A viagem para a Província Gangwon-do
POV's Yoongi
Alguns dias se passaram...
E após aquele momento maravilhoso que passei ao lado de Jimin lá naquele escritório que ele tinha me levado, após aquele beijo que estava almejando a tanto tempo que já tinha perdido as contas aqui. Ficamos presos naquele cômodo por mais de duas horas, mas só consegui ficar por este tempo porque mandei uma mensagem para a minha secretária de que tinha resolvido em andar um pouco para respirar um ar puro.
Depois que iria avisá-la quando estivesse voltando para a empresa, se caso alguém perguntasse o por que da minha ausência por lá e então só dissesse isso mesmo. Enfim, Jimin e eu passamos por este período de tempo abraçados e, sentados num sofá preto de couro.
Tivemos momentos que só ficamos trocando carícias sem nenhuma pretenção sexual e outras que acabei dando um indício de que ainda queria pelo menos uma rapidinha. Mas Jimin não deixou nem por um segundo, parecia que estava com medo de alguém acabasse nos flagrando ou algo do tipo.
Mas mesmo assim, continuei insistindo até que vi que não iria conseguir convencê-lo mesmo e realmente, às vezes ele consegue ser mais teimoso do que eu. E como não queria estragar o clima por conta que não tinha conseguido o que tanto desejava, preferi ficar beijando-o que nem um casal fofo que costuma ter em filme do gênero comédia-romântica.
Confesso que estava amando isso e fiquei tão feliz quando o ouvi dizer aquelas três palavras que nunca tinha ouvido alguém dizer para mim, nem mesmo os meus pais disseram isso para mim em algum momento da minha vida. Só sei que nunca esquecerei daquele dia enquanto viver, podem ter certeza disso.
E agora estou aqui preso dentro do meu quarto, com dois seguranças tomando conta do outro lado da porta já que o meu pai queria garantir que o seu filho mais velho não ousasse fugir mais uma vez. Não sei como que este homem não se acostumou com os meus sumiços, faço isso desde que entrei na adolescência praticamente.
Queria tanto ter a mesma paciência que o Jimin tem, porque estou ao ponto de abrir aquela porta e socar as caras daqueles seguranças como uma forma de descontar toda a raiva que armazenei do meu pai por todos estes anos. Ah, não consigo entender como um homem deste tem a coragem de tratar o próprio filho como um prisioneiro da mansão e ainda achar que pode decidir o que é melhor para o seu primogênito.
Só sei que agora me encontro andando para lá e para cá, como uma forma de conseguir me acalmar mesmo achando isso inútil. Já que estou mais impaciente e nervoso do que nunca, apesar que a única coisa que está conseguindo deixar os meus dias menos ruins atualmente, são as mensagens que recebo uma vez ao dia do Jimin.
Toda vez que recebo ou quando releio algumas mensagens que trocamos, sinto uma imensa vontade de correr até aquela lanchonete novamente e enchê-lo de beijos.Também de abraçá-lo, já que sinto uma paz quase infinita dentro daquele abraço que é tão aconchegante e seguro ao mesmo tempo.
Só o queria tê-lo aqui neste exato momento comigo, preciso tanto ouvir aquela voz e sentir aquela paz que só ele é capaz de me dar neste mundo horrível que sou obrigado a viver. Sei que posso está sendo um pouco ou muito dramático, mas não consigo evitar e acho que após estes últimos acontecimentos que tiveram na minha vida, acabou me transformando este tipo de pessoa.
Sendo que antes, me comportava quase ou totalmente parecido com o meu pai ao ponto de todas as pessoas ao meu redor sentirem medo de mim. Confesso que ficava me sentindo o dono do mundo e feliz, quando conseguia ver o medo nos olhares das pessoas.
Enfim, hoje infelizmente acordei com a notícia de que chegou o dia da tal viagem com a minha noiva, Min-Hee, isso me deixou no tanto irritado e impaciente. Mas farei o possível para não maltratá-la, porque a mesma não tem culpa deste plano idiota que os nossos pais acabaram nos colocamos sem os nossos consentimentos.
E pelo que entendi, iremos hoje à noite e então fiquei pensando por alguns instantes até que cheguei a conclusão de que não seria uma má ideia de chamar o Jimin e o Jongin. Mas para não levantar suspeitas, eles poderiam ir disfarçados como empregados ou funcionários do local e eles iriam ir até o chalé de casal com a desculpa de levar o almoço, ou jantar para nós.
Sei que esta ideia é arriscada demais, mas não obtive outra alternativa de ver o Jimin a não ser esta mesma. Então peguei o celular e aproveitei que o meu quarto é o único local que posso ter um pouco de privacidade.
Desbloqueei a tela do celular e entrei imediatamente nas mensagens na intenção de mandar uma para ele. Assim que fiz isso, fiquei por alguns ou vários segundos parado e tentando pensar em como poderia começar a escrever esta mensagem.
