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09. O tio não tão desaparecido
Fazia frio naquela noite.
A garotinha havia procurado o pai até mesmo no quarto de seu tio Samuel.
O tio também não estava na casa. Onde eles poderiam estar?
Ao chegar ao lado de fora a garotinha encarou a floresta, se assustando com o uivo que soou próximo à casa dela.
Ao olhar para frente dois pares de olhos vermelhos a encaravam.
ㅡ Olha o que temos aqui. ㅡ o homem murmurou. A garotinha arregalou os olhos para os dois desconhecidos.
A pele do homem era pálida. Pálida como papel. Ele era lindo, mas algo nele mandava a garotinha se afastar imediatamente.
ㅡ Que bela garotinha. ㅡ a mulher murmurou e segurou uma mecha do cabelo castanho da menina.
A garotinha ainda estava paralisada encarando o casal de olhos vermelhos aterrorizantes.
A mulher tinha cabelos escuros assim como o homem. Ela era linda, a mulher mais linda que a garotinha já tinha visto. Mas assim como a beleza do homem, era uma beleza estranha, uma beleza anormal e de certa forma aterrorizante e perigosa.
ㅡ Qual é o seu nome meu doce? ㅡ a mulher perguntou dando um sorriso que mostrava todos os seus dentes brilhantes.
A garotinha ficou parada ainda os encarando com medo.
ㅡ Giulia te fez uma pergunta garota.
ㅡ o homem a encarou, seus olhos ficando negros por um segundo. A garotinha estremeceu com medo.
ㅡ Não a assuste Silas. ㅡ a mulher o repreendeu. ㅡ Nós só queremos te conhecer docinho. ㅡ A mulher sorriu novamente.
ㅡ Emma. ㅡ a garotinha de quatro anos sussurrou. ㅡ Meu nome é Emma.
Quando Emma acordou ela não estava no seu quarto.
Ela estava deitada em uma cama desconfortável e tinha alguns fios nela que estavam conectados a algumas máquinas, além disso ela tinha algo no rosto que a ajudava a respirar.
Aquele definitivamente não era o seu quarto.
A porta foi aberta e uma mulher passou por ela, ela usava um uniforme de enfermeira e estava com uma prancheta nas mãos.
Ela arregalou os olhos ao ver a garota acordada.
ㅡ Senhorita Jones, que bom que está acordada. Vou chamar o doutor, não se preocupe. ㅡ a mulher informou e saiu do quarto.
ㅡ Doutor? ㅡ Emma pensou. ㅡ Como ela havia acabado no hospital?
Emma sentiu uma pontada na cabeça quando as lembranças voltaram de uma vez só.
A briga entre ela e Jacob, a chuva, algo no meio da estrada, o carro capotando e os olhos vermelhos a encarando.
Emma sentiu tudo rodar.
A porta se abriu e um homem passou por ela.
Ele era absurdamente lindo. Seus cabelos loiros faziam um belo contraste com seus olhos dourados.
Emma ofegou, não pelo fato do homem loiro ser parecido com as pessoas do seu pesadelo recorrente.
Mas sim por um outro motivo.
Emma sentiu tudo rodar e o pânico tomar conta do corpo dela.
Atrás do possível doutor e da enfermeira, se encontrava Samuel Woodruff, o irmão do pai de Emma, que havia desaparecido a dois anos atrás depois da morte do irmão.
Tudo que Emma pôde ver antes de desmaiar eram os olhos do tio a olhando com preocupação e curiosidade.
Quando Emma acordou novamente ela havia pensado que tudo havia sido um sonho. Um sonho bem bizarro vale ressaltar.
Mas a presença do tio no canto do quarto a fez perceber que não havia sido um sonho. Seu tio estava realmente alí.
ㅡ Emma? ㅡ alguém a chamou. Emma tirou sua atenção do tio para encarar um preocupado Paul Lahote ao lado dela.
ㅡ Lahote? ㅡ a voz de Emma não passou de um sussuro.
ㅡ Como você está? ㅡ Paul perguntou ainda muito preocupado.
ㅡ Acho que bem. ㅡ Emma sussurrou.ㅡ O que...você está fazendo aqui?
