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𝒊. despedida do paraíso


capítulo um
❛ despedida do paraíso ❜
ponto de vista, iris golding

A festa não parecia que iria acabar cedo. A área de fora era extensa e circular, com direito a uma vista panorâmica do mar de Mykonos, que refletia a lua mais bonita de todas. O DJ atrapalhava uma pequena parte da vista, mas em compensação, estava incrível nas músicas.

Eu gosto de musica eletrônica, me julguem.

Enquanto eu esperava Cece voltar, passo meus olhos por todo o espaço, como se analisasse as pessoas e o tipo de gente que ia àquele local. Beach clubs, típicos. Mas aquele era um pouco mais caro, o que não me incomodei porque o papai passou o cartão na viagem toda.

Tomo um gole do meu drink, um "sex on the beach", marcando o vidro com o batom vermelho, e tenho a sensação que um grupo de homens me olhava. Naturalmente eu me sentiria incomodada, mas esse era engraçado.

Primeiro, quando troquei olhares com eles, todos (sem exceção) tentaram fingir que não estavam me olhando antes. A maioria deles dava risada dessa tentativa falha, enquanto um estava envergonhado e ainda me olhava, mas percebeu que não tinha jeito.

Provavelmente falavam sobre mim.

Uma coisa que Cece diz sobre meu olhar é que ele pode ser assassino, e que devo controlá-lo, então assim faço.

— Acabei de dar um fora no bartender. Até que ele era um gatinho. — Minha irmã volta, com uma bebida rosa em mãos.

— Cece, tem um cara...

— Interessante. — Ela sorri, e se prepara para disfarçar.

— Ele está exatamente atrás de você em um grupo de caras que não param de encarar. — Afirmo olhando em seus olhos, ela acena positivo. — Agora vou olhar para qualquer outro canto e fingir que não vejo, daí você olha disfarçadamente como se apenas estivesse dando uma olhada no lugar.

Ela confirma novamente, com uma risadinha. Volto a beber minha bebida olhando para o DJ, e de canto consigo ver Serena fazer o que mandei. Logo ela volta a olhar para mim.

— Okay... Acho que sei qual.

— Eu também sei. O de camisa off white da prada, né? — Olho de novo, ele me olha, nos sorrimos, até que quebro o olhar.

— Uhum... Eu acho que eles são riquinhos. Todos com roupas caras, e eu notei três seguranças atrás deles.

Ele tem um sorriso bonito, seu corte me atrai, e o seu jeito parece um pouco resguardado. Posturado, mas ao mesmo tempo em seu próprio mundo.

— O que será que o papai deles é? Dono de alguma marca grande?

— E isso importa?

— Se tem dinheiro, to feliz.

— Nunca muda, Is. — Diz rindo.

— Nunca. — Sorrio pra ela, voltando a olhar a festa.

Eu estava interessada naquele garoto, de fato. Muitas vezes tenho a sensação que ele conversava sobre mim com um amigo dele, porque este também me olhava. Muitas vezes trocávamos olhares e sorriamos, mas nada além disso.

Entretida naquele flerte inofensivo, não percebo quando minha bebida acaba. Tenho a vontade de beber mais outro, então aviso a Serena, que dançava na minha frente, que irei buscar meu drink. Ela só concorda, meio distraída, estava focada demais em novas amizades. Apenas pego o meu rumo até o bar.

Chamo a atenção de um bartender, que caminha até mim com certa pressa.

— Ela vai querer um Sex On The Beach, por favor. E na minha conta. — O garoto que minutos atrás me olhava, chega ao meu lado.

Paro de olhar para o bartender e viro me rosto lentamente para ele. O homem que estava me olhando antes. De perto é ainda mais atraente, mas tento ler suas atitudes.

O bartender só aceitou.

— Sabe, eu consigo fazer meu pedido sozinha. — Tenho a cara de uma garota nojenta nesse momento, mas de certa forma intrigada.

— E eu acredito nisso. Você parece ser uma mulher extremamente independente. Fica lindo em você. — Ele sorri, eu quase rio.

— Livre é a palavra certa.

— Livre, certo. Mas ainda sim posso pagar uma bebida pra você, não posso?

— Deve. Como sabia o que eu ia pedir?

— Imaginei. Bebeu seu drink inteiro. — Aponta para o vidro vazio em cima da bancada.

— Então estava olhando... — Meu sorriso, aquele que todo mundo usa pra provocar alguém, nasce.

— Você já sabia disso.

— É, eu sabia. Achei que ia passar a festa inteira plantado naquele canto, cercado por seus seguranças e sendo zoado por seus amigos. — Dou de ombros, virando pra frente.

— Entao você também estava olhando... — Ele baixa um pouco o tom da sua voz.

— Complicado dizer. Você estava no meu campo de visão. — Recebo o meu drink e agradeço, mas o olho de canto, dando uma risadinha.

— Claro... Mas voltando para o assunto, preciso ser sincero com você.

— Homem sincero, nunca tive essa experiência. — Fico curiosa como começou a conversa, então viro meu banco de lado.

