Troubles
“...Tive ideias imaturas de me empenhar novamente, começar de novo, me livrar da preguiça e da sensualidade, e lutar a luta abandonada. Um sonho, tudo um sonho, que vai dar em nada…”
– Um Conto de Duas Cidades
❋⃝⸙ꦿ
O local estava cheio de pessoas que transitavam com suas famílias ou suas bagagens, Mike e Gwen estavam desesperados entre essas pessoas, afinal, este era o único local onde a criança poderia estar. O problema era encontrar um bebê no meio dessa multidão.
A mãe mantinha a esperança de recuperar sua filha, mesmo sem ter conseguido dormir por causa do medo e ansiedade. Gwen estava arrasada e Mike sentia-se culpado por Alisson ser sequestrada, essa pessoa desconhecida tinha uma rixa com ele, mesmo sem o rapaz ter a mínima ideia de quem seja.
— Ali está! — Gwen gritou e chamou a atenção de Mike. — É ela. A mulher que fala no bilhete!
— Onde? — o astro olhou na direção que a loira apontava, mas quando um vôo para Chicago foi anunciado, 5 mulheres com a mesma roupa e com cestas grandes que supostamente Alisson estaria se misturaram na multidão. A pergunta era: com qual das mulheres a pequena Garrigton estaria?
8 horas antes...
Jessica e Richard adentraram no quarto às pressas enquanto Mike e Gwen ainda estavam abraçados.
— Quem poderia ter feito isso ? — Rick perguntou retoricamente enquanto Garrigton entregou-lhe o bilhete. O empresário que ignorava Mike, agora teria que ajudá-lo.
— Vamos encontrá-la, Gwen. Quem fez isso não ficará impune. — o loiro leu o bilhete enquanto franzia o cenho. — Já conheci uma pessoa que adorava enigmas. Talvez eu possa resolver esse. Mas antes, você precisa se acalmar, Gwendolyn.
A loira assentiu e por um segundo esqueceu que estava abraçada com Mike G, como se a noite no motel sequer tivesse existido. Ela levantou rapidamente enquanto seu ex namorado lançava um olhar confuso, porém, ele se recompôs e ficou de pé assim como os demais.
Ouviu-se um barulho de carros novamente, só que desta vez os homens haviam partido.
— Esse é o seu grande empresário? Achei que também pagasse ele para ser o seu amigo — Rick desdenhou enquanto cruzava os braços.
— Richard, agora não. Vocês podem discutir sobre essa merda depois. Nosso foco é a minha filha agora. — Gwen limpou as lágrimas e suspirou fundo — E você, Michael. Se tiver feito isso para nos aproximar, é melhor dizer logo.
— Não fiz isso, Gwen. Eu não sequestraria um bebê, muito menos por causa de você. Já colocamos um ponto final em algo que nem deveria ter começado. — Mike retrucou enquanto manteve seu olhar firme no da loira.
— Tanto faz. Não me importo com você, só quero o meu bebê de volta. — Gwen tentou fingir que aquilo não machucou, mas agora, iria lidar com uma dor de cada vez. Sua prioridade era Alisson.
[...]
Depois de uns bons goles de café e energéticos, Rick leu o bilhete várias vezes, até que finalmente entendeu a mensagem. Se tratava de um aeroporto. Era lá que Alisson estaria e só haveria um por ali.
— Como vamos achar um bebê num aeroporto? Jessica franziu o cenho enquanto pensava em todos os lugares prováveis para esconder um bebê.
— Não sei a razão de fazerem isso, o que eu fiz de errado? — Mike sentou-se no sofá e passou a mão no rosto.
— Nasceu... — Gwen retrucou enquanto bebia seu café e fingia que não estava falando com ele.
— Ei, qual é o seu problema? — o astro levantou rapidamente e fitou a loira.
— Num momento? Você! Já parou para pensar que estava tudo bem em nossas vidas até que magicamente Mike G resolveu retornar? Ou vai me dizer que é coincidência minha filha ser sequestrada? Estávamos bem sem você! Há quase dois anos. — a gótica levantou-se rapidamente e jogou com força a xícara na pia, fazendo os estilhaços voarem para todos os lados.
