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11 • Ligações

Mesma noite

Após passar uma parte da tarde na academia, tomar um bom banho para retirar o suor do corpo e ter terminado de jantar, Eijirou colocou roupas mais confortáveis, já se preparando para dormir, bocejando sonolento e se arrependendo levemente de ter ficado esperando por alguma ligação ou mensagem do loiro - não que ele tivesse obrigação de liga-lo, mas sua mente prendeu-se às suas últimas palavras antes de desligar a ligação. Assim que se aconchegou na cama, quase pulou dela com o susto que recebera com o som alto da música escolhida para chamadas ecoando pelo quarto. Franziu o cenho em desagrado, imaginando que Mina estava mais uma vez ligando insistente para ele, desta vez, às onze da noite - ignorou a rosada desde a noite da boate, por ter sido abandonado daquela forma junto ao cara qual sentia uma leve atração, mas se recusava a admitir.

Apenas para verificar, levou a mão até o aparelho que se encontrava em cima da estante e arregalou os olhos ao ver o nome "Bakugou Katsuki" no celular, atendendo de imediato, sem entender exatamente o porquê de ele ligar tão tarde da noite, mas sem achar tão ruim.

- A-alô? - atendeu, ainda meio confuso.

- O que quer falar comigo? - o loiro pergunta do outro lado da linha. Sua voz parece cansada, e este até mesmo boceja em dado momento, indicando seu sono.

- Hã? Me ligou tão tarde por conta do que prometeu mais cedo, Bakugou? - indagou curioso, imaginando que o mais novo ficara trabalhando até o momento - Sério, não precisava. - apressou-se em dizer, sentindo-se culpado.

- Tarde? - questionou e fez uma breve pausa, soltando alguns palavrões como se praguejasse por sua atitude - Puta merda... - Kirishima ouviu um longo suspiro, acompanhado de mais palavrões que o loiro murmurou, provavelmente para si mesmo - Sinto muito, devo ter interrompido seu sono.

Eijirou arregalou os olhos ao ouvir tais palavras saindo daquela chamada, da boca de Katsuki. Sua voz só pareceu mais cansada, destruída, e isto deixou-o alarmado quanto a situação de Bakugou.

- Tudo bem, isso não me incomoda. - esclareceu desesperado ao ouvi-lo se desculpando. - Eu só queria que soubesse que realmente estou aqui se você precisar...

Um breve silêncio se faz entre os dois, mas logo a voz rouca soa novamente do outro lado da linha.

- Tá, é só isso? - perguntou meio desajeitado, como se houvesse cogitado aquela possibilidade no momento - Vai se foder. - rosnou, xingando Eijirou o mais baixo possível.

Kirishima riu com o xingamento. Não conseguia levá-los a sério, ainda mais quando o loiro os usava para tudo. Entendia que fazia parte dele, era uma de suas características marcantes - que ocultava perto das crianças - e talvez, apenas talvez, amasse tal característica, por ser algo que compunha a personalidade de Bakugou.

- Sinto muito. - soltou um breve riso, que fora escutado por Katsuki, levando-o a soltar mais palavrões irritadiço. - Enfim, boa noite, Bakugou. Não queria te atrapalhar, mas espero que durma bem.

Outro longo silêncio se fez presente após as palavras de Eijirou, como se Bakugou estivesse absorvendo suas palavras educadas por todo este tempo. Mas, enfim, o loiro respondeu:

- Boa... noite. - e desligou a chamada.

Kirishima não conteve seus olhos, que arregalaram em surpresa. Sua boca abriu, como se estivesse chocado com as palavras que havia acabado de ouvir. Não imaginava conseguir arrancar um "Boa noite" do professor de história, ainda mais quando este vinha acompanhado de um tom tão... tímido. Balançou a cabeça levemente para dispersar seus pensamentos sobre a voz estranhamente doce que soou do outro, evitando sentir o rubor em sua face como se fosse um adolescente apaixonado.

Mas, mesmo com esse esforço, um sorriso involuntário surgiu em seus lábios enquanto lentamente deixava o sono lhe tomar.

2 de abril de 2020 - Sexta-feira

Basicamente uma semana se passou após tudo isso. Nela, Eijirou fora um pouco mais insistente, - apesar de respeitoso, é claro - buscando conversar com Katsuki um pouco mais durante os intervalos, e mandar mensagens que Bakugou jurava só responder por educação. O loiro não se abria muito, portanto era complicado manter conversas ou compartilhar acontecimentos diários com ele, mas Kirishima era persistente no que decidia fazer e não desistiria tão fácil de se aproximar do professor de história. Ainda não compreendia totalmente o porquê de seu interesse repentino, - ou fingia não compreender - no entanto o desejo de fazer mais novo se sentir menos sozinho era forte.

