5 • Convite
Fiz uma pequena correção no capítulo anterior de um erro que não tinha percebido kk
Não é nada muito relevante, é só o nome do Denki que é "Denki Jirou" já que ele é casado com a Kyoka, só avisando mesmo.
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O restante do dia passou rápido e durante a janta, Katsuki decidiu ter uma breve conversa com os filhos sobre suas condutas anteriores.
- Posso saber o porquê de estarem andando por aí perguntando se seus professores estão comprometidos? - Sua voz zangada soou e os pequenos estremeceram na hora.
- É que... - Katsuo largou a colher no prato, buscando alguma desculpa plausível. Não gostaria de mentir para seu progenitor, mas era por uma boa causa.
- A gente apostou! - Hana gritou.
- Apostaram? - Arqueou a sobrancelha em dúvida.
- Sim, se nossos professores tinham namorado ou não! - O garoto complementou a mentira.
Katsuki suspirou.
- Pequenos, por favor, não brinquem com informações pessoais de seus professores assim. - Sua voz soou mais amena, não se importava de ser carinhosos com os filhos - Às vezes pode ser uma pergunta muito inconveniente, sabem? - Seu próprio relacionamento era prova disto e apenas agora as crianças ligaram os pontos, sentindo o remorso os corroer.
- Desculpa papai... - disseram em uníssono, tristes pela indelicadeza.
- Está tudo bem. - Bakugou sorriu de modo terno - Só tenham cuidado com este tipo de pergunta.
Acenaram positivamente, imaginando outras maneiras de prosseguir com o plano sem que magoassem seu pai.
Bem, ao menos não precisariam mais fazer aquele tipo de pergunta, pois o alvo já havia sido escolhido.
19 de março de 2020 - Sexta-feira
O fim da tarde chegava, e com ele, Katsuki teve que buscar os filhos no colégio, pois era um dos dias onde estudavam de tarde. Após isto, o loiro teria um breve descanso entre o intervalo de ajudar seus filhos a fazerem as atividades diárias e fazer o almoço. Após ajuda-los, o loiro deitou-se brevemente no sofá - pois em sua cama não sentia que poderia descansar adequadamente - e suspirou exausto. Estava esgotado com mais um dia de trabalho, mas se mantinha firme e forte. Agradecia a Deus o fato de ser sábado amanhã. Aconchegou-se no lugar, ligando a televisão, buscando ver se algo bom passava nela para assistir.
Encontrara um programa de culinária, interessando-se minimamente e deixando naquele canal. Poucos minutos depois, Katsuo e Hana surgiram implorando ao adulto para assistir seus desenhos infantis na televisão da sala e o loiro não resistiu àquelas carinhas de cachorro abandonado, cedendo.
Pegou o celular, indo checar as redes sociais e se deparou com algumas ligações perdidas de Jirou. Suspirou sabendo que deveria ligar de volta então o fez.
- Ah, Bakugou, está vivo! - A arroxeada comemorou irônica do outro lado da linha.
- Fala logo o que quer, Emo - ele revirou os olhos com a fala da outra, sendo direto em sua pergunta.
- Direto, como sempre. - Jirou suspirou - Tá livre hoje à noite?
- Você sabe que não Emo - Ela sabia que tinha filho, não? Literalmente, ela dava aula para eles, como pensara que poderia estar livre? - Tenho dois filhos para cuidar se não lembra.
- Eu sei, mas... - ficou meio hesitante com a cara de pau que teria, mas perguntou mesmo assim - Você não tem aquele amigo lá... Deku, eu acho?
- O que tem o tio Deku? - Atenta à conversa do pai, Hana perguntou.
- Nada não - respondeu à loirinha, voltando-se à Kyoka - Eu não vou pedir ajuda para aquele mer- quero dizer, eu não preciso de ajuda daquele idiota.
- Por que não? - Indagou depois de soltar uma breve risada com o loiro interrompendo-se para não soltar um palavrão.
- Porque não e ponto. Ele também tem a filha dele para cuidar, não vai ter tempo para cuidar dos meus.
