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◜⛧┊ O4 Chᥲρtᥱr.

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Cᥲρɩ́tᥙꙆo O4:

Confissões que afetam a
carne e o desgaste psicológico.

· ♱ ·

Seus sonhos mais uma vez haviam se tornado pesadelos, mais uma vez Christopher foi pego cobiçando aquele homem que morava ao seu lado e mais uma vez...

A culpa o consumiu.

Christopher estava com a sua cabeça encostada no azulejo do banheiro, seus olhos estavam fechados e no ritmo que a água gélida do chuveiro caía em seus ombros, ele tentava se aliviar o mais rápido possível. Novamente estava pecando, cobiçando alguém que não era seu, consumindo da luxúria e claro, se vendo cada vez mais interessado em alguém do mesmo sexo. Ele não aguentava mais o sentimento de culpa, frustração e medo. Cogitou conversar com o seu padre, mas não teria a coragem para confessar a promiscuidade de seus sonhos.

Ele era uma abominação, não, ele se sentia como uma abominação, um monstro e por vergonha de si mesmo, do seu desejo, ele se pôs a acreditar que o melhor a se fazer, era se esconder atrás da imagem de bom filho, atrás da sua solidão que pareceu eterna. Obviamente o padre também sentiria nojo de tamanha promiscuidade, sodomia e blasfêmia. Todos sentiam, todos iam o odiar por isso.

Christopher parou de pensar, ele pelo menos tentou parar e assim que saiu de seu banho, se trocou e fez tudo o que tinha que fazer em casa, era sábado, conseguiu acordar um pouco mais tarde e como Haerin, sua sobrinha, ficaria todo o final de semana na casa de uma amiga, ele estava sozinho sozinho, o que era bom.

Christopher estava com um baita mal humor, já era um homem de pouca paciência e quando se encontrava irritado gostava de ficar sozinho, assim não tinha perigo de ofender ou machucar ninguém. Ele serviu um pouco de café para si, se sentou no sofá e pegou uma folha e uma caneta, ele estava bravo, obviamente não contaria seus pesadelos a ninguém e estava muito frustrado com Deus para apenas orar como fazia todos os seus dias. Deus pareceu não falar mais consigo, Christopher estava em crise, ele se sentia sozinho, sujo, o homem mais errado e pecador de todo o seu mundo.

Aquele sentimento de angústia sempre estava em seu coração. O australiano fora criado por uma família totalmente religiosa e rígida, também sempre teve um olhar distorcido da sociedade, acreditava que meninos maus eram castigados no inferno e que meninos bons subiam aos céus, acreditava que se fosse um garoto ruim, logo sofreria por ser punido, não apenas por seu Pai, que era um missionário muito rígido com os seus filhos, mas também por Deus. Christopher sempre soube que o seu Deus representava a paz, que o senhor dos senhores era um Deus de amor, aceitação e cura, mas a sua figura era totalmente distorcida por conta das pregações impactantes que ele ouviu por tantos anos em suas aulas de catequese ou em todas as missas que participava.

Por este motivo sempre se privou de coisas erradas como, falar palavrões, assistir conteúdos adultos de conotação sexual e ingerir álcool, sendo que apenas bebeu vinho uma vez em sua vida, quando tentou se afastar dos caminhos "divinos". Chris começou a sentir coisas estranhas por garotos com apenas onze anos, onde havia se apaixonado pelo seu colega de classe, mas apenas se deu conta do "tamanho do problema" aos dezessete quando começou a ter aqueles malditos sonhos com um colega de catequese que ele nem ao menos se lembrava o nome.

Mas resolveu o problema se afastando do garoto, que logo depois se desviou da igreja, cogitou em se casar com uma de suas colegas, mas não conseguia fazer tal coisa, mentir e beijar alguém que ele não amasse. Passou pela sua cabeça se assumir para a sua família, assim teria ajuda com o seu problema permanente, mas logo algo que o traumatizou por toda a sua vida aconteceu.

Christopher não esperava, mas, Felix Bang, seu irmão mais novo, se assumiu gay em um dia qualquer, o mais novo foi corajoso em enfrentar o seu próprio pai, passar por cima de tudo que sempre acreditou e revelar que já estava namorando com um garoto há anos.

Não ficou traumatizado com a notícia, claro, amava o seu irmão com todas as forças e o apoiava em tudo, mas o seu pai não teve a mesma reação, sem nem ao menos dar chances para o seu filho se proteger, o espancou ali mesmo na sala de casa, na frente de Christopher e de Yongguk, seu irmão mais velho, que não fez nada para o ajudar, ele apenas olhou a violência assustado, como sempre fez. Já Christopher separou o seu pai de seu irmão mais novo, levou vários socos e empurrões, mas não pôde simplesmente ver o seu querido irmão mais novo sofrer daquele jeito. Ele sempre odiou a violência e estava assustado em como o seu próprio pai se tornava um monstro violento apenas com uma notícia.

