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Capítulo 15

Abro a porta do quarto de Helena segurando minha mochila em uma das mãos. Escuto um falatório no andar inferior e caminho até a escada, provavelmente minha amiga estaria enchendo a cabeça De Théo, que já me esperava na sala.

Estaco ao ver dona Fernanda sentada ao lado do doutor, papeando com animação.

— Mãe? — Questiono chamando a atenção de todos que estavam no cômodo — O que está fazendo aqui?

Ela se levanta e vem ao meu encontro como uma tempestade de verão.

— O que você está fazendo aqui! Essa sim deveria ser a pergunta certa, mocinha! — Cruza os braços na altura do peito.

Desvio o olhar, pois sabia que se ela me estudasse com mais atenção, veria que havia algo de errado.

— Eu precisava conversar com a Hel. — Digo dando de ombros.

— E não pensou nem por um segundo em avisar aos seus pais? — Descruza os braços e coloca as mãos na cintura batendo um pé no chão.

— Desculpe, mãe, mas eu já sou maior de idade e precisava de um tempo com ela. — Por fim a encaro, e como eu imaginava, ela começa a me analisar atentamente.

Lanço um pedido de socorro com o olhar para a minha amiga, mas Hel não teve tempo nem de abrir a boca. As mãos de mamãe me envolveram em um abraço maternal.

Surpresa com tal ato, suspiro e retribuo o abraço.

— Minha menina, vejo que não está bem! — Sussurra em meu ouvido e eu fecho os olhos — Mesmo não querendo se abrir comigo, saiba que sempre terá um colo materno te esperando aqui.

— Eu sei, mamãe! Obrigada! — Dou um beijo em sua bochecha e me afasto. Todos presentes no cômodo nos encaram com curiosidade e admiração. Então me lembro da presença do missionário — Dona Fernanda, vejo que já conheceu um dos meus parceiros de missões.

— Sim, minha filha, e estou muito feliz por saber que haverá um homem forte e corajoso ao seu lado! — Arregalo os olhos e eles riem.

— Por favor, mãe...

— O que eu disse? Estou errada, Théo? — Volta-se para o meu colega.

— De forma alguma! — Ele se levanta e caminha em nossa direção — Em todo o tempo estarei ao lado da Agatha para auxilia-la no que precisar. — Diz retirando a mochila de minhas mãos e colocando em seu ombro. Ergo a sobrancelha, mas decido ficar calada.

— Bom, acho que já está na hora de partir.

— Já, minha filha? — Pergunta mamãe com decepção na voz.

— Está muito cedo, querida!

— Não seria prudente viajarmos muito tarde, tia Carmem. — Digo começando a me despedir das mulheres — Muito obrigada pela hospedagem!

— Que isso, Águi! Será sempre bem-vinda aqui! — Acaricia meu rosto.

— Mamãe, mande um beijo para o papai por mim, e diga que ligarei em breve.

— Pode deixa! — Vira-se para Théo — Foi um prazer conhece-lo, querido! Da próxima vez quero que almoce lá em casa!

— O prazer foi todo meu! — Deposita um beijo no dorso de mamãe me fazendo revirar os olhos.

— Hey! — Sinto os braços de Hel em meu ombro — Como você está?

Dou de ombros oferecendo um pequeno sorriso.

— Acho que estou melhor. — Recebo um abraço apertado, carregado de amor e preocupação.

— Eu te amo, minha irmã! Por favor fique bem! Saiba que eu sempre estarei aqui para o que você precisar! — Se afasta para me encarar — Essa frase soa bem clichê, mas ela é totalmente verdadeira! Sabe disso, não é?

— É claro que eu sei, Hel! — Não sei o porquê, mas meus olhos se encheram de lágrimas. Essa situação toda estava me deixando muito sentimental — Não sei o que faria se não tivesse você ao meu lado!

— Ah, deixa disso! — Diz me dando um tapa no ombro — Podemos viver sem qualquer um, por mais que doa no início, mas sem Ele... — Aponta para o céu — Aí sim eu não sei como seria!

— Você me entendeu, mané! — Abraço-a mais uma vez.

— Nossa, você está muito melosa para o meu gosto, Águi... Mas até que eu gosto! — Ri da minha reação e eu me afasto — Uma pena que esses momentos duram pouco!

— Vocês que pedem por isso! — Dou de ombros.

— Vamos, Agatha? — Olho para Théo e assinto.

— Espero vê-las em breve! Amo vocês! — Sigo para o carro junto com o doutor, mas paro ao sentir braços pequenos me virar e puxar para um abraço.

— Você faz muita falta, amiga! — Sorrio.

