O reencontro
POV's Jongin
Anoiteceu...
Já tinha jantado e tomado o banho que o meu corpo estava necessitando desde que saí da lanchonete. Enquanto estava jantando lá na cozinha com aqueles dois, a única coisa que estava me incomodando um pouco era aquele clima pesado entre Jimin e Claire, aquilo tudo estava me matando mas foi a minha irmã que provocou tudo isso.
Aquela idiota que acha que mostrando o corpo para um homem irá conseguir alguma coisa, bom, se fosse um qualquer mesmo. Mas o Jimin é um do tipo que não cai neste tipo de estratégia feminina, já que o seu coração já tem dono, com certeza irá ser assim por um bom e longo tempo.
Enfim, já me encontrava trancado no meu quarto mexendo no celular e dando fora pela milésima vez na minha ex-namorada, Soyeon, que parece não ter entendido que não quero mais nada com ela desde o ano passado. Mas aquela mulher parece não ter entendido isso até hoje, confesso que a próxima vez que ela mandar mensagem para mim, irei bloqueá-la definitivamente.
E se ela vier bater na minha porta, não pensarei nem duas vezes em chamar a polícia só para dar um susto e torcer para que desapareça de uma vez por todas na minha vida. Se arrependimento matasse, com certeza estaria morto porque não deveria ter me envolvido com ela na época do ensino médio.
Mas vou parar de pensar nisso e focar no meu plano neste exato minuto, então cliquei nos meus contatos porque com certeza Jimin deve ter salvado o número daquele tal de Yoongi. E assim que o encontrei, cliquei na opção de mandar uma mensagem e agora terei a difícil tarefa de lembrar a forma que ele fala.
Não levou muito tempo até que lembrei mais ou menos o jeito que o Jimin fala, então fiquei pensando um pouco em como irei começar a mensagem e acabei escrevendo da seguinte forma: "Oi, sou eu de novo! Fiquei pensando aqui durante o dia todo e cheguei a conclusão de que poderíamos nos encontrar lá na lanchonete do meu amigo que não irei citar o nome para que ele não corra perigo por causa de mim. Enfim, só me responda com um sim ou um não. E se a resposta for positiva, me encontre amanhã no horário do almoço da tua empresa e é isso".
Juro que tentei ficar mais próximo possível do jeito dele, mas de qualquer forma espero que este cara me responda até amanhã de manhã, porque senão, o meu plano já era.
No dia seguinte...
Já são 09:30AM e nada da mensagem daquele tal de Yoongi, odeio ser ansioso porque mal consegui dormir por conta disso e sinto que o meu rendimento lá na lanchonete irá ser péssimo por conta do sono excessivo que estou sentindo aqui. E ainda por cima tenho que vencer esta vontade enorme de permanecer por mais algum tempo deitado nesta cama, mas não posso deixar o meu negócio de lado.
Porque ao contrário da minha irmã, Claire, eu levo muito a sério o meu negócio que permite que sobreviva aqui na capital e sei que deveria dar um sermão a ela para que entenda que a vida não gira em torno de compras, amigas, boates e tudo que ela acha que é importante, sendo que na verdade não é e nunca será.
Quer dizer a parte de ter amigos até que sim, mas as outras não. Mas sei que mesmo assim, ela não irá me dar ouvidos já que acha que é uma adulta e sabe no que faz. Só espero que a vida lhe ensine o que realmente é importante e o que não é, espero que isso não demore muito porque não aguento mais.
Levei cerca de dez minutos para conseguir vencer esta batalha constante contra a cama e corri para o banheiro que fica aqui mesmo dentro do quarto, tranquei a porta e me despi rapidamente. Andei até ao chuveiro e o liguei, entrei e pude sentir a água quente molhando o meu corpo e foi o momento que pude relaxar um pouco, mas também consegui tirar todo o sono que estava sentindo e até senti mais disposto.
Alguns minutos se passaram...
Já tinha saído do banheiro e já estava vestido que era uma camiseta cinza com três listras pretas verticais na altura do peitoral, uma calça jeans azul escuro e por fim, um par de tênis preto. Deixei o cabelo jogado para o lado, peguei a chave, o celular e a carteira, saí do quarto e corri em direção às escadas que depois os desci o mais rápido que conseguia.
