O ser humano sempre sentiu a necessidade de dar nomes as coisas
Dar nomenclaturas
Mas ninguém nomeou as dores
As dores que amor

E como mais uma da espécie
Inicial agora essa tese
Nomes das dores mais doidas
Da humanidade

Há a dor intramental
São os inícios não ocorridos
Os quase amores
Você ama, mas não efetua amor
Por que o outro não sentimentalizou você da mesma forma
Essa dor dói menos, porque você não provou

Há a dor contritamental
Machuca, rompe, chega a ser imoral
Há amor mútuo, mas as vísceras da formação humana
Impedem esse amor
É a sentimentalização restrita e moldada pela cobiça

Há a dor extramental
Essa é a que mais machuca
Você viveu um amor
Um amor absoluto - sentimentalização não restrita
Provou das mais lindas vistas que o amor do outro causa
Senti-se única;
Mas de repente todo esse amor acaba
Dói na sua alma;

Há um amor, mas tantas dores
Coisas boas deveriam ser tão difíceis?
Vale a pena amar o outro?