De volta para Seul
POV's Jimin
Cerca de três dias depois…
Por todo este tempo que se passou desde o dia que o Yoongi veio pra cá e tivemos aquela conversa? Fiquei pensando se deveria me arriscar ou não com ele, pois, ainda temia pela vida da minha família já que o pai de Yoongi e os capangas dele, fariam o possível para me atingir e isto tudo por conta da ganância do senhor Min.
Só para que o seu filho mais velho se case com uma garota que ele mal a conhece em nome de uma associação entre as empresas destas duas famílias.
Mas enfim, realmente ainda não estou totalmente seguro em tentar dá uma segunda chance para nós e sim, eu o amo intensamente como nunca, amei alguém na minha vida. Só que a minha mãe e irmãzinha são as minhas prioridades, penso que preciso conversar sobre isso com alguém e não pode ser a minha mãe, pois, ela não sabe exatamente sobre o que tive com o Yoongi.
E a única pessoa que acho que deve saber de tudo? É o Jongin e talvez ele possa me ajudar a enxergar uma decisão definitiva sobre esta situação que me colocaram.
Mas eu não sei se ainda tenho o contato dele pelo celular, só que este tipo de conversa não tem como fazer através de um telefonema e sim pessoalmente. Ou seja, terei que pegar um metrô para Seul e ir visitá-lo, espero muito que ele esteja (100%) melhor nesta altura do campeonato e que a irmã dele não tente nada comigo enquanto estiver na casa deles.
Só que agora não poderei fazer esta viagem, mas sim amanhã de manhã e levarei algumas coisas, um pouco de dinheiro para pagar um quarto para dormir durante os dois que estarei lá em Seul e depois voltarei mesmo seja lá qual for a minha decisão sobre o Yoongi.
Enquanto amanhã não chega, tenho que correr para chegar na mercearia que fica uns dez minutos de minha casa e já estou atrasado, porque tenho que está lá às 07:00 am. E já prevejo que irei levar um sermão do senhor Kihyun, mas depois farei o possível para que ele esqueça do meu pequeno atraso e pedir folga para dois dias e farei qualquer coisa para tirar estes dois dias que não estarei trabalhando lá.
Enfim, assim que me arrumei, e coloquei o meu uniforme simples que era na tonalidade da cor avermelhada e tinha um pequeno emblema do comércio. Andei em direção à porta de meu quarto, depois saí e deixei a porta encostada, andei alguns passos até chegar na porta da minha casa, o abri e saí na mesma hora.
Dez minutos após ter saído de casa, já tinha chegado à mercearia e ouvi tudo que tinha que ouvir do senhor Kihyun, só sei que ele terminou dizendo que na próxima vez não iria pensar em duas vezes ao não ser me demitir. Então prevejo que a ideia de pedir dois dias de folga pra ele não seria melhor a se fazer agora e então, o jeito é ir para Seul e ficar por dois dias sabendo que quando voltasse, seria demitido.
Bom, qualquer coisa tentarei arrumar algum emprego de uma cidade próxima daqui e farei o possível para que não seja obrigado a voltar para Seul em busca de uma oportunidade melhor. Pelo simples fato de que, temo pelo o que senhor Park poderá fazer com a minha família e a mim mesmo.
Finalmente anoiteceu…
Assim que acabou o expediente na mercearia, fechei tudo já que era a minha vez de fazer isso e depois, saí andando em direção à minha casa. E não demorou muito, para que chegasse ao meu destino e assim que parei em frente de minha casa, peguei a chave que estava guardado dentro do bolso da minha calça e o abri logo em seguida.
Com isso, entrei e o tranquei rapidamente, coloquei a chave sob à mesa e minha mãe não tinha chegado em casa ainda, minha irmãzinha deve estar lá dentro do quarto dela como sempre. E então, andei em direção ao corredor que dava acesso ao banheiro, pois, estava precisando de um banho após um trabalho estressante que tive hoje.
