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2:Acontecimentos que não tem uma explicação.

Acordei assustada, tive um pesadelo horrível, sonhei que Clara ficava muito doente e não conseguíamos fazer nada para ajudá-la. Minha filha morreu em meus braços, chamando por mim, foi tão angustiante, parecia tão real. Me acalmei assim que virei para o lado esquerdo e vi Clara deitada ali, dormindo tranquila.

Marcos chegou de madrugada, e o perfume doce, enjoativo, misturado com o cheiro de Whisky se espalhou pelo quarto. Ele estava muito bêbado, se deitou do meu lado e começou dizer coisas sem sentido: que me amava, que ele não merecia a mim, que eu era mulher demais para ele, coisas sem nenhum nexo. Acabei levantando e indo dormir no quarto de clara com ela em meus braços.

Assim que acordou, estava terminando de arrumar minhas malas e as de Clara, ele entrou no quarto e tentou conversar, puxar assunto, dizendo que queria continua sendo meu amigo, pois isso era importante para que tivéssemos uma relação saudável e não traumatizassemos nossa filha. Era nítido que ele estava tentando me manipular, ele fez muito isso quando namorávamos.

Apenas concordava com tudo que ele dizia, balançando a cabeça, não queria ouvir aquelas palavras, doíam demais. Percebendo que não estava agradando, Marcos foi dormir em nosso antigo quarto, afinal, ele estava com uma ressaca das bravas e não tinha dormido o suficiente, ele sempre chegava tarde, mas não como ontem e não bêbado da forma que chegou. A farra deveria ter sido boa, mas antes de ir para seu quarto, ele parou na porta do que estávamos, me olhou de maneira estranha e disse que a tarde iria ver a casa para mim e Clara, o que me fez pensar se é isso que quero, talvez vá para Araranguá, ficar longe seria o melhor, aqui ele tentará me controlar.

Terminei de arrumar minhas coisas, fui para cozinha tomar café, pois não tinha parado ainda desde que acordei, cada pedaço do pão fresquinho que eu engolia era como se estivesse engolindo uma bola de pelo, me sentia angustiada, não sabia de onde iria tirar forçar para seguir em frente. Bom, eu teria que descobrir logo, porque precisava ser forte por minha filha. Levantei, coloquei o copo na pia, arrumei a mesa, passei no banheiro, escovei os dentes e fui para o quarto ver Clara, que ainda estava dormindo, acordei ela e dei mais uma vez o remédio, logo em seguida ela voltou a dormir. Era cedo ainda, então, eu deixei ela descansar e fui dar uma ajeitada na casa, apesar de que estaria indo embora, não queria deixar nada desorganizado.

A manhã passou voando, estava tão atordoada que nem tinha notado que minha princesa continuava dormindo, já era meio dia e ela não costumava dormir assim até tarde, ela tinha cinco anos, mas gostava de acordar antes de seu pai sair para trabalhar(o que não seria o caso hoje, visto a resaca que ele se encontra)mesmo assim nao era normal ela dormir tanto. Achando que era por causa da febre que até então imaginava ser por conta de uma infecção na garganta o que era comum em minha filha, que sempre teve imunidade baixa, resolvi acordá-la.

- Princesa da mamãe, vamos levantar. - falei encostando nela e notei que ainda queimava em febre.

- Não, mamãe. - Ela disse bem fraquinho.

- Vamos princesa, já está tarde. -Tentei chamá-la mas foi inútil.

Fiz o almoço de Clara e dei comida com ela em meus braços, foi difícil fazê-la comer porque ela ainda estava com muito sono e às vezes falava coisas sem sentido como se estivesse tendo alucinações. Clara estava muito caidinha o que só aumentava minha angustia, logo depois de comer quase nada voltou dormir. Sera que minha filha está com anemia? Esse sono não é normal.

Comecei a ficar desesperada, quando chegou as três horas da tarde, medi sua temperatura e que mesmo com os remédios estava com 40 graus.