Christopher nunca mais viu Felix, seu irmão desapareceu no mundo no mesmo dia que ele havia sido vítima de seu próprio pai, anos se passaram e Bang Yongguk, para também fugiu de seu pai e se mudou para as filipinas com a sua esposa grávida, ele usou como desculpas um trabalho voluntário em uma área de risco qualquer e cortou todo o contato que pôde, deixando Haerin com Christopher, ele prometia voltar, mas nunca entrou em contato com a sua filha, que particularmente não se importava, já que convivia a tanto tempo com o seu Tio, que já havia se esquecido de como era ter uma vida ao lado de uma mãe e de um pai.

Christopher não tinha mais contato com ninguém de sua família além de sua mãe que apenas o ligava para perguntar se ele precisava de algo e com o seu pai, que constantemente estava ali para observar e julgar todos os passos que ele pensava em tomar, mas tinha esperança de um dia voltar a falar com os seus irmãos. Além disso, ele nunca teve amigos, não que confiasse o suficiente para contar sobre as suas frustrações e conquistas, ninguém para ele se mostrou verdadeiro e era difícil manter contato com uma pessoa que se trancava em casa.

Tanto faz, ele não soube o porquê de se lembrar de tanta coisa de seu passado, mesmo sendo em torno de tais circunstâncias, BangChang, o garoto australiano que vivia em uma família tradicionalmente coreana, era feliz, ou fingia ser.

O cristão tomou do café tentando tirar todas aquelas frustrações e pensamentos auto destrutivos de seu coração e suspirou melancólico, precisava desabafar e como um grito de socorro que foi atendido por ele mesmo, começou a escrever uma carta contando com detalhes como se sentia, obviamente teve a intenção de a jogar fora, mas precisou colocar para fora toda essa confusão que a sua cabeça e coração haviam criado.

· † ·

Agora, o australiano estava trabalhando, mais uma vez para ocupar a sua mente, ele marcava todos os pontos principais do prólogo da obra que estava adaptando para a linguagem mais jovial, mas assim que ouviu a sua campainha tocar, ele foi atender normalmente, sem vontade alguma e se arrependeu quando abriu sua porta vendo que era o seu vizinho, Changbin. Convenhamos, Christopher estava psicologicamente acabado, cansado, aquele sonho não havia o feito nada bem e pensar que estava sexualizando o seu vizinho, só o deixava mais triste consigo mesmo.

Bang suspirou baixo, arrumou os seus óculos para leitura e piscou inexpressivo para Changbin que sorria doce, o coreano estava com uma camiseta branca suja e com os seus cabelos cheios de respingos brancos, estava na cara que ele pintava a sua casa, ou havia nadado em uma piscina de tinta branca e não precisava ser um gênio para perceber tal ato, bem, mas Christopher não percebeu, apenas ficou pensando o do porque de Changbin estar todo sujo de branco.

Ambos ficaram em silêncio por um bom tempo, Christopher com a famosa afeição de um grande nada e Changbin sorrindo com total doçura, era constrangedor.

━ Fala. - Christopher abaixou a sua cabeça, enquanto murmurou tal palavra, ele não conseguia o encarar, Bang apenas queria distância de Seo Changbin, do homem que para ele, o podia fazer mal.

━ Você pode me ajudar? Eu estou pintando a minha casa, mas é tão difícil fazer tudo sozinho, você me falou que qualquer coisa você poderia me ajudar... - Changbin falou doce olhando para a cara azeda daquele que nem ousava o olhar. ━ Ou foi apenas um modo de dizer e eu estou te incomodando? - Suspirou triste, obviamente aquela tristeza era falsa.

━ Claro que eu te ajudo, você não é um incômodo. - Christopher suspirou cansado, não conseguiu nem ao menos ser receptivo, na realidade Changbin estava sendo um incômodo, um puta incômodo, Christopher não estava nem um pouco a fim de ficar horas com o cara havia sonhado de manhã, mas não poderia tratá-lo mal, Seo não tinha culpa de ser parte de uma fantasia sexual nojenta do cristão. ━ Eu vou me trocar, espera aí. - Christopher bateu a porta na cara do mesmo e caminhou até o seu quarto irritado, ele havia se odiado por ter batido em sua porta há uns dias atrás.

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