Assim que entrei no cômodo, o tranquei para não correr o risco de minha irmã abrir sem querer ou algo do tipo. Enfim, então me despi e liguei o chuveiro, comecei a tomar o tão merecido banho. Quando terminei, desliguei o chuveiro, enrolei a toalha na minha cintura, andei em direção à porta, o abri ligeiramente para ver se não tinha ninguém no corredor.
E por sorte, não passava uma alma lá e então abri a porta completamente, saí correndo do banheiro em direção ao meu quarto.
Assim que já estava lá dentro do quarto, tranquei a porta como sempre e andei em direção ao guarda-roupa, o abri rapidamente e peguei umas roupas velhas para poder dormir daqui dentre de algumas horas.
Até que acabei lembrando de quê, teria que arrumar a minha mochila para fazer uma pequena viagem para Seul pra ter aquela conversa inadiável com o Jongin e espero muito que a irmã dele, Claire, não tente nada comigo ou até melhor, espero que ela tenha encontrado alguém que a corresponda o seu amor.
Mas enfim, peguei algumas roupas e algumas cuecas, pois, não saberia se dois ou três dias seriam o suficiente para me decidir o que faço da minha vida amorosa com o Yoongi. E assim que arrumei tudo, resolvi deixar a minha mochila debaixo de minha cama, pois, sabia que seria o último lugar que a minha mãe ou minha irmã iriam procurar e também, sou eu que limpo o meu quarto.
Enquanto isso, resolvi ir ao quarto da minha irmãzinha, Blair, para saber no que ela estava aprontando. E só levou cinco passos para chegar lá, já que entre o meu quarto e com o dela? Só o banheiro e com o quarto de nossa mãe que nos separavam.
E assim que parei em frente da porta, bati bem devagar, mas não obtive resposta e então, abri aos poucos, pois, sabia que quando ela não me atendia na mesma hora, era porquê estava aprontando alguma coisa. Após ter feito isso, eu a vi deitada de barriga pra baixo e com um livro infantil nas ruas mãos e parecia que tinha entrado fundo na história.
Confesso que fiquei um pouco surpreso, pois, não me lembrava de que ela já tinha aprendido a ler nestes últimos meses. E então, preferi me retirar do quarto dela para não atrapalhar a sua leitura com a minha presença que aposto que neste momento seria indesejável.
Assim que fiz isso, andei em direção a cozinha para preparar o jantar mesmo me questionando pela demora de minha mãe, pois, a mesma não tinha me falado onde iria e que horas voltaria. Ela não trabalha por falta de oportunidades e também sempre me avisava onde iria, só para me deixar mais tranquilo, mas hoje não fez isso e confesso que isso está me preocupando muito.
E até pensei em correr para saber de notícias dela ou até acabar a encontrando em algum lugar, espero muito que só seja mais uma paranóia pra minha coleção mesmo.
Duas horas se passaram…
E nada dela chegar aqui em casa, então não me sobrou nenhuma alternativa ao não ser agasalhar bem a Blair e procurá-la em cada rua, esquina e casas desta cidade. Então corri até ao quarto de minha irmãzinha, peguei um casaquinho mais quente que tinha no guarda-roupa da mesma, pois, nesta noite estava fazendo muito frio do tipo que até pensei que já iria nevar ou algo do tipo.
E depois, pedi para que levantasse de sua cama e agasalhei rapidamente, com isso corremos até chegar na porta até que ouço alguns passos vindo em direção da mesma, olhei para a maçaneta que começou a girar e:
— Por quê a sua irmã está tão agasalhada assim? E que cara é esta, meu filho? — Disse a senhora Park sem entender nada.
— Aonde que a senhora estava? — Disse respirando aliviado assim que a vi.
— Ah! Esqueci de te falar…, mas estava na casa de uma amiga de infância, aposto que devo ter te deixado super preocupado, né? Me desculpe e juro que na próxima vez, não esquecerei de te avisar, estar bem? — Disse toda sem graça.
— Não precise se desculpar, a senhora quase me matou de susto e o jantar já está pronto, na verdade, já deve ter esfriado nesta altura do campeonato. — Disse enquanto passava a minha mão sob à nuca.
— Deve que está mesmo e então, vamos comer? — Disse enquanto pendurava a sua bolsa na parede ao lado da porta.
