Capítulo 1
Brianna McGregor
Eu mal percebia o caminho arenoso enquanto Evans e eu corríamos de volta à base militar.
Não era possível que aquilo estivesse acontecendo. Por mais que Holly Hendrix tivesse escrito em sua última carta que sentia que algo ruim estava para acontecer, ela não tinha dado detalhes. Eu tinha imaginado que era só um mal-estar.
Eu nunca imaginaria um sequestro. Não para ela.
A mulher vivia rodeada por seguranças, membros da equipe do serviço secreto do presidente que eram especialmente escolhidos para protegê-la. Como os melhores agentes podiam ter falhado em protegê-la? Principalmente enquanto ela sentia aquela necessidade de se manter sempre em movimento.
Andrew ficou para trás enquanto eu e o tenente corríamos. Meu amigo seguia o mesmo caminho que nós, mas deixou que nos distanciássemos.
A base estava mergulhada no caos. Pessoas correndo de um lado para o outro, a maioria sem saber o que fazer. Em uma situação como aquela, estar em movimento era o mínimo a se fazer para não enlouquecer. Eu sabia disso por estar experimentando essa sensação naquele momento. Saber que as coisas mudariam, mas ter que esperar para saber como, não era nada fácil.
Até aquele momento, a guerra dos Estados Unidos contra o Afeganistão era possível e até provável, mas não era real, muito menos oficial. Mas nem o calmo presidente Adam Hendrix seria imune ao sequestro da própria filha. Aquele sequestro mudava as vidas de todos os americanos de formas difíceis até de imaginar.
Mesmo quem não conhecia a primeira filha americana pessoalmente como eu precisava saber o que aconteceria a seguir. Para a própria sanidade e para a de suas famílias que aguardavam nos Estados Unidos. Era por isso que todos na base estavam agitados.
Por mais que a minha situação fosse um pouco diferente, eu os entendia.
Ed foi o próximo membro do esquadrão que encontramos no meio da bagunça. O cabo falou depois de olhar de Evans para mim e para Evans de novo sem qualquer reação.
—Tenente, a filha do presidente...
— Já sabemos — respondeu Evans. — O que está acontecendo agora?
— Alguns oficiais estão na cabana de reunião. Parece que o presidente está a caminho da base — meu amigo olhou ao seu redor enquanto continuava. - Aqui fora todos estão só tentando fingir que estão ocupados.
Bufei.
— Medida defensiva — falei. — Caso algum oficial saia da cabana.
— E você, Ed? Não está simplesmente fingindo se manter ocupado, está? - perguntou Jake.
Ed Juggs era um homem bonito e, na maioria das vezes, contido. Não era tão sério quanto Max, mas também não tão brincalhão e sorridente quanto Andrew. Seu rosto de traços simples com os olhos e cabelos castanhos não chamava muita atenção, e o corpo magro, apesar de bem torneado, não intimidava. Mas o Ed que eu conhecia tinha uma inteligência fora do comum que vinha acompanhada de uma curiosidade ainda maior. Ele nunca teria conseguido ficar parado enquanto o destino do nosso país era decidido dentro de uma cabana bem na frente dele.
Um indício de brincadeira tinha surgido nos olhos dele graças às minhas palavras, mas ele o guardou para si ao ouvir a pergunta do tenente.
— E algum dia eu fiz isso, tenente? — os olhos castanhos de Ed se fixaram nos de Evans.
— Eu não acho que ele seja capaz de fazer isso, Evans — observei.
Um sorriso surgiu nos lábios bem desenhados de Jake.
— E pode me dizer o que você está fazendo? — perguntou o tenente para o cabo.
Foi a vez de Ed sorrir.
— Como acha que eu consegui saber o que está acontecendo na cabana de reuniões, tenente? — foi a resposta. Claro que era outra pergunta, mas dizia muito sobre o que Ed vinha fazendo desde que descobriu sobre o sequestro.
Tentei com dificuldade evitar rir. É claro que Juggs pensaria nisso. Para ele, informação era a coisa mais preciosa que se poderia ter no exército, mesmo que essa informação fosse sobre seus próprios superiores. E ele sempre trabalhava com afinco para conseguir as informações que achava necessárias.
