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14 • Preocupações

Bem... esse capítulo era para ter saído mais cedo (inclusive, saiu) mas o Wattpad meio que foi hackeado e passou o dia inteiro bugado.

Enfim, boa leitura! 😔
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5 de abril de 2020 - Segunda-feira

O moreno fechou a cara assim que sua visão captou a presença de certos indivíduos. Uns não muito agradáveis, e que certamente não passariam por ali sem lhe perturbar. Assim que seus olhos se encontraram com os do garoto um pouco mais velho, ele virou a face para o lado e bufou, sabendo que coisa boa não vinha daquele ser.

- Eai, Katsuo, como tá indo sua linda família? - o garoto de fios castanhos provocou de forma debochada, sorrindo ao ver que o descontentamento do menor só aumentou. - Sua mãe deve tá muito bem, né?

- Cala a boca. - rosnou e viu outro sorriso debochado despontar dos lábios alheios.

Aquele garoto era insuportável.

- O fracote vai mandar calar a boca, é? - outro garoto provocou.

- Tem medo de apanhar? - um terceiro garoto de madeixas louras riu com o silêncio do moreno. Se aproximou e empurrou-o, fazendo-o bater as costas contra a parede do banheiro.

Por Deus, Katsuo só queria ir ao banheiro em paz, não ter que lidar com aqueles garotos da quinta série que sempre viam a oportunidade de atormenta-lo pelo abandono de sua mãe à família.

- Não quero brigar, bando de idiotas. - respondeu e retirou a mão do garoto dali com certa dificuldade, tentando se afastar da confusão que eles buscavam.

Sabia que não venceria, afinal, eram três contra um. Pura covardia. E além disto, não gostaria de causar mais problemas ao seu progenitor se metendo em uma briga desnecessária como aquela. Já era categorizado como um mau aluno por não prestar atenção nas aulas - o que trazia olhares julgadores à Katsuki - então uma briga só pioraria a situação.

- Idiota é você! - o garoto loiro rosnou, aparentando estar ofendido e novamente agarrou a gola do uniforme do moreno - Medroso!

Aquilo já vinha ocorrendo há algum tempo. Sempre era no banheiro e sempre era especificamente às segundas e terças para não ocorrer nenhum risco do pai de Katsuo presenciar aquela situação. O moreno sempre se esquivava, recebendo xingamentos e provocações em resposta, mas agora aqueles garotos realmente pareciam querer bater nele. Tudo porque a maldita notícia de que sua mãe lhe abandonou percorreu pelo bairro inteiro, e pior de tudo, simplesmente queriam bater em si por algo idiota como aquilo, como se ele fosse culpado, como se não ter uma mãe fosse uma tremenda vergonha.

Katsuo engoliu em seco quando o garoto intensifica o aperto e range os dentes, fechando a mão livre e se preparando para desferir um soco contra seu rosto.

Mas graças a Deus, alguém interveio. E não um alguém qualquer.

- Ei, o que está acontecendo aqui? - uma voz bem conhecida à todos ali soou.

Os garotos olharam assustados para a figura alta, cabelos baixos e ruivos e uma expressão de inconformidade para com a situação. Era Eijirou quem estava ali.

- Tio Eiji... a gente... - o acastanhado tentou argumentar. - O Katsuo falou coisas terríveis para nós!

- Mentir é errado, sabiam? - indagou, duvidando das palavras do garoto. Seu olhar pousou na mão do loiro segurando Katsuo e apenas se tornou mais rígido ao compreender a situação ali; iriam bater no garoto às escondidas. - Iriam bater nele?

- Não, é claro que não! - o loiro soltou Katsuo, tentando inocentar-se. O moreno trincou os dentes, furioso com aquela mentira estúpida, ainda mais quando estava escancarado de que eles obviamente iriam fazer isso. - Aliás, tio Eiji, por que tá aqui? Você não vem pra escola na segunda...

- Isso não te diz respeito. Não tente mudar de assunto. - cruzou os braços e tomou uma postura mais séria. Amava seus alunos e não gostava de amedrontar crianças, porém, não toleraria aquele tipo de atitude, seja lá quais fossem suas motivações. - Vamos para a diretoria.

E os garotos até tentaram argumentar por mais um tempo, mas percebendo que não teriam escapatória, abaixaram as cabeças envergonhados e seguiram o ruivo que fez questão de colocar Katsuo ao seu lado para que eles não o atormentassem.