***

Bakugou estava, mais uma vez, retornando até sua casa de tarde, tendo buscado seus filhos que estudavam durante a tarde na sexta. Adentrou sua casa com as crianças, vendo-as agirem como todos dias; indo até a televisão sem nem mesmo retirarem seus uniformes para assistir seus desenhos - os repreenderia depois já que não gostaria de estragar os enormes sorrisos que formavam-se em seus lábios quando estavam empolgadas daquela forma.

Um tempo se passou e ele fez seu relatório diário, corrigindo algumas poucas atividades até que recebeu uma ligação de ninguém menos que Eijirou. Perguntou-se o que aquele ruivo com cabelo de merda queria e bufou, atendendo a ligação, praguejando alguns palavrões.

- Que foi?

- Olá Bakugou! - o ânimo presente e sua voz, por motivos desconhecidos, fez os lábios de Katsuki contraírem-se em um pequeno sorriso. - Como vai?

- Vá direto ao ponto. - sabia que o ruivo tinha costume de enrolar, então apressou-se. - Estou trabalhando.

- Ah, sim, eu sei. - Katsuki bufou com a afirmação, questionando o porquê de ele ter ligado se sabia disso. - Bom, é que eu já fiz tudo que precisava hoje e tenho o resto do dia livre...

- Bom para você. - disse ríspido, sentindo certa inveja daquele fator. Queria ter tanto tempo livre assim. - Ao contrário de você, não tenho tempo para ficar de conversa fiada, então diga logo o que quer.

- É exatamente por você não ter tempo que eu queria, sabe... - pensou na pergunta que executaria várias vezes, para parecer o mais educado possível - É que você deve realmente estar bem ocupado, então eu posso cuidar do Katsuo e da Hana enquanto você trabalha, o que acha?

O silêncio tomou os dois cômodos, mas logo o professor de história soltou um longo suspiro.

- O que caralhos quer dizer? Que eu não sei cuidar dos meus filhos? - rosnou a cada palavra proferida, achando que Eijirou estivesse sentindo pena dele. - Está com dó de mim porque fui corno? Se for isso, vá pro infer-

- Não é isso, Bakugou! - o mais velho se apressou em cortar sua fala, desesperado por ter acabado ofendendo o outro. - Eu não tenho dó de você, de verdade! Te acho um homem extremamente másculo por ser tão esforçado e dar o seu jeito para lidar com tudo que aconteceu. É claro que eu me sinto triste por sua situação, eu entendo como é a dor que sente, pois também já passei por isto. É inevitável não ter empatia pelo senhor. - pontuou, e estas palavras deixaram o loiro estranhamente curioso - Mas eu realmente percebi que está mais cansado, sabe? Gostaria de poder ajudá-lo de alguma forma e como você cuidou de mim quando estive bêbado, gostaria de ao menos devolver o favor a ti de maneira apropriada.

Após isso, Katsuki pôde ouvir o ruivo recuperando o ar por alguns segundos. As palavras se repetiam em sua mente, levando-o a pensar com mais cuidado na ideia. Todavia, a questão que perdurava era "Por que ele se importa tanto?". Não compreendia aquilo, e talvez não fosse tão cedo. Balançou a cabeça se desvencilhando dos pensamentos mais estranhos que adentravam sua mente. Não criaria teorias ridículas de que aquele homem nutria qualquer sentimento romântico por si apenas por causa da merda de um beijo e algumas palavras de apoio - aquele idiota certamente falava isto para outros.

- Ainda está aí? Sinto muito mesmo se de alguma forma te ofendi, mas eu quero te ajudar.

- Tá caralho, vou te mandar o endereço.

- Não precisa, eu já sei onde é. - prontamente respondeu, deixando o loiro alarmado - Quero dizer, eu reconheci o bairro quando você me levou até em casa, então...

- Que seja, vou mandar mesmo assim.

E então Bakugou encerrou a ligação ali mesmo, sem querer prolongar a conversa. Por Deus, aquele discurso todo - apesar de achar serem apenas palavras vazias - de alguma forma, conseguiram lhe atingir. As crianças gostavam de Eijirou, então sabia que seria uma alegria imensa a elas receberem-no ali, mas ainda se sentia um pouco incomodado com o fato de ter Kirishima em sua casa. Soltou um suspiro, se levantando da cadeira, espreguiçando-se e indo até a sala para checar se seus filhos estavam bem, além de avisá-los da vinda do professor de educação física estúpido.

Droga, ainda tinha o fator de tanto Katsuo, quanto Hana acharem que ele tinha alguma relação romântica com o homem mais velho. De onde tiraram aquilo? A sorte era que seus filhos foram respeitosos e não tocaram mais no assunto sobre eles namorarem ou qualquer coisa do tipo. Ele ainda descobriria quem fora o maldito que disse sobre as tais coisas de adulto ao seu pequeno.

Ainda não era horário de jantar e faltava bastante até lá, e com a ajuda de Eijirou, talvez seria poupado de ajudar seus filhos em tarefas - apesar daquilo jamais lhe incomodar - para terminar o restante das correções de uma vez e poder dormir um pouco mais cedo do que o esperado.

***

Kirishima estava um pouco eufórico. Era um adulto de 34 anos, mas se sentia no corpo de um adolescente de 16, com hormônios a flor da pele - não que tivesse qualquer tipo de atração por Bakugou - e realmente estava contente com a aceitação do mais novo. Tinha acabado de voltar da academia mais cedo, fez seu relatório e não possuía mais nada, era este seu tempo livre. Foi uma semana de conversa, e Eijirou pensou que não seria má ideia propor aquilo, afinal, viu a quantia imensa de trabalhos que o professor de história recebeu para corrigir mais cedo, então ajudá-lo soou como algo útil a se fazer.

Além disso, conhecia seus filhos; aquelas crianças cheias de energia e curiosidade eram um bom motivo para visitá-lo também. Já estava acostumado com a gritaria e euforia destes pequenos, e imaginou que elas também ficariam felizes por vê-lo ali, então realmente não via problema algum em ajudar Bakugou.

Assim que entrou em seu carro - agora já tendo as chaves, que por sinal, estavam debaixo de sua cama o tempo inteiro - ele sentiu vibrações em seu bolso, denotando que o celular estava tocando. Pegou-o, vendo o contato com o nome de sua melhor amiga, hesitando, mas atendendo.

- Oi, Mina.

- Kirizinho, ainda está bravo comigo? - perguntou, fazendo um pouco de drama depois de ter insistido para caramba até Kirishima começar a lhe atender novamente. - Deu tudo certo, não deu?

- Mina, eu acho Bakugou uma boa pessoa, mas mesmo realmente acreditando nisso, ele poderia não ser. - afirmou, realmente se sentindo mal por duvidar de alguém que nutria tanta admiração, apesar de ser necessário. - Imagine se ele não fosse como eu penso e tivesse me deixado na rua?

- Tudo bem, você está certo... me desculpe. - a mulher disse compreensiva, pensando melhor sobre o que fizera e se desculpando - Mas bem... ele não te afastou quando você o beijou, então eu tinha quase certeza que estava tudo bem... apesar de eu estar bêbada.

Eijirou sentiu o coração falhar uma batida com aquela revelação, quase engasgando com a própria saliva e prontamente questionando:

- Quê? Beijei? Quando? Mina, você está indo longe demais...

- Não estou! Eu vi vocês se beijando enquanto saia da boate, Kiri. - exclamou convicta do que vira. - O Sero também viu e ele não estava bêbado, pergunta pra ele depois!

- Ele é seu namorado, vai compactuar com suas loucuras. - afirmou com certa dose de deboche, deitando a cabeça no encosto e se questionando se aquele era mais um dos delírios da amiga ou se de fato era real. - Não fique tentando me empurrar para ele só porque acha que combinamos, ele me odiaria se eu ousasse beija-lo.

- Poxa, Kiri, eu teria mais esperanças se fosse você... - ela diz, um pouco desanimada pelo amigo ser tão negativo - Mas enfim, está ocupado? Na verdade, eu sei que não está, então-

- Na verdade, eu estou. - impediu-a de convidá-lo para alguma festa aleatória, como sempre.

- O quê? Com o quê?

Antes de responder, Kirishima respirou fundo e revelou:

- Vou até a casa do Bakugou. - então desligou o celular antes que aquele assunto perdurasse por mais tempo.

Ashido provavelmente lhe encheria de mensagens perguntando o porquê de estar indo na casa justo do cara que afirmava não nutrir mais do que admiração, mas não as responderia por hora, planejava não se atrasar mais nenhum segundo, ligando o automóvel e partindo em direção à casa de Katsuki.

Só esperava que o assunto sobre o suposto beijo não lhe atormentasse.

. . .

******
Eu sei, foi bem meh, mas o próximo vai ser mais interessante... eu acho.

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