Andei até parar na cozinha que não ficava muito longe das escadas, encontrei duas estátuas, quer dizer, duas pessoas que mal estavam se mexendo e muito menos se falando. Respirei fundo para não querer dar um sermão daqueles para ver se conseguia acabar com este clima horrível entre os dois, mas não estava afim de estragar o meu dia que mal tinha começado.
Apenas sentei na única cadeira disponível que tinha e dei uma leve pigarreada na intenção de chamar a atenção de ambos, assim que funcionou os dois me encararam surpresos como se não tivessem percebido a minha presença aqui na cozinha, diz:
— Há quanto tempo que você estava aqui, maninho? — Perguntou Claire ainda surpresa.
— Cheguei quase agora e bom dia para você também, maninha e para você também, Jimin. — Dizia forçando um sorriso de lado.
— Bom dia, Jongin! E me desculpe, é que acordei um pouco distraído hoje. — Dizia enquanto coçava a tua nuca.
— Sei, sei! Mudando de assunto, Jimin queria te pedir para que fosse novamente comigo lá na lanchonete para me ajudar hoje, que tal? — O perguntei torcendo para que ele dissesse que "sim".
— Acho que é uma ótima ideia, estou precisando ocupar a mente mesmo. — Dizia e com isso, deu uma mordida generosa no sanduíche.
— Obrigado, você está me ajudando muito e ainda bem que você se importa com o meu negócio. — Disse como uma forma de indireta para a minha irmãzinha.
— Idiota, você acha que não sei quando está jogando indireta para mim? — Perguntou enquanto me olhava com um desdém.
— Se você acha que foi uma indireta!? Aí não posso fazer nada, maninha. — A respondi me fazendo de desentendido.
— Às vezes você me cansa, sabia? Vou sair antes que consiga acabar com o meu dia e sim, vou encontrar com as meninas, fui. — Dizia enquanto andava com os passos rápidos em direção à porta que dava acesso à saída da casa.
— Esta garota só me dar trabalho, este fardo de irmão mais velho da Claire não é pra qualquer um e não desejo nem para o meu pior inimigo. Mas fazer o que, né? Ninguém mandou ficar enchendo o saco dos pais porque queria ter um irmãozinho para brincar, só que eles me deram uma irmã que é totalmente diferente de mim. E mesmo assim eu a amo, porque é a minha família já que os meus pais não moram mais aqui na capital. — Dizia através de um desabafo.
— Entendo! Eu não a conheço direito, mas sei que ela te ama também mesmo não sabendo muito bem em como demonstrar isso e então vamos? Estou ansioso em poder te ajudar a tomar conta da lanchonete novamente. — Dizia Jimin com um entusiasmo que até me causou um pouco de inveja.
— Acho que possa ter razão nisso e sim, vamos porque temos muito no que fazer por lá. — O respondi com um sorriso de lado como uma forma de disfarçar o desânimo que estava sentindo por conta da minha irmãzinha.
Quase duas horas se passaram...
A lanchonete já estava lotada, isso porque ainda não era o horário do almoço e muito menos de qualquer outra coisa, mas isso não quer dizer que esteja reclamando e nem nada do tipo. Só estava estranhando um pouco em está nesta movimentação antes do horário de sempre por aqui.
Mal conseguia mexer no celular, justo hoje que precisava ficar verificando se chegou a mensagem daquele tal de Yoongi e tive que controlar todas as vontades de checar para poder atender os clientes devidamente. Apesar que o Jimin estava conseguindo atender mais pessoas do que eu e isso porque nem tem muita experiência de trabalhar em lanchonetes, por um momento até cheguei a cogitar na hipótese de contratá-lo um dia.
Mas depois lembrei que o território do inimigo fica nesta rua e sim, estou me referindo a empresa daquela família de loucos que o Jimin tinha que se apaixonar por um dos membros. Este cara realmente não sabe escolher uma pessoa direito para amar mesmo, mas enfim, como todo mundo diz: não escolhemos em quem amar.
Após ter atendido umas dez ou doze pessoas, resolvi inventar uma desculpa só para conseguir checar as mensagens e assim que pensei em uma, olhei para o Jimin e o cutuquei por trás. O mesmo levou um susto que quase deixou a bandeja que tinha alguns copos vazios caírem no chão e confesso que quase infartei só em pensar que poderia acontecer isso.
