— Poderia me responder?

— Vocês não estavam em casa, então pen... — O senhor Leechaiyapornkul a interrompeu, olhando o garoto japonês.

— O que veio aqui fazer? Sabe que eu não me dou com os Nakamotos e compreendo que não tenha culpa, mas meio que...

— Eu não me importo de ter remorsos da minha família, mas eu não tenho culpa.

— E o que eu disse? — Yuta comprimiu os lábios. — Porque a minha filha está chorando.

— Se preocu... — Bu novamente tinha sido interrompida.

— Não precisa terminar sua pergunta. Eu lhe respondo... Você não deixa de ser minha filha mesmo que suas atitudes sejam completamente manientas e infantis, iguais à sua mãe.

— Não ouse falar dela!

— Nem estou disposto a falar. Mesmo que você seja assim, eu não tenho mais o que fazer, mas não quero estar brigado com a minha filha.

— Você que foi o culpado.

— Cuide dela, Nakamoto. Algo que eu não fiz. O irmão faz, embora tenha receio da minha reação. Peço desculpas também, Chittaphon.

— Pelo menos admite que é um péssimo pai.

— Quero que eu volte com a minha palavra atrás? Faz tempo que eu não afugento alguém da minha casa.

— Dispenso. — Respondeu simples, olhando Yuta, que se encontrava pronto para falar.

— Eu sei que vou me intrometer, mas já estou mesmo. Você me disse para cuidar dela... Então eu queria lhe pedir para me deixar namorar a sua filha.

— Ela já é adulta, e como eu sou um péssimo pai... Porque interveria?

— Interveio todas as vezes.

— Cale a boca, Butrakham.

— Como queira.

— Ele está sendo bom com você e você age assim? Passa demasiado tempo com esse japonês fedido.

— EI! CHITTAPHON EU SOU CHEIROSO OK!

— Agora se me dão licença. Eu dispenso ouvir vossas briguinhas, vim aqui fazer uma coisa e voltarei para onde estava, Chittaphon, pegue o que esqueceu.

— Certo. Tchau fedido e namorada do fedido.

— EU VOU TE TACAR A MINHA SAPATILHA CHITTAPHON LEECHAIYAPORNKUL!

— Como tu não perdeu o ar ao falar o meu nome completo? A falta de banho te dá mais oxigénio? — Yuta pegou a sua sapatilha do hall de entrada e atirou contra Chittaphon, mas acabou quase acertando o quadro que estava na parede.

— Mal começa a namorar a minha filha e já me quer partir a casa, Nakamoto? Tenha juízo, ou volto com a minha palavra atrás.

Yuta riu junto dos demais. Aquele ambiente o agradava demais. Mas sobretudo, porque ele finalmente estava com a pessoa que começou a amar à anos.