Não era de admirar que não pudéssemos ver Max por perto, se ele estava ajudando Ed a conseguir essas informações.
— Então por que você está aqui parado em vez de fazer sua sondagem? — Evans voltou a falar.
Juggs deu de ombros.
— Flynn e Finnigan têm mais dificuldade de ficar parados e alguém precisava se controlar o suficiente para estar aqui caso vocês aparecessem antes de Finnigan encontrá-los — piscou um dos olhos para o tenente. — É claro que o trabalho seria mais rápido se eu estivesse lá e um deles estivesse aqui, mas com certeza alguém enlouqueceria no processo.
— Eu me ofereci para procurar vocês — era a voz de Andrew, vinda de algum lugar às minhas costas. Ele havia chegado até nós.
Agora eu entendia por que Andrew não se importou em correr para nos acompanhar enquanto voltávamos para a base. Ele sabia que Ed estaria aqui para nos dar informações quando chegássemos.
— Espere aí. Lá? — perguntou Jake.
Mas eu não queria saber onde era "lá". Ed Juggs sabia fazer seu próprio trabalho e eu confiava nos métodos dele. O que eu realmente queria era saber sobre Holly Hendrix. A questão principal ali era sobre uma das minhas melhores amigas. Conversar despreocupadamente não estava nos meus planos.
— Juggs — eu disse, minha voz dura. — Você fala sobre Max e Andrew depois — agitei uma das minhas mãos, como se estivesse pedindo para ele jogar alguma coisa para mim. — Informações. Queremos informações.
Seus olhos perderam o brilho brincalhão, voltando à seriedade de antes.
—Até agora tudo que tenho é a vinda do presidente e do secretário de defesa para nossa base — respondeu Juggs. — Os oficiais resolveram não falar muito até eles chegarem aqui.
— Juggs! — a voz de Max chegou até nós, agitada e com urgência. — Tenente, McGregor. Que bom que chegaram. Onde...? — seus olhos se encontraram com os de Andrew antes de terminar a pergunta.
— No rio. — Andrew respondeu dando de ombros.
Max não reagiu. Obviamente não estava tão interessado quanto Andrew no meu relacionamento com o tenente.
Eu não sabia se Jake havia entendido o que estava implícito no tom e nas palavras de Andrew Finnigan, já que também não mostrou nenhuma reação. Quando ele voltou a falar, porém, percebi sua seriedade. Estava se referindo a todos nós pelos sobrenomes. Isso era algo que ele costumava fazer quando estava concentrado em seu papel de oficial.
— Flynn, alguma novidade?
— Oi? O quê? - perguntou Max, parecendo confuso antes de piscar duas vezes e continuar. - Ah, sim. O general Crowley me pediu para encontrá-lo, tenente. Ele o quer na cabana de reuniões.
Evans franziu o cenho.
Diferente dele, porém, eu não estava confusa. Por mais que a patente do tenente não fosse uma das mais requisitadas para uma reunião daquelas, Crowley sempre procuraria incluir seu protegido nos assuntos mais importantes.
Eu raramente conseguia imaginar o que se passava na cabeça do meu oficial superior e naquele momento não foi diferente. O fato foi que ele tomou uma decisão que qualquer militar com um cérebro que funcionasse tomaria. Acatou a ordem do general.
—Quero vocês longe da cabana de reuniões — disse Jake. — Não precisam mais coletar informações. Eu mesmo vou contar tudo a vocês quando a reunião terminar - fez uma pausa. Sinceramente, eu ficava admirada com a confiança que o tenente tinha em seus homens, às vezes. Como se ele não soubesse que uma ordem como aquela não impediria a curiosidade que nos fazia buscar informações escondidos. — Voltem para a cabana de vocês e se preparem. Algo me diz que o general tem algo em mente para nós.
Aquilo fez meus amigos hesitarem quando tenente começou a andar na direção da cabana de reuniões. A ordem não era para ficarem de braços cruzados esperando que as decisões fossem tomadas, mas sim que estivessem prontos para o que quer que viesse a seguir. Como membros do exército, era muito provável que isso significasse uma missão de algum tipo.