— Agora a culpa é minha? Ela estava na sua responsabilidade! Você não é uma grande mãe? Onde Alisson está agora? — Mike berrou e Gwen foi na direção dele, acertando um soco que mais tarde renderia um bom machucado.
— Seu desgraçado! Sumiu por meses e agora quer bancar o super pai? Eu fui mãe e pai enquanto você transava com aquelas vadias. Sequer tem o direito de estar na minha casa. Aliás, cai fora daqui. Agora!
— Se acalmem, os dois estão de cabeça quente e não dá para resolver as coisas assim. Mike, é melhor você abaixar o tom. Gwen, não te ensinei a resolver as coisas na violência. — Jessica ficou entre os dois, para evitar a terceira guerra mundial.
— Tudo bem, mãe. Vou me acalmar, por você. — a loira lançou um último olhar para Mike, antes de se virar e juntar os cacos da xícara.
— Desculpe, Sra. Smith. Acho melhor ir embora, não sou bem vindo aqui. — Mike suspirou fundo mas antes de sair Rick chamou sua atenção.
— Acho que nesse momento é melhor todos ficarmos juntos. Independente de quem está certo ou errado. — Richard suspirou fundo e amigavelmente pôs a mão no ombro de Gwen — Você precisa se acalmar.
— Estou tentando, Rick. Mas é difícil. Eu só quero tê-la em meus braços novamente. — a loira choramingou e abraçou o namorado de sua mãe.
— Acho que todos nós precisamos de mais café. Mike, pegue a garrafa. Por favor. — Jessica sorriu breve.
— Certo. — ele lançou um olhar para Gwen e suspirou fundo, sabia que isso iria ser difícil, mas teria que cumprir com sua promessa de não insistir mais em voltar com ela — Aqui está... — antes que pudesse dizer mais alguma coisa o celular do rapaz vibrou.
Desconhecido: Olá, Michael. Como estão indo as coisas? Espero que bem. Sua filha já se alimentou e agora dorme feito um anjinho. Já sabe como me encontrar?! Estarei tão florida quanto às tulipas na Holanda, minha cesta estará cheia pois nela irei degustar o seu fracasso. Tirar tudo que você ama. Encontre-me às 2 a.m.
— Quem é? — Gwen perguntou ao ver a expressão de Garrigton. — Quem é, Michael?
— Eu recebi uma mensagem. Vejam só isso. — o rapaz leu a mensagem em voz alta enquanto Gwen chorava sem parar.
— Eu disse que a culpa é toda sua! Estávamos melhor sem você! Por onde anda, há desgraça! — a loira gritou e foi correndo para o quarto dela.
— Gwen tem razão. A culpa disso tudo é minha, talvez tenha sido um erro voltar. Acabo destruindo tudo ao meu redor e afastando as pessoas que amo. A culpa é toda minha sim. — Mike suspirou fundo e foi até a varanda enquanto Jess subia até o quarto de sua filha.
— Posso entrar? — ela forçou um sorriso enquanto viu a filha com um brinquedo de sua neta. — Eu sei que você não está assim somente por causa dela. Eu sinto que vamos encontrá-la, e iremos filha. Mas eu sei também que a presença dele nesta casa te deixa fragilizada. O seu coração ainda pertence a ele, só que a dor do abandono faz esse amor ser quase inexistente.
— Eu não amo o Michael, isso já passou. Há quase dois. Não sinto mais nada. — Gwen revirou os olhos e se ajustou na cama quando Jess sentou-se e riu da expressão de sua filha.
— Você está mentindo. Sempre revira os olhos quando mente. Inclusive, se não o amasse, por que teria se arrumado tanto para ver ele? Certamente, aquela produção toda não era para um garoto da cidade.
— Tudo bem, é impossível mentir para a própria mãe. — a loira sorriu e bufou — É que sempre que ele está por perto, algo ruim acontece. Acho que somos tóxicos demais.
— Não é bem assim, coisas ruins acontecem o tempo todo, Gwendolyn. Você só está assustada, em pânico pelo sequestro da sua filha. Mas temos que ter forças, Rick já comunicou à polícia. Mike está lá na varanda, acho que vocês deveriam conversar um pouco. Sem agressões. — Jessica sorriu e observou o machucado de sua filha, causado pelo soco que ela desferiu em Michael Garrigton. — Não acha que vocês já têm cicatrizes demais?
