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4: saudades.

Capítulo não revisado

Elayne

Sete meses Depois…

Quatro meses, foi o tempo que levei para conseguir arrancar meu divórcio das mãos da pessoa pegajosa e cheia de remorço que Marcos se tornou, afinal, ele fez tudo o que podia para dificultar o processo. Não perdi tempo e três meses depois disso, estava em um avião rumo a Flórida, onde meu tio morava. Dali poucos tempo completaria-se um ano desde a morte de minha filha, cada dia que passava parecia que a dor apenas aumentava.

Durante esses três meses Marcos me procurou muitas vezes.
Em nosso último encontro ele falou que iria me dar espaço para eu perceber que ainda o amava. Pobre coitado, me pergunto se a mulher pela qual ele ia me deixar lhe deu um pé na bunda.

Até pensei em suas palavras, cogitando a ideia e se era possível ele ter razão, mas, nesses três meses, enquanto arrumava o que precisava para largar tudo no Brasil e começar uma nova vida, não senti nenhuma falta dele, tudo que eu sentia era repulsa só de pensar em chegar perto dele, e uma tristeza que doía a alma pela falta que minha princesa me fazia. 

Estava lutando contra a maré. Que subia cada vez mais, tentando afogar-me em minhas tristezas.

Tudo que eu queria era ir para outro lugar, sentia uma necessidade gritante como se essa fosse minha válvula de escape, minha luz no fim do túnel. Precisava me isolar das pessoas que me amavam para poder evitar sofrer ainda mais, no entanto, infelizmente, foi impossível, pois tive que prometer aos meus pais que iria ficar com tio Paulo até conseguir pagar meu próprio aluguel.

A despedida não foi carregada da comum choradeira, não de minha parte, afinal, eu estava com meu coração cheio de esperanças, de que essa distância, com o tempo, pudesse curar essa dor que queima, me matando um pouquinho a cada dia.

*
*
*

Os primeiros dias foram mais difíceis, apesar de a Flórida ser quente no verão, o inverno era extremamente frio, mas os dias foram passando e eu fui acostumando-me com o clima e meu trabalho. 

Trabalhava para minha tia Laura, esposa do tio Paulo. Eles tem uma empresa de limpeza, creio, que, vendo que precisava ocupar minha mente, eles designaram a mim os melhores trabalhos, assim, em pouco tempo, consegui sair da casa deles e enfim manter distância.

Foi complicado no começo, pois eles e sua filha, Raissa, me procuravam sempre, mas para o meu alívio, com o passar do tempo, pararam de me ligar e procurar. Meus tios e a Raissa eram legais e me tratavam muito bem, mas estava apegando-me muito a neles, me acostumando com sua presença e precisava dar um fim nisso, então guardei cada centavo que ganhava, até conseguir montar minha própria empresa. O ramo de limpeza rende muito dinheiro, e não foi problema para meus tios que eu montasse uma concorrência, pois nesse mercado, há clientela para todos.

Não demorou muito para que eu começasse a prosperar e investia cada dólar que eu ganhava. Me viciei em prosperidade, se o termo for válido, tinha que fazer isso, era tão necessário quanto respirar. Vivia trabalhando, e apesar de morar perto da casa do tio Paulo, raramente o via e quando digo raramente, pode ter certeza que se trata de quase nunca mesmo e, sem perceber, já se passaram cinco anos que estava lá. Tinha trabalhado bastante, adquirido uma fortuna, gastado nada e sobrevivido ao invés de viver.

Tinha conseguido o que queria, me afastado das pessoas que me amavam e eu amava e tinha conquistado a estabilidade financeira que muitos desejam, porém, não tinha ninguém ali comigo. Tinham se pasado cinco anos que estava ali lutando para que minha dor diminuisse, e depois de tudo isso, senti vontade de chorar e uma saudade enorme do meu pai e minha mãe se poderou de meu coração.

Sou despertada de minhas lembranças com a buzina de um carro. Estava tão distraída que não vi o carro ao atravessar a estrada.

Estou indo para casa, depois de mais um dia de serviço. Pego um grampo em minha bolsa e prendo meu cabelo, na tentativa de espantar o calor infernal de 40 graus que está fazendo hoje.

Paro em frente ao prédio onde moro por todos essas anos e suspiro ao lembrar que não haverá ninguém esperando por mim. Comprimento seu Inácio, o porteiro, que me responde prontamente com seu costumeiro sorriso. Seu Inácio era um senhor de 40 anos, japonês, baixinho e casado com uma americana a dezoito anos. Era tudo que sabia sobre ele, não tinha o costume de saber sobre a vida de outras pessoas, pois eu evitava vínculos com qualquer uma, mas, às vezes, era impossível não ter esse tipo de informação, principalmente quando a pessoa em questão, era seu Inácio, que falava mais que qualquer outro ser humano na face da terra.

