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𝔁𝓿𝓲𝓲. flores






capítulo dezessete
❛ flores ❜
ponto de vista, iris golding
𖥔  ݁ ˖


Meu trabalho no Real Madrid vai além de fazer vídeos dos jogadores.

A parte criativa é uma das mais divertidas. Geralmente, eu, Sydney e a nova estagiária do clube sentamos na mesa e pensamos como podemos aumentar a visibilidade do time de forma positiva. Como os patrocínios, propagandas, postagens, e tudo que vá alavancar a visão do público.

Hoje foi um dia atípico, porque já é de tardinha e estamos sentadas na mesa de reunião, organizando o trabalho e comemorando a promoção da Sydney. Agora ela é diretora de marketing, e completamente merecedora da posição que está.

Felippa, a nova estagiária, tem a tendência de me irritar. Ela sempre tentou forçar uma intimidade inexistente, inclusive dizendo segredos de outras pessoas daqui, dando conselhos desnecessários e copiando toda nossa identidade pessoal.

Estou me sentindo na quinta série.

Então, existem momentos em que eu preciso respirar fundo para não dizer atrocidades para ela. Sydney já disse que não consigo esconder minhas expressões faciais.

— Sydzzie, você precisa me dizer como chegou até esse patamar! É literalmente o meu sonho. — Sim, ela disse Sydzzie. Não, eu não vomitei (incrivelmente).

— Trabalho duro e aguentar muito homem dizendo que foi sortuda por chegar no Real Madrid, e que provavelmente só me aceitaram porque sou bonita.

— Existe um cérebro por baixo desse cabelo loiro. — Afirmo, apontando para minha amiga.

A garota da um giro no próprio lugar, se gabando. Eu estava rindo, Felippa estava batendo palmas.

— Tem que passar por muita coisa e ser muito ousada. Nenhuma ideia é louca se você souber usar sua criatividade e a realidade.

— Eu escutaria um Ted Talk seu, Syd. — Digo.

— Você não vai precisar disso, irmã, 'cê vai vestir as pessoas famosas do mundo todo. Você é um Ted Talk ambulante.

— Você quer ser estilista também? — Felippa se vira para mim, e apenas sorrio.

Acho que preciso de alguns segundos para formular uma resposta educada.

— Também? — Pergunto. O diabo no meu ombro me atentou.

— Eu quero muito ser! Tipo, tô até pensando em fazer um curso de moda.

— Eu vejo... Mas você não quer ser publicitária? Tipo a Syd.

Vejo a Sydney reagir como se eu tivesse dito algo chocante, talvez tenha sido o tom que eu disse. Eu deveria evitar isso, ser mais neutra, mas não consigo. Não vou esconder o que penso só pra agradar.

— Eu quero ser muitas coisas, sabe?

— Entendo. Eu também queria ser muitas coisas quando pequena. — Novamente tentei descontrair o clima, mas agora parece que chamei ela de criança.

— Tipo o que?

— Modelo, designer, tudo que mexe com estética. — Alisei o meu rabo de cavalo, na intenção de parecer ter a conversa mais tranquila e normal.

Será que realmente parecia que eu estava sendo grossa? Bom, eu queria dizer boas verdades a ela, mas dessa vez eu genuinamente tentei mudar a estratégia para não me estressar. Não sei se funcionou para ela.

— A gente se parece tanto! — Ela exclama.

Exclama de verdade, e eu me julgo por sentir que estou criando uma rivalidade feminina com a garota em minha frente.

Algumas garotas pedem por isso.

Só sorrio, de boca fechada, e concordo com a cabeça como quem estava feliz. Mas algum anjo salvador interrompeu o momento quando bateu na porta da sala, que agora era da Sydney. A loira vai até a entrada e deixa que o homem passe.

Um buquê de rosas, o que me parece 100 rosas. Estou em choque, estou incrédula com esse presente da Sydney.

— Mais uma? — Sydney pergunta, já que havia ganhado um buquê de lírios mais cedo do seu "amigo", Vinicius Júnior.

— É para a senhora Iris Golding. — O funcionário do local me olha, assim como as duas outras mulheres da sala.

Oi? Eu sei que sou maravilhosa, mas não estava entendendo essa movimentação. Assim como eu, minha amiga loira e a Felippa estavam em choque. Sydney pega o papel no mesmo tempo que levanto, tentando segurar o buquê de forma adequada.

