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21 • Estadia

E lá se foi um ano...
Eu finalmente consegui terminar esse capítulo, está curto, mas está do jeito que eu queria. Sei que devo muitas explicações e elas estão na aba "Conversas" do meu perfil.

Não sei se ainda tem alguém lendo isso, mas boa leitura!

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24 de abril de 2020 — Sábado

Era cedo, cerca de nove horas da manhã. Katsuki acordou assustado ao avistar a figura de fios ruivos ao seu lado na cama. Rapidamente, lembrou-se da noite anterior e suspirou, sentando-se na cama enquanto não tirava seus olhos do homem esbelto adormecido.

Se espreguiçou ao se levantar da cama, sentindo um conforto inimaginável em seu peito. Não foi nem um pouco incômodo ter Kirishima ao seu lado, muito pelo contrário, a presença dele trouxe mais conforto àquela cama; ficava mais fácil dormir nela com aquele professor idiota ali.

Não seria tão ruim acordar com ele ao seu lado outras vezes...

Antes que se perdesse em pensamentos que não poderiam se concretizar de modo tão apressado assim, Katsuki começa a andar em direção ao banheiro para realizar suas necessidades básicas. Quando sai de lá, não demora muito para pegar seu celular e rumar até a cozinha enquanto via as notificações, deixando o ruivo dormindo pacificamente no quarto e já pensando no que poderia preparar para o café da manhã.

Sabia das preferências das duas crianças, e como Kirishima demonstrou ter certa paixão por coisas doces, ele não demora para começar a preparar panquecas com um sorriso nostálgico em sua face.

Estava silencioso, e o silêncio era uma de suas coisas favoritas, apesar de tornar-se uma faca de dois gumes quando estava fragilizado emocionalmente; os momentos silenciosos que vieram após a traição exemplificam bem isso.

No entanto, felizmente, estava agradável permanecer naquele silêncio; os pensamentos sobre tudo que aconteceu no dia anterior tomando sua mente, principalmente envolvendo as palavras de sua mãe. Só de lembrar de vê-la demonstrar apoio às suas decisões deixava-o contente, embora nunca fosse dizer isso à progenitora. Ser apoiado por sua família era uma das coisas mais importantes para si e certamente estava contente pela mudança da "velha".

— Bom dia. — de repente, ouviu a voz grossa daquele homem de fios rubros atrás de si. Seu corpo arrepiou pela aparição repentina e ele quase se desconcentrou com a frigideira no fogo. Enfim, virou sua face rapidamente para trás, direcionando um olhar irritado para o Eijirou. — Atrapalhei em algo? — o mais velho questiona, se afastando um pouco; as sobrancelhas juntas em uma expressão apreensiva.

Percebendo sua reação automática, Katsuki desmancha aquela carranca de sua face e volta a olhar para a frigideira à sua frente.

— Não, eu só me assustei um pouco. — explica, não se sentindo mais tão irritado quanto antes. Não era um motivo legítimo para se sentir assim afinal. — Bom dia, dormiu bem? — questionou como quem não quer nada.

— Dormi sim. — Bakugou não precisava olhar para saber que um sorriso estava desenhado na face alheia.

— Gosta de panquecas?

— Adoro.

—  Bom saber.

E o silêncio acabou por tomar o lugar. Não era desconfortável, mas Kirishima gostaria de puxar algum assunto com o mais novo.

Uma pena não saber como fazer isso.

Então, ainda meio sem jeito e hesitante por querer dar continuidade ao assunto, mas sendo incapaz de fazê-lo, Eijirou sentou-se em uma das cadeiras em frente a mesa, apoiando os braços nela pensativo. Suas orbes estavam postas sobre Katsuki; vê-lo cozinhar era uma cena agradável, o loiro parecendo tão sereno naquele instante que alegrava Kirishima. Era muito bom descobrir um outro lado de alguém que gostava.

Bakugou mantinha o semblante pacífico, no entanto seu nervosismo o consumia por dentro. Era ruim em conversas; muito pelo fato de detestar manter diálogos com quem não conhecia bem.

Por conta disso, agora se via sem saída. O desejo de conhecer melhor Eijirou, suas motivações, sonhos e gostos começava, aos poucos, a se espalhar por todo seu corpo. Curiosidade sobre os outros é algo que tem com facilidade, e é bem difícil saciar tal curiosidade sem ser conversando com a pessoa desejada. Portanto, decidiu tentar ser mais ameno e menos bruto com o ruivo, enfim iniciando algum assunto:

— Como é sua família?

A quebra do silêncio despertou Kirishima de seus devaneios, pois certamente ficou surpreso.

