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Comemorações

O tempo estava atipicamente mais frio naquele dia. Pela estação do ano aquele vento cortante não era lá muito comum, eu estava começando a achar que o aquecimento global realmente ia acabar com a vida na terra. Estava vestindo calça jeans, botas, meias térmicas, camisa de manga cumprida, uma blusa de lã e um casaco muito grosso e preto por cima de tudo. Aquilo definitivamente não era normal pra um cara acostumado com o frio, e eu estava prestes a colocar um cachecol pelo amor de Deus. O clima só me fazia querer voltar pro conforto da minha casa o mais rápido possível, mas Yoon-he insistia em sair pra tomar pelo menos um "café em comemoração".

Minha música lançada como single no álbum do rapper famoso estava no topo dos charts a três semanas consecutivas. E sim, era uma grande conquista pra mim. As pessoas gostavam da minha composição e aquilo era a razão de tudo pra começo de conversa.

De certa maneira era surreal. Mesmo trabalhando duro todos os dias pra alcançar pessoas com as minhas letras não me preparava pra sensação que era realmente me dar conta que estavam ouvindo minhas palavras. E em algum lugar daquele país alguém poderia sentir o que eu sinto.

Isso só me dava cada vez mais vontade de me esforçar para conseguir o que eu queria. Em parte eu também queria provar pra minha família que eu era capaz sim.

- Porque nós estamos andando nesse frio mesmo? – pergunto mais uma vez, interrompendo alguma coisa que ela tava falando sobre a empresa dos pais.

- O café que abriu recentemente é super pertinho da sua casa Yoongi. Dizem que é ótimo.

- Acho que nós temos definições diferentes da palavra "pertinho", a gente ta andando a mo tempão e estamos quase no centro de Seoul já garota.

Ela dá risada, acostumada com a minha maneira de falar e meu jeito ranzinza de um velho de 65 anos.

- Eu estou de salto e é você quem está reclamando. Tsc ... tsc – diz irônica – Já que você não está interessado no meu cargo na empresa e nós ainda não chegamos, me fala como é começar a ficar rico com a sua música.

Minha vez de rir debochado. Encolho os ombros com as mãos no bolso do casaco e ando cada vez mais rápido, fazendo Yoon-he quase correr pra me acompanhar.

- Não é bem assim que funciona o contrato, eu não estou ganhando quase nada.

- Então nada de groupies pra você ainda?

- É, não é dessa vez que eu vou poder te bancar gracinha.

- Como se eu tivesse incomodada com isso. Francamente Yoongi, se eu quisesse mesmo ficar com você não hesitaria em te bancar eu mesma.

- Oh baby... você sabe exatamente o que dizer pra balançar meu coração – dramatizo e nós dois caímos na risada.

Era legal tê-la de volta e poder resgatar alguma parte da minha antiga vida nas nossas conversas. Eu precisava de alguma coisa que me ligasse a minha família de alguma forma. Sem meus pais, sem empresa, sem esse mundo de socialite idiota e sem a Julia, eu acabei sem nenhuma referência familiar e do lugar de onde eu tinha vindo. Yoon-he era minha única esperança.

Mais alguns passos e paramos atrás de um casal. Olho pra frente e tinha uma fila consideravelmente grande. Nós estávamos parados na esquina. A garota "patricinha" ao meu lado age com a maior naturalidade, esperando pra entrar naquele lugar.

- Qual é Yoon... nenhum café vale tudo isso – reclamo realmente irritado.

- Você não sabe o que está dizendo. Quase nem come direito. Eu quero pagar pra ver, ta todo mundo comentando desse lugar.

- Se eu estivesse sentindo minhas mãos agora, elas estariam ao redor do seu pescoço te esganando lentamente.

- Você sabe exatamente o que dizer pra balançar meu coração Yoongi – repete minhas palavras com o maior sorriso irônico.

Não consigo evitar um risinho idiota. Touché. Mais uma vez ela engata uma conversa sobre qualquer assunto que a interessasse no momento. Confesso que atualmente nossos interesses haviam mudado drasticamente e tínhamos seguido caminhos completamente diferentes. Era difícil eu me importar muito com os seus monólogos ou prestar 100% de atenção. Acho que Nova York acaba mesmo entrando na pessoa. Yoon-he falava de moda e negócios enquanto eu queria falar de música e arte. Mesmo assim seu jeito tão irônico e despojado quanto o meu ainda nos completava como antigamente. Isso não tinha mudado.

10 minutos... andamos 5 passos... 20 minutos... andamos 2 passos... 25 minutos... a fila finalmente anda mais de 15 passos. Nós conseguimos ver a entrada cada vez mais próxima. Depois de tanto tempo esperando parecia que conseguir entrar na cafeteria era uma vitória a ser mais comemorada do que a minha música nos charts.

Só mais 2 passos e passamos pelas portas de vidro. Ahhh o ar condicionado quente misturado com o calor humano de mais de 50 pessoas espremidas no mesmo local. Mas que merda!

- Olha... eu sei que não vai mais rolar nada entre a gente, mas isso não quer dizer que eu to afim de te ouvir falar dos ricaços que você sai – a encaro entediado e logo fecho ainda mais a cara, sendo apertado por mais pessoas querendo entrar no café.

- Ta bom... não está mais aqui quem falou – ela interrompe mais um dos seus assuntos.

- Queria eu não estar mais aqui nessa palhaçada de lugar – bufo alto, chamando a atenção de algumas pessoas ao meu lado.

Yoon-he finge não me conhecer por um instante, mas eu realmente não estava nem ai. Aquela situação era ridícula. Em meio a várias pessoas gritando alguns pedidos para serem ouvidas e outras se apressando para conseguir sentar em uma mesa, eu acabo ouvindo uma voz bem conhecida.