Abro a porta do apartamento, coloco minha bolsa em cima da mesinha que fica na entrada e jogo os sapatos no canto. Vou até minha cozinha, abro a geladeira e pego um copo de água bem gelada. Esse calor está me matando! Coloco o copo na pia, passo pela fruteira, pego um pêssego lavo e vou para sala, me jogo no sofá, pegando o controle para seguir minha rotina que, após um dia cansativo de trabalho, seria: ver séries atrás de séries, comer algo e dormir para ir trabalhar novamente no dia seguinte. 

Em dias isolados, saia com colegas do serviço para me destrair um pouco, mas a maioria dos dias ficava em casa mesmo.

No entanto, hoje estava sentindo-me estranha, era como se essa minha zona de conforto já não estivesse mais me satisfazendo. Sentia uma necessidade enorme de ligar para meus pais, de ir ver meus tios...

Estranho.

Tentei ignorar essas sensações, mas estavam muito fortes, então, sem pensar duas vezes, liguei para meu pai, que suspirou ao ouvir minha voz. Me deu uma bronca por ficar tanto tempo sem dar notícias e foi impossível não sorrir com sua preocupação. Percebi que sentia falta desse tipo de cuidado.

Conversamos um bom tempo e fiquei surpresa quando me disse que ele tinha se casado e que em alguns dias estava vindo de lua-de-mel com sua esposa Isabel para a Flórida.

Nossa! Como não soube disso? Estava perdida no tempo mesmo.

Assim que encerrei a chamada com meu pai, liguei para minha mãe, que ficou feliz por ter entrado em contato. Fiquei sabendo que estava namorando e mais uma vez me peguei sorrindo. Me despedi dela e fui tomar um banho para ver se essas sensações que começavam a me dominar davam trégua.

Mesmo depois do banho e de falar com meus pais por telefone, a vontade de ir ver meus tios e a Raissa não passava, tinha algo estranho acontecendo comigo.

Cansada de lutar contra essas sensações estranhas, resolvi sair de casa e visitar meus tios. Sei lá, vai que estão passando por alguma situação complicada e precisam de mim. Esses presentimentos não costumam falhar. Fui a pé até sua casa, pois era muito próxima, só não ia vê-los frequentemente porque não queria, distância, com certeza, não era um problema.

Bati na porta e ninguém atendeu, então abri a porta e meus ouvidos foram atigido por um barulho de violão, adentrei na casa que foi meu lar nos primeiros meses aqui na Flórida e fui atingida pelas lembranças boas daquele lugar.

Voltei de minhas lembranças assim que a música parou, olhei ao redor e vi que meu tio tinha parado de tocar assim que botou os olhos em mim, encarando-me surpreso.

Eles estavam em festa, era aniversário de minha prima. Fiquei constrangida e confusa, saí de casa preocupada com o presentimento de que tinha de ir ve-lôs, chego aqui e vejo eles todos reunidos e com a casa está cheia. Meu sexto sentido deve ser o mais defeituoso já criado.

Meu tio veio em minha direção, com seu sorriso acolhedor, abrindo seus braços para me acolher. Tio Paulo tem os cabelos negros iguais aos do meu pai e a pele bem branquinha, ele é o irmão mais novo, acho que com seus 45 anos. Ele me observou atentamente, como se eu estivesse muito diferente, e realmente estava, eu tinha emagrecido muito, meus cabelos estavam com a mesma cor, porém mais compridos, meu estilo de vestir continuava o mesmo que sempre foi: calça colada e blusinha soltinha, ou como hoje o dia estava muito quente, eu vestia um vestido azul celeste soltinho, tinha passado uma maquiagem bem clarinha, mas marquei bastante meus olhos verdes para realçar sua cor, mas com certeza seu espanto não era com minha imagem e sim por minha presença ali. Eu nunca ia ,apenas ligava para dizer que estava bem e fazia isso raramente também.

- Princesa do tio, que surpresa! - disse ele me fazendo revirar os olhos e me abraçou quase me esmagando.

- Para tio, não sou mais criança. - falei ficando vermelha. - Desculpe por atrapalhar, não sabia que estavam em festa.

Não compreendia o que eu tinha ido fazer ali ainda.

