◜⛧┊ O1 Chᥲρtᥱr.
ع˖⁺ 👿⋆ ୭ 😈.⋆。⋆༶⋆˙⊹
Cᥲρɩ́tᥙꙆo O1:
Por todas as orações
e pecados já cometidos.
· ♱ ·
Eu sabia que mais uma vez, a profanação da minha mente fazia com que a minha angústia se tornasse mortal, não tão mortal pois eu mesmo sabia que era mais um dos meus terríveis sonhos, ou melhor dizendo, pesadelos. Bem, mesmo ciente que mais um dos meus devaneios noturnos eram falsos que não passavam de meras ilusões, o meu medo era real, a minha angústia, o meu desejo de morrer, aquilo sim era real.
Meus pulsos se encontravam vermelhos pelas algemas apertadas e, mesmo que eu me encontrasse totalmente nú, o calor do meu corpo estava cada vez mais aumentando, o que me impossibilitava de respirar adequadamente. O homem que estava parado na minha frente sorria ladino enquanto mordia seus lábios de forma feroz, aquilo me assustava, eu só queria sair dali, eu só queria não me sentir exposto. Várias vezes pedi clemência, mas foi em vão. Novamente me encolhi na cama acompanhando a sua aproximação, beijando cada ponto do meu corpo, o homem ria baixo e chegando ao meu pescoço as carícias acabaram.
Eu senti um enorme alívio que logo foi tirado pela sensação de ser enforcado e de ter um beijo roubado, tentei com todas as minhas forças não acompanhar o beijo, mas o meu corpo não respondia aos meus sinais. A mão quente do homem se colocou em volta de meu membro ereto, ele movimentava rapidamente a sua mão, me masturbando enquanto brincava com a minha boca. A sensação era horrível, mas não demorou muito para o pré-gozo sujar a mão alheia.
Pareceu ser tão real, era assustador.
O abusador se afastou de meus lábios e então lambeu seus dedos, me observando fixamente. Seu olhar me assustava. Novamente eu pedi amparo, pedi para que Deus me salvasse daquele importuno momento, mas a única coisa que ganhei foi um riso vindo do homem que se aproximou da minha orelha, falando rouco: ━ Christopher Bang, primeiro eu vou te chupar e depois te foder até não aguentar mais.
· † ·
Christopher pulou assustado ao acordar de seu pesadelo, a cada dia que se passava a sua imaginação estava mais perversa, ele não aguentava mais carregar tanta culpa em seu pecado, o australiano colocou ambas as mãos no peito e tentou não chorar, controlando a sua respiração que estava falha. Seu corpo ardia por conta dos hematomas adquiridos em sua violenta noite de sono, seus pensamentos estavam embaralhados e seus olhos ardiam pela exposição repentina de luz.
Maldito pesadelo, maldito pecado!
Com dificuldade o australiano se levantou da cama, meio fraco, vendo que o seu short estava manchado pelo seu 'líquido natural' tal fato o irritou, mas já estava fazendo parte de sua rotina. Bang bufou, chateado com ele mesmo, por mais uma vez ser pego pelos seus desejos carnais, mas como também parte de sua rotina, pegou o seu terço que estava ao lado da cama e se ajoelhou no chão, juntando as mãos e segurando o terço enquanto fechava os seus olhos para se conectar com o seu Deus.
━ Senhor Deus, meu Pai que tendes compaixão, perdoai com bondade, olhai para as minhas fraquezas e debilidades e tenha piedade de mim. Eu sei que pequei, então, por favor, tenha piedade das áreas obscuras da minha vida, ilumine os meus caminhos, a minha mente e o meu coração e não permita que nenhuma área do meu ser permaneça em escuridão. - Não conseguiu terminar, a dor de sua cabeça, repleta de culpa, não o deixava raciocinar com facilidade. ━ Deus, me perdoa, mais uma vez. O Senhor mais que ninguém sabe que eu faria de tudo para não me sentir assim, para não imaginar coisas assim...
Christopher se levantou, colocando seu terço no lugar com cuidado, indo direto para o banheiro. Tomou um banho demorado, reclamando de dor pelos hematomas em seu corpo. Infelizmente aquela noite havia sido a mais violenta e sofrida de todas. As imagens pecaminosas estavam presas em sua mente e se desenvolviam cada vez mais, já faziam semanas e, devido a sua rejeição com a homossexualidade e fornicação, ele se debatia, às vezes acordava assustado e até soltava gritos pelo medo de pecar.
Assim que saiu já vestido do banheiro, encontrou sua sobrinha jogada no sofá. A garota apenas vestia uma calcinha box e um blusão velho, ela não se importava com a presença do Tio, que murmurou irritado por estar cansado de explicar que no período da manhã a televisão era proibida, não era como se ele fosse uma pessoa ruim, mas Christopher tentava ser rigoroso com a sua não tão pequena garota, já que além de notas impecáveis, ela tinha que demonstrar perfeita educação e etiqueta para os outros de sua família, incluindo costumes como ler mais e assistir menos reality shows americanos em sua televisão.
Como todas as desgastantes manhãs, ele desligou o aparelho televisivo e colocou ambas as mãos na cintura, fechou os olhos respirando fundo para se acalmar mais uma vez e comentou em um tom calmo, mas ainda sim sério para tentar impor respeito.
━ Haerin, já são cinco e meia da manhã. Vai tomar banho, não sei quantas vezes eu já falei que não gosto de te ver chegando atrasada na escola. Ah, já te falei sobre as roupas, eu não me importo mesmo em como você se veste, mas o que custa usar um short? ━ Repreendeu a garota a observando de uma forma ainda séria.
