“Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada.”
– Augusto Cury

   Tyler e Gwen conversavam animadamente enquanto comiam uma pizza de queijo e bebiam limonada. Uma batida insistente na porta fez a jovem levantar de sobressalto e ir até a mesma, antes de abrir a porta a gótica virou o rosto e mostrou a língua para Tyler que dizia algo inaudível até então. Quando a gótica voltou o olhar na direção de quem estava na porta sua frase decorada de "em que posso ajudar" tornou-se quase em um sussurro inteligível.

— Mike...? — Gwen fitou o astro enquanto seu coração pulsava velozmente. — O que você está fazendo aqui?

— Oi Gwen, será que nós podemos conversar? — o jovem mantinha as mãos nos bolsos e seu cabelo estava jogado para trás.

— Não, não podem. — uma voz masculina emergiu e logo Tyler apareceu atrás de Gwen, enlaçando a circunferência que se formara em sua barriga e de um jeito íntimo, unindo seus corpos.

O olhar de Mike rapidamente seguiu o gesto de Tyler e um misto de raiva e tristeza parecia se formar dentro de Mike, tal qual um furacão, prestes a eclodir. Ela estava grávida de Tyler. Por burrice e orgulho, o astro havia perdido-a para sempre.

5 meses antes...

  A rotina de Michael Garrigton havia se tornado um ciclo vicioso: apostas, bebidas e mulheres. O astro ainda estava hospedado em um dos melhores hotéis de Las Vegas, suas "férias antecipadas" estavam durando bem mais do que o planejado.

   Depois de meses nesse ciclo ele finalmente conseguiu passar um dia sóbrio. Várias ligações e mensagens apareciam na barra de notificações de seu celular, o astro apenas ignorou e tratou de tomar alguma coisa forte o bastante para deixá-lo acordado. O estrago da noite passada ainda era evidente, principalmente por um deles ser uma asiática nua dormindo em sua cama.

   Ele bebericou o café e acendeu um cigarro, sentando-se na cama e soprando toda a fumaça enquanto fechava os olhos, tragando lentamente.

— joh-eun achim. — "bom dia" dissera a mulher. — oneul eotteohge haengboghage hal su issni? — "como posso te fazer feliz hoje? — a garota mordeu o lábio inferior e apertou o lençol fino contra os seios fartos.

— joh-eun achim Yangmi. — Mike respondeu sem olhá-la. — Ninguém pode fazer nada para me deixar feliz hoje. Nem mesmo sexo.

   A garota não precisou de um Google Translate para entender que ele não queria mais nada com ela. Yangmi juntou seus pertences e saiu do quarto mostrando o dedo do meio e xingando palavras que Mike G duvidara ter aprendido em coreano.

   Michael deixou o hotel e pagou seus gastos, um de seus cartões sem limites fora recusado, porém, ele apenas deu de ombros e pagou tudo sem nem pensar sobre as coisas que havia feito. Na saída do hotel, fotógrafos já estavam de prontidão, Mike não era o único famoso ali, então, ele deu de ombros e ignorou. O foco dessa vez não seria ele.

— Hey, Mike G. Por que não dar uma palavrinha para o nosso blog? — dissera uma loira, gritando para chamar a atenção do rapaz.

— Claro. O que deseja saber? — o rapaz passou as mãos no cabelo e sorriu simpático para a entrevistadora enquanto acenava para outros fotógrafos.

— Quando sairá um novo disco? Já tem planos? — a mulher sorriu simpática enquanto Mike respondia suas perguntas de forma paciente.

— Só para encerrar... — a jovem sorriu  novamente mas desta vez com malícia — Como foi descobrir que você era adotado? É assim que você afoga suas mágoas? Mulheres, bebidas e drogas em Las Vegas?

— O quê? Como vocês sabem... — Garrigton corrigiu sua postura e fingiu neutralidade — São apenas boatos. Estou aqui para futuros trabalhos.

— Qual? A Netflix te convidou para participar de um reality show sobre prostituição e drogas? — a repórter retrucou e todos sorriam enquanto Mike mordia a parte interna da bochecha.