***

- Eles tentaram te machucar, Katsuo? Diga a verdade. - o homem de fios brancos, iguais aos da barba média que jazia em sua face questionou com firmeza. Queria ouvir o relato do próprio estudante sobre o ocorrido.

Katsuo franziu o cenho, pensativo. Olhou para o lado discretamente e viu os garotos lhe encarando com um ódio tremendo. O diretor parecia atento às suas palavras, então sentiu um pouco do peso que aquela situação tinha. Ele ligaria para seu pai, isso era certeza.

Não queria atrapalha-lo, ainda mais quando este estava aproveitando sua tarde de breve descanso. Rangeu os dentes e olhou para baixo, ficando mais recluso e apenas falando o que achou o certo a se fazer.

- Não. - Eijirou piscou os olhos confuso com a negação. Tinha certeza do que viu e ouviu assim que adentrou o banheiro, e achou sério o suficiente para levar os garotos até lá antes de retornar à sua aula, como estava fazendo no momento.

Ficou perplexo com a mentira, ainda mais por não fazer sentido mentir sobre aquilo.

- Tem certeza? - o diretor questionou uma última vez, notou o volume menor na voz do moreno e achou suspeito. - Pode contar para mim, não olhe para eles. - disse ao ver o garotinho desviar o olhar para os meninos novamente.

Pena que não era necessariamente esse o motivo da hesitação em contar a verdade.

- Tenho. - falou mais uma vez e olhou para o mais velho, tentando parecer confiante do que contava.

- Certo. - não pareceu muito satisfeito devido à insegurança do garoto, mas questionar e pressioná-lo não faria efeito se ele realmente queria esconder aquilo.

Olhou para Eijirou e fez um leve manear de cabeça, indicando que ele já poderia retornar à sala. Kirishima dedicou um último olhar ao moreninho que parecia tristonho, não sem antes encarar os outros garotos com certa rigidez, como se informasse que estaria de olho, enfim abrindo a porta do lugar e se retirando.

Estava revoltado com aquela situação. Não haviam explicações plausíveis para aquele garoto tão doce estar sendo perseguido daquela maneira, - desejava ter ouvido toda a conversa - era inadmissível que aquilo continuasse. Esperava que o diretor entendesse e contatasse Katsuki o mais rápido possível, pois não era nada justo que Katsuo continuasse a sofrer assim.

Cogitou fazê-lo ele mesmo, mas ficou receoso, já que não era um assunto seu. Não queria parecer intrometido, e talvez esperar pela decisão do homem de cabelos brancos seria a melhor opção por hora. Porém, não hesitaria caso presenciasse algo daquele tipo mais uma vez.

Soltou um suspiro assim que parou em frente a porta da sala de aula. Ele não lecionava às segundas e terças, - assim como Katsuki - mas foi solicitado devido à falta de um professor que adoeceu de repente, todavia não se abalou com a interrupção no sono e tratou de ir para o trabalho com sua aura energética de sempre. Após mais alguns segundos assimilando a situação anterior, decidindo que não ficaria pensando demais naquilo para não atrapalhar em sua aula, enfim adentrou a sala que se encontrava barulhenta como de costume. Só havia ido ao banheiro por um breve momento, deixando que os alunos se reunissem em grupos para realizarem um trabalho que estava relacionado à esportes - consequentemente obrigando todos a ficarem em sala de aula.

Botou um sorriso tranquilo no rosto, não querendo transparecer sua preocupação com Katsuo.

***

Durante todo o percurso de volta para casa, Katsuo manteve sua atenção em seu pai, analisando suas expressões, suas a palavras, tudo. Queria ter certeza absoluta que o diretor não havia contado nada ao seu progenitor, ainda mais depois que implorou para que o velho não ligasse ou informasse Katsuki da situação, alegando estar realmente bem, o que estava longe de ser a verdade.

Quando enfim chegaram em casa, adentraram-na enquanto Hana contava sobre seu dia na escola extremamente animada. O moreno, por outro lado, estava preocupado e tendia a falar menos, tentando fingir que estava acompanhando a animação da irmã, mas acabava falhando.

- E o seu dia, Katsuo, como foi? - viu seu pai questionar com um olhar atento em sua direção.

Bakugou havia percebido o quão quieto ele se encontrava desde que fora buscá-lo. Aquilo era estranho, ainda mais para Katsuo. Será que algo ruim havia ocorrido? Algum garoto estúpido havia feito mal ao seu filho? Aguardou pela resposta do moreno, querendo que aquilo não passasse de uma paranoia criada por sua mente.