— Bem, meus pais são extremamente exigentes e mal-humorados, eu não os vejo desde a morte da minha esposa... — falava com certa tristeza ao lembrar-se de sua adolescência, e bem depois, daquele baque enorme que ocorreu em sua vida, mas não o afligia tanto assim. — Eles me apoiaram muito, mas ainda tentavam mandar em mim de certa forma. Não queriam que eu chorasse, pois "não é coisa de homem". — Katsuki não viu a movimentação de seus dedos fazendo aspas, mas apenas pela entoação do outro pôde compreender, sentindo uma pontada de ódio.

— Porra, são mais cuzões do que eu pensei. — não conseguiu segurar o xingamento, apenas se atentando depois e resmungando. — Droga, fiz de novo.

— Sem problemas, eu não me importo muito com isso. Fico até feliz em ter alguém expressando meus pensamentos de uma forma mais bruta. — o sorriso acolhedor de Eijirou indicava que não estava nem um pouco incomodado; Katsuki não pôde evitar o sorriso ao inclinar a face por cima do ombro e vê-lo daquela forma. — Mas eu acho que estraguei o clima, né? Me diz o que mais quer saber sobre mim, tenho certeza que tenho algo mais alegre para compartilhar.

— Pode ser qualquer coisa?

— Bem, depende. Provavelmente sim.

— O que vê de tão interessante em mim?

Kirishima ergue as sobrancelhas em surpresa com aquele assunto sendo trazido por Katsuki, mas não tarda a respondê-lo.

— Eu me lembro bem de já ter te dito, mas posso repetir... — ele inicia, mas já é interrompido.

— Não é isso... eu já sei o que gosta em mim, só não compreendo porque insiste em valorizar minhas qualidades sendo que tenho tantos defeitos — Bakugou se aprofunda na pergunta, não conseguindo se conter, mas tentando expressar ao máximo o quão perplexo estava. — Porra, eu já te tratei tão mal e você continua sendo extremamente bom comigo. Não faz sentido.

Agora Kirishima estava ainda mais surpreso. Ouviu em silêncio cada palavra dita pelo loiro, tentando decifrar o semblante que ele escondia.

Bakugou finalmente estava se abrindo com ele, então certamente não perderia a oportunidade de ser o mais honesto possível e ter uma conversa mais decente com o loiro.

— Você passou por algo horrível, Bakugou. Algo que envolveu sua confiança em uma pessoa que amava, portanto eu não posso te julgar por estar tão defensivo. — explicou com calma, sem retirar seu olhar das costas do mais novo. — Sei que você está com medo de se envolver novamente com alguém, que todo esse mal-humor que me direciona não é nada menos que uma forma de se defender. Seus defeitos não apagam suas qualidades.

— Minhas atitudes não são justificáveis, você sabe bem disso.

— Mas eu não disse que são. É compreensível e eu não te julgo por nada disso, no entanto ainda quero que confie em mim de alguma forma. — Eijirou se levanta, se aproximando do loiro devagar para não assustá-lo. Queria muito envolvê-lo em um abraço naquele momento, mas sabia não ter intimidade suficiente para tal.

Katsuki sentiu a aproximação, mas não disse nada, apenas absorvendo as palavras calmamente e pegando os pratos para colocar as panquecas, enfim se virando para arrumar a mesa e pretendendo ignorar Eijirou.

Assim que terminou, respirou fundo e, ao menos naquele momento, abaixaria suas defesas e daria, de uma vez por todas, uma certeza ao ruivo.

— Eu vou dar uma chance.

***

O ambiente agora se encontrava mais alegre, pois as crianças acordaram e estavam energéticas, tagarelando sem parar com o professor de Educação Física que conversava sorridente por toda aquela atenção que recebia. Katsuki possuía um sorriso escondido em seus lábios, apenas apreciando a interação alheia.

Eijirou, apesar de dar toda atenção às crianças, muitas vezes se encontrava com a cabeça nas nuvens; a resposta de mais cedo deixou-o esperançoso, foi certamente um grande passo na relação deles e ele não deixaria de aproveitar a chance que lhe foi dada.

Queria fazer Katsuki feliz, e queria ser feliz novamente também.

— Tio Eiji, você vai fazer compras com a gente hoje? — a pergunta vem de Katsuo, o rapaz nutre certa expectativa em seu olhar.

— Você vai, né? — antes que Eijirou pudesse responder, Hana complementa ao lado do irmão, utilizando a mesma arma ao encará-lo com tanta expectativa.

Kirishima olha para Bakugou por um momento, que estava apenas os observando pensativo. Ao não obter nenhuma resposta gestual do loiro (além de ter notado que ele sequer parecia prestar atenção na conversa), o ruivo decide responder o que mais acha coerente.