Apenas assenti com a cabeça e com isso, fomos até a sala de jantar e nos sentamos em nossos devidos lugares, depois começamos a comer. Durante o jantar, conversamos sobre tudo que tínhamos feito hoje durante o dia e até pensei em contá-la sobre a minha pequena viagem para Seul, mas aposto que isso o faria querer me impedir, pois, sabia de tudo ou quase de todas as coisas que sofri naquele dia que tinha sido torturado.
E então, achei melhor deixar para contar sobre isso no dia ou apenas que iria para uma cidade que ficava umas três horas daqui da cidade e que não demoraria muito para voltar pra cá.
Enfim, após termos finalizado o jantar bem, minha mãe pediu, ou melhor, ordenou que a Blair fosse escovar os dentes e que era para dormir imediatamente sem enrolações como ela sempre fazia. E enquanto isso, me levantei da cadeira e disse para minha mãe que iria para o meu quarto, e tocar um pouco até acabar caindo no sono.
Alguns passos depois, já tinha chegado em frente da porta de meu quarto e entrei na mesma hora, o tranquei como sempre fazia. Peguei o meu violão que estava guardado, ou melhor, jogado no fundo do meu guarda-roupa e depois fui me sentar na cama. Toquei algumas músicas que o meu falecido pai tinha me ensinado quando mais novo e até me arrisquei em aprender algumas novas através pelo meu notebook.
Algumas horas depois…
Acabei sendo interrompido, quando alguém bateu na minha porta e com isso, deixei o violão sob à minha cama e levantei rapidamente, dei alguns passos até a porta, o abri e:
— Park Jimin, o senhor não pensa que está muito tarde para estar tocando violão?! Já são quase 03:00 am., e o senhor irá para o trabalho dentre de algumas horas, então quero que vá dormir para pelo menos ter um pouco de energia para trabalhar naquela mercearia. Se não conseguir acordar às 06:00 am., e não conseguir chegar lá a tempo? Tenho certeza de que o senhor Kihyun não irá pensar nem duas vezes ao não ser te demitir, meu filho. — Disse quando passava a sua sob o meu rosto.
— Me desculpe, prometo que isso não irá se repetir mais e agora irei dormir como a senhora tinha me pedido. Boa noite, mãe! — Disse todo sem graça.
Com isso, tranquei a porta novamente e guardei o meu violão no guarda-roupa, fui em direção à minha cama e deitei logo em seguida. Na manhã seguinte, já eram 06:40 am e, já estava na cozinha preparando o meu café da manhã, confesso que me arrependo amargamente de não ter dormido cedo, pois, mal conseguia manter os meus olhos abertos de tão sonolento que estava.
Mas agora já é tarde demais e terei que fazer o maior esforço para trabalhar sem que o senhor Kihyun perceba que estou acabado, digamos assim. Então assim que terminei de preparar o meu café da manhã, comi rapidamente e fui ao banheiro na intenção de escovar os meus dentes.
E após ter feito isso, saí correndo em direção à porta e o abri ligeiramente, o fechei e saí o mais rápido possível para chegar antes das 07:00 am na mercearia.
Dois dias se passaram…
Finalmente tinha chegado o tão esperado dia, mas ainda teria que comprar a passagem de ida e volta, já que não planejava em ficar mais do que cinco dias lá. Então assim que terminei todos os meus afazeres do dia, fui pra casa na intenção de buscar o meu dinheiro e iria para a estação de metrô para comprar o bendito.
Confesso que cada passo que dava em direção à minha casa, o meu coração acelerava mais ainda como se estivesse pressentindo que algo mais importante na minha vida estava prestes a acontecer, mas, por outro lado, tinha algo no meu subconsciente dizendo para que não faça isso é deixasse esta história pra lá e seguir à vida com a minha família.
Mas eu não sou o tipo de pessoa que gosta de deixar alguém sem resposta e eu precisaria da ajuda do Jongin, por mais que ele não bata muito bem da cabeça às vezes.