****
Após tomar um banho relaxante Gwen fez o que a sua mãe pediu, alguns segundos de insanidade e ela foi conversar com Mike G, que estava na sacada, com uma xícara em mãos e um hematoma roxo na bochecha esquerda.
— Mike? Podemos conversar? — Gwen pôs as mãos nos bolsos do short jeans e suspirou fundo.
— O quê? Quer dar um soco do outro lado? — Mike olhou para ela com desdém e desvio o olhar rapidamente. — Obrigado. Dispenso. Acho que já tive dor demais esses dias.
— Mike, eu.... — Gwen foi interrompida rapidamente quando ele se pôs de pé e se aproximou dela.
— Sabe, você pode me bater quantas vezes quiser, faz isso mesmo, me bate, xinga, me expulsa. Mas, nunca peça para que eu desista dela. Jamais farei isso e você sabe disso, não vou desistir de alguém que amo, não me peça para fazer isso uma segunda vez.
A loira engoliu em seco enquanto sentia aquele maldito soco imaginário no estômago. Ele realmente havia desistido dela?! Gwen suspirou fundo mais uma vez e pensou no que dizer.
— Deixe-me ver. — ela disse por fim, assustando o astro que apenas franziu o cenho. — O soco, Michael.
— Ah... — foi a única coisa que ele disse e aproximou-se dela que tocou seu rosto e observou o machucado que havia causado. Mike tentou não olhar para ela e simplesmente virou na posição oposta.
— Lembra da primeira vez que você ganhou um soco do Tyler? Até que não está tão ruim assim... — ela prendeu o riso e observou o perfil dele, até o pescoço exposto chegava a ser sexy.
— Lembro. Você me beijou. — Mike disse apressadamente e encarou a loira. — Lembro muito bem.
— É... Eu beijei. — Gwen deu um passo para trás, como se pudesse evitar aquele olhar intenso. — Tudo seria tão simples se você não fosse...
— Famoso? Acha que se o “Marcel” existisse, tudo seria mais fácil? Se eu fosse um cara do interior? Tipo, o Tyler? — Mike deu um sorrisinho malicioso.
— Eu não ia dizer isso. Michael, acha mesmo que o problema é a sua fama? Isso não vale nada para mim. — a loira suspirou fundo e fez menção de sair dali, porém, ele tocou seu braço.
— Gwen, o que você quer de mim? O que veio fazer aqui? Bancar a enfermeira? — Garrigton suspirou fundo e encarou ela novamente.
— Nada. Só vim me desculpar por ter te agredido, mesmo que no fundo eu sinta que você mereça mais do que isso. — a loira afastou-se do toque dele. — Queria ignorar essa raiva que sinto ao olhar para você aqui, na minha casa, com a minha filha desaparecida. Não consigo deixar de odiar você por isso, da mesma forma que não consigo amá-la menos quando minha pequena sorri e exibe covinhas iguais as suas. Eu preciso dela, Mike. — a loira juntou as duas mãos no rosto e chorou enquanto sentia o calor do abraço dele.
— Vamos encontrá-la. Eu prometo. Isso é tudo culpa minha, Gwen. Não sei a razão dessa pessoa me odiar, mas é culpa minha. Vou consertar isso. — Mike a envolveu em um abraço forte enquanto sentia a loira se acomodar em seus braços. — Gwen, eu...
Antes que Michael pudesse concluir a frase, Rick chegou anunciando algo mas parou de falar quando percebeu que atrapalhava o momento. Gwen olhou para o rapaz mais uma vez e se afastou rapidamente dele.
— Desculpa. Não queria atrapalhar. Acho melhor comermos algo antes de sair. Só vim avisar isso. — o empresário voltou para a cozinha.
— Já tentou pedir desculpas para ele? O que você disse para mim, jamais irá ser metade das coisas que falou para o Rick. Ele foi seu pai antes mesmo de você aprender o que significava ter um. — Gwen olhou mais uma vez para Mike e deu de ombros, abriu a porta e sumiu do campo de visão dele.
Após o tempo estimado, os quatros pegaram o carro de Rick e foram em direção ao Charleston International Airport, Mike e Gwen estavam no banco de trás enquanto Jessica e Rick conversavam sobre algo aleatório.