— Não veio com nome. — Ela mexe suas sobrancelhas, ansiosa e eu entendia o que ela estava querendo comunicar.

Observo o papel em sua mão. "Do seu paciente favorito, saudade dos seus cuidados." E eu ri porque só Jude para dizer algo daquela forma e me fazer rir.

Até onde eu soube, vindo dele, hoje ele estaria em um jogo de basquete do Real Madrid com alguns colegas de time, como o Vini. Provavelmente pediu que alguém enviasse essas rosas.

— De quem é? — Felippa pergunta.

— Não sei. Admirador secreto. — Corto sua onda, e Sydney está rindo.

Nosso turno acaba no lugar e precisei pedir uma carona do meu pai pra casa, porque sempre que pode, está atrás de nós para viver um pouco suas filhas que já saíram de casa. Ele está encarando as flores no fundo do carro, pelo espelho, com uma feição muito engraçada.

— De quem é?

— Não sei, pai.

— Tá namorando algum jogador?

— Eu não to namorando. — Não menti.

— Mas quem te deu é um jogador?

— Claro que é. Clássico de jogador, né? Buquê de flores.

Acho que estava inventando defeitos a esse ponto. E quando digo inventando é porque não tinha. Eu gostei das flores, rosas são as minhas favoritas, amei a carta nada melosa, gostei do gesto, e eu comecei a criar alguns defeitos.

Eu sabia que eram em vão.

— Foi o meu primeiro presente pra sua mãe.

— Você tinha boas intenções no coração, papi. Nem todo homem é assim. Na verdade, a maioria é o oposto.

Meu pai estava em silêncio, preocupação em seu rosto.

— Mas ainda sim podem ter boas intenções. Veio com uma carta legal?

— Engracada, é. — Falo com desprezo, o oposto do que sinto. Acho que ele percebe.

Estava chovendo horrores hoje, e a noite não facilitava o caminho. Meu pai entra no meu estacionamento, ele tem o próprio rosto cadastrado na identificação visual. Ele não diz nada nesse tempo, até parece pensativo. Me preocupo se há algo acontecendo na sua vida agora.

— Mimi. — Ele chama minha atenção, estou te olhando. — Tenho medo de ter te criado tão independente que não deixa ninguém entrar no seu coração.

Estou em silêncio. Meu pai não se preocupa por bobagem. É um homem sério, cheio de princípios e responsabilidades, além de ser a alma da nossa família. Ele carrega a maior parte do que somos pela falta da nossa mãe. Não é rígido, mas sabia que precisava criar duas mulheres que não precisassem dele um dia, ou de qualquer outro homem.

Seu pensamento me deixava pensativa. Odiava pensar que criar defeitos para algo que eu gostava era uma tentativa de não gostar de verdade daquilo.

— Tchau, papi. — Deixo um beijo em sua bochecha, saio do carro, pego as flores no fundo, e sigo para o elevador.












Estou vestindo um cardigan enorme branco por cima de um sutiã também da mesma cor, e um shorts de moletom confortável na cor bege. Com o laptop no sofá, estou pesquisando sobre o curso de moda que quero. Ainda não falei com meu pai.

São 9 horas da noite quando recebo uma mensagem de Jude. "Horário suspeito, mas eu realmente quero aquela ajuda médica."

Obviamente depois que eu recebi as flores, agradeci a ele e disse que a qualquer momento poderia receber ajuda de mim, como prometido a sua mãe. E aqui está ele, pedindo por isso.

"Pode vir pra cá." Respondo.

E só depois, por Sydney, descubro que o jogo nem havia acabado ainda, mas estava vindo para cá. O que me deixava feliz, de certa forma. Deixou de estar com os amigos para me encontrar.

30 minutos depois, estava batendo na minha porta. Tinha gotas de chuva no seu casaco e parte do seu cabelo, o que me deixava curiosa. Mas não ligava, ele tava gato demais hoje para não aproveitar sua presença.

— Oi. — Ele sorriu, deixando um selar nos meus lábios e andando até a mesa como uma criança hiperativa. — Quem te deu isso? — Perguntou com um sorriso divertido.

— Um pervertido. Nem deixou o nome. — Fecho a porta, andando até ele.

— Acho que é seu admirador secreto.

— Stalker.