Já que o dinheiro teria que sair do meu bolso para comprar copos novos, bom, assim que me acalmei um pouco após o susto que acabei levando há alguns segundos. Respirei fundo, o encarei por míseros de segundos e diz:
— Jimin, vou ao banheiro porque não estou conseguindo segurar mais se é que me entende e por favor continue no que está fazendo quê, daqui menos de cinco minutos já estarei de volta. — Dizia enquanto massageava a minha barriga para que pareça que estava com muita dor e louco para usar o banheiro.
— Tudo bem, Jongin! E relaxa, porque o jeito que você falou ficou parecendo que iria viajar ou ir embora pra casa. — Dizia enquanto ria de mim e confesso que devo ter exagerado um pouco mesmo.
— Tanto faz! — Disse e saí com passos rápidos em direção ao banheiro.
Após ter chego ao local que estava fedendo a todos os tipos de odores que os seres humanos possam deixar por aqui, entrei na cabine que era a única que estava disponível no momento. Encostei na porta, peguei o celular e o desbloqueiei, cliquei nas mensagens e vi que realmente tinha uma nova.
O cliquei já ficando ansioso e já imaginava no que poderia ser, não sei se o destino realmente estava ao meu favor ou não. Mas de qualquer forma, era aquele cara que o Jimin gosta até demais para o meu gosto e comecei a ler a mensagem que dizia o seguinte: "Sim, irei sim e me desculpe pela demora. Só consegui mexer no celular quase agora, já que estava preso numa reunião tediosa e até daqui a pouco".
Ok, finalmente obtive resposta que tanto almejava e agora só falta a última parte do meu plano, espero muito que aqueles dois possam seguir direitinho o roteiro que demorei tanto para montar ontem.
Eu o respondi com um simples e objetivo "Ok", depois saí da cabine e voltei para o meu trabalho de sempre que amo tanto ao contrário da minha irmãzinha. E sim, ainda me encontro irritado sobre este assunto e acho que será assim por resto da minha vida.
Um pouco dramático demais? Talvez, mas quem se importa... não é mesmo?
Hora do almoço...
Finalmente chegou o meu horário favorito do dia e já estava morrendo de ansiedade aqui já que o meu plano talvez estava perto de ser concretizado, isso se ocorrer tudo certo. Agora estava atrás do balcão, preparando alguns milkshakes e cappuccinos, já que os meus outros funcionários estavam preparando comida mesmo como por exemplo: kimchi, carne de porco e entre outros.
Enquanto estava preparando o quinto milkshake, fiquei verificando a entrada da lanchonete a cada cinco segundos e acho que estou começando a enlouquecer já que não parava de olhar para aquela porta. Até que de repente, apareceu aquele idiota que estava acabando com o meu psicológico, odeio esperar e sou um poço de impaciência principalmente para este tipo de coisa.
O encarei até que o mesmo fizesse isso, então saí de trás do balcão já que vi que ele estava sozinho e não com vários seguranças que imagino que pessoas do nível social dele costumam ter. Andei na direção dele que estava usando aquelas roupas típicas de quem trabalha em empresas, ou seja, terno preto e calça social preto, só a camisa que era branca riscada e sapatos marrons de uma marca cara pelo o que pude reparar nesta distância que estou do mesmo.
Assim que me aproximei dele que me encarou com um pouco de desconfiança no seu olhar, diz:
— Com licença, se lembra de mim? — Perguntei já sabendo que a resposta seria um grande "não", já que me viu no máximo duas vezes em toda a tua vida.
— Acho que... não, apesar que o teu rosto não me é estranho e gostaria de te perguntar uma coisa. Poderia me dizer onde se encontra um homem chamado Park Jimin? É que combinamos de se encontrar aqui nesta lanchonete. — Dizia enquanto olhava em cada canto do estabelecimento.
E foi aí que lembrei que pedi para que o Jimin fosse ajudar uma funcionária lá na cozinha a fazer o almoço de hoje, já que um acabou queimando a mão no fogão a meia hora atrás.
Droga, acho que terei que ir lá para buscá-lo e só quero ver em como farei para tirá-lo, porque aquele cara é o ser mais prestativo e teimoso que conheço neste mundo todo...
Respirar fundo, cocei a minha nuca como uma forma de pensar em como fazer isso e olhei mais uma vez para aquele homem de pele pálida, diz:
— Ele está lá na cozinha, ajudando uma funcionária já que ele quis me ajudar hoje. Mas irei lá para chamá-lo para que vocês possam conversar, tudo bem? — Perguntei um pouco nervoso.
— Tudo bem! Estarei o esperando lá naquela última mesa que parece ser a única disponível por aqui. — Me respondeu sem ao menos me encarar e depois se dirigiu de onde tinha acabado de mencionar.