— Vai ficar tudo bem, ok?! — o astro chamou a atenção de Gwen que encostava a cabeça na janela e levantou de um sobressalto ao sentir ele tocar em sua mão.
— Espero que sim... — a loira forçou um sorriso e por uma razão estranha não soltou a mão dele até que tivesse certeza de que haviam chegado em seu ponto de partida.
— Vamos nos dividir? Como vai ser? A polícia já está em todas as partes do aeroporto e alguns homens estão à paisana. — Jessica observou os três quando Rick parou o carro.
— Vou ficar com o Mike. Ele é a melhor chance que tenho de encontrar a Alisson. — Gwen suspirou e percebeu que ainda segurava a mão dele mas logo soltou rapidamente.
— Também acho que temos que ficar juntos. Não importa quem seja, irá mandar mensagens novamente. — o jovem sentiu uma pontada de decepção ao perceber que a loira havia se afastado.
— Bem, e você pretende fazer isso assim? Na cara limpa? Imagina o tumulto que vão causar. — Rick falou diretamente com Mike pela primeira vez. — Trouxe disfarces para vocês. Assim chamam menos atenção.
— Rick... Você é um gênio. — Michael
quase o abraçou mas o olhar do homem impediu que ele prosseguisse.
— Obrigada. — foi a única coisa que Gwen conseguiu dizer antes de usar uns acessórios estranhos e típicos de uma turista.
— Temos que fingir que somos um casal, não é? — Michael sorriu malicioso e estendeu a mão para Gwen que segurou relutante.
— Na verdade, não. Podemos ser apenas um casal de amigos mas já que você necessita tanto de algum contato com a minha pele, tudo bem. — a loira deu de ombros e caminhou com ele.
— Gente, foco na missão. Vou manter o contato com a polícia. Mantenham suas posições iniciais. E Gwen, você está parecendo uma mulher de meia idade. — Rick disse sorrindo e se afastou deles.
Na verdade, Gwen estava mesmo com um aspecto envelhecido. Como não havia passado maquiagem, suas olheiras davam um ar cansado ao seu rosto e o longo cabelo feito um coque deixava a garota com um ar mais sério. O vestido longo e florido evidenciava uma peça que a gótica jamais teria em seu closet. Michael estava com uma camiseta branca longa que cobria suas tatuagens, uma boina francesa e um óculos de grau dava um ar intelectual, enquanto a calça cáqui lembrava de como era se disfarçar de Marcel.
[...]
Mike e Gwen estavam trinta minutos adiantados e aproveitaram o tempo para observar o tráfego de pessoas. Realmente, era um lugar de idas e vindas, o astro leu a mensagem mais uma vez enquanto procurava uma pessoa com roupas floridas, ou qualquer coisa que remetesse à flores. Ele tinha medo de não conseguir encontrar a filha que sequer havia segurado em seus braços.
— Ali está! — Gwen gritou e chamou a atenção de Mike. — É ela. A mulher que fala no bilhete!
— Onde? — o astro olhou na direção que a loira apontava, mas quando um vôo para Chicago foi anunciado, 5 mulheres com a mesma roupa e com cestas grandes que supostamente Alisson estaria se misturam na multidão. A pergunta era: com qual das mulheres a pequena Garrigton estaria?
Gwen desceu as escadas correndo e foi atrás da primeira mulher que havia encontrado, mas ao invés de Alisson Garrigton, a morena levava maçãs em sua cesta. A loira tentaria argumentar mas o olhar perdido da mulher com roupas floridas deixava claro que era um truque sujo para desviar o foco. Mike correu na direção contrária enquanto as pessoas que esperavam seus vôos tentavam compreender o que estava acontecendo.
Novamente, em vão. Faltavam apenas três mulheres e Gwen já estava em pânico, o mundo parecia girar sob seus pés. Mas ela continuou firme e ficou distante de Mike pelo menos uns trezentos metros. Cada um teve seu papel nesta missão, Jessica e Rick estavam com a polícia, num esquema para pegar os sequestradores enquanto ela e o astro procuravam pela pessoa misteriosa.