Katsuo se assustou com a pergunta, arregalando os olhos, mas buscando alguma informação que considerava importante para contar. Algo inédito, como...

- Ah, hoje eu vi o Tio Eiji! - falou empolgado. Realmente o fato de ter visto o ruivo era algo relativamente estranho, pois este nunca apareceu pela escola nas segundas ou terças, porém, a situação que ele o encontrou não foi das melhores.

- Sério?! - Hana gritou, se aproximando do irmão. - Que legal! Por que não me contou antes, maninho? A gente podia ter convidado ele hoje pra festa!

- Nossa, verdade! Eu esqueci disso. - riu por ser tão atrapalhado, seu sorriso vacilava um pouco com o medo de Eijirou contar para seu pai sobre o que anda acontecendo na escola. - Mas e se... o papai convidar ele? - essa ideia surgiu de repente e lhe pareceu genial. Seus olhos brilharam enquanto direcionava o olhar ao progenitor que ficou indignado com a proposta.

- Por que? - esqueceu por um tempo suas suspeitas para se demonstrar inconformado com aquela sugestão. Não havia motivos para tal... seria vergonhoso também.

- Porque você gosta dele! - a loirinha argumentou.

- De onde tirou isso? - cruzou os braços, sentindo sua face queimar. Talvez lá no fundo sentisse um pouco de paixão pelo ruivo com sorriso idiota, mas não era suficiente para apagar a situação em que estava. Sua esposa o traiu e foi embora, seus filhos estavam sem uma mãe e ao mesmo tempo que sentiam saudade, vieram com aquela ideia absurda dele e Kirishima serem namorados.

- Você fica mais feliz quando tá perto dele, papai. - respondeu, convencida.

- Isso... não é verdade. - murmurou, suspirando e virando a cara.

- Tem certeza? Ele gosta tanto de você... não sente o mesmo? - Katsuo decidiu perguntar também, queria ocupar seu progenitor com aquele assunto.

- É complicado, pequenos. - soltou outro suspiro, se agachando à altura de ambas crianças e tentando explicar de alguma forma o que sentia. - O papai não consegue esquecer algumas coisas que aconteceram...

- É a mamãe? Você não consegue esquecer ela? - em cheio. Hana soou mais tristonha ao constatar isso. - Você ainda gosta dela? Quer que ela volte?

Bakugou ficou surpreso com uma questão daquelas, pensou por um tempo em como responder, levando em consideração que não queria magoar as crianças ou coisa do tipo. Não deveria ficar mentindo assim, queria ser honesto com as crianças, por mais doloroso que fosse, queria revelar seus sentimentos confusos, mas era complicado.

- Bem, eu... - respirou fundo, fitando aqueles dois pares de olhinhos concentrados em si. - Não gosto mais dela, não quero que ela... volte. - aquelas palavras continham um peso imenso, mas era necessário, queria que seus filhos tivessem consciência disso.

Ambos arregalaram os olhos com a afirmação. De alguma forma, compreendiam parcialmente. Liam essa situação como; ter um amigo que você gostava muito, mas vocês brigaram e agora não o quer mais por perto. Só não sabiam que era um pouco mais complicado que isso.

- Ela te machucou, papai? - Katsuo quem questionou. Seu pai parecia desanimado toda vez que tocavam naquele assunto, então talvez aquilo fosse a resposta.

Ouvindo esse questionamento, Bakugou mordeu os lábios para não dar uma resposta tão honesta e bruta. Balançou a cabeça positivamente, o que seria muito estranho ao olhar de outras pessoas, mas quando se tratava de seus filhos ele estava disposto a ser o mais ameno possível.

Ambas crianças ficaram de cabeça baixa, absorvendo aquela revelação. Sentiam saudade de sua mãe, mas se aquilo significava a infelicidade de seu pai, se ela realmente havia o machucado... não queriam que ela retornasse. Queriam que seu progenitor fosse feliz, e sabiam que alguém que podia tornar tal felicidade real era seu professor de educação física. Estavam determinados a fazer seu progenitor feliz novamente.

Katsuki se levantou e antes que pudesse dizer algo, sentiu algo vibrar no bolso de sua calça, sabendo que se tratava de seu celular tocando e o pegando rapidamente. Revirou seus olhos ao ver que quem ligava era o ruivo idiota que não falou desde sexta-feira. Se ele estava ligando depois de tantos dias deveria significar algo, não? Bem, não que se importasse com a quantidade de dias que não se falaram...

- O que foi? - perguntou assim que atendeu. Ainda tinha trabalho a fazer, e só notou ao perceber o horário no aparelho.