Ele põe a mão no peito quando digo, como se sentisse ofendido. Estou rindo, ele sempre me faz rir. Mas acho que estou me controlando dessa vez, e Jude parecia eufórico ainda.

— Tipo na Grécia?

— Tipo na Grécia, é. — Dei risada. — Com você me encarando de longe.

— Eu encontrei uma cosia que é a sua cara.

— O que?

Um par de brincos dourados em forma de sol. Olhei para ele sorrindo, enquanto estava ansioso para saber o que eu pensava. Segurava quase tremendo, mas acho que era o frio um pouco.

— Você é impossível. — Pego eles nas mãos, os testando na frente do espelho da sala.

Ele me olhava pelo reflexo, parecia gostar do que via, assim como eu que estava apaixonada pelos brincos na minha mão. Surreais, daqueles que você ou salva pra usar em ocasiões especiais ou vira sua personalidade completamente. Sem meio termo.

— Gostou? Veio da Grécia.

Simbolismos me deixam feliz. Esse está cheio de significado.

— Claro que eu gostei, idiota. — Me viro, estou com o rosto baixo, me sinto até uma idiota pelo movimento acelerado do meu coração.

— Olha pra mim.

Jude toca no meu queixo como se me indicasse para levantá-lo, e assim, meus olhos encontram os seus e ele está sorrindo com eles. Estranho demais sentir isso, estranho demais permitir que ele fizesse isso comigo. Me deixar assim.

— Você gostou de verdade?

— Eu não minto, lembra?

Ele parece abismado agora, mas de uma forma encantadora.

— Não olha assim pra mim.

— Foi você quem pediu pra te olhar.

Eu só consigo sorrir e rir logo em seguida, porque não sabia do que ele estava falando.

Na verdade sabia, porque outras pessoas já haviam me falado desse olhar. Daqueles que veem do outro lado de você, que te deixam hipnotizado e outras palavras bonitas. Não era intencional.

— Mas não faça.

— Ou o que?

Nos beijamos. Passamos horas juntos e colados, escutando Rihanna, Frank Ocean, 50 Cent, o que nos faz conversar sobre os shows de todos os cantores que queremos ir. Tudo isso deitados na cama, com direito as gracinhas que ele ama fazer e perguntas profundas.

Fiz a minha skin care noturna, e cuidei do meu cabelo cacheado. Estava solto depois de muito tempo. Fiz a mesma coisa com ele. Pele e cabelo, que ele incrivelmente deixou eu cuidar.

Caímos no sono porque a playlist ficou bastante calma. A Alexa só parou quando percebeu que nenhum dos dois a escutava mais. Ambos no silêncio do sono, abraçados nos lençóis brancos e no cheiro gostoso que cada um trazia.

Acho que virou comum. Não era a primeira vez que isso acontecia, já havia caído no sono na casa dele na semana que machucou seu ombro. A desculpa é que foi pedido da mãe dele, mas eu simplesmente não estava incomodada de estar lá. Inclusive, acho que esqueci algumas coisas minhas que não voltaram para mim.

Não reclamei também.

Quando acordo, Jude não está mais comigo. Mas o cheiro da cozinha mexe mais comigo do que o questionamento de se ele havia realmente havia me deixado sem avisar. Me visto com sua camisa que estava na ponta da cama. Preparada para dizer xingamentos em todas as línguas que conheço, o encontro na bancada da cozinha.

Waffles.

— Foi tudo que lembrei da receita.

O olhei, encarei a comida, e sorri. Sentei sem dizer nada, tinha o costume de ficar brava demais ao acordar. Só começo a comer, enquanto ele me encara.

Mas dessa vez não parecia curiosidade, como ontem. Hoje ele me encarava daquele jeito que sabia fazer: A coisa mais bonita do mundo. Mas eu estava com o cabelo desgrenhado, sem maquiagem pela primeira vez na sua frente e só com uma camisa no corpo.

Pensar nisso me faz me ajeitar.

— O que foi?

Ele se aproxima, segura meu rosto de forma delicada mas intensa. Não sabia explicar. Seu olhar me deixava mudada, de alguma forma.

— Você tem sardinhas.

E eu derreti. De forma abrupta e muito comovente, daqueles impactos que ninguém se segura. Mas aceitei dessa vez o grandioso sentimento, e só sorri.

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