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Capítulo 05 - Respostas


Diferente do trajeto inicial, Lucas e Hélio entraram numa rua seguindo em direção à outra cidade da região metropolitana, Caucaia, o local, além da área conhecida pelas praias, tinha também o distrito parque industrial, uma região que dá caminho para a área onde várias fábricas foram construídas com incentivos fiscais.

Pararam num estacionamento abandonado e Lucas saiu depois de Hélio, estava com medo, se Carlos não tivesse seguido o carro através das câmeras da cidade, isso significava que estava imaginando que fossem para uma outra cidade onde a família já viveu e estaria em maus lençóis.

Hélio estava diferente, parecia incomodado, os cabelos pretos estavam partidos ao meio e usava um rabo de cavalo para manter o pescoço ventilado, o calor naquele final de mês de outubro estava insuportável.

— Por que aqui? — Perguntou ao irmão, sempre foram mais parecidos não só fisicamente, mas também em serem ambos quietos e observarem tudo antes de dar um passo ou se arriscarem.

— Para despistar Carlos e a polícia, não precisa pensar muito para entender. — Hélio respondeu e entrou na frente.

É, ele tem razão. Lucas pensou enquanto caminhava acompanhando o irmão.

Era um galpão abandonado sem qualquer vestígio de máquinas ou de que qualquer pessoa havia entrado em muito tempo, apenas algumas caixas perto do outro lado do espaçoso local.

— Te peguei. — A voz de Dante ecoou pelo lugar e Lucas sentiu uma dor forte no ombro quando se virou, caindo sentado logo em seguida e instintivamente pôs a mão no local ferido, mas, sangue escorria pelo ferimento e a pólvora queimava seu ombro fazendo-o gemer de dor.

Hélio foi para frente do irmão e parou, mais atrás, três mulheres apareceram após escutarem o estampido do tiro, a mais velha era Paula, sua mãe, aparentava estar mais desgastada que da última vez, quando foi presa por desobedecer às regras do benefício de liberdade condicional.

Outra das damas era Letícia, que abraçou Dante por trás e o beijou, a filha de Carlos não estava mais tão loira, os cabelos castanhos claros destacavam-se na pele branca, até os olhos verdes claros dela estavam menos vivos e lembravam muito quando a conheceu.

Hélio continuou parado na frente de Lucas, impedindo o irmão do meio de se aproximar dele e fazendo com que a terceira moça, Vitória, sua irmã, fosse para o seu lado.

Sua irmã continuava linda como a mãe nessa idade, os cabelos cacheados, a pele morena, agora batia no ombro de Dante e, como ele, tinha várias tatuagens pelos braços e pernas, perto do pescoço reconheceu o rosto do filho e partes dos rostos das sobrinhas Éllen e Sofia.

— Não era assim, nós combinamos que depois de conversarmos com ele, vocês iam ter o tal acerto de contas. — Hélio falou para o irmão mantendo o olhar fixo nos olhos dele.

— Ele não trouxe a Luana, já eu, cumpri minha parte: o policial está vivo. — Dante disse para o irmão e apontou a arma novamente para Lucas, que se esgueirou para trás temendo ser atingido novamente.

Paula se aproximou deles e foi para o lado do filho mais velho, Hélio estranhou, mas não a afastou como costumava fazer, tinha uma pessoa mais perigosa ali, seu irmão havia se tornado pior do que seu pai.

— Lucas não ia trazê-la, você sabe que se ele continuar vivo jamais terá sua filha por perto. — Paula falou para Dante e depois virou o rosto para ver seu filho mais velho.

— Nunca ia trazer a Luana, e nem você vai ver meu filho de novo, não há como isso acontecer. — Lucas disse para a mãe.

— Estão vendo? Agora, façam logo as perguntas que querem para nós e o mate em seguida, não sabemos se o seguiram ou já estão fazendo a rota da direção que o carro pegou até aqui. — Paula disse para os filhos e se afastou.

Dante guardou novamente sua arma no cós da bermuda e Hélio deu alguns passos para trás antes de se virar e ir com sua irmã ajudar Lucas a se levantar, iam fazer como combinaram.