ㅡ Emma perguntou com dificuldade.
ㅡ Eu só vim pra ter certeza de que você está bem. ㅡ ele respondeu e Emma notou que ele segurava sua mão direita. Ela tentou não pensar em como era confortável ter ele apertando sua mão.
ㅡ Vá chamar o médico Lahote. Eu cuido dela. ㅡ escutar a voz do tio foi estranho para Emma. Afinal, faziam dois anos.
Paul assentiu e com relutância soltou a mão de Emma e saiu do quarto.
ㅡ O que você está fazendo aqui?_Emma perguntou. ㅡ Pensamos que você tivesse sido sequestrado ou algo assim. Você nem apareceu pro funeral.
ㅡ É complicado Emma, e eu realmente sinto muito. ㅡ Samuel se aproximou dela. ㅡ Conversaremos sobre isso em casa está bem?
ㅡ Onde está a mamãe? ㅡ Emma perguntou com o coração apertado.
ㅡ Eu liguei para ela pra avisar sobre o acidente. Ela está na Austrália e bom, ela disse que não poderia vir. ㅡ os olhos de seu tio tinham uma raiva estranha dentro deles.
Emma segurou o choro. Ela havia batido de carro e mesmo assim sua mãe não veio vê-la.
O que assombrava tanto Helen Jones em Forks?
ㅡ Quanto tempo eu fiquei fora?
ㅡ Emma perguntou e a porta se abriu revelando o doutor.
ㅡ Você ficou em coma por uma semana senhorita Jones. ㅡ o doutor disse. ㅡ A propósito, eu sou o doutor Carlisle Cullen.
Paul também entrou no quarto e se sentou em uma das poltronas próximas à janela.
ㅡ Coma? ㅡ Emma perguntou com a voz trêmula.
ㅡ Sim senhorita Jones. A senhorita tem sorte pelo senhor Lahote ter a encontrado e a trazido para o hospital, se ele não tivesse o feito a senhorita poderia não ter sobrevivido. ㅡ o doutor Cullen disse e se aproximou dela.
Paul havia a encontrado?
Paul Lahote havia salvado a vida dela?
ㅡ Me chame de Emma. ㅡ ela pediu. Carlisle sorriu para ela e assentiu.
ㅡ Do que você se lembra Emma? ㅡ o doutor perguntou.
ㅡ Eu havia brigado com uma pessoa na praia, então eu peguei as chaves do meu carro e comecei a dirigir para a minha casa. No meio do caminho começou a chover. ㅡ Emma respondeu. Paul estremeceu e a encarou com culpa nos olhos.
ㅡ O que mais aconteceu Emma?
ㅡ Carlisle perguntou com curiosidade e um pouco de ansiedade.
ㅡ Havia alguém na estrada, ou algo. Eu não consegui ver bem o que era, mas tenho quase certeza que era uma pessoa. ㅡ Emma murmurou.
ㅡ Você bateu no que estava na estrada? ㅡ o doutor Cullen perguntou.
ㅡ Não. Eu desviei e eu perdi o controle da direção. Eu me lembro que meu carro capotou algumas vezes e-e... ㅡ Emma apertou as mãos trêmulas uma na outra.
ㅡ E? ㅡ Carlisle a encorajou.
ㅡ Vocês vão me achar louca. ㅡ ela murmurou.
ㅡ Claro que não Emma. Você pode nos contar. ㅡ Carlisle colocou a mão no ombro dela em um sinal de conforto.
Emma pensou ter escutado um rosnado.
ㅡ Havia alguém parado na minha frente quando o carro parou de capotar. ㅡ ela soltou. Emma escutou outro rosnado baixo.
ㅡ Você viu quem era? ㅡ seu tio perguntou.
ㅡ Eu não sei se era um homem ou uma mulher. Mas era pálido. Pálido igual à você doutor. ㅡ a mão de Carlisle caiu de seu ombro. ㅡ E o pior, seja lá quem fosse tinha olhos vermelhos.
Oiiee pessoas!
Mais um capítulo pra vocês. O que vocês acharam? Gostaram?
É isso gente. Espero que tenham gostado.
Até a próxima.
Byeee💚.
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