Então, os outros três cabos começaram a se afastar em direção à nossa cabana. Mas eu comecei a seguir o tenente.Estava disposta a garantir que a próxima missão do esquadrão fosse uma bem específica: resgatar a filha do presidente dos Estados Unidos.
— McGregor, a ordem foi para ficarmos longe. — Ed disse, hesitante, quando me viu sair na direção contrária à deles.
— Sem chance — respondi e apressei meus passos para alcançar o homem que se afastava de mim com rapidez.
Jake interrompeu seus passos bruscamente e se voltou para mim. Com minha pressa para alcançá-lo, meu rosto quase foi de encontro ao seu peito.
— Como disse? — perguntou, agora me atingindo com seus olhos azuis intensos.
Eu estava perto demais dele. Tão perto que mal conseguia tirar meus olhos de seu peito forte, mas me obriguei a me concentrar na questão que era mais importante.
— Disse que não existe nenhuma chance de eu ficar parado aqui ou voltar para minha cabana enquanto você vai ajudar a decidir o que fazer em relação a ela.
— Você não sabe para que eu fui chamado — ele respondeu, a voz dura. — E o oficial aqui sou eu. Não existe nenhuma chance de você ajudar nessa decisão.
— Eu preciso ajudar. Ela não é uma pessoa qualquer.
— Por que ele está fazendo isso? — perguntou a voz de Juggs atrás de mim.
— Desista, McGregor. — Max resolveu falar. — Ele não vai concordar.
Os olhos do tenente se voltaram para Max por apenas um segundo antes de se fixarem novamente em mim, inflexíveis.
— Você tem razão. — Disse Evans. — Ela não é qualquer pessoa. Ela é a filha do presidente dos Estados Unidos — senti meu peito estufar com o alívio que o inundou. — E é exatamente por isso que você não vai se meter na tomada de decisão.
Como é?! Meu peito murchou quando o alívio anterior o abandonou.
— Não — agora minha voz estava dura também. — Ela é minha amiga — eu não sabia de onde estava vindo a coragem para enfrentá-lo, mas precisava fazer aquilo. — E talvez eu possa ser útil para trazê-la de volta.
A expressão do tenente não mudou. Ele nem mesmo bufou pela minha teimosia. Mas suas próximas palavras vieram rápidas e sem esperar por resposta, acompanhadas de um passo ameaçador que o trouxe ainda mais para perto de mim.
— Volte para sua cabana — ordenou de novo e voltou a andar para a cabana de reuniões.
Voltei a segui-lo.
— Isso é uma ordem, McGregor! — ele estava perdendo a paciência.
Olhei para ele com toda a calma que pude reunir em meu corpo trêmulo.
— Eu nunca disse que a obedeceria.
Vi surpresa em seus olhos quando ouviu minhas palavras. Ele provavelmente não se lembrava de uma só vez em que Trevor tivesse desobedecido uma ordem sua, e agora eu dizia que não ia obedecer deliberadamente.
O homem passou os instantes seguintes me analisando, mas sua expressão não me mostrou o que ele viu. Não sei se entendeu meus motivos ou se entendeu que por mais que ele tentasse, não conseguiria me fazer parar. O fato é que ele desistiu de continuar tentando.
Suspirou antes de recomeçar a andar e dizer em voz baixa, mais para si mesmo do que para mim.
— Só me faltava essa.
Eu sabia que ele não havia simplesmente concordado comigo. Sabia que ele havia acabado de travar uma batalha contra si próprio. Entretanto, obriguei-me a pensar que a necessidade de se apresentar rapidamente diante do general na cabana de reuniões influenciou sua decisão de não perder tempo discutindo comigo.
Caminhamos até a cabana de reuniões enquanto os outros integrantes do esquadrão voltavam para nossa cabana. Passamos pelas pessoas que fingiam ter o que fazer além de esperar por uma decisão dos oficiais.
Eu observava as costas musculosas do tenente enquanto o seguia de perto e tentava não deixar minha mente imaginar o que poderia estar acontecendo com Holly naquele momento. Por algum motivo, não consegui andar ao lado do meu superior, mesmo sabendo que ele não perderia mais tempo tentando me impedir.