   O astro nunca imaginara vivenciar uma situação dessas, suas próprias palavras sendo usadas contra ele mesmo. Os flashes dispararam ainda mais e o repórter loiro apenas atiçou os colegas de trabalho a fazerem o mesmo. Pressão. Perguntas. Tudo novamente. Ele usou as mãos como escudo e os seguranças logo fizeram uma barreira. Um dos fotógrafos acertou um soco no segurança mais novo e tirou mais fotos, rompendo momentaneamente a barreira.

— Mike, por que você não usa essa sua cara de drogado e dá um sorriso para a câmera? Aposto que irá servir para um cartaz de prevenção às drogas. — o fotografou desdenhou e sorriu enquanto os colegas faziam o mesmo, bem, pelo menos até Mike desferir um soco no rosto e derrubar o equipamento que agora Mike pisoteava sem parar.

— Vamos, Sr. Garrigton — um dos seguranças afastou o rapaz enquanto os flashes disparavam sem parar e o rapaz atingido pôs a mão no local afetado.

****

   O astro permaneceu em silêncio durante todo o trajeto do hotel ao aeroporto, ele apenas massageava as têmporas e sentia-se como a Britney Spears no seu surto que resultou na agressão de um paparazzi. Na verdade, ele entendia a motivação de Britney mas no fundo Mike G sabia que isso iria acarretar em problemas futuros para a sua imagem.

   Mike G adentrou no jatinho particular e fechou os olhos encostando a cabeça na poltrona macia. Tudo que ele precisava agora era de sobriedade e uma xícara de café. Como sempre, Michael Garrigton acabara dormindo durante o trajeto, fazia um tempo que o rapaz não desfrutava de um sonho tão calmo.

Garrigton acordou com um leve toque em seu ombro, uma jovem chamava-o pelo nome, despertando-o de um sono tranquilo e proveitoso.

— Onde estamos? — Mike perguntou sonolento e ajustou sua posição na poltrona, deixando a postura ereta enquanto bocejava e coçava os olhos.

— Chegamos ao seu destino final. O piloto Mark pediu para avisá-lo. Precisa de alguma coisa? Qualquer uma.

— Não. Obrigado. — Mike franziu o cenho, estava notando um flerte ou era apenas fruto de sua imaginação?!

[...]

   Os seguranças do aeroporto ajudaram o rapaz com o desembarque de suas malas, um táxi foi acionado e em seguida ele chegou em seu apartamento. Adentrou o mesmo e o recinto estava vazio, completamente vazio. Ele deixou a mala na entrada do recinto e chamou por seus funcionários mas nenhum deles apareceu.

   Mike achou estranho mas deu de ombros, tomou um banho, jantou uma comida japonesa que pedira num desses aplicativo essenciais para pessoas preguiçosas. Depois de todo o ritual, o astro subiu as escadas preguiçosamente e foi em direção ao seu quarto e Gwen surgiu em sua mente.

   Ele errou em afastá-la na hora que mais precisava, quando o amor seria um gancho que impediria o jovem de surtar. Mas ele sabe que errou, por achar não ser digno do amor dela. De pensar que todas pessoas na vida do rapaz eram falsas, gananciosas ou invejosas. Porém, Gwen não era assim, a gótica tinha se apaixonado por ele mesmo por trás de todas aquelas camadas de maquiagem na versão nerd e mesmo por trás da fama. Não era apenas dinheiro, interesse, ela despertou algo que jamais pensou que sentiria.

   Em compensação, por um instante de raiva e frustração, ele decidiu que seria melhor ficar sozinho por um tempo. Afinal, Michael Garrigton não queria que Gwen o encontrasse chorando no banheiro do quarto agarrado à uma garrafa de uísque enquanto sentia-se um fracassado abandonado e sem amor. Era babaquice pensar assim, porém, em seu momento de dor, Mike foi egoísta e a única coisa que fez foi pensar na própria dor.

Gwen

   A noite estava fria e silenciosa, após o dia de trabalho de ambas as mulheres Smith, Gwen e sua mãe estavam exaustas. O jantar se resumiu em waffles e chocolate quente para acalmar os ânimos.

   Jessica estava assistindo pela décima vez um dos filmes baseados em um dos romances de Nicholas Sparks e Gwen apenas dava uma espiada em suas redes sociais. Sua mãe estava com uma caixa de lenços na mão enquanto esperava pelo desfecho do romance.

   A loira nunca entendeu a razão das pessoas gostarem tanto de romance, em suma, raramente o casal principal ficava junto no final, às vezes um deles acabara morrendo. Esse pensamento anti-romântico fez a jovem apenas dar de ombros e deitar-se no sofá enquanto devorava um balde de pipoca de milho.

— Ai meu Deus, eu amo essa parte — Jessica falou enquanto mantinha seus olhos fixos na televisão.

— Quantas vezes você já assistiu esse filme? — Gwen sorriu enquanto a mãe fazia um "shhh" a loira passou um zíper imaginário na boca e fingiu jogá-lo fora, uma maneira de dizer que ficaria calada.

   Então, por um minuto de curiosidade ou ironia do destino a jovem resolveu navegar em um desses sites de fofocas, o TMZ sempre fora do tipo que adorava especulações. Particularmente, Gwen odiava esses sites, mas algo mandava ela dar apenas uma olhadinha, foi então que ela viu...

— Porra! — a loira se levantou bruscamente, derrubando as pipocas que restara no recipiente e fazendo com que sua mãe se assustasse. — É essa a merda de tempo que ele queria comigo, para isso?!

— Gwen, se acalma. Isso não faz bem ao bebê. — Jessica tentou argumentar enquanto sua filha dava voltas pela sala.

— Eu não aguento isso. Eu achei que ele  iria me procurar e insistir. Mas ele simplesmente abandonou tudo que tivemos, que amor é esse? — as lágrimas corriam livremente pelo rosto da jovem.

— Não preciso te lembrar das várias ligações e mensagens, não é? Ele tentou mas você o afastou. Por medo, Gwen. — Jessica tentou acalmar a sua filha, puxando-a para um abraço que resultou em mais lágrimas.

— Eu só queria que ele viesse até mim, conversasse e não desistisse tão facilmente. Mas foi exatamente o que ele fez. Terminou comigo por telefone! — a jovem aninhou-se nos braços da mãe enquanto chorava sem parar.

— Calma, filha. Ele já provou que não é digno de você, nem desse bebê que irá nascer. Nós iremos nos sustentar. Nosso amor será o alicerce dessa casa. — Jessica afagou os cabelos da filha, sua eterna menininha.

— Eu sei. Michael já deu todas as provas para que eu esquecesse ele  e seguisse em frente mas eu tenho medo de que roube meu bebê. Mike tem grana. Não posso deixar que ele faça isso.

— Nós não iremos, vamos dar um jeito nisso. Lutaremos até o fim por ele ou ela. — Jessica sorriu — Inclusive, faltam apenas alguns meses para sabermos se é menino ou menina.

[...]

   Depois de 5 meses após o ocorrido, Gwen apenas seguiu em frente com sua vida e rotina, sua barriga já estava visível mas por sorte suas aulas já haviam acabado. A loira não participou de nenhum evento, baile, formatura ou qualquer que fosse a atividade que incluísse a escola. Sua vida havia se resumido em trabalhar e voltar para casa, nessa rotina incessante. 

   Numa tarde de sábado Gwen estava lavando a pequena louça e ficou encostada na pia da cozinha e alisando a barriga, enquanto o bebê dava pequenos chutes. Gwen já havia feito o exame e descoberto que era uma menina, ela só não sabia qual nome colocaria.

   A loira escutou leves batidas na porta e pegou um pano para secar as mãos e ir até a mesma, ao abrir, ela se deparou com Tyler e uma pizza gigante em suas mãos.

— Oi, pensei que poderíamos conversar e esta pizza é um sinal de paz. — ele sorriu e observou a barriga da ex namorada.

— O que você quer? — Gwen perguntou enquanto colocava uma das mãos na região lombar e revirava os olhos.

— Eu queria conversar com você. Quebrar esse clima entre nós. Preciso me explicar, Gwen. — Tyler respondeu sério e esperou uma reação.

— Não. É um pouco tarde para isso, Tyler. Um atrasado de 6 meses. — Gwen estava fechando a porta e Tyler pôs o pé, impedindo-a de prosseguir.

