— Aconteceu algo? — Bu fala assim que vê o japonês entrar no quarto novamente.

— Já está resolvido. — Yuta deixou o celular em cima da mesinha de cabeceira e olhou a garota, esta que se encontrava sentada na cama. O clima estava o que ele mais temia, mas ele não teve culpa, quem teve culpa foi aquele tailandês idiota que ligou-lhe bem na hora do acontecimento. — Melhor irmos dormir, está ficando tarde. — Falou ao olhar o relógio digital, também pousado na mesinha de cabeceira.

— Vamos. Quer ficar de qual lado?

— Esse. — Bu se arrastou para o outro lado e presenciou Yuta entrar na cama, o que lhe deu um arrepio na espinha, mas deu para disfarçar pois o mais apagou a luz. — Posso te abraçar? — Bu se deitou, virada de costas para Yuta, mas sentiu sua mão passar de leve por sua cintura assim que a pergunta foi feita. — Se não quiser, tudo bem.

— Pode me abraçar sim. — Yuta não perdeu tempo e puxou a garota para si, encaixando-se numa conchinha com ela, sorrindo. Colocou os cabelos da tailandesa fora do seu pescoço e apoiou a cabeça bem nessa curva. Embora Bu soubesse que ele era pervertido, em momento algum ele lhe fez nada após isso. A respiração quente dele batia em seu pescoço e fazia-lhe arrepiar, mas era um arrepiar bom. Isso ela não podia não admitir. Estava sendo bom estar abraçada a Yuta.

— Espero nos beijarmos mais vezes. — Falou num sussurro e fechou os olhos, pensando na probabilidade do japonês já estar dormindo devido ao cansaço que ele devia estar por conta de ter conduzido por várias horas. Yuta estava, mas dele mesmo assim não é fácil de adormecer, então acabou ouvindo o que a tailandesa disse, fazendo seu corpo inteiro surtar por dentro.

Ele nunca tinha se sentido tão feliz na sua vida quanto neste momento.