Enfim, assim que cheguei em casa, peguei o dinheiro que tinha guardado em uma caixinha dentro de um espaço falso no piso de madeira no meu quarto e tentei ao máximo fazer isso sem que à minha mãe percebesse. Com isso, andei até chegar à porta da casa e saí bem devagar de lá, corri como se a minha vida dependesse disso e realmente meio que isso era realmente verdade.
Quando finalmente cheguei ao local para efetuar a compra da passagem de ida e volta, não demorei muito para fazer o que tinha que ser feito por aqui. E consegui comprar para às 11:45 pm., achei isso ótimo, pois, todo mundo lá em casa já estaria dormindo e sim, irei deixar uma carta explicando tudo, mas não iria dizer que iria para Seul, é claro.
Então escondi a passagem dentro do meu uniforme de trabalho, fui pra casa e agi normalmente, fazendo o possível para que não suspeitassem de nada.
Algum tempo depois, Blair e minha mãe já tinham se retirado para dormir, então fui até ao meu quarto na intenção de pegar um caderno, lápis ou caneta para escrever a tal carta pra elas. E não demorou muito para que conseguisse terminar tudo, então peguei a minha mochila que tinha colocado debaixo da cama, o coloquei sobre o meu ombro direito.
E peguei a carta, saí do quarto e fui até a sala, a deixei sob a mesinha do meio e andei em direção à porta, o abri minuciosamente para não fazer nenhum barulho suspeito e que fizesse a minha mãe ou a Blair acordassem. Com isso, o fechei, andei com os passos rápidos em direção da estação de metrô e espero muito que seja lá qual for a minha decisão, que tudo seja para o nosso bem.
Assim que cheguei no local, entrei no metrô e sentei em um banco e por sorte quase não tinha passageiros por aqui. Ou seja, poderia tirar um pequeno cochilo até chegar na capital e Jongin que me perdoe, mas terei que acordá-lo no meio da madrugada para que abra a porta pra mim.
Cerca de três horas depois…
Já tinha saído do metrô e por sorte, consegui pegar um táxi só que não conseguia lhe dizer o endereço da casa de Jongin, pois, acabei me tocando de que realmente nunca fui pra lá e muito menos, não lembro de ele ter me falado isso antes. E então não me sobrou outra alternativa ao não ser procurar o endereço pela ‘internet’, espero muito que eu consiga achar.
Porque não tenho dinheiro o suficiente para dormir em algum hotel por até cinco dias, mas também temia que o senhor Min arrumasse um jeito de me rastrear e fosse querer me matar por achar que voltei para correr atrás de seu filho.
Enfim, não sei se isso é sorte ou pura ironia do destino, mas encontrei o bendito do endereço da casa de meu amigo, Jongin. E então disse para o taxista sobre o endereço, com isso o mesmo acelerou o seu veículo em direção da casa.
Durante o trajeto, fiquei relembrando de tudo desde o começo, de como Yoongi e eu nos envolvemos sem pensar nas consequências. Para no final, acabarmos sendo espancados e só não morremos nas mãos daqueles homens, por conta de que concordei com um acordo que o senhor Min nos propôs.
E mesmo assim, Yoongi correu atrás de mim depois de meses me pedindo uma segunda chance para o nosso relacionamento. Isso me faz pensar o quanto idiota que ele possa ser ou um corajoso, pois, estaria desafiando a autoridade de seu pai e não dando a mínima se iria acabar morrendo por isso mesmo.
Só espero que ele respeite a minha decisão acima de tudo, mas por enquanto não sei exatamente o que quero na minha vida e principalmente, não sei se quero incluir o Yoongi no meu futuro ao lado de minha família. Mas de qualquer forma, preciso ter esta conversa com o Jongin para saber qual decisão é mais sensata, ou seja, preciso de um conselho dele.
Enfim, assim que chegamos na residência do meu amigo que se localizava em um bairro bem conservador, digamos assim, paguei ao taxista e saí do veículo logo em seguida. Com isso, andei em direção as escadas que davam acesso à porta e assim que subi degrau por degrau, pensei em várias vezes em deixar esta história pra lá e seguir com a minha vida.