Eu sinceramente não conseguia entender o motivo para o general querer a presença de Evans naquela reunião. Mesmo que ele quisesse incluir seu protegido nos assuntos mais importantes, oficialmente aquilo não fazia sentido. Afinal, tenente não era um posto tão alto assim para sua opinião ser necessária em uma situação como aquela.
Max não tinha qualquer motivo para mentir, entretanto. Por isso, a não ser que o próprio general estivesse pregando uma peça em Evans de propósito, eu precisava acreditar que era verdade, apesar de não conseguir parar de especular.
A cabana estava fechada quando chegamos e, apesar de eu saber que os oficiais não estavam parados em silêncio lá dentro esperando nossa chegada – a chegada de Evans, na verdade –, não era possível ouvir qualquer ruído pelo lado de fora.
Por um segundo me perguntei como meus amigos conseguiam descobrir o que estava acontecendo lá dentro quando não dava para ouvir nada. Mas meus pensamentos foram interrompidos quando Jake bateu à porta antes de entrar e cumprimentar os oficiais. Alguns acenaram com a cabeça, mas o único que cumprimentou de volta foi Crowley.
O homem na faixa dos cinquenta anos nunca seria confundido como pai de Jake Evans – já que sua aparência era bem diferente da do tenente, com seus olhos e cabelos castanhos escuros enquanto o tenente era quase loiro e tinha olhos azuis –, mas o general com certeza agia como se fosse.
Tentei me esconder atrás do corpo grande de Jake sem que os outros me notassem e, apesar de não acreditar que tinha realmente conseguido entrar na cabana sem ser vista, ninguém disse uma palavra sequer. Isso trouxe de volta um pouco da coragem que eu tinha perdido no caminho até ali.
Ouvi alguém bufar e, por trás dos ombros largos de Jake, inclinando meu corpo para o lado, fiz o melhor que pude para observar os oficiais. Não demorei a encontrar o coronel Greyham, o único presente lançando um olhar reprovador na direção do general. Crowley, por sua vez, respondeu ao bufo e ao olhar de Greyham com um olhar cínico e seu ar de superioridade.
Afinal, o homem era o general mais importante do exército americano. Os outros oficiais, sabiamente, não contrariaram a decisão dele de permitir a entrada de Evans e a minha. Porém o coronel não agiu da mesma forma e Crowley deixou claro que estava disposto a fazer valer a hierarquia.
Jeremy Greyham era um homem de quase cinquenta anos e olhos verdes que estavam sempre alertas. Com seu cabelo preto, provavelmente tinha sido considerado bonito quando era mais jovem, mas a careta de raiva que ele fez naquele momento só o fez parecer mais velho.
— Tenente Evans. — Crowley quebrou o silêncio que se instalou sobre a cabana, ignorando o coronel. — Estávamos discutindo o telefonema do presidente agora mesmo. Ele está a caminho. Imaginamos que, com sua experiência, sua presença aqui pode ser útil.
Crowley não se importou se os outros concordavam com a decisão dele ao dizer aquilo. Além de deliberadamente fingir que eu não estava presente.
Fui impedida de pensar mais no motivo para o general fazer aquilo porque um dos oficiais se aproximou de uma das janelas da cabana.
— Chegaram — disse.
Todos os presentes entraram em estado de alerta e voltaram seus rostos na direção da porta.
Pouco depois a porta foi aberta pelo lado de fora e homens vestindo elegantemente seus ternos pretos entraram. Entre eles, vestindo um terno risca de giz cinza, estava uma figura conhecida, o presidente dos Estados Unidos, acompanhado de um homem desconhecido em um terno liso azul escuro.
A tensão entre aqueles homens era quase palpável e o rosto do presidente mostrava preocupação e cansaço.
Adam Hendrix era um homem afeiçoado ao trabalho e dedicado ao país, que administrava com afinco. No entanto, era também perdidamente apaixonado pela esposa e pela jovem filha de vinte e dois anos. Em toda sua carreira política, mais do que proteger a si mesmo, usou todos os recursos disponíveis para protegê-las, a bela mulher de olhos grandes e a jovem que se parecia fisicamente com a mãe e tinha o temperamento do pai.
Imaginei o que aquela situação poderia significar para o homem que entrava na cabana rodeado de seguranças e para sua esposa que havia ficado em Washington. Devia ser mais que doloroso. Provavelmente era insuportável.