No final, acabei digitando estas seguintes palavras: "Oi, sou eu! Fiquei pensando que não seria uma péssima ideia se você e o teu amigo fossem até a Província de Gangwon-do ainda hoje ou amanhã cedo. Tentem se disfarçar de funcionários do chalé que irei te mandar o endereço na próxima mensagem. Será uma forma de nos vermos novamente".
Assim que digitei tudo que precisava e depois mandei o link do endereço do local logo em seguida, cliquei em "enviar" e agora o que me resta é dele me responder. Espero que seja rápido, porque só temos até a hora do jantar para ter tudo isso resolvido.
Anoiteceu...
Após passar uma boa parte do dia trancafiado dentro deste cômodo que o chamo de meu quarto desde quando era apenas uma criança, ouço alguém bater na minha porta e imediatamente a minha curiosidade acabou falando mais alto para saber quem era. Mesmo sabendo que poderia ser o Minho, seguranças ou um dos meus pais dizendo que já tenho que descer para poder viajar contra a minha vontade.
Olho para a porta mais uma vez, diz:
— Pode entrar seja lá quem for. — Dizia enquanto permanecia encarando a porta.
Assim que a pessoa abriu, vi que para a minha infelicidade era o Minho que estava usando roupas pretas e notei que tinha raspado o seu cabelo que antes batia mais ou menos na altura de suas mandíbulas. Diz:
— Seu pai me pediu para que lhe chamar-se para descer, pois queria falar mais algumas coisas contigo e as suas duas malas já estão prontas. E sim, as empregadas lavaram as suas melhores roupas para esta ocasião tão especial para ambas as famílias de empresários. Me acompanhe, por favor. — Dizia, como se nunca tivéssemos sido íntimos antes.
— Pare de agir como se não os conhecêssemos, isso está me irritando um pouco aqui. E você não é de falar tão formalmente, então não tente agir como se fosse algo do seu cotidiano de se dirigir às outras pessoas. — Dizia, tentando não dizer no que realmente penso sobre ele.
— Tanto faz! Só faz no que lhe estou pedindo, porque não estou afim de levar bronca do teu velho. — Disse e revirou os olhos logo em seguida.
— Melhorou, agora é o velho Minho que conheci tempos atrás. — Dizia com uma risada de sarcasmo no final.
Após termos descido aqueles degraus que mais pareciam infinitas para mim, andei mais alguns passos até encontrar os meus pais e o meu irmãozinho sentados no sofá como se fosse uma família feliz, no qual estavam longe de serem. Diz:
— Meu pai, ouvi dizer que o senhor queria dizer mais algumas coisas comigo. Isso é verdade ou apenas uma insinuação daquele rapaz? — Perguntei me referindo ao Minho.
— Não é nenhuma insinuação e por favor, mais respeito por ele já que é o meu melhor funcionário daqui. Sente-se nesta poltrona em frente a mim, preciso te dizer algumas coisas antes que você pegue o carro rumo ao aeroporto. — Dizia com um sorriso em teus lábios, que até me fez estranhar já que não o via isso há tempos.
— Pode dizer o que tanto quer, meu pai. — Disse fazendo o possível para disfarçar a minha vontade de não encará-lo ou dizer algumas coisas que sempre tive vontade de dizer para o mesmo.
— Bom, quero que saiba que não terá nenhum segurança atrás de vocês a não ser os que trabalham lá naquele local mesmo. E peço encarecidamente, para que trate a tua futura esposa com respeito acima de tudo. Não quero receber reclamações do seu mau comportamento com a garota, ok? — Dizia como se ainda fosse um garoto mal-educado de tempos atrás.
— Sim, senhor! Mais alguma coisa? — Perguntei já sabendo que ele iria se irritar por ter o respondido desta forma.
— Olha bem o jeito que se dirige diante de seu pai, garoto! E sim, era apenas isso mesmo e por favor, pode pegar as tuas malas e entrar no carro. — Dizia e acabou finalizando com um suspiro forte.
Apenas assenti, já que não estava afim de permitir que esta conversa quase uma discussão se prolongar-se mais ainda. Então levantei da poltrona no qual estava sentado antes, andei em direção as minhas malas e os peguei fazendo um pequeno esforço já que estavam um pouco pesadas. Dei mais alguns ou vários passos em direção a porta, mas quando estava prestes a colocar os pés para fora da mansão. Sinto alguém me abraçar por trás, alguém pequeno e franzino, diz:
— Maninho, não vai embora por favor! — Dizia o meu irmãozinho através de súplicas.
— Calma, irmãozinho! Só será uma pequena viagem de alguns dias e logo estarei de volta para a mansão, eu prometo. — Dizia fazendo de tudo para não me virar para dar aquele abraço que sei que ele tanto quer.
— Você promete? — Perguntou e podia sentir a minha camisa branca riscada molhar, então presumi que ele estava chorando.
— Prometo! — Disse e me virei para dar um abraço, já que não consegui resistir à isso.