- Ele não era o padrinho dos seus filhos?
- Não importa. - Bufou. Não admitiria ser ajudado.
- O que tem o tio Deku papai? - Katsuo se meteu na conversa ao ouvir o nome do esverdeado. - A gente vai pra casa dele?! - Seus olhos já brilhavam de empolgação pela ideia.
- Nã-
- Por favor papai, eu quero brincar com a Aiko! - Interrompeu-o, lembrando da filha de Izuku.
- Eles não parecem discordar... - Kyoka provocou, ouvindo a conversa dos pequenos.
Katsuki bufou frustrado, não permitiria que outras pessoas cuidassem de suas crianças apenas para ele sair por aí com sua amiga, era algo muito irresponsável. Ainda mais quando já era de noite e estava quase na hora da janta, seria muito importuno pedir para que o amigo de infância cuidasse de seus filhos assim do nada. Suspirou, buscando outra desculpa em sua mente.
- Eu tenho muitas provas e tarefas para corrigir.
- Eu também, Bakugou, mas vamos nos divertir um pouco, está dando duro há dois meses sem descanso e como sua amiga não posso permitir isto! - Discursou, realmente querendo ajuda-lo.
- Onde diabos vamos, afinal?
- Uma boate.
- Ah não, Emo... - queria muito praguejar agora - Você sabe que eu odeio esse tipo de lugar.
- Só dessa vez...
E então, Kyoka tratou de tentar convencê-lo de todas as formas possíveis. As duas crianças ainda observando sem entender nada ou se iriam passar a noite na casa do tio Deku. No fim, a arroxeada conseguiu convencê-lo a ir à tão odiada boate com a condição imposta por Bakugou de que iria apenas se o esverdeado aceitasse tomar conta de seus filhos. Kyoka informou o local, avisando que seu marido, Denki Jirou, levaria alguns amigos.
Eles se encontrariam às 11 horas da noite, e como ainda eram 8 horas tinha bastante tempo para ao menos fazer a janta aos seus filhos e depois ligar para Midoriya e confirmar à arroxeada que iria para a merda da boate.
Depois de encerrar a chamada, foi fazer a janta, sendo questionado pelas crianças sobre irem ou não à casa dos tios, dando respostas evasivas por enquanto e mandando-os comer, prometendo saciar suas dúvidas depois.
Enquanto as crianças jantavam ansiosas pela resposta, Bakugou pegou novamente o aparelho e ligou para o esverdeado.
- Kacchan? - Sua voz soava surpresa pois o loiro não tinha o costume de ligar.
- Olha Deku, vou ser direto - disse firme - As crianças podem passar a noite aí?
- Hã? Por quê? Aconteceu alguma emergência? - Questionou, mil possibilidades passando por sua mente.
- Nada aconteceu, Deku - Suspirou, preparando-se para contar o motivo - É que eu vou sair um pouco com uma amiga, pode me julgar e me chamar de irresponsável, mas-
Antes que pudesse terminar sua explicação, Midoriya interrompeu eufórico.
- Já entendi, Kacchan, pode deixar! Você deve se divertir um pouco, ok?
Katsuki ficou em silêncio por um tempo, ele havia aceitado tão bem que assustava.
- Beleza. - E então encerraram a ligação por ali, o loiro sentindo olhares curiosos em sua direção.
- Arrumem suas coisas, vocês vão passar a noite na casa do Deku. - Disse simples, já prevendo suas reações.
Não tardaram a gritar eufóricas e alegres, saltitando vitoriosas e correndo até o quarto para arrumarem suas coisas para a noite na casa do tio Deku.
Bakugou sorriu diante da cena. Observar seus sorrisos e a grande empolgação com qual se portavam aquecia seu peito.
***
- Boa noite, Bakugou. - A voz de um homem de cabeleira bicolor, tal como suas irises, soou quando este abriu a porta da casa lentamente. Era Shoto Midoriya, marido de Izuku.
- Noite. - Foi seco como se costume, mas o bicolor estava acostumado, não se importando e olhando para as crianças que lhe fitavam animadas.
