

— Ali tem uma barraca de cachorro quente. Ou você prefere outra coisa?

— Contanto que mate minha fome, qualquer coisa serve.

Pedro ri de minha resposta. Não duvido nada que ele esteja me achando uma esfomeada, pois eu sempre dei motivos.

Caminhamos até a fila. Tivemos que esperar um bom tempo até fazermos nossos pedidos, e mais um pouquinho até eles estarem prontos.

Quando pegamos nossos lanches, começamos a caminhar sem um destino exato. Depois que Pedro se abriu comigo, nossa intimidade aumentou consideravelmente. Creio que, com o passar do tempo, uma amizade possa se concretizar entre nós.

Ao terminarmos de comer, decidimos nos encaminhar ao local onde combinamos de nos encontrar com Lúcia.

Andamos até a rua onde o carro estava estacionado e ela estava deserta, não haviam postes de luz para ilumina-la. Isso me deixava assombrada.

Encosto meu corpo no carro enquanto olhava as coisas ao meu redor, estalando os dedos. Percebo que tenho a mania de estalar os dedos sempre que estou nervosa.

— Está com medo? — Questiona Pedro.

— Claro, nós estamos sozinhos nessa rua deserta e escura. Como você quer que eu me sinta?

— Relaxa. Não vai acontecer nada porque eu estou aqui para te proteger. — Brinca.

— Não é uma boa hora para brincadeiras. — reviro os olhos.

Aperto o ursinho Gegrovevo em meus braços. Levo meu olhar para a mesma direção em que viemos e não consigo acreditar no que vejo.

Todo o meu corpo congela e eu não consigo falar nada. Começo a tremer e tento dizer algo para Pedro saber qual é o motivo de eu estar daquele jeito. Mas a única coisa que consigo fazer, é apontar para aquela direção. Espero que ele tenha entendido porque logo depois disso, não consigo fazer mais nada. Meu cérebro para de funcionar.

Uma coisa era certa, quando passo por fortes emoções, corro o risco de desmaio.


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