Depois disso, corri para dentro da cozinha e vi o Jimin todo empolgado com a funcionária sobre uma receita que aprendeu pela internet quando tinha voltado para a casa de sua mãe. Ela parecia que estava prestando atenção em cada palavra que saia de boca dele, mesmo estando ocupada cortando a cenoura.
Então esperei que ele terminasse de contar, pois não queria cortar o barato dele já que o vi sorrir como nunca e foi a primeira vez que o vejo assim depois de tudo que teve que passar.
Enquanto ele falava mais ainda, fiquei tentando controlar a minha vontade de interrompê-lo já que aposto que o seu amado deve está começando a estranhar pela tua demora. Enfim, Jimin que me desculpe mas serei obrigado a fazer isso e será agora. Diz:
— Ei, cara... preciso de tua ajuda agora para atender os clientes, porque nem os garçons e muito menos eu estamos dando conta. — Dizia fazendo um sinal com a mão para que fosse me acompanhar, apesar que estava tremendo muito de tanto nervosismo e ansiedade que estava residindo dentro de mim naquele momento.
— Tudo bem, até outro dia Nayeon e me desculpe, queria ter te ajudado mais aqui. — Dizia enquanto a encarava e ela só soltou um sorriso de lado como resposta.
Assim que voltamos de onde estavam os clientes, pedi para que o Jimin fosse até aquela mesa no qual estava aquele tal de Yoongi e é claro que não disse quem era, apenas que fosse para anotar o pedido. Fiz isso quase o empurrando na direção do local que ele se encontrava, pois estava ansioso para ver como será o reencontro deles aqui.
Não sei se eles conseguiram se virem depois de tudo que sofreram para tentarem ficar juntos e tudo mais. Agora a minha parte já fiz, ficarei os observando torcendo para que tenham uma ótima conversa e quem sabe, pensar em um modo para que possam viver juntos felizes.
POV's Jimin
Estava muito feliz contando sobre a receita que tinha aprendido na internet para Nayeon, até que aquele idiota do Jongin apareceu me chamando para ajudá-lo a atender os clientes. Já que segundo ele, não estava conseguindo dar conta, então não obtive outra escolha a não ser ir para lá e depois disso, ele me pediu para que fosse atender um cliente específico mas não disse qual era o nome dele e também nem pensei em perguntar sobre.
Enquanto andava na direção a mesa onde o cliente se encontrava, foi quando comecei a encará-lo ainda de longe e foi quando percebi que conheço ele. Era o Yoongi, "Mas o que ele estava fazendo aqui? Por que será que sinto que tem um dedo ou talvez a mão toda do Jongin nisso?", perguntei para mim mesmo.
Com isso, comecei a ficar nervoso e sem saber se poderia ir lá mesmo ou não, já que temia que tivesse alguém nos vigiando e não sabia se era seguro falar com ele ou não. Mas como não consegui pensar em como sair desta situação, fui lá de onde ele se encontrava sentado folheando o cardápio.
E por conta disso, não estava olhando no que estava acontecendo ao seu redor e então presumo que não tenha me visto ainda. Andei mais alguns passos lentamente como uma forma de criar coragem para falar com o mesmo.
Após ter chego até a mesa, pigarreei na intenção de chamar a atenção dele e diz:
— Boa tarde, senhor! O que deseja? — Perguntei engrossando a voz para que ele não a reconhecesse.
— Boa tarde, queria só um chá verde por enquanto. — Me respondeu, mas sem ao menos olhar para mim.
— Ok, anotado! Dentre daqui alguns minutos iremos trazer o seu pedido, senhor. — Disse com a voz engrossada ainda.
Então me virei na intenção de andar até ao balcão para entregar o pedido para a balconista, mas quando estava começando a andar na direção do local. Senti alguém segurar a minha mão esquerda e com isso, me virei já sabendo que era ele. Yoongi me encarou assustado e ficou buscando entender o por quê que agi como se fosse um garçom qualquer. Diz:
— Jimin, o que está acontecendo? Só quero entender uma coisa, você me manda uma mensagem pedindo para que nos encontrássemos aqui nesta lanchonete e agora agiu como se não me conhecesse. Não quer mais nada comigo, é isso? Então todo aquele esforço que fiz para ir até a tua casa naquele dia, foi em vão? É isso que estou entendendo? — Me perguntou com os olhos marejados, mas buscou disfarçar para que ninguém ao nosso redor percebesse isso.