- Olá Bakugou. Olha, você provavelmente se sente desconfortável em falar comigo, principalmente depois do que aconteceu... - começou a falar, mas uma interrupção já veio por parte do loiro.

- Não seja idiota, fale logo o que quer. - buscou dispersar as lembranças daquela noite, sentindo um leve formigamento na face enquanto bufava.

- Ah, sim. Você tem um tempo livre?

- Não sou atoa como você.

- S-sinto muito, não foi isso que quis dizer. - desculpou-se de imediato, não querendo ter ofendido o loiro. - É que eu preciso conversar sobre algo com você. É importante.

- Fale logo então.

- Podemos nos encontrar? Tem uma praça lá no centro. Nós conversamos enquanto as crianças brincam.

- Isso é tão importante assim? Não dá pra mandar mensagens ou me dizer aqui mesmo? - já se frustrou com o fato de que poderia estar saindo desnecessariamente, apesar de que não soava tão ruim assim encontrar-se com Kirishima.

- Eu sei que você está ocupado e tudo mais, mas eu acho que será melhor falar pessoalmente... é sobre o Katsuo. - sussurrou essa última parte e os olhos de Bakugou arregalaram com a informação. Seu olhar pousou sobre o garoto que ia em direção ao sofá, parecendo ainda pensar sobre as palavras anteriores, e sentiu um frio na espinha com as possibilidades que rondavam sua mente.

Queria que aquele idiota só lhe dissesse logo o que era, mas se era necessário que tivesse de sair para saber algo importante sobre seu filho, o faria sem discussão.

- Tudo bem, me passe a localização.

***

Kirishima desligou o telefone, sentindo a adrenalina percorrer cada parte de seu corpo. Ele tomou essa decisão de forma impulsiva, mas precisava confirmar se Katsuki sabia sobre o que houve com seu filho. Analisando as reações do loiro, ele não parecia saber muito bem, o que apenas deu mais vontade de contar.

Poderia fazer isso através de uma mensagem de texto? Sim, poderia, mas algo em seu coração fazia-o querer estender a conversa, ver o professor de história pessoalmente. Queria não só informar ao Bakugou sobre seu filho estar provavelmente sofrendo bullying na escola, como queria resolver os assuntos anteriores. Sentiu-se errado ao usar um assunto tão importante como desculpa para se encontrarem, mas ele era bem melhor explicando as coisas pessoalmente, e realmente precisava ver o loiro.

Desde o momento que viu Katsuo no banheiro, uma preocupação enorme surgiu, mesmo que não fosse pai daquela criança. Sentia a necessidade de explicar para Bakugou aquilo, ver que decisões tomaria, se poderia ajudar em algo ou... tudo bem, ele não deveria se animar demais. O filho não era dele, não precisava saber o que Katsuki faria ou não, só sentiu que ele tinha direito de saber, assim como Katsuo não merecia de forma alguma sofrer por causa daqueles garotos.

Ao chegar na praça que havia indicado, avistou o loiro com roupas mais casuais, junto às duas crianças que aparentavam estar animadas - a loira ao menos estava, já Katsuo se encontrava um pouco ansioso. Eijirou acenou para os três indivíduos, dando o seu melhor sorriso enquanto caminhava até lá.

- Você quem me convida e ainda se atrasa, caramba Kirishima. - Katsuki resmungou ao se aproximar do ruivo. Viu-o rindo de suas reclamações e só revirou os olhos, tentando esconder o quanto apreciava aquele sorriso que surgia nos lábios alheios.

- Desculpa Bakugou, eu acabei divagando demais. - de fato, ficou ponderando por tanto tempo sobre o que contaria que acabou não vendo o tempo passar. - Olá crianças! - se agachou e a loirinha não hesitou em abraça-lo

- Tio Eiji! Tô muito feliz em te ver de novo! - ela declarou sorridente e Kirishima não pôde deixar de sorrir de volta.

- Também estou muito feliz em ver vocês - ele diz e seu olhar desvia para Katsuo por um momento. O moreno parecia hesitante em se aproximar, e o encarava como se implorasse por algo com o olhar.

Estranhou, mas apenas sorriu em direção ao garoto, tentando despreocupa-lo. Hana se afastou ao notar a hesitação do irmão, indo questioná-lo se algo aconteceu para ele não agir como de costume perto de Kirishima. Katsuki analisou a situação, prestando atenção no fato de seu filho estar desconfortável perante a presença do ruivo. Uma maldita possibilidade passou por sua mente, e isso o abominou, principalmente porque odiava pensar aquilo de Eijirou igual fez da primeira vez.