Mike sentiu uma vibração em seu bolso e leu a mensagem rapidamente, parando no meio de várias pessoas que esbarravam nele o tempo todo, xingando em línguas que agora pareciam distintas.
Desconhecido: Estou no segundo andar, venha logo antes que o meu avião parta. Não serei tão paciente. Venha sozinho, ou diga adeus para sempre à sua filha.
Sem pensar duas vezes, Mike subiu as escadas rolantes quase correndo e mandou uma mensagem para Gwen, implorando para que ela não o siga ou seria tarde demais. A gótica então comunicou a polícia que já estava de prontidão.
Ao chegar no primeiro andar, Mike viu a silhueta de uma mulher embalando uma criança no colo. Por dois segundos, o astro viu que o mundo dele não era tão grande quanto pensava, o mundo era pequeno, inocente e singular. A cada passo que dava ele sentia seu mundo desabar e temia que essa misteriosa mulher destruísse tudo para sempre.
— Harry? Como você cresceu. — a mulher de meia idade se virou e seus olhos intensos encararam o rapaz.
— Quem é você? — ele disse quase sem forças e se aproximou aos poucos. Viu que a filha estava bem, na verdade, a criança até brincava com os cabelos da mulher.
— Eu sou a sua mãe, Michael. Sua verdadeira mãe, que cuidou de você quando era um bebezinho que nem a Alisson aqui. Quer sentar? Eu tenho pouco tempo. Preciso partir. — ela sorriu amigável e deu um tapinha no espaço ao lado.
— Deixe-me segurá-la, por favor. — Mike parecia completamente atônito ao ver a filha tão de perto, a curiosidade de seu passado era quase inexistente agora.
— Claro. Não vou machucar ela. É um bebê adorável. Tem os olhos da mãe. Ah, meu nome é Anne. Sonhei em vê-lo novamente. — a mulher suspirou fundo e entregou a criança para Mike que chorou de alegria ao ver pela primeira vez, depois de seis meses o rostinho de sua filha.
— Ela é tão linda. Parece com a Gwen, mas tem as minhas covinhas. — Mike sentou-se no banco e brincou com a criança, quase esquecendo que a sua supostamente mãe estava ao lado dele. — Então, você é a minha mãe e só agora apareceu? Por que sequestrou a minha filha? O que quer agora?
— Eu não a sequestraria. Jamais. Ela foi posta em meus braços. Jonathan fez isso. Ele surgiu com um bebê e dois passaportes para nós. Disse que havia adotado ela, que se chamaria Hannah. Mas eu sabia que era mentira. — Anne suspirou fundo e observou Mike que segurava a filha como se fosse o tesouro mais precioso dessa terra — e ela era.
— Wolfgang fez isso? Por quê? O que eu fiz para ele? — Mike disse alterado e sentiu a raiva crescer dentro dele, afinal, o empresário esteve em sua casa nos últimos anos, com sua família, cuidou de sua vida e agora o traiu.
— Jonathan te odeia porque você é filho do homem que ele despreza. Temos um passado sombrio, me envolvi com o antigo melhor amigo dele, na época não tínhamos nada de mais, só que acabei engravidando e... Bem, quando ele descobriu, ficou louco, fez ameaças... Então, Wolfgang me obrigou a te abandonar, e como doeu... Entrei em depressão, senti sua falta durante todos esses anos, Harry, Michael. Não sei como chamá-lo. Mas eu te amo de verdade, filho. Mas, não posso ficar aqui. Sequestrar a sua filha é o mínimo que ele pode fazer. — a mulher conferiu a hora em seu relógio de pulso e suspirou.
— Quem é esse homem? Qual culpa eu tenho por ser filho dele? Essa vingança não é minha... Por que minha filha tem que pagar por isso? — Mike suspirou fundo e observou a criança dormir em seus braços.
— Ah, eu não falei. Seu pai é o Richard. Você o chama de Rick, não é?Bem, ele é seu pai, mas não sabe disso. Quando eu entreguei você para os seus atuais pais adotivos, esperei que você crescesse, paguei vários detetives para ficar de olho em você. Então, veio o seu talento para música, te indiquei para o Rick, ele sequer desconfiou, então, está com você até hoje. Ele é seu pai, Michael. Richard é seu verdadeiro pai.
To be continued...
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