Hélio e Vitória o ajudaram a levantar, Lucas gemeu sentindo dor no ombro enquanto caminhava com seus irmãos, apoiando-se nos ombros deles, estava com medo daquele interrogatório, havia algumas coisas que não queria expor.

]— Está com medo do quê? — Vitória perguntou ao irmão. — Lucas, isso é o mínimo que você e a mamãe devem à gente. — Disse para o irmão.

— Só quero que meus filhos fiquem longe deles, por favor. — Pediu à irmã antes de se sentar.

— Não peça isso mais. — Vitória falou num tom seco que fez Lucas abaixar a cabeça. Sua irmã continuava magoada.

— Não cabe mais a você decidir isso ou a gente. — Hélio respondeu e olhou para o ombro do irmão, rasgou um pouco da sua blusa e começou a estancar fazendo um curativo improvisado. — Eu não queria que fosse assim. — Disse, enfaixando-o.

— Quer dizer que eu sou o culpado por isso também? Será que vocês sempre serão cegos? — Questionou o irmão, sentindo dor pelo aperto em seu ombro que agora não lhe permitia mexer muito nele.

Hélio e Vitória não responderam, afastaram-se e foram para perto de Dante, Paula sentou do lado dos filhos e Dante, perto de Letícia, formando uma linha para a qual Lucas ficou de frente.

— Quando descobriu que Luana é minha filha? — Dante perguntou ao irmão.

— Depois que fugi de você e do seu pai. Eu fui me esgueirando pelos terrenos até a vila Caiçara. Geraldo me viu e me levou para a casa dele, contei tudo e, mesmo desconfiado, ele cuidou de mim e contou sobre você e Gisele. — Lucas respondeu. — Ele me mandou uma carta há três anos, mas nunca a recebi, estava endereçada à delegacia proteção à criança e ao adolescente, relatou que temia o mesmo destino de Natália para a neta e só sabia que eu não sou como vocês porque denunciei ela e seu pai. — Continuou.

— Igual a mim e ao Yuri. — Paula falou irritada com a resposta. — Você é bem pior, um traidor. — Insultou o filho.

— Eu nunca ia aceitar essa menina ser criada por você desse jeito, Dante, Luana é uma menina doce, linda como a mãe dela, e tem muito de você quando era criança. — Lucas respondeu, lembrando do passado, não resistia, estava chorando com saudade daquela época.

Dante olhou para o irmão chorando e pegou na mão da namorada, conseguindo acreditar naquilo que ele dizia.

Letícia, notando o namorado confuso, alisou seu ombro, chamando sua atenção, Lucas estava conseguindo tirá-lo um pouco do foco que os dois tinham ali.

— Cuidado Dante, não se descuide, ele sabe desestabilizar as pessoas. — Falou baixo e Dante concordou.

— Não minta para mim, Lucas, você nunca pensou em deixar ela me conhecer. — Dante rebateu. — Não fale mais no nome da minha mãe, você deveria ter sido preso como eu e meu pai, se omitiu, deixou ela sofrer nas mãos dele e depois tirou qualquer possibilidade de ela contar que estava doente fazendo aquela denúncia. — Disse para o irmão.

— Dante, eu precisava tirar vocês dois de perto. — Lucas se defendeu e Hélio olhou para o lado. — Queria ir sim defender ela como eu fiz, vocês dois me ajudaram, levaram a caixa dos primeiros socorros para eu tomar remédio para dor. — Lembrou aos irmãos e olhou para Letícia, sentia nojo dela.

— Você não tem vergonha Letícia de ajudar Dante a fazer todas essas loucuras? Você abandonou suas filhas, Victor, seus pais e seus irmãos para viver assim? É mais importante o dinheiro para a sua família. — Lucas perguntou à mulher do lado de Dante.

— Não é você que faz as perguntas. — Letícia disse para Lucas, sentia receio que a conversa se prolongasse.

— Quem tem cu tem medo não é, Letícia? — Paula provocou a namorada de Dante notando ela nervosa e olhou novamente para o filho de sua amiga.

— E isso é verdade Dante, Natália não queria que você tentasse defendê-la, era uma criança e Lucas realmente brigou com seu pai para pará-lo. — Confirmou.