Apavorada com a situação, pois nunca tinha visto minha filha assim, coloquei-a no banco do carro e corri para hospital. Clara, era uma criança saudável, nunca ficou muito doente, apenas gripava como qualquer outra criança e os médicos diziam que era normal e quando tinha febre, bastava dar o remédio para baixar a temperatura e algum para a garganta e logo ela estava boa. Mas estava parecendo não funcionar naquele momento. A lembrança do sonho, fez o pânico tomar conta de mim completamente, fui obrigada a me esforça muito para não surtar, minha filha estava dependendo de mim. Ao chegar no hospital, medicaram ela mais um vez por mais que eu dissesse que não funcionaria, e como eu esperava, a febre não baixava, então resolveram fazer uma bateria exames.

A espera do resultado estava me matando, Marcos apareceu no hospital a noite perguntou se eu queria ir para casa dormir descansar e tomar um banho, mas eu negava, não podia sair de perto da minha filha de jeito nenhum. Estava sentada em uma cadeira ao lado da cama de minha filha, fazendo carinho em sua pequena mão quando o médico entrou no quarto e nem dei tempo de ele dizer boa noite, afinal, de boa não tinha nada.

-Dr.Gustavo, já descobriram o que minha filha tem? - Perguntei, aflita.

O médico foi franco e direto, dizendo que descobriram que minha filha estava com leucemia. Meu mundo ruiu, perdi as forças das pernas, o médico me segurou e me fez sentar novamente na poltrona. Ele foi sincero, lógico, ele explicou com palavras cientificas, proprias para medicina, mas, no bom português disse que era bem grave e que era um tipo raro, que poderia levá-la a ter hemorragias, e que minha filha em menos de 48 horas poderia vir a óbito, mas que não era para mim perder a fé, pois eles iriam fazer de tudo e que para Deus nada era impossível.

Desesperada, liguei para Marcos, que em menos de meia hora já estava de volta ao hospital, eu chorava que nem criança, Marcos me abraçava o tempo todo, repetindo que iria dar tudo certo, e tudo que eu queria é que isso fosse verdade, pois a sensação que tinha é que as coisas só iriam piorar.

Talvez essa sensação fosse por causa dos últimos acontecimentos, não tinha certeza, apenas sentia que tinha mais coisa para acontecer e talvez eu não aguentaria. Parecia que minha vida estava se desfazendo em minha frente e eu não podia fazer nada. Em 24 horas minha vida virou um verdadeiro inferno. O homem ao qual eu chamava de marido, resolveu acabar um casamento de oito anos, simplesmente porque sentiu vontade de me trair, minha filha estava internada com uma doença muito séria, de um tipo raro, em fase avançada, o que poderia fazer eu perdê-la em algumas horas. Isso era insano demais para mim.

Assim que o Dr. terminou de falar, eu tive que sair do quarto porque minha filha começou a passar mal, tudo indicava uma parada cardíaca, o que poderia indicar uma hemorragia. Mesmo com os médicos pressionando para que eu saísse do quarto, fui até ela dei um beijo em sua testa e susurrei que a amava. Sai desolada do quarto, não estava acreditando no que estava vendo, era demais para minha cabeça.

Nesse momento, estamos na sala de espera, aguardando alguma noticia. Marcos andava de um lado para o outro, impaciente, eu sabia que independente de ele nunca ter me amado, sabia que com a nossa filha era diferente. Ele realmente a amava e estava tão desolado quanto eu.

- Quer um café? - Pergunta Marcos, me trazendo de volta a realidade.

Assenti.

Assim que ele saiu de perto de mim, senti um alivio, estava sufocada com a presença dele, era tudo muito recente e eu não estava conseguindo lidar com a situação, em minha mente as coisas não poderiam ficar pior. Mero engano... Porque logo ouvi uma voz atrás de mim dizendo..

- Familiares de Clara Vidotto?

-Aqui... Sou a mãe dela. - Ele se aproximou de mim, pegou na minha mão e disse:

-Eu sinto muito, tentamos de tudo, mas sua filha chegou muito fraca. Tentamos baixar a febre, mas não tivemos sucesso. Ela teve uma hemorragia que conseguimos controlar, infelizmente não conseguimos fazer nada. Sinto muito. - puxo minha mão e volto para dentro da sala de espera.