Após ter dito isso para o meu irmãozinho, andei mais dois ou três passos e depois desci seis degraus que davam acesso de onde se encontrava o carro com motorista. Assim que ele me avistou, imediatamente abriu a porta do veículo para mim e entrei, fiquei o esperando que colocasse as minhas malas atrás do carro. Depois o mesmo andou até parar em frente da porta e o abriu, entrou e já o ligou acelerando.
Alguns instantes depois...
Já tinhamos chegado ao aeroporto e estava sentado num banco azul de couro, pois a Min-Hee não tinha aparecido ainda. E enquanto ela não chegava, fiquei mexendo no celular afim de fazer o tempo parecer passar mais rápido. Depois de ficar um tempo vasculhando as minhas redes sociais e sim, até eu que mal tenho tempo para respirar e tudo mais, tenho isso como qualquer outra pessoa deste mundo.
E quando estava prestes a desligar o celular já que estava me cansando de ficar mexendo, vi que chegou uma mensagem e isso fez o meu coração palpitar rapidamente. Cliquei imediatamente e estava escrito o seguinte: "Oi, não acha que isso seria um pouco arriscado demais?"
Depois de ter lido isso, o respondi da seguinte forma: "Sim, mas juro que valerá a pena no final e então, topa?" e com isso, cliquei em "enviar". Espero muito que ele aceite, pois só assim fará esta viagem ridícula um pouco melhor para mim.
Não demorou muito até que chegasse uma outra nova mensagem e por sorte, era dele ainda. Como sempre, o cliquei para saber no que estava escrito e que era o seguinte: "Ok, pode ser então e arrumarei o jeito para conseguir chegar lá amanhã. Só não prometo que irei chegar lá pela manhã, mais fácil ser na parte da tarde ou da noite mesmo e boa viagem, se cuide".
Após ter lido, só mandei um simples e o velho "ok", por mais que eu queira mandar uma outra coisa que seria um "eu te amo" e outras coisas a mais, acho que seria muito arriscado e com certeza o meu pai que já deve está monitorando as minhas mensagens a distância, irá acabar descobrindo que estou mantendo contato com o Jimin se é que ele já não desconfia disso há algum tempo.
Desliguei o celular afim de economizar a energia e assim que fiz isso, olhei ao redor do aeroporto que estava muito movimentada ao ponto que estava ficando um pouco sufocante para mim. E não, não tenho claustrofobia e teve até uma época que achava que tinha, mas hoje vi que não era este o meu problema.
Quando olhei para o meu lado direito, acabei avistando uma jovem mulher correndo com uma mala de rodinhas e uma mochila nas costas. Demorei alguns milésimos de segundos até conseguir acabar a reconhecendo e sim, era a Min-Hee que estava vindo pra cá com um vestido preto com alguns detalhes de renda e com um par de coturnos da mesma cor.
Seus cabelos estavam soltos e as pontas estavam levemente onduladas, sei que é estranho em reparar tantos detalhes em apenas alguns segundos e tudo mais, só que não pude controlar isso por agora. Assim que a mesma se aproximou, me encarou e depois ficou parada por alguns instantes na intenção de recuperar um pouco de fôlego que perdeu enquanto estava correndo.
Depois de ter se recuperado um pouco, ela me encarou mais uma vez e diz:
— Me desculpa pelo atraso, é que acabei pegando um trânsito horrível. — Dizia com o teu rosto que estava um pouco ruborizado.
— Tudo bem, ainda temos meia hora ainda e então poderemos fazer o check-in para podermos já entrar no avião, claro, se você quiser. Posso carregar a tua mala até colocar naquele local que nunca lembro o nome? — Perguntei enquanto estendia a minha em direção da mala.
— Esteira!? Não precisa, mas obrigada por ter se oferecido. — Me respondeu e finalizou com um sorriso tímido.
— Certeza? — Insisti mais uma vez.
— Tenho sim, Yoongi! Posso te chamar pelo primeiro nome, certo? — Perguntou um pouco sem graça.
— Claro que pode e posso te chamar pelo primeiro também? — A perguntei enquanto a encarava.
— Sim, claro que pode! E então, vamos? — Indagou enquanto já dava alguns passos em direção do local de onde se fazia o check-in.
Apenas assenti e a acompanhei logo atrás, enquanto andávamos em direção ao local que não ficava muito longe de onde estávamos antes. Fiquei a observando e pensando que tem grandes chances de sermos amigos futuramente, já que marido e mulher estava fora dos meus planos.
Ela parece ser aquelas típicas mulheres gentis e meigas, bom, espero não está enganado sobre isso dela. Após ter feito tudo que precisava, andamos em direção ao local que estava escrito "Embarque" e entramos em direção rumo de onde se encontrava o avião que nos levaria para a Província Gangwon-do.
Assim que já nos encontrávamos dentro do avião, ficamos conversando um pouco na intenção de nos conhecermos melhor já que não conseguimos fazer isso naquela vez que a mesma acabou desmaiando. E agora tenho certeza de que ela é daquele tipo de mulher que estava pensando mesmo, até me fez ter aquele sentimento de querê-la proteger deste mundo que muitas vezes costuma ser muito cruel.
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