Mas por outro lado, precisaria resolver isto de uma vez por todas e então me aproximei da porta, toquei a campainha. E não demorou muito, até que ouvisse alguém se aproximar da porta, depois ouvir o barulho da maçaneta rodar e:
— Jimin?! O que você faz aqui? — Disse Claire toda sonolenta e um pouco surpresa pela minha presença.
— Oi, Claire! Posso entrar? Me desculpe chegar nesta hora na tua casa, mas preciso ter uma conversa séria com o seu irmão. — Disse enquanto passava a minha mão sob à nuca.
— Pode sim, mas ele deve estar dormindo neste exato momento como eu estava em alguns minutos atrás. — Disse enquanto me encarava.
— Sinto muito mesmo, eu realmente devia ter pensado em ter comprado uma passagem de metrô para mais tarde. — Disse se sentindo um idiota por não ter pensado nisso antes.
— Ah, tudo bem! Penso que temos um quarto disponível que você pode dormir e amanhã assim que o meu irmão acordar? Irei avisar que você estar aqui em casa e quer muito conversar com ele, pode ser? — Disse enquanto respirava fundo.
— Pode sim, obrigado! — Disse estranhando um pouco com toda esta simpatia vindo dela, já que julgava que me odiava por causa daquilo, na festa de fantasia.
Com isso, ela me guiou até o tal quarto de visitas e se retirou para voltar por seu quarto, então tranquei a porta porque ainda não conseguia acreditar muito nesta “simpatia” toda dela, “Vai que ela tente me matar enquanto estivesse dormindo nesta cama aqui?”, pensei comigo mesmo.
Enfim, então me troquei rapidamente e deixei a minha mochila a roupa que estava usando antes jogadas numa cadeira que aparentava ser bem antiga. Espero muito que o Jongin não me mate por não ter dado mais notícias a ele desde que voltei para a casa e que ele realmente tenha melhorado mesmo, confesso que estava sentindo um pouco de falta das idiotices que ele dizia e fazia.
Que até acabei me lembrando daquela vez que saímos junto com o Yoongi e principalmente, quando ele acabou vomitando em cima de mim. E naquele dia, estava me segurando para não o matar a garrafada na cabeça, pois, todo mundo ficou nos olhando e ainda por cima tive que limpar toda a sujeira que ele fez naquele lugar.
Mas hoje em dia fico rindo destas coisas, nunca pensei que seria amigo de uma pessoa tão diferente como ele. Enfim, tenho que dormir e torcer para acordar junto com o Jongin e torcer de que não seja uma viagem perdida, então respirei fundo e acabei adormecendo aos poucos.
Na manhã seguinte…
Ainda eram 09:40 am., e não tinha levantado da cama de tão cansado que estava por conta desta viagem que fiz, até que acabei me tocando que o Jongin já deve ter levantado e ido trabalhar. Ou seja, não irei conseguir falar com ele durante o dia todo e então, venci todo o sono que queria me manter por mais algumas horas deitado na cama e levantei com toda coragem que tinha.
Com isso, saí do quarto e corri até ao banheiro que ficava alguns passos de onde me encontrava, entrei e fiz as minhas necessidades fisiológicas. Depois lavei o meu rosto e voltei para o quarto na intenção de me trocar, assim que fiz isso, corri para a cozinha pra pegar alguma coisa para comer e correr o mais rápido possível para a lanchonete.
Bom, pelo menos assim não terei que ficar em casa com a Claire e ficar aquele clima estranho até o Jongin voltar do trabalho.
Assim que cheguei na cozinha, para a minha surpresa o Jongin estava sentado na cadeira e bebendo um copo de suco de laranja. Pelo visto, ele não tinha percebido à minha presença, quer dizer, pelo menos achava isso até ele me encarar, diz:
— Park Jimin!? É você mesmo? Quero que saiba que chegarei atrasado na lanchonete por sua causa, ok? — Disse enquanto se levantava da cadeira.
— Foi mal! Mas preciso ter uma conversa urgentemente contigo. — Disse enquanto ria sem graça.