— Me desculpe, só fiquei nervoso e com medo de que alguém estivesse te vigiando e se nos vissem conversando, poderia contar para o teu pai e você sabe no que ele é capaz. Que mensagem? — O respondi com uma voz baixa, pois temia que alguém pudesse ouvir.
Foi neste exato momento que comecei a entender o por quê que ele estava aqui e agora tenho certeza que o Jongin aprontou alguma coisa para que Yoongi e eu pudéssemos nos reencontrar. Olhei novamente para ele, pois sabia que iria dizer alguma coisa e:
— Pois bem, não tem ninguém nos vigiando e se tiver? Arrumarei um jeito de resolver esta situação de uma forma prática, ou seja, pagarei pelo silêncio deles já que eles só fazem no que o meu pai ordena em troca de dinheiro mesmo. — Dizia como se tudo pudesse ser resolvido por uns papéis com notas.
E pensar que hoje em dia, parece ser tudo resolvido através disso e fico triste em pensar como isso pode ter chegado tão longe para ser considerado algo tão comum como beber um copo d'água. Tive que sair no meio dos meus devaneios, quando senti alguém puxar a minha mão mais uma vez na intenção para que fosse sentar na cadeira.
E assim que sentei, o encarei por alguns míseros de segundos. Diz:
— Espero que não precise chegar a este ponto então, como que você está? — O perguntei na tentativa de mudar de assunto e para que eu possa parar de pensar sobre isso.
— Você não sabe o quanto que estou me segurando para não te abraçar e te beijar aqui mesmo, só não posso por medo de algum conhecido nos flagrar e contar tudo para aquele homem que infelizmente tenho que chamar de pai. — Dizia enquanto me encarava com os olhos ainda marejados.
— Também queria... Bom, poderíamos ir até ao pequeno escritório do Jongin e não me pergunte o por quê que ele tem isso numa lanchonete. Lá iremos ter mais privacidade do que aqui, o que acha? — Perguntei já sabendo da resposta só pelo olhar que ele me lançou assim que ouviu a minha proposta.
— Vamos, o que estamos esperando? — Me perguntou com uma certa animação na tua voz.
Com isso, levantamos e o levei até ao escritório que por sorte as janelas estavam fechadas com cortinas persianas e assim que fechei a porta. Mal virei para trás na direção de onde ele estava, Yoongi me agarrou e começou a me beijar. Este beijo estava carregado de saudades e amor que foi guardado por todo este tempo que estávamos longe um do outro.
Acho que foi um dos melhores beijos que já demos até agora, já que era algo que estávamos desejando à muito tempo. Ele ameaçou a tirar a minha camiseta preta que estava usando, mas não permiti isso já que sabia no que isso iria acabar acontecendo depois e temia que o Jongin entrar-se aqui. Com isso, iria nos pegar no meio do ato sexual e sei que fechei a porta, mas ele tem a chave do escritório e poderia abrir na hora que quisesse.
Mas enquanto estávamos nos beijando, poderia jurar que estava sentindo algumas lágrimas atingirem as minhas mãos que estavam sob o teu rosto. Então parei de beijá-lo, diz:
— O que foi? Por quê está chorando? — Perguntei enquanto estava o acariciando.
— Esperei tanto por este momento, pensei que este dia nunca iria chegar e estou tão feliz por ter você de volta para os meus braços. — Dizia enquanto mexia no meu cabelo que antes se encontrava jogado de lado e agora estava um pouco bagunçado.
— Mas finalmente chegou e nunca mais nos separaremos, pode ter certeza disso. Por mais que temo pela vida da minha família e da nossa, sei que no final iremos conseguir ter uma vida juntos longe das garras de seu pai. Te amo muito! — Dizia e depois percebi que foi a primeira vez que falei estas últimas três palavras para o mesmo.
— Queria tanto que tivesse um botão que pudesse parar este momento que estamos tendo agora, te amo como nunca amei alguém. — Disse e com isso, nos beijamos mais uma vez.
Só que levou mais alguns minutos, já que ambos dissemos algo que achávamos ser impossível serem ditas nestas circunstâncias e principalmente por conta de tudo que sofremos para tentar estarmos juntos agora. Só sei que devo agradecer o Jongin por ter mandado a mensagem para ele, porque se não fosse por ele isso não estaria acontecendo na minha vida mesmo.
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