Sabe quando você não consegue reagir?Era assim que me encontrava. Parada no meio da sala.

Como assim? Ele está brincando comigo, só pode, meu mundo desmoronou duas vezes em menos de 24 horas, perdendo a duas pessoas que mais amava. Eu aceitava que meu casamento acabasse, mas perder minha filha assim do nada, sem mais sem menos, foi mais do que eu poderia suportar. Marcos entrou com o cafe e notou que eu estava pálida, só deu tempo de dizer o que o médico me disse e eu apagar.

Quando acordei, dei de cara com Marcos ao meu lado. Ele estava deitado de uma forma desconfortável, em uma poltrona perto de minha cama, tentei me sentar, fazendo barulho na cama e ele logo despertou. Quando notou que eu tinha acordado, se aproximou de mim com cuidado, deu um beijo na minha testa, e ficou com os lábios ali o que me pareceu uma eternidade.

- Lany, eu sinto muito, sei que a culpa é toda minha, agi como um adolescente sem juízo, querendo ir atrás de uma aventura e negligenciando minha família, que sempre mereceu respeito e cuidado. Sei que estou pagando por isso... Nunca imaginei que pagaria tão rápido e tão caro. Me perdoa, por favor. - ele chorava muito, estava tão atordoado quanto eu.

Estava em choque, não conseguia pensar e nem assimilar o que estava acontecendo. Mais uma vez em minha vida, perdi alguém que amava e sem saber o porque, estava começando a achar que eu merecia tudo isso, devo ter feito alguma coisa muito horrível para merecer isso, não tinha outra explicação para a vida ser tão cruel. Era apenas uma criança, que tinha a vida toda pela frente. Eu aceitaria, se eu tivesse oportunidade de lutar contra essa doença, fazer os exames para saber se era compatível, se não fosse, eu faria qualquer coisa até achar um doador, mas eu não tive tempo para nada, foi cruel demais, a vida com toda certeza estava empenhada em me destruir, mas depois que você leva tanta pancada da vida, você aprende a levantar a cabeça, então foi o que fiz. Pedi para o médico me dar alta, para poder fazer o velório de minha filha.

Durante o velório, estava em estado automático, aceitava os pêsames das pessoas como um robô. Vieram muitas pessoas... Familiares da parte do Marcos, amigos da família, vizinhos e conhecidos da minha parte não veio ninguém. Algumas tias de Clara fizeram escândalo, choravam, gritavam e me acusavam por não ter cuidado direito de minha filha, uma até me chamou de assassina. Mas eu estava em outra dimensão, não conseguia me mexer, apenas olhava para tudo aquilo e não acreditava, não aceitava.

Marcos ficou o tempo todo do meu lado. Brigou com as irmãs quando começaram os escândalos, me defendeu e quando me acusaram, fez elas me pedirem perdão, mas eu continuava inerte, não respondia ninguém, apenas olhava para tudo sem reação. Assim que enterramos meu anjo, fui para minha casa, ainda não tinha me mudado, então voltei para lá até resolver o que fazer.

Por muito tempo eu ouvia as pessoas dizendo que minha vida era perfeita, que tinha um marido de ouro, uma filha maravilhosa e eu acreditava nisso. Mas um choque de realidade me fez enxergar que nem tudo é perfeito e sempre teremos obstáculos e decepções na vida para enfrentar. Já deitada em minha cama, com Marcos ao meu lado, fazendo carinho na minha cabeça, deixei as lágrimas saírem, e com elas toda a dor que estava sentindo através dos soluços que saiam involuntariamente de minha boca, e no no quarto só pude ouvir nossos lamentos.

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Espero que gostem!!!

O que será que vai acontecer com Lany? Será que vai conseguir dar a volta por cima depois de tanto sofrimento? Será que ela vai ser completamente feliz um dia? Perdoará Marcos? Dê seus palpites...

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