— Ainda assim foi por sua culpa. — Dante disse para Lucas, mas a menção a filhas, no plural, havia lhe deixado confuso, Letícia só tinha uma e com Victor, mas preferiu não entrar nesse assunto ali.

— Onde está o dossiê? — Paula perguntou ao filho.

Lucas sorriu notando a curiosidade dela justamente por isso.

— Está precisando dele para fugir da Madame depois que começou a ajudar o Victor? — Lucas provocou a mãe e puxou o ar tentando não transparecer que estava sentindo muita dor, o que lhe fazia perder um pouco o ar, além disso, estava com medo que aquilo terminasse antes de Carlos chegar.

Dante olhou para Paula surpreso, sabia que ela tinha precisado agir de forma bem diferente do habitual para subsistir sem o apoio da Madame depois que fugiu para sobreviver, mas ajudar o inimigo era demais.

Paula, notando o olhar de Dante, sentiu-se desconfortável, mas não ia retroceder.

—Vá para uma prisão onde não te colocam com os faccionados afiliados ao mesmo grupo que o seu e em que você é chamada de mãe de um traidor. Dante, ninguém nunca saberá o medo que eu tinha, quando aceitei o que a Giovana me propôs, foi para sobreviver. Dissuadir gente do GDE para o CV foi minha única solução e, ainda assim, sofri um pouco. — Paula se defendeu e Vitória pôs a mão sobre a dela.

— Responda à pergunta. — Hélio disse para o irmão. — Com isso eu vou conseguir proteger minha irmã, ela e a mim. — Confessou para o irmão.

— Infelizmente, meu irmão, não faço ideia, a última vez que soube do dossiê foi há três anos, quando meus aneurismas começaram a querer se romper e nunca mais tive qualquer informação sobre ele, pois não o procurei. — Respondeu sendo sincero.

Hélio se levantou e saiu de lá, o referido documento era a única coisa que o interessava ali, sua avó tinha fugido e deixado todos eles vulneráveis, sem ela, o nome Yamamotto era uma piada, apenas um grupo que foi destruído por causa de um membro.

— Lu, eu temia que falasse isso. – Disse Vitória, preocupada, e Paula retribuiu com um gesto: segurando sua mão. — Não sei como, mas a vovó deixou uma dívida imensa e, quando fugiu, tudo que tínhamos foi confiscado pela receita federal. — Disse para o irmão, a situação não estava das melhores.

— Me desculpa, Vick, mas, depois daquele dia, não tive nenhuma informação... mas se eu sair daqui lhe garanto que vou tentar ajudar. — Explicou à irmã.

— Não minta para ela, Lucas. — Paula se meteu, mas Vitória meneou a cabeça, não queria que continuasse brigando.

— Meu irmão, você matou o meu pai? Também é verdade o que o vovô, quer dizer, seu pai, falou? A vovó queria me criar apenas para cuidar dela e seu filho seria o que você ia ser para eles? — Vitória perguntou ao irmão, Hélio não tinha coragem para lhe contar e sua mãe também não.

Paula olhou para o filho e Lucas continuou em silêncio.

Dante e Letícia se olharam e depois Dante continuou olhando para o irmão, sentiu o coração acelerar e querer subir pela garganta esperando pela resposta.

— Sim, fui eu. — Lucas falou baixo e olhou para o chão, não conseguia olhar para a irmã e continuar a mentir. — Depois que Dante e seu pai trocaram alguns socos e Maria puxou Dante para dentro do carro, peguei a faca que estava perto deles e voltei, degolei Yuri e enquanto não fiz a cabeça dele cair no chão, não parei. — Contou.

Paula saiu do lugar chorando e abraçou Hélio antes de saírem do galpão, enquanto Vitória continuou olhando para o irmão falando aquilo. Dante havia falado a mesma coisa, mas, olhando para o irmão assim, não conseguia imaginar que fizesse realmente isso.

— Voltou para fazer isso mesmo tendo um corte profundo no peito e um machucado só porque o porta-malas abriu, e ainda caiu rolando pela estrada de areia e cacos de tijolo? — Perguntou ao irmão.

Dante continuou observando seu irmão chorar e concordar, sem conseguir acreditar nisso, ele estava assumindo a culpa.