━ Você está de mal humor de novo? Teve pesadelos de novo, Titio Bang! Bang Chan? - Tentou o animar fazendo arminhas com as mãos, porém revirou os olhos chateada pela amargura do adulto. ━ Ah, todo dia você reclama de algo diferente, velho ranzinza, quando não é do cereal é da televisão, quando não é a televisão é o video game e quando não é o vídeo game é do meu pijama, assim você vai me deixar louca. - Reclamou mais uma vez. Haerin se levantou e beijou o rosto de Christopher, desejando-lhe um bom dia, depois entrou em seu quarto, fazendo questão de bater à porta. Não, eles não tinham uma má relação, mas pela manhã os dois possuíam uma onda de mau humor que chegava a assustar qualquer um.
O mais velho suspirou irritado, jogou o controle da televisão em cima do sofá e caminhou até a cozinha, onde preparou o cereal de aveias com banana para a sua sobrinha e um café preto para si, já que não tinha costume de comer de manhã. O Christopher retirou um dos seus cartões de sua carteira que estava jogada na bancada e deixou perto do cereal da garota, que em um piscar de olhos apareceu vestindo o seu uniforme, de cabelos amarrados em um rabo de cavalo e usando oculos redondinhos que eram apenas para descanso. Ela comeu um pouco do cereal e olhou para o tio, que bebia o café com um semblante amargado enquanto lia a bula do remédio novo que ele havia comprado para dormir. Ela riu baixinho, mas maldoso e ele suspirou pesado.
━ O que foi, pirralha? - Christopher falou, sabendo que a mais nova odiava ser chamada assim.
━ Eu não sou uma pirralha, tenho quinze anos, seu bobo. Mas eu não te julgo, perto de você todo mundo parece muito novo. - Haerin mostrou a língua para Christopher, que riu baixo. Por curiosidade, a garota preocupada chamou a atenção do mais velho. ━ Tio, os pesadelos estão aparecendo quase todas as noites, né? Eu vi os arranhões e roxos na sua pele... Procura um médico. Eu estava lendo que pode ser terror noturno e isso é bem sério quando acontece várias vezes. - Sua cabeça se moveu para cima e para baixo como confirmação.
Haerin já estava cansada de se preocupar com as noites mal dormidas de seu querido Tio, seus olhos estavam fundos, seu apetite estava quase que inexistente e a sua irritabilidade o pegava de jeito, pareceu, por algum tempo que tal turbulência permaneceria em suas vidas, mas a jovem garota estava disposta a ajudar Christopher, talvez alguns medicamentos o ajudariam dormir melhor. Mas pensando bem, o mais velho já usava medicamentos para dormir, isso a preocupou mais.
━ Eu vou buscar ajuda, sim. Obrigado por se preocupar. - Christopher sorriu bobo para a sobrinha, que terminou de comer em segundos, pois já estava atrasada, Haerin se levantou e, pegando o cartão do Tio, beijou-o na bochecha de forma rápida, correndo para a porta. ━ Se acalme, faltam oito minutos para o ônibus passar, não precisa correr tanto.
━ Precisa sim! - Haerin gritou enquanto colocava os seus sapatos. ━ Aquele motorista velho sempre passa mais cedo, tô vendo a hora que vou perder a resiliência do meu coração e vou atacar a cara velha e pelancuda dele, já basta semana passada eu ter ido a pé pra escola! - Gritou mais e se levantou, abriu a porta de casa e antes mesmo de ir, não se esqueceu. ━ Tenha um ótimo dia Titio Bang, Bang!
O barulho da porta se fechando foi ouvido, novamente Christopher estava sozinho e, de alguma forma, não conseguia mais se acostumar com as agonizantes horas que passava solitário. Haerin era apenas a sua sobrinha, não sua filha. Sabia que assim que o seu irmão e a sua cunhada voltassem para a Austrália, ele voltaria a ter uma vida solo sem os surtos, a animação e as brincadeiras da jovem barulhenta. Seu humor só piorava ao pensar no fato, mas ele tentou ignorar a depressão futura e bebeu mais de seu café e assim que terminou, passou a arrumar a casa, daqui a sete horas Haerin voltava da escola e, bem, não tinha como a pirralha bagunçar o que já estava bagunçado.
Enquanto arrumava seu quarto o sonho voltou a atormentar a sua mente; aquela voz, aquele olhar e aquele maldito sorriso ladino não saiam da mente do jovem cristão. Sabia que por pensar em tal profanação, já estava novamente em pecado, mas estranhamente suspeitava que, de alguma forma, aqueles detalhes pertenciam a alguém, porém não conseguia associá-los a nenhum rosto. Respirou fundo, retirando a sua roupa de cama e então se lembrou de que apenas havia "sonhado" daquela forma quando era um adolescente, mas diferente da atualidade, o rosto da pessoa que " abusava" de seu corpo não estava nada escondido, era muito real, muito detalhado para todo aquele pecado surgir em seu sonho sendo apenas fruto de sua imaginação fértil.
Naquela época seus pesadelos tinham como foco um dos seus colegas de catequese, Han Jisung, um garoto que Christopher felizmente não via há mais de dez anos. Ele não entendia muito bem o porquê dos malditos pesadelos cheios de profanação, mas após se afastar do colega a sua tormenta noturna desapareceu e nunca mais voltou.
Bom, até aquele momento, Christopher já sonhava com o desconhecido há semanas, se frustrava variadas vezes por não se lembrar de seu rosto, se sentia sujo e em pecado ao perceber que a sua mente estava caindo em promiscuidade. Como um psicólogo, tinha consciência que desejos sexuais reprimidos podiam se transformar em frustração e em sonhos eróticos, porém como cristão também sabia que fantasiar a relação de dois homens era um sério pecado. ━ Deus, tire a perversão da minha imaginação, eu não aguento mais...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro