(26/05/2016)

Sou um garoto que sonhou por muito tempo em várias coisas, que muitas pessoas achariam que era apenas coisas de sonhador e que nunca conseguiria realizar nenhuma. Quero muito provar que eles estão enganados, mas para que isso realmente aconteça, primeiro teria que arrumar um emprego em Seul, capital da Coréia do Sul.

A minha aparência pode parecer comum para muitos, principalmente por ser coreano, pois, a minha pele era branca mas não exageradamente e os meus olhos são castanhos escuros. Quando abro um sorriso, os meus olhos literalmente somem e com isso, não consigo enxergar quase nada. Os meus lábios eram levemente carnudos e os meus cabelos eram pretos, lisos e o seu corte era médio, ou seja, era da altura de minhas orelhas e com isso, cobriam a minha testa.

Quando era mais novo, os meus colegas da escola viviam me zombando e me chamando de "cabeça de vento", "perdedor" e entre outras coisas. Tudo porque éramos moradores de uma cidade muito pequena e que quase ninguém conhecia. O destino destas pessoas eram praticamente o mesmo: trabalhar no campo ou viver no bar, bebendo até não poder mais.

Mas eu não quero terminar que nem eles, pois, o que eu mais quero é ter uma vida bem-sucedida e próspera, o suficiente para sustentar minha mãe, que é viúva há quatro anos e de minha irmãzinha Blair, que tem apenas seis anos. Quero que ela tenha um futuro melhor e que seja muito feliz, mas para que isso aconteça terei que começar a me esforçar, para alcançar os meus objetivos agora.

Meu nome é Park Jimin, sou um cara que se formou há algum tempo no ensino médio e que tem apenas 22 anos. Posso ser muito jovem, mas vou provar no que sou capaz, nem que isso demore muito. Enquanto isso, eu ainda tenho que arrumar as minhas coisas e ver se tenho dinheiro o suficiente para comprar, pelo menos, uma passagem de ônibus para ir à capital, e se tenho dinheiro para pagar a hospedagem.

A cidade aonde que moro é tão pequena que todo mundo se conhece e sabe cada detalhe da vida do outro, isso é um saco. Eu nunca fui de ter muitos amigos, pois, quase todo mundo me achava estranho e um pouco maluco, só porque sonho longe demais. E também prefiro passar a maior parte do tempo dentro do quarto, tocando violão o dia todo ou ficar idealizando o meu futuro, que talvez se realizará ou não.

Digamos que o amigo mais próximo que tive na minha infância, se foi há algum tempo por causa de acidente de moto, há exatamente dois anos, e desde então preferi me isolar de vez do mundo. Mas agora me decidi que tenho que parar com isso e viver cada segundo sem me arrepender de nada, pois a vida é muito curta para ser desperdiçada desta maneira.

Agora eram exatamente 02:30 pm., ainda estava sentado na cama, tocando uma música que meu pai sempre tocava antes de eu dormir. Era uma música que conseguia, de alguma forma, me acalmar e de não me sentir tão sozinho no mundo. Sei que tenho minha mãe e minha irmãzinha, mas de alguma forma sempre tive aquele vazio dentro do meu coração, que parecia que nunca seria preenchido.

Quando finalmente parei de tocar aquela música que me lembrava o meu pai, minha mãe abre a porta do meu quarto e se aproxima.

- Filho, vai ao mercado e compra as coisas que estão escritos neste papel, para mim? - Perguntou me encarando.

Eu já estava cansado de ficar no quarto mesmo, então nem murmurei do porquê que tinha que ir, só assenti a cabeça, confirmando que iria. Levantei da cama, guardei o violão perto do guarda-roupa e coloquei uma blusa xadrez de frio, pois, o tempo estava esfriando um pouco.

Assim que fiz isso, me despedi da minha mãe que ainda estava no quarto, fui em direção a porta e sai na mesma. Passei pelo corredor que iria direto para a porta de casa, peguei as chaves, abri a porta e peguei a minha bicicleta, já que o mercado ficava vinte minutos daqui.

Uma hora depois já estava de volta em casa, deixei as compras na mesa, logo em seguida voltei para o meu quarto e com isso voltei a imaginar em como vai ser o meu futuro. Espero muito que seja diferente e muito melhor do que já estou vivendo por aqui, e acabei dormindo.

Só acordei com a minha mãe gritando pelo meu nome, querendo que eu fosse jantar com elas e então me levantei da cama, calcei os chinelos, passei pelo corredor novamente e fui até a sala de jantar, confesso que ainda estava preferindo continuar dormindo, mas eu não podia fazer isso com elas.

Daqui alguns dias não estarei mais aqui, vou estar dentro de um ônibus, indo para a capital, para tentar alcançar os meus objetivos, já que aqui seria impossível de obter. Depois que jantei, decidi sair um pouco para respirar ar puro e olhar as estrelas daqui pela última vez, por enquanto.

O meu maior objetivo é de ter um emprego fixo, uma casa boa de morar e ter dinheiro suficiente para pagar os estudos da minha irmãzinha, também quero realizar todas as coisas que a minha mãe quer e até hoje não conseguiu obter.