Foi cauteloso e não expôs esse pensamento, não cometendo o mesmo erro e não tirando conclusões precipitadas. Lembrava da expressão magoada do ruivo com a acusação silenciosa que fizera e certamente não queria ver aquilo novamente.

- Ei, pequenos, o que acham de ir brincarem no parquinho enquanto o papai conversa com o Tio Eiji? - falou com uma voz doce em direção aos filhos. Kirishima não se acostumaria com aquilo.

Os olhinhos de Hana brilharam e um grandioso sorriso surgiu em sua face enquanto ela acenava em concordância.

- Certo! - ela pegou na mão do irmão. - Vamos, Katsuo! - e o puxou em direção a parquinho que estava logo à frente de ambos.

Katsuo ficou acuado ao perceber que seu segredo poderia ser revelado, olhando para Eijirou com um olhar pedinte que revelava o quão ele não queria que seu progenitor soubesse do bullying que vinha sofrendo enquanto deixou-se ser puxado pela irmã.

Mais uma vez, Kirishima sentiu pena do garoto, ao mesmo tempo que estava inconformado com aqueles olhares, pois não os compreendia. O garoto estava temeroso de si? Balançou cabeça para dispersar tais pensamentos duvidosos porque no momento deveria lidar com Katsuki, tinha que informá-lo sobre o possível bullying que Katsuo sofria na escola.

- Diga logo, sem enrolar. - a voz rouca de Bakugou soou em seus tímpanos e manteve-se atento ao loiro que cruzava os braços. - O que tem o Katsuo?

- Bem... hoje eu acabei substituindo um professor, e fui no banheiro em certo momento, mas encontrei alguns garotos cercando o Katsuo, preparados para bater nele. - explicou, convidando Katsuki a sentar-se no banco, vendo-o fazê-lo com uma expressão chocada por conta da situação. - Quando eu levei eles na diretoria, o Katsuo mentiu dizendo que estava tudo bem.

- Porra... - levou a mão ao rosto, coçando as têmporas com certo ódio pelos pirralhos imundos que ousaram tentar machucar seu filho.

- Olha, eu não quero me intrometer ou qualquer coisa do tipo, mas pelo visto o diretor não te informou nada e eu fiquei preocupado com o que pode acontecer com o Katsuo se isso continuar. - suspirou, observando as duas crianças brincando no parquinho. O moreno parecia estar menos tenso, o que era um alívio. - E antes que pergunte, eu tenho certeza do que vi, aqueles garotos estavam implicando com ele.

- Por que diabos ele mentiria?

- Eu não sei. - foi sincero. - Ele parecia com medo de mim agora pouco, talvez por eu saber disso...

- E como eu posso ter certeza se o que diz é verdade? - indagou, retomando sua postura rígida. Não tomaria como verdade qualquer palavra sem fundamentos concretos.

- Não faria sentindo te chamar até aqui para te contar mentiras. - pareceu ofendido.

- Realmente. - concordou, se arrependendo por parecer bruto demais com suas palavras. Kirishima não parecia o tipo que mentia, então sentiu que foi um pouco exagerado demonstrar-se tão desconfiado. - Vou tentar saber mais sobre isso, obrigado por me contar.

- De nada. - um sorriso terno foi direcionado à Katsuki. - Caso queria ajuda, eu estou aqui.

- Não preciso de ajuda. - revirou os olhos.

- Todos precisamos, Bakugou. - disse simplesmente, rindo da cara feia que Bakugou lhe direcionou. - Bom, acho que já ocupei seu tempo demais, não?

- Eu discordaria se pudesse. Mas valeu a pena, e as crianças parecem estar se divertindo, então vou ficar aqui mais um tempo.

- Eu posso te fazer companhia caso queira. - a ideia passou por sua mente e quis dar uma chance, assim como prometeu que faria à Mina.

- Tanto faz, faça o que quiser. - deu de ombros, olhando brevemente para Kirishima e tendo o prazer de observar um sorriso radiante vindo dele.

Droga, ele estava perdendo tempo de trabalho com aquela interrupção, mas pior que isso era não estar de fato desgostando. Só não sabia como lidaria quando ambos tocassem no assunto do beijo. Por hora, buscaria controlar o ódio que lhe consumiu ao saber que seu filho estava sofrendo calado, tentando focar em aproveitar aquele momento levemente agradável.

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Não foi lá uns dos melhores capítulos, mas espero que tenham gostado! :)

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