— Tira o pé antes que eu feche a minha mão na sua cara de idiota. — a loira observou o moreno com uma raiva moderada.

— Olha, eu sei que fui um babaca com você. Mas acredita em mim quando eu digo que precisamos conversar. Candice me obrigou a ficar com ela. — Tyler suspirou fundo e observou a loira. — Candy disse que mandaria o pai dela demitir o meu pai. Fiquei com medo disso acontecer. Esse trabalho garante a renda da minha família.

Gwen observou com atenção e revirou os olhos novamente antes de abrir a porta e deixar o rapaz entrar. Tyler observou a sala e entrou após entregar a pizza nas mãos de Gwen.

— Onde está sua mãe? — Tyler perguntou antes de sentar-se no sofá.

— Trabalhando. — Gwen respondeu sem interesse. — Só vou comer essa pizza se você comer primeiro. — a loira disse com sarcasmo.

— Gwen, não vou te envenenar — Tyler gargalhou e pegou um pedaço qualquer da pizza e devorou rapidamente. — Deliciosa. É seu sabor preferido, não é?

— Sim. — a garota pegou uma fatia e sentou-se de frente para o rapaz.

— Continuando...  Candice me fez ter um caso com ela, mas seria hipocrisia dizer que eu não gostei... — ele suspirou fundo e mordeu o lábio. — Só vim te contar isso porque ela terminou comigo e depois daquela cena na escola, tudo fez sentido na minha cabeça. Ela era obcecada por você.

— Sim. Eu sou a rainha das b... — Gwen deixou a frase incompleta e abocanhou mais uma fatia. — O que você quer, meu perdão? — a loira indagou ainda com a boca cheia, enquanto tentava não sorrir.

— Não exatamente. Eu te vejo sozinha fitando a noite, alisando sua barriga às vezes. Parece um pouco solitária. Ele te abandonou, não foi? Eu vi uma fotos e...

— Não preciso que você me lembre disso, Tyler. — a loira retrucou mas na verdade, tudo que estava sentindo nesses 6 meses era solidão. — Ele não sabe que estou grávida. Não quero contar. Quero apenas esquecer e seguir em frente.

— Entendi. Só pensei que poderíamos recomeçar. Ter uma amizade novamente, sabe? Estou indo cursar engenharia e em breve vou sair da cidade. Queria passar esse tempo com você. Acho que estou te devendo uma.

— Vou pensar sobre isso. — a loira respondeu e comeu mais uma fatia.

   Ela sempre pensava em perdão, odiava o que Tyler fez com ela, porém, acima de tudo o que Candice fez. Um amor não correspondido às vezes pode ser mais perigoso do que se pensa. Algumas pessoas fazem coisas insanas por "amor".

   Infelizmente, Gwen havia se acostumado a ser julgada, ficar sozinha e havia esquecido o quão bom às vezes era ter alguém que a conhecesse, num momento, essa pessoa era Tyler. Por mais que ela odiasse admitir, no fundo a loira precisava de alguém para dividir suas angústias. E após esse dia, a amizade deles acabou aos poucos voltando ao normal, fazendo com que pizza nos finais de semana virasse um hábito.

[...]

   Tyler e Gwen conversavam animadamente enquanto comiam uma pizza de queijo e bebiam limonada. Uma batida insistente na porta fez a jovem levantar de sobressalto e ir até a mesma, antes de abrir a porta a gótica virou o rosto e mostrou a língua para Tyler que dizia algo inaudível até então. Quando a gótica voltou o olhar na direção de quem estava na porta sua frase decorada de "em que posso ajudar" tornou-se quase em um sussurro inteligível.

— Mike...? — Gwen fitou o astro enquanto seu coração pulsava velozmente. — O que você está fazendo aqui?

— Oi Gwen, será que nós podemos conversar? — o jovem mantinha as mãos nos bolsos e seu cabelo estava jogado para trás.

— Não, não podem. — uma voz masculina emergiu e logo Tyler apareceu atrás de Gwen, enlaçando a circunferência que se formara em sua barriga e de um jeito íntimo, unindo seus corpos.