Letícia pegou sua mão e a segurou firme, mas sua consciência queria gritar que não continuasse, apesar de ainda estar magoado.

— Dante. — Vitória chamou o irmão.

Dante piscou os olhos e percebeu que ela estava do seu lado, levantou e Letícia também.

— Fala, piveta. — Disse para a irmã.

— Me dá a arma, eu mesma vou matar esse escroto. — Falou para o irmão, parecia bem irritada, ele tinha conseguido enganá-la.

Dante olhou para a pistola no cós da bermuda e dela para a irmã, relutante, então, olhou para o irmão, ele continuava de cabeça baixa. Dante sentiu Letícia puxar a arma de sua bermuda, mas segurou-a, impedindo-a.

— Saiam, as duas. — Mandou. — Você não vai sujar suas mãos. — Falou para a irmã e se levantou.

— Eu quero. — Vitória disse para o irmão. — Se alguém merece morrer é ele, matou nosso pai e matou sua mãe. Minha mãe e meu pai passaram oito anos longe de nós e se somos tudo isso agora é por causa do Lucas e da Madame. — Falou para o Dante.

— Não importa se é ela ou você, Dante. — Letícia disse para o namorado e tentou novamente pegar a arma, mas Dante a afastou.

— Saiam já. — Dante falou para as duas. — Quem vai fazer sou eu mesmo, é pessoal. — Disse para elas e passou pelas duas indo em direção a Lucas.

Dante deu alguns passos e parou de frente para o irmão, destravou a arma, olhou a caixa de balas, tinha mais uma e colocou na testa dele.

— Lucas, responda à outra pergunta dela antes de eu te matar. — Mandou.

— Só se a Vitória não assistir a isso. — Lucas pediu ao irmão, as lágrimas continuavam caindo, a voz estava embargada, vendo que não tinha chances de sobreviver.

Dante se virou e olhou para a irmã, que olhava de um irmão para o outro, e virou novamente, concordando.

— Foi meu pai que falou, o plano da Madame era matar a todos e ficar somente com você e meu filhote, criar uma família Yamamotto, mais forte e inteligente, mas, quando não tivessem mais serventia, ele faria o mesmo contigo, Vick. — Lucas respondeu e abaixou a cabeça novamente, não acreditava que sua avó era tão doente.

— Vão embora. — Dante falou, de costas para as duas, e pressionou o cano da arma na testa de Lucas. — Cinco. — Falou ao perceber que não tinham ido.

Letícia se virou e seguiu em direção à saída, Vitória, porém, esperou um pouco queria vê-lo atirar em Lucas.

— Quatro. — Dante continuou, sentia que estava vacilando, seu braço parecia pesado como uma rocha e a mão tremia escutando seu irmão chorar.

— Três. — Disse antes de escutar a porta ser fechada. Puxou o ar e fechou os olhos tentando manter o braço posicionado.

— Dois. — Disse e começou a pressionar o gatilho.

Vitória se apressou e pegou a mão do irmão, levantou, assustando os dois e fazendo com que Dante errasse o tiro, acertando o teto.

Lucas olhava atônito para Vitória e Dante a olhava agradecido por não o ter deixado cometer outro crime como aquele. Então, soltou a arma e a abraçou.

— Ele merecia morrer. Você foi muito forte por ter conseguido matá-lo. — Vitória falou o abraçando e Dante continuou abraçando a irmã calado. — Eu nunca ia me perdoar por perceber que vocês mentiram e aceitar matar uma pessoa inocente. — Disse para o irmão do meio, escutando ele soluçar, Dante tremia dos pés à cabeça, mas, aliviado de não ter continuado.

— Dante, — Lucas chamou o irmão, seu coração também estava quase saindo pela boca, o alívio de não ter morrido era tanto que o corpo que se mantinha retesado na cadeira relaxou e doía agora que estava mais calmo. — Precisamos conversar sobre a Letícia. — Lembrou.

Dante olhou para o irmão e concordou, Letícia guardava um segredo e ele também queria saber o que era.

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Bom dia, boa tarde e boa noite leitores, estou atualizando este capítulo para por o broche de menção horrosa que ele recebeu por melhor cena de suspense no concurso The Coffe - Extras.


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