— Bem, se seu pai desejar que eu vá... — ele diz, tentando esconder as risadas ao ver Bakugou despertando de seus devaneios e se aproximando desconfiado.

— Ir onde?

— Fazer compras! — as duas crianças exclamam, ansiosas.

O homem de fios loiros volta a encarar Eijirou, analisando as feições alheias para saber se o próprio queria ou sequer tinha tempo para aquela atividade rotineira.

— Apenas se ele quiser ou puder. — ele responde aos seus filhos, que não perdem tempo algum, olhando de volta para o ruivo em busca de uma resposta positiva.

— C-claro que posso! — Kirishima diz, sua voz falhando por ainda estar digerindo a resposta, surpreendentemente, positiva que veio daquele homem tão fechado.

Percebeu que houve certa hesitação naquela resposta, mas ele estava fazendo como prometeu mais cedo: dando uma chance. Isso já era o suficiente para levantar as esperanças do ruivo, animando-o  a buscar conhecer e compreender mais sobre aquela família.

***

Era até engraçado o quanto pareciam uma família. Eijirou conduzia o carrinho de compras enquanto Katsuki carregava a lista e pegava os produtos. Ele era tão organizado que deixava o ruivo encantado e, por muita vezes, perdido na figura loira que exibia em sua face uma expressão concentrada.

As crianças, apesar de estarem bem atentas à proximidade dos adultos recentemente, também estavam extremamente empolgadas com o fato de finalmente poderem comprar as bolachas e salgadinhos que tanto amavam. Claro que Katsuki limitaria o que poderiam escolher, mas elas tinham uma carta na manga.

— Papai, podemos comprar mais daquelas bolachas? Ah, e sorvete... e-

— Acho que isso é demais, Katsuo. — o loiro diz com um olhar sério.

O garotinho não perde tempo e usa sua arma secreta. Ou talvez não tão secreta assim.

— Tio Eiji convence o papai, por favor! Você é o único que pode!

— Acho que seu pai está cer... — Eijirou já começa a dizer, mas o olhar de cachorro abandonado juntamente com as bochechas infladas do pequeno deixam-no sem palavras.

Como dizer não à uma carinha dessas?

— Eijirou, você nem pense... — Bakugou percebe o que seu filho está aprontando.

— Eu... eu posso pagar, só...

— Não.

— Mas...

— Você é fraco demais com crianças, pelo amor de Deus... — Katsuki reclama, ignorando as duas crianças implorando pelos doces ao seu lado e apenas continuando a escolher a quantidade necessária de besteiras para a semana — Aposto que se fossem seus filhos você não seria tão misericordioso.

— Olha, podemos tirar a prova real — o ruivo diz sem pensar muito, apenas aproveitando a oportunidade. Segundos depois, ele vê a face do outro começando a ficar vermelha e se dá conta do que falou. — Desculpa, eu não deveria-

— Você é tão idiota. Como eu fui me interessar por você? — ele resmunga, olhando para frente, agindo como se nada estivesse acontecendo.

— V-verdade... — Eijirou sente-se envergonhado, como se estivesse apenas estragado sua única chance.

Katsuki ouve essa voz desanimada e se vira, ficando irritado com aquela face cheia de arrependimento.

— Não fique assim, idiota. — resmunga novamente, mas agora decide olhar diretamente para as orbes vermelhas do outro. — Você vai ver que eu estou certo quando tiver que cuidar desses dois o dia todo.

E a vergonha na face do ruivo apenas aumentou, mas agora existia um misto de felicidade. Uma esperança. Katsuki definitivamente dando seu melhor para dar uma chance a ele, para se dar uma chance.

Logo, um silêncio se instaurou entre eles. Prosseguiram a fazer compras de forma calma, sem pressa alguma, apenas aproveitando o momento e a sensação de estarem experienciando o começo do que pode vir a ser um relacionamento mais tarde. Voltaram a dar atenção às crianças, com Eijirou sendo um pouco mais firme. Pelo jeito o plano de Hana e Katsuo não funcionou tão bem dessa vez.

Ou talvez estivesse funcionando, mas não da forma que eles planejaram.

. . .

*******
Definitivamente, não é uma das melhores coisas que eu já escrevi, mas me sinto satisfeita com o resultado. Espero, de verdade, conseguir continuar escrevendo ao menos essa fanfic!

Eu sinto muito mesmo por demorar tanto. Não tenho certeza se irei demorar para o próximo, mas espero conseguir escrevê-lo logo também.

Obrigado a todos que ainda estão lendo e me apoiando, significa muito para mim :)

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