- Que isso, é uma honra te ter aqui Lany! - disse minha tia, vindo em minha direção para me abraçar, - Junte-se a nós, por favor.

Assenti, entrando e sentei a mesa, meu tio continuou tocando violão, havia outras pessoas que eu não conhecia, era o aniversário de 18 anos de Raissa que, assim que entrou no jardim onde estavam todos reunidos ao redor de uma grande mesa conversando, me arrancou de lá. Eufórica por eu estar ali, foi me apresentando à todos, fui conhecendo um por um e pela primeira vez depois de tanto tempo, senti alegria no meu coração. Não sabia que eles me faziam tanta falta.

Essa alegria que há muito não sentia e que permaneceu presente, me levou a perceber que enfim havia chegado a hora de ser feliz. Me sentia em casa, e certa paz se estalou em meu coração.

A noite estava sendo agradável, estava me divertindo muito com as loucuras da Raissa, minha tia me abraçava o tempo todo, e o que eu estava estranhando é que o abraço da tia Laura não estava sendo incômodo, na verdade, eu estava gostando, como se fosse disso mesmo que estivesse precisando.

Algumas horas depois já era tarde e eu tinha que ir pra casa, o tio queria que eu ficasse e dormisse ali, mas neguei e prometi que voltaria no dia seguinte, surpreendendo ele novamente já que uma visita já foi uma grande surpresa. Mas eu não estava mentindo, realmente pretendia voltar no dia seguinte.

Me despedi de todos, e fui em direção a porta, quando a abri para sair, dei de cara com um homem, estávamos muito próximos, suas mãos estavam em minha cintura, para evitar que eu caísse após me chocar com seu abdômen, mas logo me afastei. Reparei melhor no homem a minha frente, era moreno, olhos claros e com a barba rala, muito lindo por sinal.

Tão lindo que me deu até vontade de voltar para dentro da casa novamente. Meu Deus, que homem mais lindo! Encarei-o até que ele resolveu falar. Fiquei tão sem jeito que não sabia se pedia desculpas pelo esbarrão ou agradecia, ele era muito cheiroso. Minha nossa!

- Boa noite, o Paulo está? - Sua voz era calma e firme.

- Sim, sim. V-vou chamá-lo. -Falei gagueijando e o coração parecendo uma escola de samba.

O que era aquilo? Fiquei infornada nessa vida por cinco anos e não conseguia fazer a droga da minha voz não gaguejar? ”Ridículo”. 

Tratei de sair dali bem rápido e fui chamar meu tio, definitivamente hoje o dia não estava correndo como deveria.

Deixei ele com o senhor "gostoso" e fui em direção a porta para ir para casa, mas antes de passar pelo portão fui chamada e quando me virei encarando seus olhos azuis, eu soube que sua voz e seu olhar iriam ficar marcados em minha mente por muito tempo.

- Ei, nem me apresentei. Prazer, sou Júlio! — falou um pouco alto demais, afinal, precisava se fazer ser ouvido já que eu estava na calçada e ele no batente da porta. Corei envergonhada, acenei e respondi:

- Prazer Elayne.

Sai o mais rápido possível, era muitas sensações para um dia só, uma pessoa que tinha se isolado por tanto tempo, não poderia ficar desse jeito por causa de um estranho. Onde estava a Elayne que não se deixava ser atingida por homem nenhum?

Fui para casa chocada comigo por ter ficado assim com aquele rapaz. Bom, não que eu não tenha tido relações com ninguém nesses anos, porque eu não sou de ferro, trabalho muito, mas, como já disse, às vezes saio com umas colegas de trabalho para me divertir. Eu me isolava apenas da minha família e tudo aquilo que representa algum laço familiar ou de afinidade com alguém. Por isso só me divertia, me satisfazia e ia pra casa, e o que acontecia na noite, morria na noite. Não queria me apegar em mais ninguém, mas confesso que passar aquelas horas na casa do meu tio me fez bem. 

Cheguei em casa e fui direto para minha cama, pensando naquele Deus grego numa cama que não fosse a minha, é claro, porque nunca levava ninguém ali. Fiquei viajando em meus pensamentos que afundei em um sono leve e tranquilo.

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E ae? Espero que estejam gostando!

 Por favor, comentem e votem! Gostaria de saber a opinião de vocês. :)
R

ecados: Algumas pessoas tem perguntado sobre a demora, se eu desisti da história... Bom vamos lá:

Não eu nao desisti,apenas estou trabalhando fora, e como algumas já sabem... Ficou puxado pra mim com casa filha e etc... Mas em breve estarei de volta, falta pouco. Bjus e obrigada por lerem.

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