Uns bons Amigos
Alguém me dizia que a água não tem fronteiras. E na verdade os rios, a chuva e até o mar é partilhado pelas nações.
Estando eu no interior de Angola, nunca imaginei que através da "água" fizesse bons amigos noutro continente. Normalmente, nestes encontros esporádicos, onde os técnicos partilham as suas experiências, se pudessem estabelecer tantos laços que perduram no tempo.
Curioso, ou nem tanto, estes laços acabam por ultrapassar as barreiras institucionais, e geram um clima de confiança que complementam a nossa vida profissional. E bem podem acreditar que ajuda a ultrapassar muitas dificuldades.
Quando me convidaram para visitar Portugal, através de um convite da nossa Assistência Técnica, com vista a deslocar-me a empresas de águas em Torres Vedras e na Guarda, nunca imaginei que ficasse com tanta saudade daqueles colegas que tão bem receberam e nos fizeram sentir em casa.
E subitamente as portas se abriram. Os técnicos angolanos partiram para Norte e os técnicos portugueses partiram para Sul. Tal como um rio, ou uma maré, este vai e vem construiu mesmo uma ponte, que se inaugurou com a vinda, bem-vinda, daqueles portugueses que, sinceramente, nunca pensei que voltaria a ver.
É certo que a língua comum ajuda, mas o espírito fraterno que se tem proporcionado, muito pelo trabalho da Assistência Técnica, tem ajudado a colmatar dificuldade, bem como a melhorar a qualidade do serviço prestado e a elucidar a melhor forma da nossa organização. E julgo que os técnicos portugueses seguramente também aprenderão, e apreenderão, aspectos desta nossa realidade que, quem sabe, pode ser útil no desempenho das suas funções.
Reflectindo na realidade angolana, acho muito sinceramente que estas práticas se devem replicar porque todos ficarão mais ricos e mais laços se poderão estabelecer.
UIge(Angola),
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