- Nós vamos acabar morrendo aqui Nam... é sério!

Julia gritava pro professor agarrado a sua cintura. Eles estavam um tanto distantes, mais próximos do balcão. Eu os observo por alguns segundos e de repente aquele lugar parecia ter ficado ainda menor do que já aparentava. Fazia um tempo que eu a tinha visto pela última vez, seu cabelo tava diferente agora, mais cumprido... sei lá. Já nem enchia mais a Helena de perguntas sobre a Julia, simplesmente seguia em frente não importava quais as circunstancias. A menininha estava bem e era assim que deveria ser, sem Min Yoongi para estragar sua vida.

- Vamos embora Yoon-he – peço, mas parecia mais uma ordem mesmo.

A garota espremida ao meu lado olha na direção da Julia e no mesmo instante percebe que não teria como contestar aquilo. Abrimos espaço entre a multidão que parecia nunca ter tomado café na vida e saímos de novo no frio da rua. Ar puro, fresco e cortante, aleluia!

- Poxa! Sem café de comemoração então – passa as mãos pelo casaco branco, tentando desamassar o que tinha sido abarrotado pela muvuca.

- Café não... mas talvez uma bebida? – estico meu braço, oferecendo pra que ela pegue – álcool mantém o sangue quente.

- É bem mais sua cara mesmo – Yoon-he me dá um sorriso e entrelaça o braço no meu.

Começamos a caminhar de braços dados, enfrentando o vento gelado que vinha contra nós. Eu me protegia com um escudo invisível de conformidade e aceitação e exibia um sorriso singelo apesar de tudo.

Julia POV

Eu dava pulinhos no mesmo lugar vez ou outra, tentando não sentir tanto frio, mas quem me observava poderia pensar que eu queria mesmo era usar o banheiro. Minhas pernas já estavam doendo também de tanto ter que ficar de pé ali naquela fila. Com tantos lugares que poderíamos ir, não sei por que a insistência do Nam em ir justo naquele café comemorar nossos 3 meses juntos. Nem parecia ter nada demais ali. Era bom aquele café me deixar bem acordada pra estudar mais tarde, senão Kim Namjoon sofreria as conseqüências.

- Falta pouco pra entrarmos – ele comenta envolvendo os braços nos meus ombros e me aconchegando contra si – Vai valer a pena, prometo.

Faço uma careta meio "bléh" e uso meu namorado como escuto contra aquele frio todo.

- Se não conseguirmos uma mesa, eu juro que vou querer te bater muito Namjoon. Meus pés estão me matando.

Ele beija o topo da minha cabeça e passa vários minutos tentando me distrair até finalmente podermos entrar lá. Se do lado de fora estava ruim agüentar o frio, do lado de dentro eu sentia que ia morrer sufocada. Com dificuldade e aos poucos Namjoon vai abrindo espaço entre as pessoas, tentando nos aproximar do balcão. No meio do caminho eu já estava suando e com os cabelos grudados na testa.

- Namjoon – chamo, mas ele não me ouve – Nam – tento de novo e ele me olha com a cara confusa de quem não estava conseguindo escutar nada – Nós vamos acabar morrendo aqui Nam... é sério! – quase grito e dessa vez parece funcionar.

Que desorganização. Estava pior do que aqueles cafés nos estados unidos que eu só via em filmes na tv. Fala sério... o café daqui é roubado da horta da rainha da Inglaterra? É só café e bolinhos cara, vamos ser pacíficos e fazer uma fila? Incrível! Tem fila pra entrar, mas não tem fila pra fazer pedidos. Eu tava ficando muito irritada, aquela comemoração de namoro estava sendo pior do que perder um episódio novo do meu dorama preferido.

Fico nas pontas dos pés, tentando olhar melhor sobre as cabeças e rapidamente reparo que um casal está prestes a sair de uma mesa. Era a minha chance.

- Vai fazendo os pedidos que eu vou pegar uma mesa – grito sem me importar se Namjoon ouviu de fato ou não.

Empurro algumas pessoas, sendo um tanto mal educada, mas era pelo bem dos meus pezinhos mortos dentro da minha bota novinha em folha. Consigo chegar na mesa antes mesmo que o casal se levante e sem pudor nenhum, fico em cima pra não perder o lugar. A mulher refinada me olha com desdém, me julgando até o último fio de cabelo suado e eu dou de ombros me sentando imediatamente na cadeira assim que ela se move.

Suspiro sonoramente. Ah... finalmente um pouco de descanso! E era um lugar bem na janela grande que servia como uma vitrine pro café. Eu conseguia ver a rua começando a ficar iluminada pelas luzes noturnas enquanto o céu escurecia. A movimentação de pessoas era bem mais moderada, enquanto o trafego de carros era freqüente. Um típico dia frio no meio de dias quentes. Um pouco mais relaxada, apoio o queixo entre as mãos e só observo a rua, querendo ignorar o barulho do caos ali dentro daquele lugar. E eu consigo... por um minuto eu não escuto nada. É como se eu ficasse surda.

Ergo minha cabeça e meus olhos vidrados acompanham o casal que passa de braços dados enfrentando o vento forte.

Min Yoongi e Yoon-he.... juntos... de bracinhos dados. Tão rapidamente quanto surgiram, eles somem de vista.

- Aqui Ju... – Namjoon fala e se senta a minha frente. Coloca um café na minha mão– Você vai amar, o café é muito bom mesmo.

Atordoada, pego o café num gesto automático e beberico levemente. Era um café doce, encorpado, forte e divino, que pra mim tinha um gosto amargo e sem graça.

Óbvio que o Nam nota alguma coisa estranha no meu comportamento, mas por hora eu me limito em dizer:

- Feliz aniversário de 3 meses.


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