Adam Hendrix se deslocou, ansioso, até o fundo da cabana e de lá se voltou para todos os presentes. Alto, com um metro e noventa, e mantendo o cabelo curto como se estivesse no exército, já não tinha mais a postura ereta que eu vira em outras ocasiões. Os ombros estavam curvados de preocupação e os olhos azuis estavam agitados.
— Boa noite, general Crowley. Oficiais. — Disse o presidente usando acenos de cabeça como cumprimentos. — Imagino que saibam por que estou aqui — mantendo as mãos às costas, indicou dois homens com a cabeça. — Gostaria de lhes apresentar Timothy Blass, chefe dos agentes secretos, e Cameron Hardley, um dos guarda-costas da primeira filha.
Conforme Adam se referia a eles, os dois se manifestaram. O primeiro tinha cabelos grisalhos e inteligentes olhos pretos que analisaram o recinto abertamente, o segundo parecia ter em torno de trinta anos e possuía cabelos e olhos castanhos. Este último tremeu um pouco quando Holly foi mencionada. Culpa, talvez? Ou vergonha por não ter conseguido fazer o próprio trabalho de protegê-la?
Vi os olhos do presidente se encherem de lágrimas ao mencionar a filha, mas controlou a própria tristeza e continuou.
— Creio que todos já conheçam o secretário de defesa, Edward Jacobson — o homem mencionado se limitou a olhar para o general. Era mais jovem que Crowley, com os cabelos loiros ainda sem fios brancos, mas os olhos castanhos inspiravam respeito. — E aquele é o agente Michael Twood — o agente, de inteligentes olhos verdes e o corpo forte vestindo um terno preto que combinava com seus traços fortes, baixou a cabeça por dois segundos em cumprimento.
Por que Adam não apresentou os outros agentes? De repente desconfortável pela pergunta ter se alojado em minha cabeça em momento impróprio, remexi meu corpo, o que me fez esbarrar em Evans.
Quando o tenente virou ligeiramente o rosto na minha direção, eu murmurei a pergunta esperando que isso acalmasse a irritação que eu sabia que começava a crescer dentro dele.
Mas o resultado foi o contrário. Com velocidade e força, ele segurou meu pulso enquanto sussurrava com voz rouca:
— Ele só vai apresentar quem for importante. Agora fique quieto — e moveu seu corpo para me esconder melhor atrás dele.
— Boa noite, presidente. Secretário. Agentes. — Começou Crowley. — Sinto muito pela situação que o trouxe aqui, senhor presidente.
— Obrigado, Crowley, mas o que eu preciso mesmo é que você resolva isso.
— Sim, senhor — a resposta do general veio rápida. — Quero lhe apresentar o tenente Jake Evans, líder do melhor esquadrão desta base.
— Jake Evans... O nome me parece familiar. — Adam olhava atentamente para Jake como se estivesse tentando se lembrar de onde o conhecia.
— Posso pedir para o tenente sair, senhor, já que é uma reunião restrita — continuou Crowley —, mas acredito que a experiência dele possa ser útil.
— Só quero terminar logo com isso, general — disse Adam. — Minha filha está em perigo.
— Vamos enviar uma equipe para o resgate, senhor. Não se preocupe — respondeu o general. — Ajudaria se tivéssemos voluntários. Gastaríamos menos tempo. Mas a equipe vai ser escolhida mesmo assim.
Então eu entendi. O motivo pelo qual Crowley queria a presença de Jake na reunião era por querer que o tenente se voluntariasse para resgatar Holly. Queria que o esquadrão fosse voluntário para realizar o resgate.
Jake não pareceu entender o que o general tentou esconder dos outros oficiais com suas palavras. Ou pensava que deveria esperar por alguma outra coisa antes de agir.
Aquela era a chance que eu estava esperando. Era exatamente para isso que eu havia seguido Jake até a cabana de reuniões. Não podia deixar aquela chance escapar.
— O senhor tem voluntários — eu disse saindo detrás de Jake, mas sem parar o ato nervoso de bater com os dedos de uma das mãoscontra a lateral da minha perna. — O esquadrão do tenente Evans se voluntariapara fazer o resgate da primeira filha.
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