O olhar de Mike rapidamente seguiu o gesto de Tyler e um misto de raiva e tristeza parecia se formar dentro de Mike. Ela estava grávida de Tyler. Por  idiotice e orgulho, o astro havia perdido-a para sempre.

— O que você quer? — Gwen sentia um choro súbito acumular-se em sua garganta mas ela não iria chorar, não na frente dele. — Vai embora, Michael Garrigton. Não tenho nada a dizer.

— Gwen, por favor. Um minuto. Apenas isso e nada mais. — o jovem suplicou e por um instante Gwen olhou para Tyler e deixou Mike entrar.

   O rapaz adentrou o ambiente e o perfume dele invadiu as narinas da loira que mordeu a parte interna da bochecha, impedindo as lágrimas. Ela não imaginava que estava com tanta saudade, raiva e frustração por ele ter abandonado-a, porém, o sentimento predominante agora era o rancor.

— Vem. Você tem 1 minuto. — Gwen subiu as escadas e levou Mike para o quarto dela. O rapaz sentou-se na cama e observou a decoração.

— Como você está? — ele perguntou observando a sua ex namorada. Toda vez que observava a barriga dela, algo crescia dentro dele. Uma sensação de ter sido um babaca por deixar ela sozinha. — Você já sabe o sexo?

Gwen observou Mike por alguns segundos, sequer lembrava de como ele era lindo. As tatuagens, os olhos, o jeito que falava e sorria. Porém, agora ele parecia estar cansado e meio abatido.

— Melhor sem você. É uma menina. — Gwen respondeu e por hábito passou a mão na barriga mas parou quando um olhar melancólico surgiu nos olhos de Mike.

— Gwen, você o ama? Sempre amou, não é? — o astro indagou enquanto se levanta rapidamente e foi indo na direção de Gwen que deu um passo para trás.

— Isso não é problema seu. Volte para as suas vadias, bebidas e drogas. Estamos melhor sem você. — a loira retrucou mas um leve pânico cresceu dentro dela, por sorte, Mike estava pensativo demais e não reparou no plural.

— Eu errei com você. Mas eu torço pela sua felicidade, mesmo que seja com ele. — Mike se aproximou ainda mais e passou rapidamente a mão na barriga de Gwen, fazendo a garota deixar uma lágrima solitária tocar seu rosto.

A bebê chutou a barriga da loira e fez uma leve vibração na mão do rapaz enquanto ele sorria bobo.

— Ela vai ser uma garota destemida, igual a você. — Mike encarou Gwen e tocou seu rosto, limpando a lágrima  solitária da garota. — Desculpa por ter deixado você ir, essa é uma das coisas que irei me arrepender para o resto de minha vida. Mas saiba que ainda amo você, e torço pela sua felicidade.

  Gwen ficou estática enquanto tentava não chorar, seus batimentos estavam acelerados e era quase impossível se controlar perto dele. Então, ela apenas ficou parada sem dizer nada. Mike suspirou fundo e acariciou a bochecha da mesma antes de depositar um beijo demorado e secar uma lágrima que por sinal, era dele.

— Eu te amo, Gwen Smith. Mas não sou digno de seu amor. — ele sorriu brevemente.

O astro afastou-se rapidamente e começou a sair do quarto enquanto Gwen chorava sem parar. Ela não conseguia dizer nada, sabia que se dissesse uma palavra, iria acabar contando tudo para ele.

— Se eu tivesse uma filha com você, iria chamá-la de Alisson. Alisson Garrigton. Seria um nome bonito. Pense bastante antes de pôr o nome, não deixe que o nome dela seja motivo de bullying.

Ele sorriu e retirou-se rapidamente do quarto enquanto a loira sentou na própria cama e chorou com as mãos no rosto. Gwen ouviu o barulho do carro indo embora e Tyler adentrou no quarto, abraçando a garota que chorava ainda mais.

— Eu estou aqui, Gwen. — o moreno abraçou a mesma enquanto ela soluçava.

— Eu também te amo, Mike. Mas não posso deixar que você leve minha filha embora. — Gwen falou para Tyler o que gostaria de desabafar para Mike. O moreno apenas envolveu-a em um abraço e deixou que ela ficasse ali até que adormecesse.