— Então eu vou ser o primeiro... Uma coisa sobre a gente é que quando a gente acha uma mulher bonita, e quando eu digo bonita, eu quero dizer a mulher mais bonita que já vimos, vamos demorar um bom tempo para realmente chegar nela. Sabe o porquê?

— Como uma mulher bonita, não. Me conte.

— Precisamos criar coragem. — Solta a informação como uma revelação.

— Eu não mordo, sabia disso? — Digo, sorrio e bebo um gole ainda o encarando.

Ele solta uma risada, mas ainda sim encara minhas ações, intrigado.

— Eu aposto que sim. Mas ainda... um não vindo de você teria sido meu fim.

— Eu não disse sim a nada. Na verdade, eu nem se quer escutei algum pedido. Não é um homem confiante? — Inclino um pouco minha cabeça.

— Confiante, em frente de uma mulher ainda mais confiante.

— Não é do meu agrado que minha confiança te dê medo. Na verdade, é meio decepcionante. — Faço cara de nojo.

— Eu não tenho medo. Tenho fascínio. — Ele sorri.

Nesse momento, preciso me concentrar pra evitar que eu me jogue em cima dele. Nunca faria isso, mas sinceramente, esse homem tem a lábia certa pra me conquistar.

— Iris. — Estendo a mão, encantada com suas palavras.

— Jude. Lindo nome. — Ele pega e a beija, me olhando.

— Lindo sotaque. — Demoro um pouco pra tirar a mão.

— É o charme. — Ele fala, jogando os ombros, e rindo um pouco como se tivesse dito uma piada.

— Jude, eu ainda não escutei o pedido. — Estou rindo do seu comentário quando digo isso.

— Estou pensando de que forma quero tirá-la desse lugar.

— Eu acho que seu segurança não vai gostar disso... — Encaramos o homem sério de longe.

Era alto, possuía a pele bronzeada e braços tão grandes que apertavam no terno que usava. Ele tinha um óculos de sol preto, e nos encarava algumas vezes.

— Uma pena... Vou ter que despensa-lo. Logo quando eu estava começando a gostar dele. — Dou uma risada fraca. — Aposto que ele vai me seguir até se eu for no banheiro.

— Aposto que ele vai me pedir pra assinar um termo confidencial. — Estamos olhando meio de lado para o homem.

— Não se escaparmos dele. — Ele diz um pouco mais baixo, como se fosse um segredo, se aproximando.

— Vamos ter que correr. — Eu respondo da mesma forma.

— Eu concordo.

Jude pega minha mão e corre pra fora com direito a risadas pela situação constrangedora, que inclui esbarrar em pessoas e olhar a cara meio revoltada do segurança. Durante as as ruas estreitas e inclinadas de Mykonos, o garoto me puxa pra uma viela, ficando no batente de uma porta, meio escondidos e próximos.

Tão próximos que quando ele se vira, vendo que despistamos o segurança, seu rosto está próximo do meu. Próximo o suficiente para nos fazer sorrir. Jude encara meus lábios, não consigo evitar de encarar os seus, trocando o olhar dos seus olhos para a boca.

— Você está perto. — Digo um pouco baixo.

— É a intenção.

Declara com um enorme sorriso enquanto olhava meus olhos, subindo sua mão da minha para meu rosto, aproximando-nos. Jude me puxa para um beijo, e durante uns 5 segundos, estamos com os lábios colados, em um selar demorado.

— A gente não se conhece. — Paro um pouco. Por mais que meu ar não tivesse sido gasto, o clima que ele criou estava favorável para que eu ficasse levemente ofegante, assim como ele.

— Sim...

Sua respiração quente se mistura com a minha.

— Trocamos a primeira palavra há 10 minutos. — Dou mais uma razão para que não nos beijamos.

— Isso também é verdade. Você tá certa... — Ele puxa o ar, mas não tira a mão do meu rosto.

Houve uma pausa dramática. Nos olhamos nos olhos, mas não houve resistência. Não demora muito para que meus lábios estivessem nos dele novamente, quando ao mesmo tempo, desistimos de evitar.

O beijo demora um pouco, mas foi completo. Eu me sentia personagem de um filme clichê de cinema. No final, ele sela nossos lábios mais uma vez antes que pare completamente.

— Quer ir pra praia? — Ele sugere.

— A essa hora? — Ri um pouco.

— E tem hora?

Não demora muito para que meus pés sintam a textura da areia molhada, segurando meus saltos, bolsa e a ponta do vestido com uma mão. Sinto essa liberdade estranha, é incomum quando se trata de estranho. É para ele ser um estranho.

Estamos andando pela beira da água. Jude tem ambas mãos nos bolsos de sua calça, ele parece observar a água distraído. Então, chuto um pouco dela nele, para chamar sua atenção, já com um riso no rosto. Ele me olha com um sorriso estranho, quase que maléfico. Quando ele ameaça, começo a rir e correr, assim como ele. Ele também joga um pouco da água em mim, dessa vez com sua mão.