— Você também, Hel! Muita! — Despedimo-nos mais uma vez, mas em meu íntimo sentia o coração apertado.

***

Chegamos ao CEM por volta das 21h. O movimento perto do maior auditório do local estava grande, o que me fez franzir o cenho.

— Deve ser o culto. — Théo comenta percebendo minha confusão.

— Ah, deve ser mesmo!

Caminhamos em silêncio até os prédios onde nossos dormitórios ficavam.

— Você está bem? Está muito quieta. — Ele quebra o silêncio.

— Ficarei. — Respondo sem querer continuar aquela conversa, e ele percebe isso.

— Ok! — Chegando na entrada do meu prédio ele entrega minha mochila — Está entregue, doutora!

Sorrio e assinto.

— Obrigada mais uma vez pela carona e pelo convite! Que Deus continue te abençoando, Théo!

— Eu que agradeço pela companhia. Não gosto de viajar sozinho.

— Então estamos quites! — Comento e ele ri.

— Estamos quites! — Suspira se afastando — Até amanhã!

— Até! — Viro e subo a escada lentamente. O cansaço da viagem estava começando a bater.

Ao entrar no quarto, percebo que ninguém estava lá. Arrumo minhas coisas, tomo um banho e me deito. Ainda estava acordada na hora que as meninas entraram, mas mantenho meus olhos fechados e minha respiração tranquila. Não estava afim de papo no momento.

Na manhã seguinte, como sempre, fui a primeira a acordar. Dessa vez decidi acordar um pouco mais cedo para retomar minha corrida matinal. Coloco a roupa de ginastica, o tênis, pego meus fones de ouvido e saio de fininho.

Ainda eram cinco e meia da manhã, o sol estava começando a nascer e o ar gélido da alvorada castigava minha pele.

Começo a corrida indo até a portaria do sítio. Ao passar pelo prédio administrativo avisto dona Flora e a cumprimento com um aceno de mão. Dou algumas voltas pelo grande local e decido finalizar com uma bela vista.

Sigo para os fundos do meu edifício tentando controlar a respiração que estava desregulada. Minhas pernas ardiam e meus joelhos latejavam, devo ter forçado demais tentando extravasar meu stress.

— Como imaginava... — Comento ao finalizar o caminho estreito e entrar no espaço livre, que recebia os primeiros raios solares. A paisagem era estonteante e a sensação que eu tinha era de que a vegetação abraçava acolhedoramente o grande lago.

Vou até o píer e me sento na ponta do deck. Retiro os tênis e penduro as pernas. Meus pés quase tocavam a água, e quando estava prestes a encostar na superfície, um pequeno peixe pula ao meu lado, fazendo-me soltar um gritinho e depois gargalhar.

— Está querendo me assustar, amiguinho? — Sorrio — Pois fez um excelente trabalho! Bom dia para você também!

Ainda sorrindo, deito-me no deck de madeira e diminuo um pouco a música que escutava, afim de conversar com o meu Pai.

Estava tão concentrada em minha conversa que levei um susto ao sentir a vibração da madeira abaixo de mim. Abro os olhos e me sento rapidamente olhando para trás.

— Não quis te assustar! Desculpe, não sabia que tinha alguém por aqui.

— Tudo bem! — Forço minha voz — Estava distraída.

Ele oferece um pequeno sorriso e começa a voltar. Fecho os olhos e suspiro.

— Vicente, espere! — Ele para e me olha com espanto — Se quiser pode ficar. — Dou de ombros e me viro para frente.

Para ser sincera não fazia ideia do que realmente queria que ele fizesse. Uma parte de mim desejava sua companhia, principalmente porque eu queria que continuássemos amigos. Pelo menos isso...

A outra, a parte sensata, me alertava que não seria uma boa ideia. Ainda estava ferida demais para permanecer ao lado dele, principalmente sozinha.

Fechos os olhos novamente, dessa vez permaneço sentada, sentindo a brisa suave tocar o meu rosto. As madeiras do deck se movimentam mais uma vez, sinal de que ele se aproximava.

Abro os olhos e de soslaio vejo ele se sentar da mesma forma que eu. Como se fosse algo combinado, viramos um para o outro ao mesmo tempo, e ao ser fitada por ele, um nervoso me atingiu.

— Agatha eu...

Ele tenta falar, mas eu o corto.

— Olha, antes de você falar qualquer coisa, eu... — Engulo em seco — Eu quero te pedir perdão por ter agido da forma como agi. Foi imaturidade da minha parte. — Ofereço um sorriso triste e ele permanece calado —Me desculpe!

Volto a encarar a bela paisagem.