— Pode ser depois que voltarmos do trabalho e sim, o senhor vai comigo e sem desculpas. Senta aqui para tomar o seu café, Jimin, quero você bem forte hoje. — Disse enquanto batia a mão sob a cadeira para mim.
— Mas você sabe que não posso parecer durante o dia aqui, o senhor Min pode me achar e acabar com a minha família. — Disse todo apreensivo.
— Sei disso, mas o senhor vai disfarçado com uns óculos e um boné, você acha que sou um burro, é? Não responda. — Disse na intenção de fazer graça e acabar com este clima de tensão que se criou.
— Como se isso fosse o suficiente para que ninguém me reconhecesse, mas se é o único jeito de você querer me ajudar depois? Irei sim e se eu for pego? Juro que te mato. — Disse ainda um pouco apreensivo.
— Ok, coma logo, ainda preciso abrir aquela lanchonete antes que os meus dois funcionários voltem pra casa, achando que irei faltar mais uma vez. — Disse enquanto ria.
— Eles realmente devem ter muita sorte de ter você como chefe deles, porquê eles têm folga quase todos os dias. — Disse enquanto ria e tentava controlar à minha preocupação.
— Mas é um idiota mesmo, né? Cadê o respeito? — Disse enquanto ria junto comigo.
— Se perdeu quando voltei pra casa e cadê a tua irmã? — Disse esperando pela resposta.
— Ela saiu cedo para fazer as compras, acho. — Disse dando os ombros.
— Entendi! — Disse um pouco intrigado, pois, não pensava que alguém fizesse compras tão cedo assim.
— Então vamos? — Disse Jongin enquanto se levantava da cadeira.
Então apenas assenti com a cabeça e levantei também, com isso, ele pegou as chaves da casa, do carro e da lanchonete, depois andamos em direção à porta e abrimos, saímos e trancamos na mesma hora. Entramos no carro e não demorou muito para que chegássemos ao destino que era a lanchonete de Jongin.
Mas antes de sairmos do carro, ele pegou um boné preto e os óculos para mim, depois pegou uma máscara preta que encontrou na sua mochila que estava jogada na parte de trás do carro e me entregou. Após ter feito isso, me arrumei rapidamente e saímos poucos minutos depois.
Então entramos no estabelecimento e o Jongin me pediu para ajudar na parte do estoque, pois, saberia que ninguém iria até lá e com isso, corro menos risco de ser descoberto ou algo do tipo.
Algumas horas se passaram…
Já estava começando a anoitecer e não tinha muitos clientes na lanchonete, então ficamos até que estes fossem embora e com isso, fizéssemos o mesmo já que hoje foi um dia cansativo para todo mundo. Para mim nem tanto, pois, só fiquei organizando o estoque e limpando, porquê tinham até montanhas de sujeiras naquele lugar.
Mas enfim, assim que todos foram embora e então, Jongin dispensou os seus dois funcionários um pouco mais cedo e com isso, ele e eu fechamos o estabelecimento. Andamos pela calçada até se aproximar do carro dele que estava à poucos metros de onde estávamos, entramos no veículo e o Jongin acelerou logo em seguida.
Pouco tempo depois, chegamos na rua da casa dele até que o celular do mesmo começou a tocar disparadamente e então, estacionou o carro em frente da casa dele, colocou no viva-voz, com isso foi atender e:
— Quem é? — Disse esperando pela resposta.
— Sou o seu novo fornecedor, o senhor Kim, lembra? Então poderia me encontrar no restaurante aqui no centro de Seul agora? Acho que ainda precisamos acertar algumas coisas. — Disse enquanto respirava fundo.
— Posso sim, estarei aí em meia hora e até daqui a pouco, senhor Kim! — Disse e logo em seguida finalizou a ligação.
Com isso, Jongin me pediu para sair do carro e que entrasse na casa, me seu a chave e até me deu a permissão de usar a cozinha para preparar algo para jantar junto com a irmã dele, pois, ela não sabia cozinhar muito bem e temia que ela colocasse fogo na casa. E assim que já estava em frente da porta da residência, peguei a chave e o abri rapidamente, com isso, tranquei e quando estava andando em direção a cozinha, Claire me chama para que fosse até a sala e fiz o que tinha me mandado.