Não conseguimos parar de rir, até que recebo uma ligação da minha irmã, então percebo minha imprudência. Deixo uma mensagem para ela, dizendo que estava bem. Isso foi o suficiente para que eu desligasse meu celular e guardasse na bolsa.

— Avisando a minha irmã que estou viva.

— Kevyn encontrou a gente, então não sei se por muito tempo. — Aponta para o segurança de longe.

— Kevyn vai matar a gente e fazer parecer suicidio. — Comento perto de seu ouvido.

— Kevyn na verdade é um fofo. Da tchau pra o Kevyn.

— Oi, Kevyn! — Grito, balançando minha mão. Jude faz o mesmo.

O segurança não faz nada, então rimos pela vergonha.

— Talvez ele não seja tão fofo assim. — O comentário de Jude me faz rir novamente. Eu estava assim o tempo todo. — Sei que vai contar para minha mãe, e ela vai dizer que me expus demais hoje. — Ele bufa, quase que reclamando.

Continuamos a caminhar.

— Por quê? Você é algo grande assim?

— Digamos que sim. Por aí, nada demais. — Ele fica sem graça.

— Humilde. — Reviro meus olhos, resmungando.

— Já me disseram isso antes. Mas e você? — Ele me olha, sorrindo, e para seus passos.

— Se sou algo grande? Olha para mim, querido, eu sou!

Nesse mesmo momento, Jude faz questão de analisar cada pedaço do meu corpo. Sei que sou bonita, mas ele fez me sentir ainda mais como uma jóia rara. Seu sorriso sacana continua no rosto mesmo quando para no meu olhar.

— Eu sei disso. — Afirma.

— Por que estou sentindo que nenhum dos dois vai contar sobre a própria realidade?

Pelo menos eu não planejava em contar, e Jude nem mesmo me responde quando da uma risadinha.

— Tambem é seu último dia de férias?

— Uhum.

— Entao vamos fazer assim: Seremos a despedida do paraíso um do outro. Uma memória boa. Sem identidades, sem contatos. — Ele tem esse jeito de se aproximar de mim e ao mesmo tempo soar tão envolvente que nem mesmo percebo.

Quando vejo, já estamos próximos o bastante.

— Sem estragar o clima. Sem compromisso. Eu gosto da ideia. — Meu tom desceu um pouco.

— É mesmo? — Fala bem perto do meu rosto com um sorriso, deslizando uma de suas mãos pela pele da minha bochecha, com seu polegar massageando a área.

— Uhum. — Respondo, trocando olhares com os seus olhos e lábios.

No próximo segundo, minha boca está colada com sua em um beijo lento e envolvente. Rapidamente ele fica apaixonante, daqueles que tiram o seu fôlego apenas de olhar, e não demora muito para que vire um cheio de desejo acumulado.

Jude não diz nada quando para o nosso momento para pegar minha mão e caminhar comigo. Ele não diz onde, nem mesmo pergunto, mas imagino porque não sou boba. O grandioso hotel de frente para aquela praia, era onde o garoto estava se hospedando.

À noite, seu bagalô não possuía movimentação em volta. Somos só nós quando entramos naquele lugar, e é tudo que precisa para que o momento seja incrível.

Normalmente eu não faço esse tipo de coisa. Mas estou em uma viagem para Mykonos, indo embora na tarde seguinte, com alguém que nunca mais verei a cara. Essa mesma pessoa teve a audácia de me fazer sentir confortável e livre em uma hora de encontro, e não penso duas vezes antes de ser imprudente novamente e aproveitar dessa chance.

Algo que nunca mais vai acontecer, mas eu fico feliz que aconteceu porque foi a melhor noite da minha vida.

Acordo na manhã seguinte sentindo meu corpo relaxado. Ele ainda estava dormindo, mesmo que aquela fresta da janela iluminasse diretamente a cama. Não tenho dificuldade de sair da cama porque ele não acorda por nada. Encontro as minhas coisas e me visto com sua blusa, caminhando até a saída.

Olho para trás por um segundo e vejo a imagem de certa liberdade. Ontem fui uma jovem boba e cheia de luz por um tempo, coisa que não me deixo ser e nem deixarei. Aquela imagem fica como a recordação dessa sensação.

Quando vou embora, saio novamente como uma mulher posturada que está focada demais em seu futuro.













notas da autora !

i. sejam bem vindos ao primeiro capítulo de unforgettable!!!

ii. como chegou o fim do meu ensino médio e estou de férias, além de estar inspirada para essa fic, sinto que ela vai deslanchar bem melhor do que qualquer outra. tenho muitas ideias pra colocar em prática

iii. acho que esse vai ser um dos únicos capítulos que vão ser grandes, pra poder render mais. pretendo fazer um slow burn depois disso aqui. quando se reencontrarem ela vai dar uma de difícil 👏🏻 porque ela é

iv. obrigada por lerem até aqui! comentem o que acharam e deixem a estrelinha, por favoooor!

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