— Eu aceito suas desculpas! — Fito os meus pés que balançavam quase encostando no lago — Mas sinceramente, não acho que há motivos para se desculpar — Encaro suas orbes azuis — E discordo de você! Não foi imaturidade de sua parte, Águi.

— Se você diz... — Dou de ombros.

— Por favor, não entenda mal o que irei falar, pode parecer arrogante, mas não é! — Ergo as sobrancelhas — Eu te magoei, e pelo que deu a entender em nossa última conversa, tenho feito isso há anos. Talvez desde o dia em que fui embora.

Desvio o olhar, mas continuo prestando atenção em cada palavra.

— Então quem te deve desculpas sou eu, Águi! Por todos esses anos que te fiz sofre! — Suspiro e o encaro novamente — Preciso que você acredite em mim quando digo que nunca foi a minha intenção te magoar. Nunca, pelo contrário...

— Tudo bem, eu te perdoo e te entendo! Sério! — O nó que se formava em minha garganta só aumentou — Mas não será fácil te esquecer... — Minha voz saiu um pouco embargada e meu olhos começaram a embaçar. Desvio o olhar rapidamente.

— E é isso que eu não consigo entender! Como você ainda pode gostar de mim?

Como? Ele estava pirando ou o quê? Fito-o com incredulidade.

— Eu te dei minha palavra há dez anos! Esperava que ela valesse de alguma coisa — Tentei controlar a decepção em minha voz.

— E eu acreditei, Águi! — Diz com dor na voz — Mas eu...

— Achei você! — Viramos ao ouvir a voz de Caio — Ops! Atrapalho?

— Sim! — Vin responde ao mesmo tempo que eu digo "não". Nos encaramos e eu lhe ofereço um sorriso. Ele desfaz a carranca e encara o irmão — O que aconteceu, Caio?

— Não sei se você reparou, mas já são seis e vinte. Faltam apenas quarenta minutos para as aulas começarem e você... — Fitou-me — Vocês, precisam se arrumar e tomar o café da manhã que começará em dez minutos! — Cruza os braços.

— É verdade! — Diz coçado a cabeça, que só agora reparei, estava uma bela bagunça — Sinto muito, Águi, mas precisamos ir.

— Sem problema! — Nos levantamos. Pego o meu tênis e sigo os irmãos Ferraço.

O percurso foi silencioso e um pouco constrangedor. Pelo menos para mim. Quando chegamos em frente ao meu prédio, Caio nos olha e com tom autoritário diz.

— Não demorem! — Virou-se e partiu para o refeitório. Sorri com o, não mais pequeno, mandão Ferraço, como costumávamos chama-lo.

Volto a encarar o homem ao meu lado, que já me observava.

— Eu tive tempo suficiente para pensar e conversar com Deus. — Comecei — Por mais que isso não importe ou faça alguma diferença em sua vida, quero que saiba que apesar de tudo, estou feliz por vocês dois.

— Isso importa para mim! — Exclamou.

— A Lídia parece ser uma boa mulher. — Digo ignorando seu comentário — E eu desejo que Deus abençoe esta união! De coração!

Ele assente e enfia as mãos no bolso.

— Obrigado, Águi! — Agradece com o semblante sereno — A Lídia é uma pessoa especial!

Fez-se um instante de silêncio. Pigarreio antes de falar.

— Agora preciso ir. Até daqui a pouco! — Nos despedimos e seguimos nossos caminhos.

Entro no quarto e não encontro ninguém, mas percebo que alguém estava no banheiro.

Separo minha roupa rapidamente e a coloco na cama. Abro minha caixinha de joias e vejo os outros colares que que tinham ali. Já estava na hora de arrancar pela raiz qualquer laço sentimental que nos ligava.

Por isso, sem pensar duas vezes, retiro o colar com o pingente de estrela e o jogo na lixeira que ficava perto da janela. Fico parada por não sei quanto tempo contemplando o objeto prateado brilhar lá dentro, até que escuto alguém pigarrear atrás de mim.

— Lili! — Exclamo — Bom dia!

— Bom dia, Águi! — A loira se aproxima e me envolve em um abraço — Como foi a viagem?

— Ótima! Estava precisando.

— Isso é bom! — Ela me analisa por um tempo e depois volta a sorrir — Bom, acho que você irá se atrasar caso não corra para o banho agora mesmo!

Arregalo os olhos e Lídia começa a rir.

— Fui! — Digo passando por ela como um furacão. Pego minhas coisas e entro no banheiro.

É, talvez não seja tão difícil assim conviver com ela...

>>>><<<<

Mais um capítulo para começarmos a nossa semana!!

Em breve começaremos o mês de abril, e se Deus permitir, teremos capítulos durante todos os dias da semana 🤩🙌🏼 O que acham??

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Att
NAP 😘

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