- Tio Pavê! - Gritaram em uníssono empolgadas.
- Olá crianças. - O meio-ruivo sorriu gentilmente, também já acostumado com o apelido que era claramente influência do pai. - Vamos entrar?
Ambas concordaram eufóricas e quando estavam prestes a pisar dentro da casa, Katsuki as segurou.
- Não vão nem dar tchau pro papai? - Arqueou a sobrancelha em dúvida, nem parecia Bakugou.
- Tchau papai! - Ambos disseram e o abraçaram carinhosamente. Com certeza eram os abraços que Bakugou mais amava era o de seus filhos. - Se diverte muito tá? - Foi Hana quem disse, sorrindo radiante para alegrar o progenitor, que sorriu despreocupado com aquela felicitação.
- Sim, não fica triste por a gente não tá perto. - Katsuo complementou, abraçando o pai mais uma vez para demonstrar seu carinho.
Katsuki se sentiu acolhido por aquela pequena criaturinha, retribuindo o abraço e finalmente os liberando para que pudessem brincar com a amiga, filha dos Midoriya.
Olhou para o meio-ruivo que presenciara tudo, com um sorriso ladino em sua face.
- O quê? Não posso ser carinhoso com meus próprios filhos? - Rosnou, ficando emburrado e irritadiço.
- Não é isso, só é raro não te ver xingando ou sendo grosso. - Explicou - Bem bizarro, para ser mais exato.
- Vai tomar no cu, arrombado. - Soltou a língua, mas não falou tão alto com medo de que as crianças dentro da casa ouvissem. Por mais que amasse falar palavrões, odiava ver crianças replicando tão ação. Eram tão puras e inocentes, não deveriam falar palavras tão feias.
Shoto riu da frase afrontosa do outro.
- Divirta-se, Biribinha. - Piscou e Katsuki quis explodi-lo com a insinuação, então xingou-o novamente e foi bufando para seu carro.
Já havia se aprontado anteriormente, utilizando uma camisa social preta por ser uma cor qual era apegado e uma jeans. Muito comum, mas não tinha cabeça para ficar decidindo como iria ir para tal boate e nem tinha pretensão de chamar atenção de alguém por lá, estava indo apenas porque Kyoka insistiu demais, prometendo que ficariam conversando e que se ele ficasse frustrado poderia ir embora.
Dirigiu até a boate qual fora indicada. Quando desceu do carro já eram 10:55 da noite, pois sendo Katsuki, sempre tendia a ser pontual. Lá encontrou Jirou junto a um grupo composto por: Ela; o idiota eletricista de cabeleira loura como a sua, com exceção da mecha preta ridícula, sendo ele o marido de Kyoka; um moreno de cabelos pretos escorridos e pôr fim ao lado dele, uma mulher negra com cachos em um tom rosa.
Se aproximou sutilmente, sendo percebido pelo outro loiro que o chamou.
- Eai Bakugou.
- Oi. - Foi seco como sempre, pessoas não lhe davam muita alegria, principalmente tão alegres quanto o outro. Não gostava muito de ter amigos justamente por estes serem capazes de lhe trair e o julgar, assim como aquela mulher fez com ele a pouco. A única pessoa que confiou tanto a ponto de se entregar de corpo inteiro havia lhe dado as costas. Não só a si como a seus próprios filhos, tão carinhosos e inocentes, sentindo falta de sua mãe.
Ah, não valia a pena ficar se estressando agora.
Os outros lhe olharam por alguns segundos até que alguém tentou puxar assunto.
- Agora só falta uma pessoa - Jirou anunciou.
- Ai, ele sempre demora... - a garota rosada comentou.
E Katsuki sequer pode perguntar quem era o imbecil que faltava para que finalmente fosse para tão indesejada boate, pois o faltante apareceu, soado pela corrida que deu até ali.
- Desculpa, eu não achei as chaves e... - A figura explicava ofegante, parando os olhos no loiro e se assustando - Senhor Bakugou?
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