Que faremos?
Que diremos?
Se a sociedade nos impõe tanto medo
O que esperar de um mundo tão incrédulo?

Você continua tão distante
Mesmo com nossos encontros frequentes
A vida anda variante
Um pouco inconstante
Será que é por isso que as pessoas correm tanto?
Para não pensarem nos seus desenganos?

Realmente, não falamos sobre coisas que não temos, sobre elas, controle
Como a morte, dores, amores e você
Não sabemos tudo
Mas o que não sabemos, excluímos
É humilhante não sermos os donos do mundo

Você poderia me levar?
Para bem longe dessas metrópoles, cidadelas
Onde eu possa te dar um beijo
Onde eu possa para você, exclamar meu desejo

Sem contratos sociais
Com corpos individuais
Nos quais você é minha
E eu, seu, sem divisas