Quando cheguei no cômodo, me deparo com a garota usando um sobretudo e aparentava que estava usando uma meia calça preta, também parecia que estava calçando um par de saltos altos pretos, a mesma ficou me encarando por alguns instantes com aquele olhar estranho como se tivesse tentando ser sensual para mim, diz:
— Jimin, por favor sente aqui neste sofá, precisamos ter que resolver uma coisa pendente que não teve como fazer naquela festa a fantasia. — Ela dizia enquanto se aproximava de mim.
— Não, estou bem aqui mesmo. Que coisa pendente seria esta, garota? — Perguntei sem entender nada.
— Sente logo! Não estou pedindo, e sim mandando. — Disse e em seguida me puxou pelo braço, me levando até o lugar.
— Me solte, por favor! — Implorei, mas a mesma me jogou no sofá, depois sentou no meu colo e começou a me acariciar.
— Sei que você estar gostando disso! — Disse e tentou me beijar a força, mas consegui revidar.
— Pare de tentar evitar uma coisa que está clara que irá acontecer entre nós dois, Jimin. — Disse enquanto desabotoava o seu sobretudo até que começassem a aparecer os seus seios.
— Desculpe te decepcionar, mas não te vejo como uma mulher e sim, como a irmãzinha do meu melhor amigo, apenas isso. E por favor, esconde tudo e vá para o seu quarto, e vista algo decente. Se o seu irmão chegar aqui e ver tudo isso aqui, você acabará nos metendo em um grande problema. — Disse com um tom de voz séria e que ficasse claro de que não estava gostando nenhum pouco disso.
— Você não sabe o que estar perdendo, seu idiota! E aposto de que irá se arrepender muito disso, até lá pode saber que quem não vai querer nada contigo? Serei eu, pode ter certeza disso. — Disse enquanto algumas lágrimas rolavam sob o seu rosto e com isso, se levantou, saindo correndo para o seu quarto.
Sei que fui muito duro com aquela garota, mas não poderia deixar que ela imaginasse coisa entre nós dois, sendo que nunca iria se tornar em realidade. E acho que foi melhor assim, era para o bem dela e agora até perdi a fome, então decidi ir para ao banheiro na intenção de tomar um banho e tentar ir dormir apesar deste pequeno episódio constrangedor que acabou de acontecer.
Então assim que terminei de tomar o meu banho, fui até ao quarto e troquei de roupa rapidamente, já que estava apenas de toalha no corpo. Com isso, deitei na cama e passei horas acordado, pois, não conseguia tirar aquela cena da Claire tentando me seduzir e tipo, antes achava que ela já tinha me esquecido e talvez até tinha encontrado alguém que realmente a amasse.
Mas pelo visto, estava enganado e agora terei que arrumar um jeito de fazê-la esquecer disso e talvez quem sabe um dia, consiga me perdoar. E este tempo que estive acordado, não ouvi mais nada vindo de fora e muito menos da porta da casa se abrindo, pois, estava um pouco preocupado com a demora de Jongin, até achei por um minuto de que tinha acontecido alguma coisa de errado com ele.
Até que acabei ouvindo a porta se abrindo e então levantei rapidamente, andei até a porta e abri, saí correndo em direção da mesma e vi que o “bonito” do Jongin estava cambaleando pelos cantos, então fui ajudá-lo até chegar ao seu quarto. E no meio do percurso, resolvi perguntá-lo o por quê que bebeu tanto assim, diz:
— Por que chegou assim? Foi tão bem esta conversa que teve com o seu novo fornecedor assim? — Disse esperando pela resposta dele.
— Você não faz ideia e agora me deixa sozinho no quarto, pode voltar a dormir. — Disse e foi isso que fiz.
Assim que voltei ao quarto, deitei novamente na cama e não demorou muito, para que acabasse dormindo lentamente. E espero que amanhã consiga ter a tal conversa sobre a minha vida amorosa com o Jongin e estou torcendo de que ele não adie mais uma vez, agora por conta da ressaca que vai estar assim que acordar.
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